REVISTA - COOPERBOM em campo Ed. 26

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INFORMATIVO MENSAL EDIÇÃO 26 | JANEIRO 2023

GRATIDÃO!

COOPERBOM participada INTEGRACOOP 2022.

Tuberculose bovina: estamos atentospara esteproblema nafazenda?

Novo bioinsumo aumenta produtividade dacana-deaçúcar.

Importância deseconhecer osoloabaixo dacamada superficial.

Foto:DavidFragoso

COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE BOM DESPACHO

Av. das Palmeiras, nº 180

Fone: (37) 3521-3131

Contato: secretaria@cooperbom.com.br

DIRETORIA EXECUTIVA: (Mandato 2020 até A.G.O. 2024)

Presidente - Fúlvio de Queiroz Cardoso

Neto

Diretor Administrativo - Carlos Humberto de Araújo

Diretor Comercial - Enes Custódio Fialho

CONSELHEIROS ADMINISTRATIVOS:

EFETIVOS: Elda Maria da Silva Alves

Santos, Everaldo Eustáquio Oliveira Melo, Itamar Silva, Marco Aurélio Rodrigues

Costa, Terezinha Aparecida Rangel Silva, Wilian Diniz da Silva Rezende.

SUPLENTES: Amintas Pinto da Silva, José Mauro da Silva, Maurício da Costa Cardoso.

CONSELHEIROS FISCAIS 2022/2023:

EFETIVOS: Geraldo Elias de Oliveira, Joaquim Geraldo Campos, Ricardo Luís

Campos

SUPLENTES: Custódio de Oliveira Neto, Édson Longuinho, Haroldo de Oliveira Costa.

CONSELHO EDITORIAL:

Fúlvio de Queiroz Cardoso Neto Carlos Humberto de Araújo

Enes Custódio Fialho

Elda Maria da Silva Alves Santos

Renato Fragoso

PALAVRADOSDIRETORES.

Cooperadasecooperados,

O agronegócio brasileiro responsabiliza-se por insumos e alimentos de qualidade com base na produção sustentável. Exerce protagonismo no enfrentamento da crise por intermédio do crescimento contínuo da produção, da exportação e do abastecimento do mercado interno, sobressaindo-se entre os demais segmentos. Isso se deve ao potencial agrícola do país, às transformações no campo, às boas estratégias e à profissionalização dos gestores e da mão de obra, além da gestão eficiente, característica intrínseca do cooperativismo.

PRODUÇÃO:

Publicação: Cidade’s.com Editora de Jornais e Revistas

CNPJ - 16.634.399/0001-00

Editor: Renato Fragoso - 17.434/MG

Fone: (37) 99856-0290

Projeto Gráfico: Central de Ideias - CCPR

Capa: Pedro A. Ferreira e David Fragoso

Diretor de Arte: David Fragoso

Revisão: Thalita Martins

TIRAGEM: 2.000 EXEMPLARES

Impressão: RONA EDITORA

Os artigos assinados e publicidades não refletem necessariamente a opinião desta revista e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Presentes em diversas cadeias produtivas, as cooperativas agropecuárias são essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país. Colaboram, efetivamente, para a geração de empregos e renda para milhões de brasileiros. A dinamicidade do cooperativismo promove a formação de alianças estratégicas, desenvolve cadeias produtivas e absorve novas tecnologias. Segundo personagens exponenciais do agro, a palavra que define o agronegócio brasileiro este ano é “produtividade”. As cooperativas são responsáveis por fomentar mudanças estruturais e estratégicas na vida social e econômica da população. A expectativa dos produtores com relação ao atual governo é de que ele exerça papel central no fomento do crescimento do agronegócio brasileiro.

A COOPERBOM sempre estará ao lado de seus cooperados, promovendo melhorias constantes, implantação de novas tecnologias e assistência agronômica, comoobjetivoaumentarofaturamentodenossosassociados e atender as necessidades do setor, sempre em observância às leis ambientais.

Desejamos aos nossos cooperados e cooperadas, aos conselhos de administração e fiscal e a todos os colaboradores que o ano novo traga esperança, fé, saúde, amor, paz, felicidade e que todos consigam realizar seus sonhos.

Boa leitura!

Feliz2023!

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GRATIDÃO!

Ivan José da Costa iniciou suas atividades na COOPERBOM no ano de 1970, quando a cooperativa era ainda bem pequena. “Nossa estrutura funcional contava com 20 funcionários e recebíamos 20 mil litros de leite por dia. Era apenas uma lojinha localizada na avenida das Palmeiras, onde trabalhavam quatro funcionários: Lurdinha daVolks,comoéconhecida,EmíliaPessoa, Lindalva do Oscar e eu. Ao longo dos anos, a cooperativa cresceu e se transformou nessa empresa gigante de grande importância socioeconômica para Bom Despacho”,afirmouIvan.

Porsugestãoevontadedeseupai,Elídio Rodrigues da Costa, cooperado por mais de60anos–grandeprodutordeleite,condecorado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como “produtor rural modelo” nos anos de 1982 a 1984 –, Ivan tornou-se cooperado, graças também à transferência de cotas de capital, necessárias e exigidas estatutariamente, feitas pelo senhor Elídio.

AHISTÓRIAEATRAJETÓRIA PROFISSIONALNARRADAPELOPRÓPRIO

IVAN:

“No ano de 1981, era gerente de compras e tive que ser demitido para que, no ano seguinte, pudesse me tornar diretor comercial da cooperativa. Permaneci no cargopordoismandadosconsecutivos.

