DE OLHO NO FUTURO!
Fazenda São
Carlos - Dedicação, tecnologia, diversificação e visão de futuro.
Campanha de combate aos resíduos de antimicrobianos no leite.
Dia de Campo COOPERBOM

Mais informações ao produtor.
Geraldinho do Engenho: Do campo para a Academia de Letras.
Foto: Pedro Couto
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE BOM DESPACHO
Av. das Palmeiras, nº 180
Fone: (37) 3521-3131
Contato: secretaria@cooperbom.com.br
DIRETORIA EXECUTIVA
(Mandato 2020 até A.G.O. 2024)
Presidente - Fúlvio de Queiroz Cardoso Neto
Diretor Administrativo - Carlos Humberto de Araújo
Diretor Comercial - Enes Custódio Fialho
CONSELHEIROS ADMINISTRATIVOS
EFETIVOS: Elda Maria da Silva Alves Santos, Everaldo Eustáquio Oliveira Melo, Itamar Silva, Marco Aurélio Rodrigues Costa, Terezinha
Aparecida Rangel Silva, William Diniz da Silva Rezende.
SUPLENTES: Amintas Pinto da Silva, José Mauro da Silva, Maurício da Costa Cardoso.
CONSELHEIROS FISCAIS 2019/2020
EFETIVOS: José António da Cunha, Renato Lopes Cardoso, Ricardo Cardoso Gontijo Silva.
SUPLENTES: Fernando José Ferreira, João Bosco de Assis, Lincon Wagner de Aquino Silva.
CONSELHO EDITORIAL
Fúlvio de Queiroz Cardoso Neto Carlos Humberto de Araújo
Enes Custódio Fialho
Elda Maria da Silva Alves Santos
Renato Fragoso
Paulo Henrique Morais e Silva PRODUÇÃO
Publicação: Cidade’s.com Editora de Jornais e Revistas
CNPJ - 16.634.399/0001-00
Editor: Renato Fragoso - 17.434/MG
Fone: (37) 99856-0290
Gerente de Marketing: Paulo Henrique M. e Silva
Projeto Gráfico: Central de Ideias - CCPR
Diretor de Arte: David Fragoso
Revisão: Thalita Martins
TIRAGEM: 2.000 EXEMPLARES
Impressão: RONA EDITORA
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião desta revista.
FÚLVIO DE QUEIROZ CARDOSO NETO

Presidente da COOPERBOM
Nossa missão é tornar a cooperativa reconhecidamente cada vez mais forte. Temos ciência de que o significado disso é adotar um modelo estratégico de direção que reforce valores como responsabilidade, transparência e democracia. Valores naturais ao nosso modelo de negócio. A ideia é dar ainda mais segurança, agilidade e eficiência às operações colocadas em prática na COOPERBOM Completamos pouco mais de cinco meses na administração da COOPERBOM. Nesse curto período, pudemos sentir os efeitos de várias medidas que estão sendo adotadas. O aumento expressivo do número de novos cooperados e o retorno daqueles que estiveram distantes caracterizam a retomada da credibilidade da COOPERBOM.
Outra importante medida foi a reestruturação e a otimização do layout do supermercado, cujo objetivo era melhorar o fluxo e a comodidade dos usuários em compra. Mesmo com a redução na quantidade de funcionários, a qualidade do atendimento não decaiu; ao contrário, o atendimento e a praticidade da disposição de mercadorias possibilitaram maior fluidez dos usuários, o que está sendo constatado pelos próprios clientes.
Nossas unidades, fábrica de rações, lojas agroveterinárias e postos de gasolina têm apresentado excelentes números, o que demonstra que os associados estão apoiando com mais intensidade nossa Cooperativa. Tudo em decorrência de ações comerciais estratégicas. De agosto a novembro deste ano, o faturamento atingiu 118,3 milhões, contra 79,9 milhões do mesmo período de 2019, um crescimento significativo de 48%.
Promovemos também a reforma estatutária. As mudanças eram necessárias e vão beneficiar significativamente nossos cooperados. A assistência agroveterinária aos produtores rurais, cujo atendimento está em franca expansão, continua dando ótimos resultados.
A primeira edição da Revista COOPERBOM em campo foi um sucesso. Agradecemos a todos os parceiros por acreditarem no projeto e a todos aqueles que, de alguma forma, deram sua contribuição. A segunda edição traz como matéria principal o cooperado Fabiano Cardoso, proprietário da Fazenda São Carlos. Fabiano é exemplo de perseverança e arrojo, valores que estão conectados a investimentos em inovação tecnológica e diversificação das atividades na sua propriedade. A matéria técnica, a cargo da professora da UFMG Mônica Cerqueira, fala sobre o combate aos resíduos de antimicrobianos no leite.
Destacamos também a matéria com o produtor rural Geraldo Rodrigues da Costa, o Geraldinho do Engenho, escritor-membro da Academia Bom-Despachense de Letras.
Boa leitura!
FAZENDA SÃO CARLOS.

