RECIFE DAS PESSOAS
RECIFE QUE SE TRANSFORMA
RECIFE DO FUTURO
AS CONQUISTAS QUE FIZERAM A CIDADE DAR UM SALTO DE QUALIDADE NOS ÚLTIMOS ANOS E QUE GARANTIRAM MELHORIAS SIGNIFICATIVAS NA VIDA DE TODOS OS RECIFENSES
ORecife de hoje é uma cidade mais humana. Com um monte de gente trabalhando para melhorar a vida das pessoas. Principalmente daquelas que mais precisam do suporte da gestão pública. Foi assim que a cidade ganhou um monte de equipamentos e serviços que não existiam e que chegaram para garantir mais cuidado, mais acolhimento e mais respeito.
Quem diria que o Recife teria um grande hospital municipal? Pois é, agora tem dois, que cuidam das mulheres, que são maioria em nossa cidade, e das pessoas idosas, que precisam tanto do nosso cuidado para ter mais qualidade de vida.
tem até hospital para cães e gatos. A inovação na Saúde não para por aí, com o novo padrão de atendimento das Upinhas e das UPA Especialidades. Tem mais opções para as nossas crianças, com o Compaz, eleito a melhor ação para diminuir a desigualdade social do País. É só andar pela cidade para ver que tem mais dignidade nos morros, nas comunidades. Mais gente morando em casa com qualidade, porque nosso povo merece ter o que é bom. É vida melhor para todos, sem discriminação, sem preconceito, com mais oportunidades para todos e todas.
Recife oferece novas oportunidades às crianças e jovens com os centros do Alto Santa Terezinha, Cordeiro, Madalena e Coque.
Uma poderosa ferramenta para a redução da desigualdade social, capaz de garantir inclusão e o fortalecimento das comunidades localizadas em áreas de vulnerabilidade social. São esses objetivos que o Centro Comunitário da Paz (Compaz) tem conseguido transformar em realidade desde a inauguração da primeira unidade, o Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, em 2016. De lá para cá, o programa ganhou projeção, reconhecimento nacional e chega ao final do ano de 2020 com outras três unidades em funcionamento.
A experiência foi levada para o Cordeiro, com o Compaz Ariano Suassuna, em 2017, e aos bairros da Madalena e Coque, este ano. Quatro equipamentos que reúnem educação, esportes, cultura, lazer e serviços e que não à toa são considerados verdadeiras fábricas de cidadania. Capazes de produzir uma redução de cerca de 40% nos índices de violência no entorno das áreas onde eles estão instalados. Os resultados alcançados garantiram ao Compaz o título de melhor projeto de redução de desigualdade social do Brasil, pela Oxfam Brasil e Programa Cidades Sustentáveis, no 3º Prêmio Cidades Sustentáveis, em 2019.
Desde 2016, a rede de Compaz do Recife já realizou cerca de 2 milhões de atendimentos, com um total de 45 mil beneficiários cadastrados. São crianças e jovens que garantem acesso a uma atividade para o contraturno escolar, como modalidades esportivas, artísticas, biblioteca e aulas de reforço. Os adultos podem buscar serviços como Procon, mediação de
“Foi aqui que eu nasci para a vida. Meu parto, pode-se dizer, foi no Júlia Santiago”, conta uma usuária que prefere não se identificar. Ela ficou aprisionada durante 40 anos em um casamento sufocante, até o falecimento do marido. Hoje, é uma das mais assíduas frequentadoras das atividades do Centro da Mulher Metropolitana Júlia Santiago. É um local de acolhimento, que oferece orientações sobre violência doméstica, questões de gênero, informações sobre os direitos das mulheres, além de oficinas de capacitação e atividades culturais. No Centro Júlia Santiago, mulher é ouvida e apoiada. O espaço existe desde 2013, em Brasília Teimosa, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Mais
conflitos e Sala do Empreendedor. Auxiliadora Souza, 43 anos, vive de perto e intimamente a experiência. O Compaz Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, foi um divisor de águas na vida dela e na vida dos filhos. O futuro promissor que não se apresentou ainda para o mais velho, preso por envolvimento com drogas, surge com traços bem mais definidos para os outros oito filhos mais novos. Principalmente, para os gêmeos
Wandrisson e Wermenson, que a mãe, tem certeza, devem trilhar um caminho completamente diferente. "O Compaz foi uma salvação para os meus filhos e para a comunidade".
IBURA - Além das quatro unidades entregues, foi lançado em novembro o edital de licitação para a construção do Compaz Paulo Freire, no Ibura. O novo
equipamento terá um edifício com três pavimentos e contará com biblioteca, dojô para artes marciais, auditório, Procon, sala da mulher, sala de audiências, sala de mediação de conflitos, copa, oficina profissionalizante, guarita, vestuário, entre outros espaços. Também estão em fase de finalização os projetos executivos dos Compaz do Pina e da Várzea.
7 mil beneficiados
Uma cidade democrática e cidadã é uma cidade boa para todos. O Recife persegue essa meta, atua para quebrar obstáculos e para tornar mais justo e inclusivo o cotidiano de Pessoas com Deficiência e com mobilidade reduzida. Projetos como o Parques Acessíveis e o Praia Sem Barreiras abrem novas perspectivas de socialização, surgindo como um atraente convite à utilização cada vez maior e mais frequente dos espaços públicos.
Implantado em 2013 pela Prefeitura do Recife, em parceria com a Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur) e a Universidade Uninassau, o Praia Sem Barreiras já atendeu, desde então, cerca de oito mil pessoas, com deficiência e mobilidade reduzida, além de seus familiares e
cuidadores.. O transporte de cada uma delas até o mar é feito com muita atenção e cuidado por equipes especializadas. Tudo foi pensado para dar conforto e segurança aos usuários. O transporte da areia até o mar é feito em uma cadeira de rodas anfíbia, projetada para garantir o banho com o máximo de autonomia.
Há seis anos a Prefeitura mantém uma estrutura em Boa Viagem com o toldo fixo, as esteiras, as cadeiras anfíbias, que são feitas para boiar e flutuar. Um local simples, mas que, por proporcionar tanto acolhimento e oportunidades, tem um significado especial. E, dessa forma, a pessoa com deficiência pode ir para a praia e ter sua cidadania resgatada. O projeto funciona na sexta, sábados, domingos e feriados, das 8h às
O tema da identidade de gênero está na pauta de diversos debates no Brasil e no mundo. No Recife, o assunto é tratado com respeito, proteção e com políticas públicas que garantem os direitos da população LGBT. No centro desta ação está o Centro de Referência em Cidadania LGBT do Recife, primeiro equipamento do tipo a funcionar em Pernambuco, foi inaugurado em 2014 e já realizou mais de dez mil atendimentos. Incluindo encaminhamentos aos centros de saúde especializados. Lílian Fonthiny, 42, é uma das usuárias. Aos 14 anos, se afirmou trans e, aos 16, assumiu a condição para toda a família. “Com a retificação do meu nome, passei a ser mais respeitada. É um item de muita importância para trans e travestis”, conta.
CENTRO JÚLIA SANTIAGO deHospital da Mulher do Recife é o primeiro hospital de grande porte exclusivo para o público feminino de uma capital brasileira
Quem chega ao Hospital da Mulher do Recife Dra. Mercês Pontes Cunha, no bairro do Curado, se impressiona com o que vê. Da estrutura moderna e bem conservada aos serviços de alto padrão ofertados às pacientes, passando pelo atendimento delicado, humanizado, sem grandes filas, tudo ali é diferente do que normalmente acontece nas demais unidades públicas de saúde. Primeiro hospital de grande porte da Rede Municipal de Saúde, o HMR é também a primeira iniciativa deste tipo, voltada exclusivamente ao atendimento do público feminino, existente em uma capital brasileira.
Inaugurado em 2016, o equipamento já marcou a vida de muitas mulheres, como Ana Carolina da Silva, de 29 anos, moradora do bairro da Iputinga. Foi lá que ela teve seu primeiro filho, Iago. No mesmo dia do parto - normal - já esperava a alta, passeando com o garoto no colo pelos corredores do hospital. “Sempre quis ter um parto normal e saiu tudo certinho. Esse hospital é ótimo, limpo, organizado, delicado”, avaliou.