Em outubro de 1988, fui eleito vice-prefeito na chapa encabeçada pelo amigo doutor José Cardoso de Mesquita. Deixei a Cooperbom em março do ano seguinte para assumir a vice-prefeitura e a pasta de secretário de administração até o ano de1992.

Em 1993, retornei à COOPERBOM, assumindo a diretoria administrativa a pedido doamigodoutorJacquesGontijo,quefora, merecidamente, se tornar diretor comercial da nossa Cooperativa Central (CCPR), emBeloHorizonte.

Voltando no tempo, em 1983 e 1984 iniciaram-se as primeiras conversas sobre o cooperativismo de crédito rural no Estado. O empreendedor e visionário senhor Elias RodriguesdaCosta(“NêgodaCerer”),cuja

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Foto:DavidFragoso

visão futurista vislumbrava grande perspectiva para o segmento, incentivou-nos a visitar o Rio Grande do Sul, onde o cooperativismo de crédito rural era muito difundido. Juntamente com o presidente da COOPERBOM à época, senhor Antônio Bernardes, e o diretor administrativo Jacques Gontijo Álvares, fomos para as terras gaúchas buscar conhecimentosnecessáriosparatrilharocaminhodafundaçãode nossacooperativadecrédito.

Ao retornarmos, tratamos logo de nos reunirmos com os cooperados com o apoio de técnicos da Ocemg e, imediatamente, fundamos a Credibom (foto). A fundação ocorreu no dia 22 de setembro de 1985. Éramos 33 associados, homens destemidos e confiantes no projeto. Naquele dia, estávamos plantando uma semente numa terra fértil que floresceu e deu frutos. O crescimento da Credibom foi bem acimadenossasexpectativasmaisotimistas.

Fomos a segunda cooperativa de crédito rural do Estado de Minas Gerais. A primeira foi a de Muzambinho, que, infelizmente, não existe mais. Podemos dizer, então, que assumimosoprimeirolugardascooperativasdecréditoruralde MinasGerais.

Capitaneados pelo primeiro presidente da Credibom, Dr. Jacques Gontijo Álvares, cumprimos nosso mandato até 1996. Daí em diante, tornei-me supervisor de vendas dos produtos derivados do leite na CCPR (Itambé) em Belo Horizonte. Na Cooperativa Central, permaneci por dez anos, até2008,quandofuiconvidadopeloamigoZédoNô,então presidentedaCOOPERBOM,paraassumirocargodegerente de compras. Passei a exercer o cargo em 2008, na administração de Zé do Nô, passando pelo presidente Moacir Eustáquio Teixeira (Somé), e nele permaneci até a presente data,sobgestãodeFúlviodeQueirozCardosoNeto.

Não meço esforços para deixar sempre as portas abertas. Agradeço o apoio que sempre tive desses amigos citados e de tantos outros, sem nunca me esquecer de nossos associados, que merecem todo nosso respeito e confiança, pois são a razão de existir dacooperativa.

Peço desculpas àqueles que, porventura, não me compreenderam em algum momento, pois a intenção foi sempre satisfazer a todos, embora saibamos que nem sempre é possível.

Portanto, quero, primeiramente, agradecer a Deus por me propiciar e presentear com esse convívio maravilhoso que pude desfrutar com todos os colegas de trabalho por onde passei, com todos os cooperados e pessoas que sempremerodearam,com todos os fornecedores dos mais variados produtos, sendo recompensado com o apoio de todos. Sinto que pude cumprir bem as tarefas que me foram atribuídas ao longo desse período.Senãofuimelhor,nunca foiporfaltadevontade.

Luta, esforço e comprometimento sempre me direcionaram, podem estar certosdisso!

Um forte abraço e até breve!”

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IvanJosédaCosta Foto:COOPERBOM Foto:FundaçãodaCredibom

IVANJOSÉDACOSTA,DESTAQUETAMBÉMNOFUTEBOL:

Além do profissional dedicado e competente, Ivan também foi um futebolista de destaque no esporte bretão em Bom Despacho. Foi zagueiro imbatível da brilhante equipe Associação Atlética de Bom Despacho nos anos de 1970.

Em pé: Magno Laine, Pretinho (im), Vantuir, Ivan, Wilson Amaral, Laércio, Camargo (im), Noinha (im), AlaorCésar(im),Fernandinho.

Agachados: João Taco (im), Antônio da Carminha (im), Silvinho Vitorino (im), Renato Fragoso (Bruxo), Nonóia (im), Aldair, Ademir, Acir e Lúcio Padeiro.

Mascotes: Kleverson (Tete), Edmar (Lemão) e Alisson (Tata) (im).

Dezembro/74, jogo contra o combinado do Cruzeiro.

Placar: AAB 5 x 1 Cruzeiro.

Empé:Franguinho(7ºBPM), Mozola(7ºBPM),Camargo (im),Laércio,Miguel,Ivan, Wagner(Tiza),Silvinho,Célio Tabatinga(im),Ozanan.

Agachados: Pedro, Renato Fragoso (Bruxo), Noinha (im), Fernandinho, Jorginho, Calau, Jorge, Lúcio Padeiro e Antônio da Carminha (im).

Mascotes: Chiquinho, Beto e Marcinho.

Em pé: Jorge, João Taco (im), Magno Laine, Nonóia (im), Ivan, Wilson Amaral, Noinha (im), Alaor César (im), Pretinho (im).