De olho no futuro!
BREVE HISTÓRIA DO TEMPO.
A saga da família Cardoso é ancestral. Se dermos largas ao pensamento e mergulharmos na história, remontaremos ao insigne padre Belchior Pinheiro de Oliveira, clérigo conselheiro de Dom Pedro I, quando, às margens do Ipiranga, o príncipe regente, orientado pelo padre, proclamou a independência do Brasil. O episódio foi monumentalizado, tornado épico e grandioso no quadro “O Grito do Ipiranga”, 60 anos depois, pelo artista Pedro Américo.
FAMÍLIA CARDOSO:
Ao fundo, da esquerda para a direita: os irmão Antônio Cardoso de Oliveira, Alexandre Cardoso de Oliveira Filho, Belchior Cardoso de Oliveira, Francisco Cardoso de Oliveira, Gervásio Cardoso de Oliveira, o primo Belchior de Oliveira Cardoso. Em primeiro plano, da esquerda para a direita: o menino CARLOS CARDOSO
DE CARVALHO (CARLITO), dona Joana e a garota Sebastiana, o garoto José, dona Maria José de Cardoso Mesquita ampara a pequena Tinuca ao lado do esposo Alexandre Oliveira da Silva Cardoso (filho de Júlia Angélica), que ampara a neta Zezinha, Alexandrina de Oliveira, Joana Maria de São José (nora do casal Maria José e Alexandre), amparando a garotinha Lenir.

Padre Belchior e os Andradas foram exilados na França por discordarem da Constituição autoritária imposta pelo príncipe regente ao novo império, o Brasil. No país gálico, padre Belchior teve uma filha, nascida em 1825 na cidade de Talence, próxima a Bordeaux, cujo nome era Júlia Angélica de Oliveira.
Em seu regresso ao Brasil, em 1829, o padre trouxe consigo a filha e instalou-se na freguesia de Pitangui. Júlia Angélica foi
morar em Bom Despacho, entregue por seu pai aos cuidados da família do abastado proprietário rural José Antônio da Silva Cardoso, o Major da Piraquara. Em Bom Despacho, a menina tornou-se famosa pelo apelido de “Júlia, a Francesa”. Aos 12 anos, casou-se com Antônio José da Silva Cardoso, irmão do Major da Piraquara.
Júlia Angélica é a matriarca dos Cardoso de Bom Despacho!
NOVOS TEMPOS.
Quase dois séculos depois, um dos descendentes de Júlia, a Francesa, possivelmente em uma das glebas da Piraquara, o produtor rural Fabiano Brandão Cardoso é exemplo do moderno gestor do agronegócio. Fabiano é proprietário da Fazenda São Carlos, parte da herança deixada por seu pai, Carlos Antônio Cardoso (Capota), que, por sua vez, herdou de seus pais, Carlos Cardoso de Carvalho (Carlito) (foto) e Geni Cardoso. Dona Geni, com a morte do marido, passou a administrar a Fazenda Machado e foi responsável pela manutenção e pelo êxito da propriedade.
Aos 49 anos, Fabiano Cardoso é casado com Andreia Simões da Mota e tem duas filhas: Letícia (14) e Sofia (9). Formado em agronomia, ele administra a fazenda conectado às inovações tecnológicas e adepto da diversificação de atividades.
O pai dele sempre foi produtor de leite, principal atividade da fazenda até Fabiano assumir a gestão. Seguindo a tradição familiar, Fabiano, desde criança, ajudou o pai na lida no campo. Capota foi o grande mestre do filho, que não titubeou em seguir os seus passos e ensinamentos.
A mãe, Maria Terezinha Cardoso Brandão (Zinha), foi sua grande inspiradora. Com a morte do marido, em 1999, Zinha as-
sumiu a administração da Fazenda Capota. Desde então, a propriedade transformou-se em referência na produção de leite e na inseminação artificial.
Fabiano conta que a sucessão aconteceu de forma natural. Ao se formar em agronomia, foi trabalhar com o pai na fazenda. Recém-formado, impetuoso e ávido de mudanças, Fabiano Cardoso ressaltou que o pai o ajudou a refrear o ímpeto e realizar as mudanças necessárias, cada uma a seu tempo. Capota adoeceu e faleceu cinco anos mais tarde.