O Hospital da Mulher do Recife já se consolidou como referência no parto humanizado em Pernambuco e apresenta uma média significativa de mais de 500 procedimentos por mês. A partir do final de 2019, o HMR se tornou uma unidade de alta complexidade, passando a
realizar também partos de alto risco. Foram inaugurados 68 leitos de alto risco, sendo dez leitos de UTI da Mulher; dez leitos de UTI Neonatal; 15 leitos de UCI Convencional e 12 leitos de UCI Canguru, além de 21 leitos de enfermaria de gestação de alto risco.
Quando um bebê precisa dos serviços de saúde após o parto, as mães podem ficar hospedadas na Casa das Mães, residência provisória que funciona dentro do HMR, com 20 leitos, equipe multiprofissional (psicóloga, enfermeira, técnica de enfermagem e pedagoga) e está amparada por toda estrutura hospitalar.
ESPECIALIDADES -Mas o Hospital da Mulher do Recife vai muito além da maternidade. A unidade possibilita o atendimento em 14 especialidades médicas e outras áreas de saúdenão médicas, recebendo a população que necessita de atendimento de baixa e média complexidade. O HMR também é referência na realização de diversos tipos de exames. O moderno Centro de Diagnóstico por Imagem foi o primeiro equipamento público do Recife a contar com tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Outro exemplo do cuidado com que o HMR acolhe a população feminina é o ambulatório LBT, que entre outros serviços oferece o tratamento de hormonização, voltado a mulheres que desejam
realizar alterações no corpo e se tornarem homens transgênero. O Hospital da Mulher do Recife também possui um espaço voltado às mulheres vítimas de violência. o Centro de Atenção Sony Santos é um modelo único no País, onde a usuária tem à sua
disposição não somente o atendimento de saúde feito por uma equipe multiprofissional, com médico, enfermeiro, psicólogo e assistente social, como também pode, no mesmo local, formalizar a denúncia e realizar a perícia do Instituto de Medicina Legal (IML).
Entregue à população em 1º de outubro deste ano, exatamente quando se comemora o Dia do Idoso, o Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa foi um investimento de cerca de R$ 62 milhões, com R$ 25 milhões em recursos municipais. "Desde o início de dezembro já estamos operando com três quartos da capacidade", garante o gestor do hospital, Fernando Augusto Figueira.
O HECPI é uma grande estrutura ambulatorial de diagnósticos de consultas médicas, de laboratórios, de exames de sangue e de Day Clinic. Ou seja, aquele internamento de dia somente para pequenos procedimentos cirúrgicos. Quando estiver em pleno atendimento, a unidade vai realizar algo em torno de 33 mil procedimentos/mês. Que vão das consultas médicas às pequenas cirurgias e uma série de exames de imagens e laboratoriais de alta complexidade, como tomografia e ressonância magnética, entre outros.
Outra parte do complexo do Hospital da Pessoa Idosa é uma unidade de alta complexidade na parte de internamento. Com capacidade para internar 62 pacientes, além de uma UTI completamente equipada, que vai ser possível internar outros 10 pacientes. O cuidado com a saúde do idoso vem sendo uma pauta cada vez mais presente nos serviços e programas da Prefeitura do Recife. Principalmente porque trata-se de uma população em crescimento.
Cuidar de um animal de estimação que gera tanto amor a uma família é, também, uma forma de cuidar das pessoas. O Recife assumiu o papel de protagonismo e inovação no País e entregou à população, em 2017, o Hospital Veterinário do Recife Robson José Gomes de Melo, primeira unidade do Norte e Nordeste a oferecer tratamento gratuito a cães e gatos.
O equipamento funciona no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da cidade, mas recebe pacientes de todos as localidades do Recife. Desde que abriu as portas, o HVR realiza cerca de 400 atendimentos diários. A quantidade de procedimentos já ultrapassa a incrível marca de 85 mil, entre consultas clínicas, emergências e cirurgias. Só as intervenções para a castração de animais chega a 21 mil. Tudo isso de graça.
O HVR conta com quatro consultórios, uma sala de cirurgia, sala de pós-operatório, sala de vacinação junto com odontologia, laboratório, sala de diagnóstico por imagem (Radiografia e ultrassom) e recepção. Recentemente, a unidade implantou o atendimento para animais silvestres e exóticos.
Equipamentos mais modernos, com espaços mais amplos, conforto e melhor estrutura para consultas e procedimentos. É o que os usuários da rede municipal de saúde começaram a desfrutar com a chegada das Upinhas, novo modelo de Unidade de Saúde da Família. Já são 16 equipamentos em funcionamento, que começaram a ser implantados em 2013, no lugar de antigos postos de saúde. Com o investimento de cerca de R$ 30 milhões, as unidades realizam, em média, cerca de 12 mil atendimentos e 40 mil
Além das Upinhas, a Prefeitura ainda inaugurou, em 2016, um novo tipo de equipamento de saúde para atendimentos mais especializados. Com um investimento total de R$ 6,7 milhões, a população do Recife ganhou a primeira UPA-E (Unidade Pública de Atendimento Especializado), no Arruda, um equipamento que conta com dez especialidades para consultas médicas e de apoio diagnóstico, onde são realizadas consultas especializadas e exames, além de várias especialidades não-médicas. Desde que começou a funcionar, a UPA-E do Arruda realizou mais de 628 mil atendimentos. Destes, cerca de 395 mil exames de apoio diagnóstico (exames diagnósticos e laboratoriais), mais de 205 mil consultas (médicas e não médicas) em saúde e mais de 28 mil sessões de fisioterapia.
Em novembro deste ano, o recifense passou a contar com mais um reforço no atendimento especializado. Com investimento de mais de R$ 10 milhões da Prefeitura do Recife, a UPA-E Professor Fernando Figueira, no Ibura, tem capacidade para realizar, por mês, cerca de oito mil consultas, além de 25 mil exames e diagnósticos. A nova unidade conta com atendimento para diversas especialidades médicas e não médicas e 20 tipos de exames para apoio diagnóstico. São 16 consultórios, salas para pequenos procedimentos, recepção com capacidade para 56 pessoas sentadas, farmácia, sala para coleta, ginásio de fisioterapia e salas de repouso e observação. Os atendimentos serão agendados pela Central de Regulação.
entorno contam com a visita dos agentes de saúde. É feito um atendimento social, onde os agentes acompanham os tratamentos de saúde dos moradores, informam dos calendários de vacinas, campanhas de prevenção, com informações para doenças crônicas, como hipertensão arterial, diabetes, além de encaminhar para solicitação de receitas médicas, marcações para serviços odontológicos. Eles ainda avaliam a dificuldade de algum morador comparecer a uma consulta médica e, se for o caso, solicita
que o médico da equipe faça uma visita domiciliar. Sempre que tem alguma campanha, seja de vacinação ou de prevenção, Noé Gomes da Silva, 69 anos, vizinho da Upinha Governador Eduardo Campos, marca presença. “Não só eu, como minha família vem para os atendimentos e consultas. Dá gosto porque tudo é limpinho. Você tem lugar para sentar e esperar ser chamado, no ar-condicionado. E todo mundo que eu peço informação, me trata com educação”, aprova Noé.
Equipamentos realizam uma média de 12 mil atendimentos e 40 mil procedimentos por mês e já contam com 16 unidades em funcionamento procedimentos mensalmente. As unidades oferecem horário estendido em um dia da semana, até 19h, permitindo que os pacientes que trabalham em horário comercial possam ter acesso aos serviços. As Upinhas contam com equipe multidisciplinar formada por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, agentes comunitários de saúde (ACSs) e profissionais de saúde bucal, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e do Núcleo de Apoio em Práticas Integrativas. Além das consultas nas Upinhas, os pacientes do
Para quem vive em situação de rua, ter um lugar seguro e confortável para dormir é algo difícil de ser mensurado. Mas o Abrigo Noturno Irmã Dulce, entregue no final de 2019, pela Prefeitura do Recife, vai bem além disso. O espaço garante à população vulnerável socialmente a higiene e o atendimento psicossocial com vários profissionais disponíveis, além de almoço e jantar em algum dos restaurantes populares municipais. O acolhimento no abrigo funciona das 19h às 7h e conta com espaços de convivência, banheiros e dormitórios para receber até 100 pessoas. No local, os usuários
Dentro das atividades do programa guarda-chuva Chegando Junto, a Prefeitura do Recife fez um importante investimento para garantir a segurança alimentar da população mais vulnerável. Foram entregues no final de 2019 os restaurantes populares Naíde Teodósio, em Santo Amaro, e Josué de Castro, em São José. Juntos, os dois equipamentos têm capacidade para fornecer 1,6 mil refeições diárias, garantindo a alimentação, principalmente, as pessoas que vivem em situação de rua. As vagas nos restaurantes são garantidas através do
ABRIGO NOTURNO
100 pessoas por noite
recebem kits de higiene pessoal para utilizarem nos banheiros. Também há espaços onde eles podem guardar os pertences pessoais. Para ter acesso, o usuário precisa fazer seu credenciamento junto à Secretaria Executiva de Assistência Social.
