conta certa
Tudo controlado Daniela Nader
na ponta do lápis
SISTEMA de informação de custo prevê cálculos exatos, inclusive nas grandes obras
E
se, como num passe de mágica, fosse possível saber exatamente quanto custa cada paciente tratado em um hospital público ou aluno matriculado em uma escola estadual? E, a partir dessa informação, desse para verificar o que está certo e o que está errado, onde há falta e onde há sobra, saber o que pode ser melhorado, comparar com os resultados de outros hospitais, outras escolas? Daqui a alguns anos isso será possível no serviço público de todo o país. E sem mágica. O instrumento por trás de tantas mudanças será o
Sistema de Informações de Custos do Setor Público. No Governo Federal, ele já foi implantado. Estados e municípios têm até o fim de 2014 para implantar um novo modelo de contabilidade pública que viabilizará tudo isso. A obrigatoriedade do sistema surgiu da necessidade de melhorar o gasto público, buscando três Es: eficiência, eficácia e efetividade. Um exemplo: hoje entra na conta apenas o preço de uma cadeira comprada. Com a mudança será preciso colocar o tempo de vida útil da cadeira. Todas as informações são
importantes. “Qualquer sistema de custos serve para nos ajudar a tomar decisões. Se a gente vai fazer, vai continuar fazendo dessa forma, vai diminuir, vai mandar fazer”, afirma o tenente Carlos Gustavo Paiva, contador da 7ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx). O Exército, por sinal, já trabalha com essa sistemática. Entre os estados, alguns estão mais avançados, como a Bahia e o Rio Grande do Sul. Na terra dos pampas, a implantação foi iniciada com um projeto piloto na Secretaria de Educação, 43