AGRO, NEGÓCIO DE FAMÍLIA.
A sucessão familiar no agro ainda é o grande desafio para o desenvolvimento das atividades ligadas ao agronegócio e o prosseguimento da gestão por pessoas da mesma família. As mulheres, entretanto, têm conquistado cada vez mais espaço na assunção dos
negócios familiares.
A família de Fabiano é um bom exemplo. A esposa, Andreia, contabilista, participa da administração da fazenda. Sofia e Letícia, sempre que podem, não desgrudam do pai na lida. Desde cedo demonstram grande interesse nos negócios e, sempre à maneira delas, dão uma demão ao administrador da propriedade. “Apesar da pouca idade, procuro ensinar às minhas filhas os caminhos seguros para continuarem os negócios na Fazenda São Carlos. Fico bastante otimista ao vê-las demonstrar grande interesse pelas atividades rurais, porque a época de somente homens tocarem uma fazenda ficou para trás. O agro evoluiu, abriu espaço para mulheres e transformou-se em negócio e, como tal, deve ser administrado”, explica Fabiano, demonstrando orgulho pela colaboração da esposa e das filhas.

OLHO NO FUTURO: INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E PRODUÇÃO DIVERSIFICADA.
A Fazenda São Carlos tem raízes arraigadas no passado, mas o olhar de seu administrador está voltado para o futuro. Ao quebrar a tradição de ser exclusivamente produtora de leite, a São Carlos passou a se dedicar também à lavoura.
E, mais recentemente, seguindo o exemplo da mãe, Maria Terezinha (Zinha), instalou o sistema compost barn e passou a produzir grande volume de leite. Mas não se esqueceu da lavoura: diversificou a plantação, investiu em mão de obra especializada, maquinário e inovações tecnológicas.
A Fazenda São Carlos possui área de 175 hectares (ha), sendo 85 ha irrigados por quatro pivôs centrais para irrigar as plantações. Com a implantação do sistema compost barn, a produção de leite saltou para 4.500 L/dia, com três ordenhas e 130 vacas em lactação. De acordo com Fabiano Cardoso, “a atividade leiteira sem o compost barn é inviável”. Sobre a lavoura, foi minucioso: “Produzimos soja na área total, mais área arrendada de terceiros, depois milho para silagem e uma terceira safra, que é o plantio de feijão”.

DE
Para Fabiano, o sucesso da propriedade está vinculado aos ensinamentos do pai, à influência da mãe, à sua formação em agronomia, à busca constante por inovação tecnológica, ao investimento em maquinário, à alta produtividade como meta, à qualificação e melhoria da qualidade de vida dos funcionários e à preocupação com o bem-estar animal e o meio ambiente.


Sobre a COOPERBOM, Cardoso foi enfático: “Com a nova diretoria, a cooperativa está no caminho certo. Os diretores são produtores rurais, possuem qualificação
ÁLBUM DE FAMÍLIA

técnica, são honestos e sabem da importância da assistência aos cooperados. Os produtores rurais associados deveriam apoiar mais a entidade, utilizar a assistência técnica, comprar na COOPERBOM para o dinheiro circular na cidade. A cooperativa é do cooperado, que deveria usar todos os serviços oferecidos, pois o crescimento exponencial da cooperativa gera lucro, e o retorno é revertido aos associados”, finalizou.