RESTAURANTES POPULARES
Duas unidades entregues 1,6 mil refeições por dia
encaminhamento dos Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) ou do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).
Transformar a realidade de bairros por via do combate às desigualdades socioespaciais, de políticas sustentáveis, do protagonismo comunitário e do engajamento dos próprios moradores. Essa é a proposta do programa Mais vida nos Morros, implementada pela Prefeitura do Recife em abril de 2016 e que hoje já está presente em 53 comunidades de interesse social da cidade. Um belo exemplo de simbiose entre poder público, agentes privados e os cidadãos que trazem para si a responsabilidade de consolidar mudanças estruturais nos locais onde vivem.
Na Vila Burity, na Macaxeira, Zona Norte do Recife, a assistente social e estudante de enfermagem Laura Miranda mora com a mãe, Maria da Conceição Lira, e com a filha Maria Clara, foi um dos catalisadores de uma nova sensação de pertencimento. E tudo porque é curiosa e diligente. Quando viu que o bairro do Vasco da Gama, também na região político-administrativa 3 – RPA 3 do Recife, havia sido escolhido para receber as ações dos Mais vida nos Morros, resolveu iniciar uma campanha para reivindicar à Prefeitura do Recife que a comunidade do Burity recebesse o mesmo tratamento - nova pintura para as fachadas das casas, em parceria com o Tudo de cor, das Tintas Coral, o que dá um colorido de destaque; remoção de pontos críticos de lixo; requalificação de espaços públicos como praças; e uma reeducação das
pessoas ao redor a partir da própria experiência.
Em março de 2019, o Mais vida nos Morros finalmente aportou na sua comunidade. "Antes as pessoas tinham vergonha, porque tudo era mais feio, mais escuro e tinha muito lixo nas esquinas. Agora não, estamos com a sensação de pertencimento mais reforçada e muito orgulhosos de poder ter
participado. Acho que está todo mundo mais feliz, pois nos encontramos nas ruas, nas praças, onde podemos conversar e as crianças podem ficar brincando até mais tarde”, complementa Laura.
O alcance do Mais vida nos Morros é definido pelo olhar prioritário para áreas de maior vulnerabilidade dentro da cidade. A Prefeitura chega
antes e existe um processo de construção junto à comunidade, que é chamada para dialogar e participar. A pintura das casas é o grande envelopamento e o que chama atenção, mas o programa é mais amplo. Vai desde as melhorias na infraestrutura até a realização de programas sociais e de qualificação profissional com os moradores.
RESIDENCIAIS
Mais de 10 mil beneficiados. Novo padrão de entrega
A partir de 2013, a Prefeitura do Recife entregou 20 conjuntos habitacionais, totalizando 2.411 novas unidades e beneficiando mais de 10 mil pessoas com as obras. Mais do que a entrega de uma casa própria para uma família de baixa renda, o diferencial das entregas, em relação ao que o poder público costumava realizar, está no novo padrão de qualidade. As casas contam com um acabamento que não deixa nada a dever aos projetos privados, uma vez que recebem paredes revestidas de gesso e cerâmica em todos os pisos.
Foi com essa nova realidade que Jousiane Carneiro, 39 anos, e os filhos começaram a se
acostumar a partir de 2016. A família sofreu com uma série de adversidades, como a lama, as enchentes e incêndios. Essa era a vida com que Jousiane e os cinco filhos estavam acostumados, após nascerem e crescerem nas palafitas do bairro dos Coelhos. E se a situação já era difícil, ficou ainda mais complicada quando a matriarca teve a saúde comprometida depois de um acidente vascular cerebral (AVC). Contemplada com um dos apartamentos do Residencial Travessa do Gusmão, no bairro de São José, através do Programa Habitacional OGU, da Prefeitura do Recife., enfim a família ganhou uma vida mais digna e confortável.
A Prefeitura do Recife realizou, ao longo dos últimos anos, uma série de ações para levar uma melhor infraestrutura para os morros da cidade e assim garantir mais proteção para milhares de famílias que vivem próximas a encostas. Foi adotado um trabalho de observação e de intervenções em áreas sensíveis da cidade. As ações chegam ao cidadão através de muitos caminhos. Na prevenção, os técnicos realizam visitas diárias ou semanais para orientar famílias que moram em áreas de risco. Desde 2013, foram 91.626 visitas e 370 mil vistorias em cerca de 5 mil comunidades. A Operação Inverno leva para os morros da cidade cerca de 6 mil profissionais de 11 secretarias e
órgãos da PCR. O trabalho é focado na proteção das famílias durante o período de chuvas, mas se estende por outros meses. São diversos tipos de ações, como 94 obras definitivas de encostas, 314 geomantas instaladas e mais de 97 mil pontos de lona colocados para evitar o efeito das chuvas. A Prefeitura ainda deixou a mobilidade mais confortável e segura, com a recuperação de 1021 escadarias, a instalação de mais de 100 sistemas de corrimão e a ampliação da iluminação, que agora conta com lâmpadas de LED. A Prefeitura também trabalhou diretamente com as famílias, cedendo materiais e orientação para 432 obras do programa Parceria nos Morros.
ndar pelo Recife de hoje é se deparar com uma cidade nova, diferente, em constante transformação. Uma cidade mais acessível, mais segura e que ganhou novos e importantes caminhos. Seja para quem quer ir a pé, de bicicleta ou em algum veículo motorizado. Caminho que ficou mais rápido até mesmo para quem usa o transporte coletivo e que foi priorizado, com vias exclusivas para encurtar as distâncias.
Como imaginar o Recife sem a Via Mangue? Uma avenida que melhorou o trânsito em toda a Zona Sul, bem como os acessos aos demais pontos da cidade. E a
Conde da Boa Vista, que resolveu problemas históricos e se tornou uma via muito mais agradável e moderna, sem perder sua história. E se modernizar sem perder o que é tradicional é uma atitude de toda grande cidade do mundo que se preocupa com sua identidade. No Recife é assim. Olha a Rio Branco, que virou um grande boulevard e agora é só dos pedestres.
O Recife da transformação é uma cidade que cuida dos seus cartões-postais como cuida da sua gente. Que abre novos espaços de lazer e de convivência social e oferece uma vida mais saudável. Que usa a rua como palco, como quadra, como pista e assim devolve
Via expressa aumentou a velocidade média de outras avenidas e transformou para melhor o fluxo de veículos na Zona Sul
Quem se lembra como era o trânsito na Zona Sul da cidade há alguns anos, certamente não consegue enxergar mais a mobilidade urbana do Recife sem a Via Mangue. A via expressa foi liberada para o trânsito em duas etapas,em 2014 e 2016, após mudanças no projeto que incluíram mais saídas e uma ciclovia, e se tornou, definitivamente, um importante ativo para a melhoria do deslocamento diário dos recifenses.
A Via Mangue, como é popularmente conhecida a Avenida Celso Furtado, é um projeto antigo e que envolveu diversas administrações municipais. Até ter suas obras iniciadas, em 2011, passou por algumas modificações. A primeira etapa foi entregue em 2014, com a liberação da Pista Oeste, no sentido Centro-Zona Sul, com 4,36 km de extensão. Em 2016, foi entregue a Pista Leste, no sentido Zona Sul-Centro, com 5,46 km de extensão, que também conta com uma ciclovia de mais de quatro quilômetros e calçadasalgumas das inovações em relação ao projeto.