Agachados: Antônio da Carminha (im), Renato Fragoso (Bruxo), Aldair, Lúcio Padeiro, Ademir e Fernandinho.

Fotos:Acervopessoalde RenatoFragoso.

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INTEGRACOOP2022.

Entre os dias 5 e 10 de dezembro, o presidente da COOPERBOM, Fúlvio de Queiroz Cardoso Neto, integrou a comitiva de líderes cooperativistas do Sistema CCPR, capitaneada pelo presidente Marcelo Candiotto (foto ao lado), para participar do Intergracoop 2022, com a missão de conhecer importantes cooperativas do sul do Brasil. O objetivo da visita foi estimular e consolidar a essência do espírito cooperativista, promover a integração entre as cooperativas e incorporar novas propostasdeatuaçãoemodelos de negócios inovadores dascooperativasquetrabalhamcomleiteeoutras atividades,visandoàmodernização das coopera-

tivas do Sistema CCPR, do qual a COOPERBOM faz parte. NoParaná,foramvisitadasascooperativasCocamar, Castrolanda (fotoacima) e Unium, fruto da intercooperação entre Castrolanda, Frísia e Capal com o objetivo de ampliar a abrangência de produtos e serviços. Na sequência, a equipe seguiu para o Rio Grande do Sul

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Foto:Divulgação Foto:CCPR

e conheceu a CCGL e sua singular Cotrijal (foto abaixo), a maior cooperativa singular do Rio Grande do Sul.

O presidente da COOPERBOM falou da importância de compartilhar conhecimentos e trocar experiências. “A cooperação e a intercooperação têm a função de humanizar todos os envolvidos, reverberam suas ações para a comunidade, potencializam toda a cadeia do agro e geram oportunidades para bons negócios”, analisou Fúlvio. E completou: “Impressionou-me sobremaneira o profissionalismo, a cooperação, a logística, a importância dada à sucessão familiar no negócio e a especialização de mão de obra. Todos os anos são selecionados estudantes e enviados em grande número para realização de cursos na Nova Zelândia”.

“O Integracoop foi uma oportunidade de compartilhamento de informações e experiências que nos proporcionou conhecer modelos e projeções possíveis para o futuro. Essa missão constatou o que já sabemos por essência: que é a força da união que promove o desenvolvimento. E é por meio da intercooperação que vamos seguir avançando na construção de um agro ainda mais forte, com resultados positivos para as nossas cooperativas e para a CCPR”, declarou o presidente Marcelo Candiotto.

PorJoãoPauloMello(CCPR)eRenatoFragoso Foto:Divulgação

TUBERCULOSEBOVINA:

Estamosatentosparaesteproblemanafazenda?

Atuberculoseéumadoençainfecciosa causada por um complexo de bactérias formado por Mycobacterium tuberculosis, M. bovis e M. africanum, principais causadoras da doença em mamíferos. Assim como a brucelose, a tuberculose é umazoonose,sendo,portanto,transmitida para o homem a partir dos animais.

A tuberculose bovina, doença causada por Mycobacterium bovis, afeta principalmentebovinosebúfalos,setorna crônica nos animais e é transmissível para o homem. Em bovinos, a doença causa lesões em vários órgãos e tecidos como pulmões, fígado, baço e até nas carcaças, além de lesões no úbere das vacas. Podem, ainda, dependendo da fase da infecção, apresentar emagrecimento acentuado, mas é importante destacar que muitas vezes, adoençaéassintomáticaenãoénotada pelosprodutores (Araújo, 2014).

Segundo Leite (2012), a principal via de transmissão do M. bovis é a respiratória. A bactéria é eliminada pelo animal infectado via ar expirado, urina, fezes, leite e outros fluidos corporais, dependendo do órgão infectado. O trato digestivotambémpodeservircomoporta

de entrada para o agente. É importante destacarqueaprincipalfontedeinfecção para um rebanho livre é a introdução de novos animais infectados e que, eventualmente, o homem infectado com M. bovis pode ser fonte de infecção para orebanho (Brasil, 2006).

No homem, a maioria dos casos de infeção por M. bovis ocorre em jovens, principalmente, pelo consumo de leite cru e de produtoslácteosquenãoforam submetidos à pasteurização. Por isto, o consumo de leite sem fervê-lo deve, sempre, ser evitado. Trabalhadores rurais, por sua vez, podem se infectar por inalação de aerossóis de bovinos infectados, e desenvolver a forma pulmonar da doença (Brasil, 2006). Crianças, idosos e pessoas com o sistema imune (de defesa) deficiente acabam desenvolvendo mais facilmente a formaextrapulmonardadoença (Leite, 2012).

No Brasil, Oliveira (2018) descreveu em seu trabalho que a tuberculose bovina é endêmica e está distribuída de forma heterogênea por todo o território nacional. A frequência da doença em bovinos varia de acordo com a localidade

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e rebanho explorado, atingindo valores de até 13,9%. Segundo estudo de Ferreira Neto et al. (2016), a doença acomete com maior intensidade rebanhos leiteiros de alta produção e com algum grau de tecnificação. Isso ocorre uma vez que essa forma de exploração envolve uma concentração maior de animais por área, principalmente durante a ordenha. Outro problema também enfrentado é a introdução de animais já doentes ao rebanho, sem que tenham sido testados previamenteparatuberculose.