CAMPANHA DE COMBATE AOS RESÍDUOS DE ANTIMICROBIANOS NO LEITE.
MÔNICA PINHO CERQUEIRA
Tema 1: Por que fazer o Uso Racional destes Medicamentos?
Com a implementação da Campanha de Combate aos Resíduos de Antimicrobianos, a CCPR vem reforçando as ações de uso racional destes medicamentos junto aos seus produtores. Na verdade, isto é fundamental, e mais do que nunca, precisamos entender em primeiro lugar, o porquê desta campanha, ou seja, por que fazer este controle?
Os antimicrobianos são medicamentos muito importantes e necessários para o controle das doenças do homem e também dos animais. No entanto, precisamos entender que quando não utilizamos estes medicamentos de forma prudente e racional , podemos colocar em risco, inclusive o sucesso do controle destas doenças. Isto significa que os antimicrobianos podem não eliminar os patógenos associados às doenças e com isto, a doença pode não ser tratada e ainda pode haver aumento da resistência antimicrobiana.
Quando falamos de resistência antimicrobiana, precisamos entender o que
ela significa. Em uma linguagem simples, podemos dizer que toda vez que usamos um antimicrobiano para tratar uma doença, por exemplo, causada por bactérias, este medicamento vai agir sobre estes microrganismos levando à sua eliminação ou não. As bactérias sensíveis a este antimicrobiano, como por exemplo a este antibiótico usado, serão eliminadas, mas aquelas resistentes não serão eliminadas e permanecerão. Desta forma, quando passamos a usar mais vezes os antimicrobianos, muitas vezes sem necessidade e de forma não responsável, aumentamos o risco de termos mais bactérias resistentes que não vão responder aos tratamentos. Isto é muito preocupante também, porque por outro lado, o aumento da resistência ocorre em uma velocidade muito maior do que o tempo que os laboratórios levam para o desenvolvimento de novos antimicrobianos. Qual é a consequência disto? Podemos correr o risco de nos próximos anos, termos cada vez mais dificuldades

de tratar as doenças.
Usando a mastite, como exemplo por ser uma das principais causas de perdas econômicas na atividade leiteira, podemos dizer que o uso racional e prudente de antimicrobianos está ligado aos seguintes aspectos: 1. Uso apenas quando for realmente necessário; 2. Uso sob orientação de um médico veterinário; 3. Uso seguindo rigorosamente as recomendações da bula do medicamento (dose, via de aplicação, duração do tratamento, etc); 4. Uso apenas de antimicrobianos aprovados para vacas (em lactação e secas); 5. Uso somente de antimicrobianos associados aos programas de boas práticas agropecuárias, à garantia de práticas de manejo que garantam a correta nutrição, sanidade e bem-estar dos animais.

No caso da mastite clínica, aquela que a vaca dá sinal, fica com a glândula mamária inchada, avermelhada e com aumento da temperatura e o leite apresenta grumos no teste da caneca, a decisão de tratar ou não com antibiótico depende da identificação do patógeno que está causando a mastite. Isto é ponto importante e faz parte do que estamos tratando aqui, ou seja, do uso racional de antimicrobia-
nos. Hoje isto é simples e nós podemos fazer cultura microbiológica da amostra de leite desta vaca, no laboratório ou até mesmo na fazenda. Na fazenda, por exemplo, as análises são feitas utilizando placas específicas e com 24 horas, temos os resultados.
Com esta prática, somente vamos tratar os animais em algumas situações Por exemplo, se der negativo na placa, não vou tratar a vaca com antibiótico. Se der positivo, o tratamento vai depender da bactéria que crescer. Em algumas situações e dependendo da orientação do veterinário, tratamos com antibiótico ou não. Com isto, podemos reduzir o uso dos antibióticos em 40 a 60% . Isto significa menos gasto com antibiótico, menos descarte de leite, menos risco de resíduo no leite, menos problema de resistência das bactérias, porque vamos usá-lo racionalmente e ainda, mais leite dentro do Programa Tudo nos Conformes.
Produtor, ao decidir pelo uso dos antimicrobianos, use-os com prudência e responsabilidade, e caso queira obter mais informações sobre a Campanha de Combate aos Resíduos de Antimicrobianos no Leite, consulte o técnico da CCPR de sua região!