É a maior obra viária das últimas décadas na Capital. Capaz de aumentar a velocidade média na Zona Sul da cidade, encurtar distâncias e, por consequência, reduzir o estresse dos motoristas e agilizar a vida de milhares de pessoas. O conceito da avenida, uma via expressa, sem semáforos, garantiu um deslocamento mais rápido não apenas para quem circula pela Via Mangue, mas para quem continuou utilizando as avenidas Domingos Ferreira e Conselheiro Aguiar para realizar o percurso entre Boa Viagem e os bairros localizados após a Ponte Paulo Guerra, no Pina. A implantação da Via Mangue criou um novo acesso entre a Zona Sul e o subúrbio, que antes acontecia somente pelas avenidas mais próximas à praia (Boa Viagem, Conselheiro Aguiar e Domingos Ferreira), ou através do bairro da Imbiribeira, pela avenida Mascarenha de Moraes. A nova artéria foi entregue justamente em um momento de crescimento dos bairros da Zona Sul da cidade.
ROTAS CICLÁVEIS 120 km implantados
O Recife passa por uma revolução silenciosa, mas que pode ser vista a olhos nus por quem circula pelas ruas da cidade. Em muitos pontos, o barulho dos motores dos carros vai, aos poucos, dividindo espaço com a tranquilidade do pedalar das bicicletas. São cada vez mais ruas e avenidas que dividem seu espaço com rotas cicláveis, muitas delas com o asfalto pintado de vermelho, mudando a paisagem e também a forma do recifense se mover pela capital pernambucana.
Essa transformação, apontando para um trânsito mais sustentável e humanizado, já foi percebida por muita gente. Alexandre Matias Ferreira mora na Avenida do Forte. Possui carro, mas também se desloca pela cidade de bicicleta, quando vai visitar a mãe e utiliza a ciclofaixa da avenida Antônio Curado, no Engenho do Meio. “Eu também sou motorista, ando muito pelos outros bairros e sinto que está aumentando. Sou muito a favor que aumente mais e mais, que de alguma
forma a Prefeitura consiga abrir mais espaços para as bicicletas”, afirma. É a mesma sensação de Vanderson Francisco da Silva, da Iputinga, que costuma andar pela ciclofaixa da Estrada do Arraial. “De um tempo pra cá aumentou muito o número de ciclofaixas. É um negócio muito bom. Eu uso muito e tenho muitos amigos que também usam. Todo mundo elogia bastante”, diz. É uma impressão justificável. Para se ter uma ideia, em 2013 o Recife contava com 24 km de rotas cicláveis. Em dezembro de 2020, ccom a implantação da Rota Rua do Hospício, o Recife passou a ter 144 km de rotas cicláveis, 500% a mais. “A gente sabe que oito anos parece muito tempo, mas a implantação das rotas cicláveis está acompanhando as mudanças comportamentais, de estímulo do uso da bicicleta e o reconhecimento de que o trânsito pode mudar, com mais espaço para os ciclistas”, explica o gestor de Mobilidade Sustentável da CTTU, Antônio Henrique.
DIVERTIDO ANDAR DE BICICLETA
Quem é do Recife já se acostumou: todo domingo e todo feriado nacional, quando amanhece o dia, as ruas e avenidas da cidade são tomadas pelas bicicletas. São 44 quilômetros de Ciclofaixa de Turismo e Lazer que, somadas às ciclofaixas e ciclovias fixas da cidade totaliza em 160 quilômetros de malha cicloviária, com percurso exclusivo e privilegiado. De acordo com as contas da Prefeitura do Recife, cerca de 15 mil pessoas pedalam a cada edição da Ciclofaixa do Turismo e Lazer, que é dividida em três rotas (Norte, Sul e Oeste) e passa em 30 bairros da capital pernambucana.
O projeto nasceu em 2013 e logo despertou o interesse dos recifenses. É um verdadeiro convite à prática de uma atividade física a céu aberto, mas também gera outros benefícios. Durante esses anos de existência, a Ciclofaixa do Turismo e do Lazer se consolidou como um dos passeios preferidos de quem mora ou visita a cidade, já que fazer parte dela é também garantir lazer e interação social, além de olhar as paisagens e equipamentos públicos do Recife através de um outro olhar.
VIA MANGUE Maior obra viária do Recife nas últimas décadasRequalificação melhora os serviços oferecidos para os cerca de 310 mil usuários diários da avenida
Quando foi anunciada, a obra de requalificação da Avenida Conde da Boa Vista foi vista por alguns com uma certa descrença. Afinal, as intervenções realizadas no passado não vinham resolvendo os problemas de mobilidade e acessibilidade dessa que é uma das principais artérias da cidade. Felizmente tudo isso ficou para trás. A Nova Conde da Boa Vista viabilizou a fluidez do transporte coletivo e assegurou mais conforto ao usuário, facilitando o deslocamento das cerca de 310 mil pessoas que a utilizam todos os dias. E ainda conferiu um ar de modernidade à avenida, com uma série de novos serviços, sem que a tradicional via perdesse suas características originais.
Com isso, a requalificação reforçou o sentimento de pertencimento que os recifenses têm com os 1,6 km da avenida. A Conde da Boa Vista tornou-se mais acolhedora, arborizada e com praticidade e segurança para o pedestre. As mudanças aconteceram de
forma ágil. O investimento da gestão municipal foi de 15,7 milhões de reais e viabilizou uma série de mudanças significativas. As calçadas estão mais largas e acessíveis, com 2 mil novos metros quadrados de passeio. O piso foi todo requalificado e os passeios ganharam novos mobiliários urbanos, como lixeiras e floreiras.
O projeto ordenou o comércio de ambulantes, garantindo 100 quiosques para comerciantes populares e melhorando a circulação dos pedestres. Agora é possível atravessar ao longo da via e nas suas ruas transversais com muito mais segurança e conforto em 13 travessias seguras. Os pedestres ainda contam com ilhas que foram construídas ao longo do canteiro central. A via também recebeu um reforço no paisagismo e agora tem o dobro de árvores e um canteiro central ajardinado que permitiu a via ter dez vezes mais áreas verdes. A iluminação pública agora é toda embutida e foram implantadas 290 luminárias de LED.
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NOVA CONDE DA BOA VISTA
Mais conforto para 310 mil usuários
O transporte público no Recife segue sendo um desafio a ser enfrentado, como em qualquer grande metrópole do país, mas uma solução no ordenamento do trânsito tem melhorado a vida de muitos usuários. É o projeto Faixa Azul, corredores exclusivos para o transporte público que estão reduzindo os tempos de viagens de milhares de pessoas diariamente, encurtando distâncias e tornando o simples ato de ir e vir na cidade mais democrático. Uma justa e necessária inversão de prioridades no trânsito.
A primeira Faixa Azul surgiu, em 2013, na Rua Cosme Viana, em Afogados. Atendeu às expectativas dos estudos e consolidou o projeto. Novos trechos foram implantados e, hoje, o Recife conta com 62 km de corredores exclusivos, sendo 40 deles construídos ao longo dos últimos oito anos.
Quanto mais o transporte de massa entra na pauta de prioridades, mais usuários como Waldir Lemos, 37 anos, têm certeza de que a estratégia deve ser preservada e ampliada. Waldir é segurança em
A Prefeitura do Recife trata a infraestrutura da cidade como alta prioridade e um dos focos é o investimento na qualidade da malha viária da cidade. Uma política fundamentada no zelo aos espaços públicos e no respeito ao contribuinte. No período de 2013 a 2020, foi feito o recapeamento asfáltico de 549
quilômetros de ruas e avenidas, totalizando 1046 ações. Também foram recuperados 43 quilômetros em 851 ações em vias de paralelepípedo.