Além da grande importância desta doença em relação à saúde pública, a tuberculose também acarreta grandes prejuízos econômicos aos produtores de leite. Estimar, com precisão, estes prejuízos no Brasil não é fácil, uma vez que a doença é crônica e nem sempre é detectada pelos produtores.

No mundo, estima-se que as perdas anuais referentes à tuberculose bovina sejam cerca de 3 bilhões de dólares, incluindo o descarte precoce de animais e a eliminação de animais com alto valor zootécnico (Araújo, 2014). Segundo Brasil (2006), a doença causa redução na produção de leite, diminuição na conversão alimentar, redução de nascimentos e aumento da mortalidade perinatal de bezerros. Estima-se que os animais infectados percam de 10 a 25% desuacapacidadeprodutiva

O impacto econômico da tuberculose tem sido descrito por diferentes autores em estudos realizados em alguns países, conforme pode ser evidenciado no Quadro 1. Bernués et al. (1997) utilizaram

os dados, apresentados no quadro, para estudo de custo-benefício de um programa de erradicação de brucelose e tuberculose bovina na Espanha.

LITERATURACONSULTADA:

ARAÚJO, F. R. Sintomas, prejuízos e medidas preventivas sobre tuberculose bovina. Embrapa Notícias. Disponível em: https://www.embrapa.br/ en/busca-de-noticias/-/noticia/1908535/artigosintomas-prejuizos-e-medidas-preventivas-sobretuberculose-bovina. 2014.

BERNUÉS, A.; MANRIQUE, E.; MAZA, M. T. Economic evaluation of bovine brucellosis and tuberculosiseradicationprogrammesinamountain area of Spain. Preventive Veterinary Medicine, v. 30, p. 137-149, 1997.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Programa Nacional de Controle

É importante lembrar que o MAPA publicou em 2001, o Programa Nacional de Controle e Erradicação de brucelose e tuberculose (PNCEBT) e que a legislação brasileira não permite a captação de leite de fazendas com animais positivos. Além disto, como não existe vacina nem tratamento para a tuberculose bovina, a prevenção da entrada da doença é a chavedocontrole. Fique atento produtor! Previna a tuberculose e se informe sobre o PNCEBT. Leite seguro é o produzido por vacas sadias,livres de tuberculose!

e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT): Manual Técnico. Brasília. 2006. 184p.

FERREIRA NETO, J. S. et al. Analysis of 15 years of theNationalProgramfortheControlandEradication of Animal Brucellosis and Tuberculosis, Brazil. Semina: Ciências Agrárias, v. 37, n. 5, 2016.

LEITE, B. M. Aspectos epidemiológicos e econômicos da certificação de propriedades leiteiras como livres de brucelose e tuberculose bovi-na. Dissertação de Mestrado, UNB, 2013.

OLIVEIRA, L. G. Influência do antagonismo por bactérias ácido-láticas e da maturação sobre a viabilidade e de Mycobacterium bovis BCG em queijos tipo Minas artesanal. Tese de Doutorado. UFMG. 2018.

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ALOGÍSTICAAÉREANÃOTRIPULADA

VAIREVOLUCIONAROCAMPO.

JOSÉLUIZALMEIDA COSTA

Especial para a Revista COOPERBOM em campo

MARCÍLIORESENDE SANTOS

Especial para a Revista COOPERBOM em campo

Hácemanos,avisãodefuturodeumacriançanalidaruralfeza civilizaçãovoar;agora,aversatilidadedosdronesfaráocampo anteciparofuturodalogística.

INSPIRE-SENAQUELACRIANÇACRIADANAFAZENDAQUE INVENTOUOAVIÃO,PENSEÀFRENTEDOSEUTEMPO!

A visão de futuro (antecipar tendências sociais, cientificas e tecnológicas) é a principal força capaz de induzir avanços civilizatórios. Foigraçasàshabilidadesdevisãodefuturode um menino criado em fazenda que a humanidade passou a andar de avião, um marco na história. Santos Dumont passou a infância na fazendadecafédeseupai,ondeapurouasua curiosidade sobre o emprego da força humana, animal e de máquinas na lida do campo, o que o levou a compreender os princípios básicos da mecânica motriz.

O próprio Santos Dumont contou detalhadamente como observou os esforços das forças mecânicas aplicadas nas atividades

rurais para se inspirar na invenção de suas máquinas voadoras mais pesadas que o ar, narrando, inclusive, as famosas apostas onde afirmava que, se os pássaros voavam, o homem também poderia voar. Durante algum tempo, perdeu as apostas, mas no fim, as ganhou triunfalmente.

Esta e outras histórias estão descritas no livro autobiográfico “Os Meus Balões”, publicado em 1904, três anos antes do primeiro voo do avião 14-Bis (ocorrido em 23 de outubro de 1906). “Todas estas máquinas de que acabo de falar [despolpadores, secadoras, descascadoras e separadoras de café], bem como as que forneciam a força motriz, foram

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os brinquedos de minha meninice. O hábito de vê-las funcionar diariamente ensinou-me, muito depressa, a reparar qualquer das suas partes”, explica.

Em outro trecho do livro, Santos Dumont revelou sua inspiração: “Durante as compridas tardesensolaradasdoBrasil,ninadopelozumbido dos insetos e pelo grito distante de algum pássaro, deitado à sombra da varanda, eu me detinhahorasehorasacontemplarobelocéu brasileiro e a admirar a facilidade com que as aves, com suas longas asas abertas, atingiam grandes alturas. E ao ver as nuvens que flutuavam alegremente à luz do dia, sentia-me apaixonado pelo espaço livre. Assim, meditando sobre a exploração do grande oceano celeste, por minha vez eu criava aeronaves e inventava máquinas”.