DIA DE CAMPO COOPERBOM.
A Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho realizará, na segunda quinzena de fevereiro, o Dia de Campo. O evento acontecerá na Fazenda COOPERBOM com objetivo de levar informações in loco aos produtores rurais. O presidente da organização, Fúlvio Queiroz Cardoso Neto, acredita que “essa é uma maneira eficiente de levar aos cooperados novas tecnologias agropecuárias”. Para o diretor comercial Enes Fialho, “o Dia de Campo dissemina informações e troca conhecimento na prática, esclarece dúvidas e traz respostas que auxiliam os produtores”.
IMPORTÂNCIA:
A importância do Dia de Campo é consensual entre os participantes ao promover a comunicação de produtores rurais, técnicos agrícolas, lojas agropecuárias e pesquisadores. O Dia de Campo é extremamente efetivo no sentido de difundir
novidades tecnológicas, criar condições e oportunidades de planejamento de safras e alternativas mais sustentáveis, aumentar a rentabilidade e a produtividade e, por fim, fortalecer a agricultura.
O milho é o segundo grão mais produzido no Brasil, conforme levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – com 268,7 milhões de toneladas, o Brasil deve ter uma produção recorde de grãos na safra 2020/21. A expectativa é que, no período, o plantio ocupe cerca de 66,8 milhões de hectares, 879,5 mil hectares a mais que na safra anterior.
O volume estimado representa um crescimento de 2,3% em relação à temporada anterior, na qual os agricultores colheram 100 milhões de toneladas do grão. Diante desse cenário e considerando também a importância da silagem para nossa microrregião, a Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho (COOPERBOM) programou para a segunda quinzena de