São muitos bairros beneficiados em todas as regiões da cidade, dando mais conforto e acessibilidade a centenas de pessoas. As intervenções – realizadas
através da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (EMLURB) - também contemplaram, desde 2013, a substituição de 3.644 placas de concreto. Importantes corredores de trânsito estão na lista, como Agamenon Magalhães, Caxangá, Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, Abdias de Carvalho.
uma casa noturna em Boa Viagem. Mora no Janga e, apesar de ter um carro, deixa o veículo em casa para ir trabalhar. Prefere a rapidez no trajeto porque os ônibus que ele utiliza circulam na Faixa Azul. Há 10 anos trabalhando no mesmo local, a opção dele é sempre embarcar num ônibus rumo ao emprego. “Chegou a economizar 10, 15 minutos no trajeto”, quantifica Waldir.
A implantação da Faixa Azul é feita após estudos e precisa atender a critérios técnicos para justificar sua adoção. Como uma das principais reclamações do usuário era o tempo de viagem, foram pensadas alternativas de baixo custo para otimizar o percurso. E a Faixa Azul demanda basicamente de sinalização para funcionar. Entre os critérios de viabilidade, tem que atingir um maior número de passageiros. Só para se ter uma ideia, o ganho de velocidade promovido pelos equipamentos chega a até 118%. As faixas beneficiam mais de 100 linhas de ônibus, por dia, e cerca de 700 mil passageiros.
FAIXA AZULPrefeitura instala 81 mil novos pontos de iluminação em 145 comunidades de 51 bairros do Recife
Garantir uma melhor iluminação pública em uma metrópole do tamanho do Recife não é somente uma obra de infraestrutura. É uma verdadeira ação de cidadania, que tem um reflexo direto em áreas como a segurança pública, a convivência social, a apropriação dos espaços públicos por parte da população. Todas essas mudanças positivas estão sendo vivenciadas pela população de 145 comunidades e 51 bairros da cidade, que receberam uma nova iluminação em LED, dentro do programa Ilumina Recife, da Prefeitura.
Essa verdadeira revolução é fruto de um investimento da ordem dos R$ 34 milhões. Inicialmente, as áreas escolhidas foram identificadas através do programa Pacto pela Vida, do Governo de Pernambuco. Mas logo as lâmpadas de LED começaram a chegar a grandes corredores, como a avenida Agamenon Magalhães, que recebeu a nova iluminação em 2016.
Além de mais resistente e de atingir um índice de eficiência até três vezes maior, o LED reduz em 12,5% o consumo de energia elétrica se comparada às lâmpadas de sódio. A economia anual estimada com a troca das lâmpadas é de R$ 5,3 milhões aos cofres públicos.
Quem frequenta o Bairro do Recife já se acostumou com a paisagem e a praticidade de andar pelo novo Boulevard Rio Branco. O projeto básico para a transformação da tradicional avenida em uma alameda totalmente voltada aos pedestres partiu da Prefeitura do Recife e as obras foram executadas pelo Governo do Estado. Toda a avenida foi nivelada com as calçadas, deixando 8,8 metros de largura adequados para a circulação de pessoas, em toda a extensão da via, do Marco Zero à Ponte Buarque de Macedo. O principal revestimento utilizado na obra foi o granítico, mesmo do Marco Zero. O material é resistente, homogêneo, regular e de fácil manutenção. Toda a fiação da avenida, telefônica e de energia, foi embutida.
CALÇADA LEGAL
175 km requalificados
O Recife é a cidade do pedestre. Nada menos que 70% dos recifenses se locomovem por longos, médios ou pequenos trechos a pé, em direção ao trabalho ou para casa. A Prefeitura do Recife tem trabalhado para atender à demanda dessa grande parcela da população, se alinhando ao conceito utilizado por algumas das principais metrópoles do mundo: o de inverter a lógica da mobilidade e priorizar os pedestres nas vias urbanas. Nesse sentido, a administração municipal lançou, em 2017, o programa Calçada Legal, que proporciona mais acessibilidade, mobilidade e conforto para quem opta por andar a pé na cidade.
A iniciativa beneficia os principais corredores viários da cidade. Um dos destaques do projeto é a nova calçada do Parque da Jaqueira, na Avenida Rui Barbosa, nas Graças, que foi alargada, além de receber o recuo do gradil que existia, provocando mudanças até mesmo em alguns trechos do Parque. Na área onde existe o espaço de ginástica, foi feito um novo desenho da plataforma, garantindo que o equipamento continuasse na mesma posição com o mesmo tamanho.
A requalificação da Rua do Príncipe, na Boa Vista, também é outro ponto alto da ação. Finalizada em setembro de 2019, a via foi iniciada dentro do pacote que inclui a Avenida João de Barros e a Visconde de Suassuna, todas na região central da cidade. O investimento previsto é de R$ 105 milhões.
A Prefeitura do Recife realizou uma grande obra de requalificação da orla de Boa Viagem, que passou a contar com uma melhor infraestrutura para o usuário e novas alternativas de lazer e prática de exercícios físicos ao longo dos seus 8 quilômetros de extensão. Foram intervenções para substituição dos bancos de concreto, manutenção do calçadão, trechos da ciclovia, caixas de drenagem e trocas de meio fios, além da implementação de um skatepark e revitalização dos parques infantis, quadras poliesportivas e banheiros. O Segundo Jardim ganhou um circuito de 460 metros de pista de cooper revestida de asfalto ecológico e anti-impacto, letreiro e uma Academia Recife. A Pracinha de Boa Viagem também passou por reforma, recebendo um novo ordenamento e agora é organizada por segmentos.
Recife é uma cidade cortada por muitos canais e cuidar desses equipamentos é fundamental para o bem-estar de todos. A Prefeitura tem ido além, urbanizando a área próxima aos canais. É uma das maiores e mais abrangentes ações realizadas nas últimas décadas. No Ibura, além do revestimento do canal Rio da Prata, foram realizados serviços de drenagem e pavimentação de ruas, construção de calçadas e instalação de iluminação de LED. Outros canais recuperados são os do Valença, do Iraque, Ipiborã, São Mateus, Pessegueiros, de Guarulhos e Lemos Torres. Todos os 99 canais da cidade são limpos anualmente. A Prefeitura também eliminou, através do trabalho de microdrenagem, mais de 100 pontos de alagamento na cidade.
Um dos costumes que mudaram ao longo dos últimos tempos é algo que todo profissional da área da saúde recomenda à população: a prática de exercícios físicos de forma regular. Não apenas para se ter um corpo modelado, mas pelos ganhos que se consegue em prol de uma vida mais saudável e, consequentemente, mais longeva. A Prefeitura do Recife tem feito a parte dela para promover a cultura da vida saudável, oferecendo à população a possibilidade de praticar aulas de musculação e ginástica, com aparelhos de primeira linha e profissionais capacitados. É o projeto Academia Recife, lançado em 2013, que hoje conta com 22 unidades espalhadas por diversos bairros da cidade e já conta com a participação de mais de 100 mil recifenses.
Cada unidade é uma verdadeira academia ao ar livre, que conta com 26 equipamentos de musculação (feitos em aço inoxidável, resistentes ao sol e às chuvas) e diversas atividades ministradas pelos professores de Educação Física envolvidos no projeto. O
O Recife não apenas nasceu no Bairro do Recife, a ilha onde foram levantadas as primeiras edificações da cidade, no entorno do antigo porto. Até hoje, após quase 500 anos de fundação, o Bairro do Recife, ou Recife Antigo, ainda é o seu coração. Que pulsa diariamente como centro empresarial e comercial, mas que ganha batidas diferentes nos finais de semana, principalmente aos domingos, quando moradores e visitantes o escolhem como um dos principais destinos culturais da capital pernambucana.
A variedade na programação ganha reforço no último domingo de cada mês, quando a Prefeitura do Recife organiza o Recife Antigo de Coração. Desde 2013, no dia do projeto o bairro é transformado em um imenso espaço de lazer, com polos infantil, cultural, musical e esportivo. Durante o evento, o público em circulação fica na casa das 20 mil pessoas. O projeto está parado desde o início da pandemia, mas o legado que ele cultivou durante todos esses anos foi o de aproximar ainda mais o recifense de onde a cidade começou.
atendimento aos alunos pode ser realizado no formato individual ou em grupos, num ambiente sempre marcado pelo entusiasmo e pela descontração. As aulas acontecem das 5h30 às 9h30 e das 17h às 21h (segunda a sexta) e das 6h às 10h (sábados). E o melhor de tudo: totalmente gratuito.