AmesmavisãodefuturoqueinspirouSantos Dumont baseada na lida do campo pode ser utilizadaparavislumbrarcomoalogísticaaérea nãotripuladapodecriarumanovarevolução.

O drone (designação popular de aeronave não tripulada ou aeronave remotamente pilotada)reúnealgumasvantagensquepermitem o uso da aviação no dia a dia do campo, tais comopousoedecolagememespaçospequenosecapacidadedevoarpróximoaosoloeno interior de recintos, dutos e galerias, além dos custos de aquisição e de operação infinitamente mais baratos que aviões e helicópteros.

A eficiência dos serviços logísticos operados pelos drones já foi testada e comprovada, indo desde vigilância patrimonial, monitoramento de rebanhos, busca e salvamento, mapeamento da reserva legal e cursos d’água, além dos serviços agronômicos de alto valor agregado, tais como varredura e mapeamentodedadosparaanálisedosolo,semeaduras, pulverizações em geral, acompanhamento do crescimento do plantio, inventário da produção, dentre outras.

A logística aérea não tripulada tem por objetivo utilizar o drone de forma estratégica para obter vantagens e benefícios maiores, seja economizando tempo e dinheiro, seja agilizando tarefas, e principalmente, captando informações de valor agregado.

Diferentemente dos veículos terrestres, o drone utiliza informações georreferenciadas em três dimensões para realizar o voo. A cada trajeto percorrido, podem-se coletar informações acessórias, independentemente da tarefaprincipaldovoo.Assim,épossívelrealizarao mesmo tempo mais de uma tarefa.

Outra versatilidade do drone é o fracionamento no transporte de cargas, possibilitando operações logísticas ponto a ponto, com maior capilaridade e pontualidade. De modo geral, a logística aérea não tripulada consiste

também nas operações de transporte e movimentação de cargas, mercadorias, pessoas e outros seres vivos.

NoBrasil,essasoperaçõesjásãorealidades pelo Laboratório Hermes Pardini, pela AMBEV, pela JBS, dentre outras empresas. Na Austrália, na Nova Zelândia e nos Estados Unidos, a empresaWingaplicaalogísticaaéreanãotripulada para realizar milhares de operações diárias deentregasdemercadoriasutilizando“bags”. Existem várias modalidades de drones, inclusive os que transportam pessoas sem a necessidadedepilotoabordo.AEmbraercriou o Eve, veículo para a mobilidade aérea urbana que já está em testes em algumas cidades do mundo. Para dar suporte operacional, a Eve Air Mobility criou um sistema logístico completo, dotado de vertports para pouso e decolagens e estações remotas de pilotagem, além de sistemas de controle e segurança dos voos, dentre outras funcionalidades.

Cabe à nossa geração complementar a visãodefuturodeSantosDumonteintroduzira logística aérea não tripulada na lida cotidiana do campo.

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JoséLuizAlmeidaCosta MarcílioResendeSantos CofundadoresdoMovimentoDroneLANT

NOVOBIOINSUMO AUMENTAEM ATÉ20%A

PRODUTIVIDADEDA CANA-DE-AÇÚCAR.

GUILHERMEVIANA

•DesenvolvidopelaCortevaeaEmbrapa,oOmsugoECO éoprimeiroinoculantesolubilizadordefósforodoPaís paraacana-de-açúcar.

•Novoinoculanteéformadoporduasbactérias queaumentamaabsorçãodefósforopelaplanta, aumentandoaprodutividade.

•Asbactériasusammecanismosdistintospara promovermaiorcrescimentodasraízeseaproveitaro fósforo,tantoopresentenosolocomoofornecidopor fertilizantes.

•Testesregistraramganhosmédiosde12toneladaspor hectareapósaaplicaçãodoproduto.

•Bioinsumopromoveumelhoraemíndicesde desempenhomesmocomreduçãode50%daadubação fosfatada.

•Ainovaçãopromovemaissustentabilidadeaopermitir areduçãodasaplicaçõesdosadubosfosfatados.

Duas bactérias identificadas pela Embrapa em seubancodemicrorganismos,capazesdeaumentar a absorção de fósforo pelas plantas, mostram ganhos comprovados na cultura da cana-de-açúcar. O incremento de produtividade, segundo dados da pesquisa da Embrapa, chegaa20%comoprimeiro inoculante solubilizador de fósforo desenvolvido no País com recomendações agronômicas validadas para a cultura da cana-de-açúcar, identificado como Omsugo ECO e comercializado pela multinacional Corteva Agriscience. O novo bioinsumo promove a redução da aplicação de adubos fosfatados, resultando em ganhos econômicos e mais sustentabilidade ambiental.

As duas cepas de bactérias que deram origem ao inoculante – Bacillus subtilis (CNPMS B2084) e Bacillus megaterium (CNPMS B119) – foram selecionadas a partir dos acessosdaColeçãodeMi-

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Analista da Embrapa Milho e Sorgo Lavourasapresentaramganhosde12tporhectarecomaaplicaçãode metadedaquantidadedefertilizantesfosfatados.Foto:PauloLanzetta

crorganismos Multifuncionais e Fitopatógenos (CMMF) da Embrapa Milho e Sorgo (MG). “Esse acervo tem enorme potencial em oferecer soluções para o aumento de produtividade de diversas culturas agrícolas, com foco em sustentabilidade e descarbonização da agricultura”, enfatiza Myriam Maia Nobre, chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo, ao informar que a coleção possui 11 mil registros.

