IV. Como as experiências se alimentam entre si, e como alimentam a trama de atuações? Acredito que as respostas para as perguntas que estão presentes no título desse subcapítulo encontram-se dissolvidas ao longo do trabalho. No entanto, considero válido fazer duas considerações que somam reflexões a esse questionamento:
1.
Muitas
das
experiências
apresentadas,
ainda
que
com
suas
especificidades, partem de lutas similares: envolvem conflitos do Município/ Estado, que a despeito das suas distintas filiações político-partidárias, se articulam com empresas e corporações privadas, tendo suas ações engendradas por práticas que reproduzem o racismo estrutural (muitas envolvendo desapropriações de moradias populares), com falta de transparência e desinformações na comunicação de seus processos. ‘“Tanto no Tororó, quanto no Subúrbio Ferroviário,
os funcionários entraram nas casas alegando
estarem fazendo avaliações do imóvel em função
de possíveis danos estruturais, mas depois
as pessoas estavam com as casas marcadas para
remoção”. (FIGUEIREDO; ROSA; VIERA et al, 2021, s/p) Construindo um paralelo entre o conflito da obra do monotrilho no Subúrbio, tema da Escola de Verão, e a luta do Tororó, tema da Campanha Tororó Resiste, podemos refletir sobre o uso da comunicação como ferramenta de luta. Nota-se uma articulação entre movimentos distintos, sejam eles:
194 | Experimentos metodólogicos insurgentes na prática de Arq. e Urb.