fevereiro de 2021 o Dia de Campo sobre cultivares de milho e suas atribuições. O evento tem o objetivo de mostrar visualmente características de cada híbrido plantado.
Contamos com a participação e o envolvimento de sete empresas parceiras na montagem dos campos demonstrativos: Agroceres, Agroeste, Brevant, KWS, Morgan, ZK (Syngenta) e Santa Helena Sementes.
A área-teste foi plantada em 3/11/2020, em área de 14 hectares, tendo sido disponibilizados dois híbridos por empresa, e seguiu as condições técnicas descritas no quadro a seguir:
OBSERVAÇÃO
• 16 LINHAS DE PLANTIO PARA CADA HÍBRIDO, INICIANDO COM BREVANT NO ALTO DA ÁREA, E FINALIZANDO COM AGROESTE.
GRÃOS:
Em 2020/21, a produção de soja deve ficar em 133,7 milhões de toneladas, estima a Conab, o que mantém o Brasil como o maior produtor mundial da oleaginosa. A colheita de milho também deve ser recorde, de 105,2 milhões de toneladas, 2,6% a mais do que no ano anterior.
A área de cultivo de arroz deve aumentar 1,6%, mas os técnicos da Conab estimam queda de 4,2% na produtividade, o que deve resultar numa colheita de 10,8
milhões de toneladas. O mesmo pode ocorrer com o feijão, cuja safra estimada é de 3,126 milhões de toneladas, o que significaria diminuição de 3,2% em relação à temporada passada.
O milho deve atingir, na safra atual, 34,5 milhões de toneladas exportadas, enquanto a exportação de soja deve ficar em 82 milhões de toneladas e subir 3,7% na safra 2020/21, chegando a 85 milhões de toneladas, estima a Conab.
AÇÕES ADMINISTRATIVAS.
Medidas na área administrativa são importantes e estão sendo tomadas. Todas elas têm o objetivo de beneficiar os cooperados.
A EMATER está retornando para o escritório na unidade da COOPERBOM, no Bairro Ana Rosa. Enquanto isso, o IMA também poderá voltar para aquela unidade. A situação está em análise.
Promovemos renegociação de dívidas referentes a contratos antigos com o Banco do Brasil e Banco Itaú, com redução de juros de 7% para 4%.
Estamos realizando estudos para ampliação da carta de convênios para proporcionar mais benefícios aos cooperados.
O quadro de funcionário está sendo reestruturado.
Veículos antigos, com altas taxas de despesas, estão sendo vendidos. Com a negociação dos veículos dispendiosos e a terceirização dos serviços de transporte, haverá enorme economia para a cooperativa e maior custo-benefício.
Elaboramos plano de instalação gradativa de energia fotovoltaica. Inicialmente, no supermercado e futuramente será expandido para demais áreas.
Com essas medidas, a COOPERBOM reduzirá custos e vai melhorar sua eficiência.
NOVOS ASSOCIADOS:
• Antônio Carlos Pinto
• Anderson Gomes de Souza
• Daniel Cardoso Ferreira
• Diógenes Benone Silva
• João Jesus Ferreira
• José Carlos da Fonseca
• Júnio César da Costa Assis
• Rafael Martins
• Rosângela Maria da Costa
Silva
LEITE ENTREGUE NA COOPERBOM
PERÍODO:
Novembro/2019
Dezembro/2019
Janeiro/2020
Fevereiro/2020
Março/2020
Abril/2020
Maio/2020
Junho/2020
Julho/2020
Agosto/2020
Setembro/2020
Outubro/2020 Novembro/2020
REVITALIZAÇÃO DO TATERSAL É PRIORIDADE PARA NOSSO FORTALECIMENTO!
O Sindicato Rural de Bom Despacho renovou sua direção na eleição de julho de 2020. A nova diretoria busca constantemente um novo formato que seja mais participativo entre a entidade e seus associados.
Precisamos oferecer produtos e serviços que tragam benefícios ao dia a dia de nosso associado. Para isso, temos que avivar mais a nossa casa, intensificando a presença dos sindicalizados e de seus familiares.
Dessa forma, ao buscar ideias em outros sindicatos da região, percebemos o grande potencial que os leilões de animais têm de aproximar os envolvidos e promover melhores negociações a todos os produtores rurais de nosso município e região.
Entre os vários motivos pelos quais Bom Despacho é considerado um município privilegiado, destacamos:
• Localizado às margens da BR-262, facilita a logística de acesso por produtores rurais interessados na aquisição e na venda de animais.
• Conforme sua tradição como importante bacia leiteira, possui rebanho de alta qualidade para comercialização.
• É responsável pela exportação anual de diversos animais de alta genética, devido aos inúmeros produtores que investem na criação de animais geneticamente superiores no município através da biotecnologia FIV (fertilização in vitro).
• Possibilita a expansão da agricultura em escala comercial e a recria de animais na entressafra, por meio da utilização da tecnologia lavoura-pecuária , o que gera uma melhor sinergia na utilização da terra e na geração de renda.
Após várias reuniões pautadas no amadurecimento e na definição desse assunto, nos deparamos com a impossibilidade de utilização do tatersal (local destinado a leilões de animais como bovinos, equinos etc.) existente nas dependências do Sindicato Rural devido:
• À ausência de currais de apartação e visitação dos lotes de animais antes de serem leiloados;
• À má disposição do redondel (local onde os animais são expostos no ato do leilão) e às precárias acomodações dos participantes em arquibancadas.
Para solucionar tais problemas, elaboramos um pré-projeto, no qual contemplamos
a REVITALIZAÇÃO DE NOSSO TATERSAL, com a adequação do galpão a um formato moderno que ofereça condições apropriadas para expor os animais, de forma a demonstrar todas as suas características raciais, o que com certeza influenciará positivamente na sua comercialização. Simultaneamente, será possível acomodar, de forma mais confortável, os participantes do evento. O projeto prevê ainda a construção de currais de apartação dos lotes, com excelente logística entre eles e o tatersal, para facilitar o deslocamento dos animais, agilizar a realização dos eventos e trazer, assim, segurança para os participantes e o trabalho dos colaboradores.
Estamos cientes dos grandes benefícios que esse feito trará pra todos nós, mas também do investimento financeiro que terá que ser aplicado, estimado hoje em R$ 400 mil.
Contaremos com o voto de confiança de todos os colaboradores, incluindo produtores rurais, empresas, entidades ligadas ao agronegócio e Poder Público, para, juntos, concretizarmos esse projeto e iniciar uma nova era na comercialização de nossos produtos. PRECISAMOS, SIM, INVERTER ESSA ROTINA, pois nossos animais são transportados diariamente a municípios vizinhos para serem comercializados, e esse dinheiro deixa de ser reinvestido em nossa cidade. Iremos transformar Bom Despacho em um polo de comercialização de animais de alto valor genético e até mesmo de animais destinados a recria e abate.
Gostaria de ressaltar o apoio, já ratificado, ao nosso projeto, do deputado estadual Wendel Mesquita e do vereador eleito Vinícius Pedro, que se reuniram com nossa diretoria e validaram a importância dessa campanha para o crescimento do Sindicato Rural. Isso possibilitará, no médio prazo, a criação de outros produtos e serviços para atender os associados.
A direção do Sindicato Rural de Bom Despacho irá, oportunamente, entrar em contato com você em busca de seu apoio. Seja solidário, vamos trabalhar juntos!
SOMANDO NOSSOS ESFORÇOS, SEREMOS MAIS FORTES!
DOIS DEDOS DE PROSA:
DO CAMPO PARA A ACADEMIA DE LETRAS.
Geraldo Rodrigues da Costa, o Geraldinho do Engenho, nasceu no Engenho do Ribeiro, distrito da cidade de Bom Despacho, no Centro-Oeste mineiro. A história e a tradição secular do povoado vêm dos primórdios da colonização brasileira. No século XVIII, o português Gonçalves de Lima tomou posse da sesmaria situada na margem esquerda do rio Picão, denominando-a Bom Jardim do Picão, pela biodiversidade e pela exuberante beleza da mata virgem que cobria toda a extensão do rio da nascente, nas imediações do povoado da Garça, à sua desembocadura no rio Pará, no município de Martinho Campos.
Geraldinho foi sericultor, suinicultor, agricultor e atuou na pecuária leiteira, atividade tocada atualmente por seu filho, seu sucessor na fazenda. É um dos mais