De acordo com a pesquisadora ChristianePaiva,líderdaequipedesenvolvedora do estudo, as cepas dessas bactérias, a partir de mecanismos distintos, promovem maior crescimento das raízes e solubilização do fósforo adsorvido no solo.

“Realizamos pesquisas com foco na cultura da cana, definindo as doses e quais seriam as recomendações de uso do inoculante Omsugo ECO para buscarmos o melhor custo-benefício para o produtor rural. Tivemos relatos de ganhos médios de cerca de 12 toneladas por hectare nas áreas onde os produtores realizaram testes com o produto, se comparadas com áreas sem aplicação”, reforça.

agrícola 2020/2021 pela Embrapa e pela Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana) em três áreas produtoras brasileiras comprovam a eficiência do Omsugo ECO nessa cultura, fornecedora de matéria-prima para um setor de alta importância estratégica e econômica para o País. O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com 572,8 milhões de toneladas produzidas para a atual safra 2022/2023, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Os cientistas avaliaram os três mais importantes índices relacionados ao desempenho de uma lavoura de cana-de-açúcar: toneladas de cana por hectare (TCH) que mede a produtividade; açúcar total recuperável (ATR), indicador que representa a capacidade da cana de ser transformada em açúcar ou álcool; e toneladas de açúcar por hectare (TAH). A maior média de produtividade observada coincidiu com a parcela que recebeu a maior dose do inoculante líquido do OmsugoECO.“AprodutividadeemTCHfoi20% superior ao tratamento que não recebeu aplicação do inoculante ou adubo fosfatado”, relata o pesquisador Geraldo de Almeida Cançado, da Embrapa Agricultura Digital,queconduziuosestudosnacultura da cana.

Nas condições experimentais, o uso combinado de doses superiores a 500 ml por hectare do inoculante e aplicando somente 50% da quantidade de adubação fosfatadarecomendadafoicapazdepromover aumento significativo para os parâmetros de TCH e TAH. “Esses índices são associados, respectivamente, à produtividade e à qualidade da matéria-prima na cultura da cana-de-açúcar, indicando a eficácia do inoculante para essa cultura,” relataram os pesquisadores.

ArquivosdaColeçãodeMicrorganismos MultifuncionaiseFitopatógenos(CMMF)da EmbrapaMilhoeSorgo,emSeteLagoas(MG),de ondeforamselecionadasasbactériasdonovo bioinsumo.Foto:GuilhermeViana

COMOBIOINSUMO,CANAVIAIS

ENTREGAMATÉ20%AMAISDE

PRODUTIVIDADE:

Experimentos conduzidos no ano

Os dados foram publicados no Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa intitulado Utilização de Inoculante LíquidoSolubilizadordeFosfatoFormulado à Base dos Isolados de Bacillus megaterium e Bacillus subitilis no Plantio da Cana-de-Açúcar, que reúne autores da Embrapa Agricultura Digital e da Embrapa Milho e Sorgo.

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COMOATECNOLOGIAFUNCIONA:

As bactérias selecionadas pela Embrapa, por formarem esporos de alta resistência a estresses ambientais, permitem

Gráficos:GeraldoCançado

melhor colonização das raízes da cana e aplicação o ano todo. Além disso, é compatível com as práticas operacionais e de manejo da cultura. Os mecanismos de ação das bactérias passam pela liberação de fitormônios e pela produção de enzimas fosfatase e fitases que auxiliam na ciclagem do fósforo orgânico do solo e na produção de ácidos orgânicos para a liberação do fósforo fixado na forma inorgânica, que são essenciais para a ação na raiz e o aumento da absorção do fósforo pela cultura da cana. Os testes realizados no primeiro ano de validação da tecnologia comprovam a eficácia e a compatibilidade com as demais práticas agropecuárias preconizadas no Portfólio Corteva, segundo a empresa.

“Estamos trazendo para o mercado o primeiro solubilizador de fósforo com recomendações agronômicas comprovadasparaacultura.Atecnologiafoipesquisada ao longo de 18 anos pela equipe da Embrapa e agora se junta às ações de desenvolvimento em larga escala da Corteva voltadas à cultura da cana. A demanda por produtos biológicos no mercado é crescente e deve continuar assim nos próximos anos”, informa o líder de Marketing de Cana da Corteva Agriscience, Rodrigo Takegawa.

“O novo produto vem ao encontro da

demanda e da expectativa dos produtores de cana-de-açúcar na busca por soluções inovadoras sustentáveis. O foco dessa solução é fazer uso do fósforo retido no solo e, ao mesmo tempo, melhorar significativamente no aproveitamento da adubação fosfatada, contribuindo para um salto em produtividade e longevidade do canavial”, afirma Takegawa.

De acordo com executivo da Corteva, o Omsugo ECO visa não apenas aproveitar melhor os fertilizantes de adubação fosfatada, mas também fazer uso das reservas do solo. “Essa solução apresenta

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PorInPressPorterNovelli InoculanteCana.Divulgação:Corteva

compatibilidade biológica, física e química com os principais produtos utilizados no cultivo,inclusiveemconjuntocomavinhaça,participandoassimdasatuaispráticasagrícolas presentes na lavoura,” reforça.