A professora de Educação Física Sílvia Roberta de Souza, 48, ensinava em estabelecimentos particulares mas encontrou realização profissional na Academia Recife. “O retorno é gratificante porque as pessoas melhoram a saúde, perdem peso e os efeitos psicológicos são nítidos, principalmente no que se refere à cura da depressão”, afirma.
Outra alternativa para quem gosta de exercícios é o Caminhão da Malhação, que percorre todas as Regiões Político Administrativas (RPA), levando aulas de ginástica com orientação profissional. O equipamento alterna a frequência entre diversos bairros e horários, com aulas pela manhã e à noite.
Nascido de uma articulação da Prefeitura do Recife com a Universidade Federal de Pernambuco, por meio do INCITI – Pesquisa e Inovação para as Cidades, uma rede de pesquisadores de diversas áreas, como arquitetura, mobilidade e planejamento urbano, entre outras, o projeto Parque Capibaribe tem como objetivo transformar o Recife em uma cidade-parque.
O horizonte do projeto é de longo prazo e pretende chegar à meta pré-estabelecida em 2037, quando a capital pernambucana completará 500 anos. Ele prevê a criação e integração de diversos parques e áreas de convivência, com equipamentos como passeios, ciclovias, áreas de lazer, mirantes, passarelas, alamedas. Todas as possibilidades de ocupação das bordas de 15 km cada, em toda a capilaridade dos 42 bairros perpassados pelo curso do Capibaribe, estão integradas no projeto. A busca é por uma convergência com os equipamentos públicos já existentes e a consolidação de corredores verdes nas ruas e avenidas que do rio se irradiam. Uma ação que irá contemplar pelo menos 400 mil recifenses. Há muito por fazer, mas os primeiros passos já foram dados e se materializam em ganhos reais para a população.
Ação pioneira do projeto, o Jardim do Baobá se transformou em uma nova e concorrida área de sociabilização e de contato com a natureza da nossa cidade. Trata-se de uma área de 100 metros lineares, no meio do trecho que segue do Parque da Jaqueira até o bairro das Graças e hoje é visto como um aconchegante espaço onde o verde claro da grama se mescla ao verde escuro do rio, sob a sombra dessa lendária árvore tão tipicamente recifense. Outras entregas dentro do mesmo conceito do Baobá foram a praça Otávio de Freitas, localizada em frente ao Memorial da Medicina de Pernambuco, na faixa Capunga/Derby, e o Cais do Imperador, no Centro do Recife, que se transformou em um charmoso café com
Jardim do Baobá, Cais do Imperador e Praça Otávio de Freitas
passaram pelo equipamento público. O Jardim fica aberto de terça a domingo, das 9h às 15:30, e a entrada é gratuita. Os visitantes têm contato com os oito jardins temáticos do JBR: Cactos, Bromélias, Orquídeas, Palmeiras, Plantas Medicinais, Sensorial, Plantas Tropicais e Biomas. Além das trilhas, também há exposições. Além de área pública de lazer e contemplação, o espaço abriga um corpo técnico que realiza pesquisas voltadas à botânica, restauração florestal e conservação da biodiversidade da Mata Atlântica.
Uma cidade que pensa no futuro precisa ter várias facetas. Ser inteligente, empreendedora, conectada, tecnológica, digital. Com equipamentos preparados para os desafios dos novos tempos e programas que apontem para o longo prazo. Mas, acima de tudo, precisa pensar naqueles que irão ocupá-la nos próximos anos. Afinal de contas, toda cidade é feita de gente. E para que essa gente possa crescer com saúde e preparo para aproveitar as oportunidades, é preciso cuidar de todos desde cedo. O Recife sabe disso e virou referência nacional em projetos para a Primeira Infância. Também virou referência na Robótica. Cuida
das suas crianças e jovens com atenção. Por isso é a capital que mais cresce no Ideb. Que tem mais jovens com curso superior graças ao investimento público. O Recife que a gente quer para o futuro é a cidade que cuida da sua Cultura, do Esporte e do Turismo com ideias novas e equipamentos modernos. Um lugar de inovação, onde as novidades fazem parte do nosso dia a dia, seja na hora de estacionar o carro ou de buscar uma conexão para internet em um espaço público. Uma cidade pronta para surpreender, porque sabe a importância de trabalhar pensando sempre nos próximos passos.
Recife assume o compromisso de focar na construção de ações específicas para a população de crianças de 0 a 6 anos
Não há qualquer exagero em se afirmar que, hoje, o Recife é uma cidade que cuida efetivamente do seu futuro. Em maio de 2018, com a lei 18.491, a administração municipal instituiu o Marco Legal da Primeira Infância, que estabelece quinze diretrizes que a cidade tomará como baliza para conceituar e implementar ações voltadas para as crianças de 0 a 6 anos. O Marco Legal fez da capital uma das primeiras metrópoles do país a assumir, publicamente, o compromisso de fazer do cuidado com esta crucial etapa da vida uma política pública horizontal e ampla.
Pensar a Primeira Infância, portanto, é atuar a partir de um programa intersetorial, que congrega diversas secretarias e instituições vinculadas à gestão municipal. A começar pela pasta criada para coordenar todas essas ações, a Secretaria Executiva da Primeira Infância, que se articula com as demais secretarias que realizam políticas que, de alguma forma, se relacionem com o desenvolvimento das crianças de 0 a 6 anos. Atualmente, o Recife tem 1,63 milhão de habitantes, dos quais 125 mil são pequenos cidadãos na faixa etária da primeira infância.
Entre essas ações, estão o fortalecimento de programas vitoriosos, como o Mãe Coruja Recife, o funcionamento das creches-escola, o acolhimento
das crianças em situação de vulnerabilidade, através da Casa Mãe, e outras ações que vão sendo gestadas a partir do momento em que a gestão municipal decidiu focar a atenção no desenvolvimento das crianças recifenses. O Mãe Coruja Recife, por exemplo, ganhou um braço, o programa Geração
Afeto, que tem como objetivo estimular os vínculos afetivos entre as crianças e seus parentes. Entre as atividades, são disponibilizadas oficinas de contação de histórias para crianças, shantala - uma massagem de origem hindu - para bebês, yoga para gestantes ou, ainda, um curso técnico de eletricista predial para os pais e companheiros.
O trabalho da Prefeitura do Recife chamou a atenção de diversas instituições, que se tornaram parceiras, como a Fundação Bernard Van Leer, sediada na Holanda. A entidade produziu um estudo publicado na Universidade Princeton, em Nova Jérsei, nos Estados Unidos. “Algumas pessoas me perguntam: por que você fala na ocupação de espaços públicos e colorir as vias e praças de uma cidade, quando não se consegue fazer as taxas de crime cair ou quando as crianças faltam muito à escola? Eu respondo: venha para o Recife e veja o que está acontecendo”, observou Tim Gill, pesquisador da Fundação Bernard Van Leer.
MAIS VAGAS E QUALIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Amizade é uma palavra que poderia ser sinônimo do ambiente da CMEI 8 de Março, no Ibura de Baixo. OO equipamento foi inaugurado pela Prefeitura do Recife em março de 2014 e logo se tornou uma das 21 unidades à população, ampliando o total de creches da rede municipal de ensino para 89, com um total de 20 mil vagas.
Maria Eduarda Silva, Dávila Lins, Michelle Evani da Silva e Alessandra Maria da Silva têm filhos atendidos na creche e refletem o orgulho de propiciar a Pedro Henrique, Davi Jr., Rayssa Hadassa, Miguel e Messias Antônio uma bela experiência: “Essa creche aqui é melhor do que muita escola particular”, elas concordavam, em uníssono.
Oferecer uma educação infantil pública, gratuita e de qualidade é um dos pilares sobre os quais se estrutura a política de primeira infância. As crianças recebem não apenas uma alimentação balanceada e um espaço lúdico e colorido, mas, principalmente, cuidado e delicadeza para deixar o aprendizado mais fácil. “Fico muito tranquila toda vez que deixo meus dois filhos aqui porque sei que serão bem tratados”, comenta Maria Eduarda.