antigos associados da COOPERBOM (Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho), na qual a matrícula é n° 0487. A partir de 1980, montou uma venda de secos e molhados no Engenho do Ribeiro, que se transformou em um pequeno supermercado. Seu primeiro livro, “Gavetas da mente”, foi editado em 2003, aos 46 anos.
Ele escreveu mais 11 livros e participou de dez coletâneas, constituintes do projeto editorial denominado “Gandavos”.
HISTÓRIA:
“Nasci no alto de uma colina de terra branca, entre dois córregos de água pura e cristalina protegidos por arvoredos, numa casinha amarrada de cipó e barreado de chão batido, cheirando a reboco
de estrume de vaca misturado a terra de formigueiro. Os primeiros acordes musicais que chegaram aos meus ouvidos foram orquestrados pela natureza. O cântico dos passarinhos, o leve toque da brisa roçando a relva verdejante e a sinfonia do carro de boi entoando seu canto dolente no meio da mata.
Com imensa saudade, recordo-me de minha mãe, à noite, na casinha do monjolo, peneirando fubá de milho-branco, chamado ‘cara de velho’. Eu, pingando de sono, iluminava para ela com lamparina a querosene, ouvindo aquele delicioso xuá-xuá da água cachoeirando-se da bica e sentindo os respingos, através das frestas da parede de varões, borrifando meu rosto. Do céu, divinamente estrelado, vez ou outra uma estrela cadente despencava, riscando o breu da noite em nossa direção.
Da infância à juventude, no Buriti do Jorge, na fazenda de meu avô, Guilhermino Rodrigues, local denominado Sesmaria, as lembranças mais agradáveis, apesar das dificuldades, das mãos calejadas, da tiração de leite a unha seca, do frio cortante nos brejais, dos pés descalços ou enfiados em alpargata de couro cru. As botinas gomeiras, só fui calçá-las aos 12 anos. Viviam mais atreladas pelo cadarço, penduradas nos ombros, que encalcadas nos pés, acostumados a andar livres. Foi assim a minha infância: dividida entre o trabalho, a escola e as brincadeiras.
Da adolescência à juventude, a rotina foi só trabalho, ordenhando, plantando e
carpindo roça ou tombando a terra com arado de boi nas épocas da preparação para o plantio. Ah, se eu pudesse voltar à roda do tempo e reviver tudo aquilo! Aquele recanto era meu paraíso encantado.
Na época de seca, era hora da moagem da cana na fabricação de rapaduras. A lida era feita de madrugada. Um engenho pequeno, puxado por um cavalo, mais tarde substituído por um maior, puxado por junta de bois. Frio era aquele que Deus mandava. Eu, calçado de alpargatas, vestido com uma blusinha de flanela, calça curta, tangendo os bois e batendo queixo, enquanto a geada ia estendendo seu lençol branco nas várzeas que margeavam o rio Picão.
Ao concluir o primário, troquei o material escolar pelo cabo das ferramentas rudimentares, com as quais, sem abandonar o hábito da leitura, lavrei a terra durante mais da metade da minha existência. Caminhei por trilhas estreitas, às vezes tortuosas, entre espinhos, mas sempre com muita fé, espelhado no exemplo e na dignidade de meus saudosos e adoráveis pais, José e América.
Agradeço aos amigos, à minha família, especialmente à minha companheira, Amarildes, esposa, amiga, mãe de meus quatro filhos, razão de todas as razões da minha vida.”
Aos 78 anos, o decano da Academia Bom-Despachense de Letras, cheio de energia e inspiração, diz ainda ter fôlego para muitos livros.
SABERES DO VÔ GUILHERMINO
• “Ao subirmos uma estrada arenosa, vincada de rastros de carros de bois, nos deparamos com inúmeros filhotes de sapos, centenas deles, subindo a estrada em direção à parte mais alta do cerrado. Vô Guilhermino explicou: ‘É sinal de chuvas contínuas nos próximos três meses. Os sapinhos procuram lugares altos e seguros para fugir das cheias dos brejais. Nas secas, já adultos, retornam para procriar’.”
• “Ninhos de pássaros de hábitos aquáticos feitos rente à lâmina d’água do rio são sinais de pouca chuva (não ocorrerão enchentes).”
• “Quando aparece um grande halo em volta do sol, é sinal de chuva mansa e copiosa pelos três dias seguintes (o fenômeno ocorre devido à evaporação do excesso de umidade).”
• “Em picadas de animais peçonhentos, deve-se colocar pedra feita de chifre de veado-galheiro embebida no leite para sugar o veneno.”
LANÇAMENTO DA REVISTA “COOPERBOM em campo”.