Imagemcomparativadodesenvolvimentodecanavialsemobioprodutoe comaaplicaçãodoinsumo.Foto:GuilhermedeMedeiros/Simbiose

MELHORAPROVEITAMENTODA ADUBAÇÃOFOSFATADA:

“De forma inédita no setor canavieiro, a BP Bunge implementou ao longo da safra 2022/2023 o teste do Omsugo ECO em cerca de 10% da nossa área de plantio. Com base nos testes em andamento, há previsão de poder reduzir até 15% da adubação fosfatada. Os resultados parciais nas nossas áreas experimentais indicam ser bastante promissores e apontam para um aumento da eficiência do fertilizante fosfatadoaplicadoeumaumentodeprodutividade”, comenta Mário Dias, gerente corporativo de Desenvolvimento Agronômico da BP Bunge Bioenergia.

A BP Bunge Bioenergia está entre as maiores empresas do setor sucroenergético do País e é a maior exportadora de açúcar do mundo. Presente nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,SãoPauloeTocantins,aempresatem 11 unidades agroindustriais que somam uma capacidade de moagem de 32,4

milhõesdetoneladasdecana-de-açúcar por safra.

Aplicaçãodobioinsumonalavoura.

Foto:GuilhermedeMedeiros/Simbiose

GuilhermeViana(MTb06.566/MG)

EmbrapaMilhoeSorgo

milho-e-sorgo.imprensa@embrapa.br

Telefone:(31)3027-1905

Cominformaçõesde: InPressPorterNovellieCorteva

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IMPORTÂNCIADESECONHECER OSOLOABAIXODACAMADA SUPERFICIAL.

ANITAF.DOS SANTOSTEIXEIRA

SÉRGIOH. GODINHOSILVA

O solo é a base para o desenvolvimento dacivilização.Neleconstruímos,plantamose colhemos não somente alimentos para nosso sustento, mas também matérias-primas para suprir grande parte das necessidades da população, como algodão, e fontes de energia, como madeira. Mas você conhece bem o solo que está cultivando? Sabe como ele varia em profundidade e como protegê-lo para que ele continue cumprindo sua nobre função para as gerações futuras? O provérbio popular “Diga-me com quem tu andaseeutedireiquemés”poderiaaquiser dito como “Diga-me em que solo tu plantas quetedireioquepoderáscolher”.

O solo varia tanto ao longo da paisagem como em profundidade. À medida que cavamos o solo e o visualizamos em profundidade,elenosmostraoseuperfil,queécomposto por camadas com diferentes atributos – são os chamados horizontes. A depender da presença de determinados horizontes e de outros atributos presentes, o solo pode ser mais bem analisado, e, assim, podem ser determinados seus potenciais de uso e limitações para diferentes finalidades. Para

organizar informações e facilitar a comunicação a respeito de solos, eles podem ser classificados, recebendo nomes específicos, comolatossolos,argissolos,cambissolosetc., apenasparacitaralguns.

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Engenheira Agrônoma, Mestre e Doutora em Ciência do Solo Engenheiro Florestal, Mestre e Doutor em Ciência do Solo NILTONCURI Engenheiro Agrônomo, Mestre em Ciência do Solo
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Oslatossolos(foto1),osmaiscomunsem MinasGeraisenoBrasil,sãosolosqueapresentam maior homogeneidade de atributos ao longo do seu perfil (profundo), inclusive da textura e da estrutura (tipo “pó de café”). Geralmente estão em áreas de relevo mais suavizadoesãodefácilmecanização,oque faz com que sejam amplamente utilizados para cultivo de grãos em geral. Apesar de ocorrerem em relevo mais suave, podem também existir em áreas onduladas (como, por exemplo, na Zona da Mata mineira), onde maiores cuidados devem ser tomados para a conservação do solo e da água. Seu manejo intensivo, com uso recorrente de arado, grade e subsolador, faz com que o solo fique muito desagregado e mais sujeito àerosão,principalmentenaépocadaschuvas. Por isso, é de grande importância que o solo seja manejado corretamente. Sempre que possível, devem ser utilizadas técnicas conservacionistas como manutenção da cobertura do solo, devendo ser implantado o sistema de plantio direto (plantio sobre a palha) para lavouras ou o cultivo mínimo (menor revolvimento do solo, menos intervenções ao longo do ciclo da planta) para espécies florestais.

ráveldoteordeargila(partículaspegajosas ao tato) em profundidade. Esse aumento faz comqueaágua,queseinfiltracommaisfacilidade na porção superficial, encontre um impedimento físico causado por essa maior quantidade de argila em profundidade (entupimento de poros) e infiltre em menor velocidade. Isso tende a causar maior risco de erosão, pois, se a água não se infiltra, ela vai escoar superficialmente e lateralmente e arrastar partículas para os córregos e os rios. Como ponto positivo, esse incremento de argila aumenta a capacidade de retenção de água em profundidade e diminui a lixiviação (lavagem de nutrientes para fora do perfil do solo, para fora do alcance das raízes das plantas).