17 novas unidades
Uma das primeiras capitais a lançar o Marco Legal
Mais de 20 mil mães e bebês atendidos
Quanto mais bem-acolhida for uma criança, maiores as chances de que sua travessia seja mais harmônica na vida. E isso desde a barriga, como atesta a atuação do programa Mãe Coruja Recife. Quando veio para a rede municipal de saúde, em 2014, já era uma iniciativa exitosa e premiada do Governo do Estado. Hoje, as estatísticas impressionam: vinte mil beneficiados, entre mães e filhos, e 14 espaços, distribuídos ao longo de 23 bairros do Recife. Como o nome transparece, o programa monitora a gestante do pré-natal até o puerpério, cuidando dela e da criança. O carinho
começa na gravidez: a mãe que fizer no mínimo sete consultas de pré-natal no Sistema Único de Saúde – SUS recebe um kit com 22 itens, de banheira a trocador, passando por objetos de enxoval e objetos de higiene.
“A experiência de ser atendida pelo Mãe Coruja foi muito eficaz. Quando meu filho nasceu, qualquer dúvida que eu tinha sobre amamentação vinha aqui e elas me acolhiam. Quando Everton ficou desnutrido, com 3kg aos três meses, a pediatra me pediu para vir aqui dia sim, dia não, para ver se ele estava ganhando peso”, testemunhou Virginia Braga.
CRECHES-ESCOLA92
Rede Municipal de Ensino tem diversas equipes de escolas campeãs brasileiras e com participações destacadas na Olimpíada Mundial
A tecnologia passou a ser uma importante ferramenta para o desenvolvimento pedagógico na Rede Municipal de Ensino do Recife. A partir de um aporte de R$ 32 milhões investidos na implantação do programa Robótica na Escola, a cidade se tornou uma referência neste tipo diferente de aprendizagem, onde os alunos são colocados à prova através de desafios e muitas experiências. O raciocínio lógico é estimulado e, o que talvez tenha
sido o ponto alto da experiência no Recife, os estudantes são motivados a trabalhar em equipe. Os alunos da rede pública municipal, da educação infantil até o 9º ano, têm nas escolas a disciplina de Robótica, onde a principal ferramenta é o kit de Lego. Mas os estudantes ainda têm contato com a linha de robôs humanoides (NAO) quando estão matriculados no Clube da Robótica. São cerca de 92 mil alunos beneficiados com a iniciativa.
O Recife foi a capital que apresentou maior evolução no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nos dois últimos levantamentos. Nos Anos Finais, a nota do Recife cresceu de 3,5, em 2015, para 4,1, em 2017, e 4,7, em 2019 e, pela primeira vez, a rede ultrapassou a meta estabelecida. Desde 2011, a rede municipal acumulou um crescimento de 62% no Ideb. Nos Anos Iniciais, a nota do Recife vem crescendo e, nos três últimos resultados, desde 2015, a rede vem atingindo a meta estabelecida.
Muitos estudantes sonham em cursar uma faculdade no Recife, mas, além da pequena oferta de vagas nas instituições públicas, muitos não têm condições financeiras para arcar com as altas mensalidades em estabelecimentos de ensino superior da rede particular. É justamente para aqueles que não conseguem ingressar em um curso pago que o Prouni Recife surge como esperança, abrindo novas possibilidades. A Prefeitura do Recife entra em cena, faz a diferença e assume a responsabilidade de tornar as faculdades um espaço cada dia mais democrático. Implantado em 2015, o programa contabiliza, atualmente, 1.419 alunos inscritos e já
disponibilizou um total de 2.524 bolsas. E para quem quer concorrer a uma das vagas, é preciso preencher alguns critérios: Comprovar renda bruta familiar, per capita, de até dois salários mínimos; ter cursado ensino médio na rede pública ou em escola privada com bolsa integral; ter realizado o Enem no ano anterior, e ser residente e domiciliado no município do Recife por, no mínimo, três anos, contados antes da data de inscrição.
O professor de Matemática, Cid José Esquindó, recorda o impacto da chegada da robótica. “Foram salas e salas lotadas do kit azul”, lembra. “Passamos valores para eles, que conseguem entender a importância do trabalho em equipe, o respeito ao próximo, se ajudam. Ensinamos muito além da robótica e eles nem percebem”, destaca. Outro ponto que Cid gosta de pontuar é a melhora no aprendizado, nas notas da escola. “Muitos chegavam aqui sem muito interesse e depois a gente
passou a mandá-los para casa", diz.
Todo esse interesse fez com que o Recife conquistasse o tricampeão brasileiro, além de conseguir resultados expressivos na Olimpíada Mundial de Robótica. “Aqui formamos cidadãos. É mais do que tecnologia. Eles estão vivenciando cultura, conhecimento. É visível a mudança no comportamento deles”, destaca Dani Luca, diretora executiva do Centro de Educação, Tecnologia e Cidadania da Prefeitura do Recife (Cetec).
O programa Passe Livre, que contempla estudantes da 6ª à 9ª séries do Ensino Fundamental e os alunos do Programa Travessia, é mais que um incentivo para que o aluno vá à escola. É também uma importante contribuição na renda familiar. Os estudantes usufruem de até 70 passagens mensais, inclusive aos sábados, domingos e feriados e até mesmo nas férias escolares. O benefício representa uma economia de R$ 1.453,20 por aluno por ano. O Passe Livre já contemplou 223 mil estudantes, um investimento de mais de R$ 10 milhões.
Assim como acontece em outros equipamentos, a Prefeitura do Recife tem procurado estabelecer um padrão de qualidade no serviço público que não deixa nada a dever aos empreendimentos privados. É o que tem acontecido com as escolas da Rede Municipal de Ensino. A climatização, que antes era privilégio dos educandários particulares, chegou às salas de aula das escolas municipais a partir de 2017, com o Programa Novo Clima. Hoje quase 200 novas escolas receberam os equipamentos de refrigeração e a cobertura, que era de aproximadamente 25% da Rede Municipal de Ensino, subiu para 99% dos ambientes com climatização completa. O planejamento previa a conclusão
NOVO CLIMA
99% das salas climatizadas
de todas as unidades até o final de 2020. Além das salas de aula, os espaços de convivência como bibliotecas e de organização administrativa das unidades educacionais também estão contemplados no programa. A ação beneficia os 92 mil alunos, além dos mais de 7 mil professores e demais profissionais de educação da Rede Municipal de Ensino.
Pesquisa destaca avanços na infraestrutura e no capital humano da cidade
Quando uma cidade investe em inovação, em qualificar os jovens e em garantir uma melhor infraestrutura, os resultados aparecem. Este é o Recife de hoje. Uma cidade cada vez mais preparada para os desafios do futuro e pronta para receber empreendimentos que desejam se instalar em um lugar cheio de oportunidades e de um povo trabalhador e sabido. Na última edição da pesquisa Melhores Cidades para Fazer Negócios, realizada este ano pela consultoria
Urban Systems, em parceria com a revista Exame, o Recife ficou no topo do ranking entre as cidades do Nordeste com mais de 100 mil habitantes. Em relação à pesquisa anterior, o Recife saiu do 19º lugar para o 15º em capital humano, e em infraestrutura passou do 13º para o 8º lugar nacional. Resultados que retratam o acerto dos programas desenvolvidos pela Prefeitura do Recife, como Robótica nas Escolas, Prouni Recife, Qualifica Recife, Conecta Recife, entre tantos outros.
CIDADE EMPREENDEDORA
Pesquisa Urban Systems/revista Exame
CIDADE INTELIGENTE
Recife é destaque no Nordeste
Além dos benefícios que trazem para a população, os programas de tecnologia da Prefeitura têm se transformado em verdadeiros campeões de reconhecimento em todo o Brasil. Iniciativas inovadoras e de sucesso, como o Robótica na Escola, Conecta Recife, Gestão tecnológica do trânsito, Licenciamento Digital e o Portal da Transparência projetaram nossa cidade como uma das mais importantes Smart Cities do país, as chamadas cidades inteligentes.
No último levantamento, realizado este ano, o Recife não apenas ficou com o título de destaque do Nordeste, posição que ocupa por seis anos consecutivos, como melhorou oito colocações no ranking nacional, ocupando agora a 15ª posição. O Ranking Connected Smart Cities é considerado a mais relevante iniciativa de cidades inteligentes no país e avalia uma série de eixos importantes para o desenvolvimento de uma cidade.