Vicente Cançado (SICOOB Credibom), Maria Augusta (COOPERBOM), Lindalva (COOPERBOM), José Fúlvio (SICOOB Credibom), Eliane Leandro (COOPERBOM), Fúlvio Cardoso (COOPERBOM), Luciane Azevedo (COOPERBOM), Carlos Humberto (COOPERBOM), Pedro Adalberto (SICOOB Credibom), Mozart Lúcio (Sindicato Rural de Bom Despacho), Enes Fialho (COOPERBOM), Jailton Antônio de Oliveira (CDL/Acibom), Patrick Brauner (Sindicato Rural de Bom Despacho), Renato Fragoso (Editor) e Rodrigo Belione (SICOOB Credibom).
Evaristo Rezende (Conceito), Elaine Soares (Conceito), Sâmara Rufino (CCPR), Fúlvio Cardoso (COOPERBOM), Enes Fialho (COOPERBOM), Carlos Humberto (COOPERBOM), e Marcos Fernandes (CCPR).



O Presidente do SICOOB Credibom, José Fúlvio Cardoso, e seu filho, Fúlvio de Queiroz Cardoso Neto, Presidente da COOPERBOM.
Carlos Humberto (COOPERBOM), Fúlvio Cardoso (COOPERBOM), Fabiano Cardoso (Fazenda São Carlos) e Enes Fialho (COOPERBOM).