O Brasil é o país mais burocrático do mundo, conforme levantamento do Banco Mundial, de 2018. Imagine a quantidade de documentos e papelada necessários para a aprovação de um projeto. Imaginou? Pois se você quer obter uma licença no Recife, esqueça a burocracia. A realidade agora é outra. Desde 2017, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do município iniciou
A tecnologia revolucionou o mundo moderno. Basta o toque no smartphone, na palma da mão para acessar um serviço. É assim com o Zona Azul Digital, serviço implantado, em 2019, pela Prefeitura do Recife. Uma ferramenta moderna que facilita a rotina do cidadão na hora de estacionar em uma das 4.400 vagas de Zona Azul na cidade. O usuário baixa o aplicativo gratuitamente e faz um cadastro no App. Feito o cadastro, pode pagar o estacionamento e monitorar, a distância, o tempo de permanência. Até outubro de 2020, foram feitas mais de 2,9 milhões de ativações no Zona Azul Digital.
a implantação do licenciamento digital, que permite a abertura de processos por meio eletrônico, para dar agilidade, transparência e facilitar este tipo de processo.
Quem está do outro lado do balcão vem recebendo as mudanças positivamente. A primeira fase do sistema foi implantada em junho de 2017 e chegou para agilizar o processo de análise de
licenciamento de novas obras. Nessa época, a meta era agilizar as análises dos processos em até 70%. Com a implantação da segunda fase do sistema, que aconteceu em dezembro de 2017, o tempo de análise foi reduzido em 90% já em 2018. Um ganho para todos os envolvidos, destacando a eliminação do papel em todos os processos. Bom para economia nos gastos e também na preservação do meio ambiente.
QUALIFICA RECIFE
Mais de 50 cursos oferecidos
O desafio do emprego é uma realidade que afeta a população de toda e qualquer metrópole brasileira. Principalmente depois da crise econômica que atingiu o país em meados de 2014 e vem se arrastando ao longo dos últimos anos. Uma das ações da Prefeitura do Recife, através da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, é oferecer à população mais carente alternativas de geração de renda através do aprendizado de alguma atividade profissional. Este é o propósito do Qualifica Recife, um programa marcado por
histórias de talento, perseverança e superação. O programa hoje conta com 17 escolas profissionais e centros de educação profissional espalhados por toda a cidade. São oferecidos cerca de 50 cursos básicos, com duração média de cinco meses, com carga horária que varia entre 200 e 400 horas. Com a ampliação no número de instrutores, a oferta cresceu para 5.400 vagas em cursos presenciais. Há também a oferta e cursos online. Apenas moradores do Recife podem participar do programa.
LICENCIAMENTO DIGITAL
Redução de 90% no tempo dos processos Para incluir toda a população nos avanços que a tecnologia têm proporcionado, o Recife passou a contar, a partir de 2014, com um amplo programa de acesso gratuito à internet. É o Conecta Recife, que disponibiliza gratuitamente 176 pontos de conexão à Internet, em 40 bairros e 86 localidades espalhados por toda a cidade. Locais de grande movimentação, como os pontos turísticos e equipamentos públicos como as unidades do Compaz, mercados, parques, praças e unidades de saúde são exemplos de pontos contemplados pelo programa. O Conecta possibilita a navegação por até duas horas. Em média, são 8.700 usuários que navegam todos os dias.
Multiuso é o termo mais adequado para classificar o Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão). Imagine um local capaz de receber competições esportivas internacionais e shows culturais grandiosos num mesmo ambiente. Desde a inauguração, em 1970, já abriu os portões para jogos da seleção brasileira de vôlei, dos inesquecíveis Harlem Globetrotters e apresentações de artistas como Roberto Carlos, Legião Urbana, Jimmy Cliff, Faith No More e A-ha. Ou - quem está na casa dos 45 anos deve ter na memória - transformou a quadra em pista de gelo para receber as apresentações do Holiday On Ice. Após uma grande reforma, o maior ginásio do Recife está pronto para retomar seus dias de glória como principal palco do esporte e do entretenimento na cidade.
O novo Geraldão oferece toda a capacidade para abrigar atletas, usuários e espectadores do Recife. A requalificação traz novidades e melhorias, concedendo ao ginásio o altíssimo padrão das principais arenas esportivas do mundo, com capacidade de retornar à pauta internacional de eventos esportivos e culturais. O equipamento tem mais de 20 mil m2 de área construída e capacidade para receber um público de até 10 mil pessoas.. A "grande estrela" é a quadra poliesportiva de 20x40 metros, totalmente adaptada aos novos padrões internacionais, inclusive ganhando um placar eletrônico de quatro faces e que possibilita a visualização de qualquer ponto do ginásio.
Mas, além de se qualificar para receber os grandes eventos, o Geraldão se consolida como um equipamento importante para a sociedade nas áreas da educação esportiva, cultural e até mesmo da inclusão digital. A população tem acesso a aulas de nove modalidades esportivas, além de Dança de Salão e Ginástica Aeróbica. Também funcionará uma Unidade de Tecnologia na Educação e Cidadania (Utec), espaço pedagógico criado para proporcionar inclusão digital à comunidade e aos estudantes da Rede de Ensino do Recife.
Todas essas atividades acontecem fora do palco principal, As três quadras poliesportivas externas também passaram por reforma e ganharam um espaço para esportes de areia. O parque aquático ganhou uma nova piscina semiolímpica de 25 x 12 metros.
Recife é a primeira cidade do Norte/Nordeste do Brasil a possuir um Plano de Turismo Criativo – e a terceira capital do país a consolidar, em diretrizes, suas estratégias de expansão nessa seara (as primeiras foram Porto Alegre, em 2014, e Brasília, em 2016). Em julho de 2019, Recife ratificou seu pioneirismo: tornou-se a primeira metrópole brasileira a receber o selo da Creative Tourism Network, uma rede internacional que reconhece as cidades que operam e difundem a frequência do turismo criativo. A
Requalificado para receber 10 mil pessoas
No ano em que completou 105 anos de existência, o Teatro do Parque reabriu as portas como um presente para a Cultura. Com tamanha responsabilidade, recontar a história do teatro foi um projeto marcado por desafios, arrebatamentos e paixões, como sentimentos que só a arte é capaz de despertar.
Entre 2013 e 2014, durante a elaboração do projeto, entendeu-se a importância histórica do edifício e a necessidade de se aprofundar o trabalho de pesquisa. E aí, o que era uma reforma virou uma restauração. A missão era efetivar um resgate profundo, capaz de atender também às necessidades de mais de 100 anos de atualização do prédio. O trabalho recuperou o
teatro como ele era após a reforma de 1929, ano em que ganhou os dois grandes salões da entrada. Como houve outra grande reforma que mudou o estilo arquitetônico do teatro, em 1959,
Primeira capital a receber o selo da Creative Tourism Network
partir daí, novos roteiros, que não costumam fazer parte dos pacotes turísticos tradicionais, passaram a ser valorizados, como a Bomba do Hemetério, a Ilha de Deus, o Alto José do Pinho e Brasília Teimosa.
NOVO TEATRO DO PARQUE
Requalificado para 800 lugares
a maior parte do público vai conhecer um teatro inteiramente diferente. O Teatro do Parque reabre com uma capacidade de 800 pessoas por sessão, sendo 240 na plateia superior.
É sabido que o recifense tem muitos orgulhos, afinal, a nossa cidade é bela, diversa e cativante pela própria natureza. Porém, talvez um dos nossos maiores chamegos com a capital pernambucana seja o frevo. Localizado na Praça do Arsenal, uma das mais charmosas localidades do Bairro do Recife, o Paço do Frevo é um museu que mantém viva a história deste ritmo que é uma identidade, uma bagagem, algo que identifica todas e todos aqueles que podem dizer que são do Recife. Além de exposições temporárias e permanentes, como a que congrega vários estandartes de blocos
antológicos da folia pernambucana, o Paço do Frevo abriga um centro de documentação e um estúdio de gravação. É como se fosse um convite para os visitantes, ao conhecer a História, deixar também um registro da experiência de ter estado ali.