Nos argissolos (foto2) (solos moderadamenteprofundos),háumaumentoconside-

Os cambissolos (foto 3) (nome vem do latim “cambiare”, que significa “trocar”) são solos pouco desenvolvidos (com muitas trocas e reações ocorrendo). Geralmente são bem mais rasos que os latossolos e os argissolos e, por isso, tendem a apresentar impedimento físico para desenvolvimento de raízes das plantas em profundidade, à semelhança dos argissolos, porém mais perto da superfície. Esses solos se encontram mais comumente em relevo acidentado, o que faz com que sua mecanização seja dificultada (mas não impossibilitada,

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podendo ser utilizada inclusive a tração animal). As raízes que se desenvolvem nos cambissolos têm uma menor profundidade de exploração do perfil para buscar água, ficando mais vulneráveis a estresses hídricos em épocas secas ou nos veranicos (períodos de estiagem curta na época das chuvas). Por serem menos desenvolvidos, podem ter maior reserva de nutrientes do que os latossolos, a não ser que a rocha de origem seja muito pobre.

Os solos de várzea, principalmente gleissolos(corescinzentasabaixodohorizonteA) e organossolos (“turfas”), por serem sujeitos a alagamentos constantes ou periódicos, podem causar deficiência de oxigênio às raízes da maioria das plantas cultivadas, comexceçãodoarroz.Alémdisso,seencontram geralmente em áreas de preservação permanente, próximo aos cursos d’água, as quais são protegidas por leis ambientais.

Uma prática mecânica indicada atualmente para o cultivo de plantas perenes, incluindo o eucalipto, é a subsolagem, visando romper a barreira física em profundidade nos argissolos e nos cambissolos e, consequentemente, aumentar o volume de solo passível de ser explorado pelas raízes, notadamentenosperíodossecosdeinverno e nos veranicos, objetivando a absorção de água (e de nutrientes) de camadas mais profundas do perfil do solo, sempre mais úmidas do que as camadas superficiais, as quaissecamprimeiro.Aregrageralé:quanto mais argilosa for a camada de impedimento, mais profunda deve ser a subsolagem. Em condições naturais e sob sistemas de manejo conservacionista, os latossolos não apresentam camada de impedimento em profundidade. Sob sistemas de manejo convencional contínuo, estes solos podem apresentar compactação até a profundidade de 50 cm, comportando-se, neste caso, como se fossem solos menos profundos e requerendo práticas específicas de manejo para corrigir este problema.

As particularidades dos solos comentados acima podem variar dentro de certos limites, dependendo das condições ambientais.Alémdisso,outrossolos,menoscomuns, podem ocorrer em alguns locais, fazendo com que essas áreas necessitem de um manejo específico. Um bom exemplo é a ocorrência de plintossolos em áreas mais baixas, com dominância de latossolos em áreas pouco mais altas no entorno. Os plintossolos apresentam um horizonte subsu-

perficial com formação de plintitas (pequenos agregados arredondados, endurecidos, quando o solo está seco, ou firmes, quando o solo está úmido, e individualizados, que podem ser destacados das partículas do solo), os quais são indicativos de oscilação do lençol freático empoleirado. Esses solos geralmente apresentam problemas de drenagem restringida (risco de falta de oxigênio) que não ocorrem nos latossolos.

Muitos problemas refletidos na parte aérea das plantas podem ter sua origem no solo,emmaiorprofundidadequeaquelageralmenteavaliada(de0a20cm)paracertos finsagrícolas.Plantascomclorose(amareladas), em reboleiras, podem estar assim por deficiênciadeoxigênioàsraízescausadapor dificuldade de infiltração de água em profundidade, por várias razões, inclusive pelo manejo incorreto do solo (compactação, por exemplo). O uso contínuo de arado e grade sem os devidos cuidados, além de provocar a desagregação do solo, deixando-o mais vulnerável à erosão, pode causar o chamado “pé de arado” ou “pé de grade” quando realizado estando o solo mais úmido. O “pé de arado” ou “pé de grade” é formado pela pressão localizada do implemento criando uma camada compactada, a qual limita o crescimento de raízes e diminui a infiltração de água em profundidade, podendo causar váriosdanosàsplantas.

Assim, conhecendo os solos também em camadas mais profundas, é possível planejar melhor a sua utilização agrícola, selecionar melhor as variedades de culturas a serem implantadas e dividir a área em zonas de manejo mais homogêneas, maximizando os lucros do cultivo e evitando problemas ambientais. Em caso de dúvidas, consulte um especialista.

AnitaFernandadosSantosTeixeira Pós-doutorandaemSolos(UFLA). EngenheiraAgrônoma(UFVC.RioParanaíba-2013), MestreeDoutoraemCiênciadoSolo(UFLA-2019).

E-mail:teixeira.afs@hotmail.com

SérgioHenriqueGodinhoSilva

ProfessordePedologianoDepartamentodeCiência doSolodaUFLAdesde2016. EngenheiroFlorestal(UFLA-2013),MestreeDoutor emCiênciadoSolo(UFLA-2016).

E-mail:sergio.silva@ufla.br

NiltonCuri

ProfessordePedologianoDepartamentodeCiência doSolodaUFLAdesde1974. EngenheiroAgrônomo(ESAL-1972),Mestreem CiênciadoSolo(UFRGS-1975)ePh.D.inSoilScience (PurdueUniversity-USA-1983).

E-mail:ntcuri@gmail.com

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DEVOLUÇÃODE EMBALAGENS VAZIAS.

REGESRODRIGUES DEOLIVEIRA

DefensivosAgrícolas.

A prática de destinar corretamente as embalagens vazias de defensivos agrícolas é obrigatória desde 2002, quando entrou em vigor a Lei 9.974/2000, regulamentada pelo Decreto 4.074/2002, que determinou as responsabilidades entre agricultores, canais de distribuição/ cooperativas, indústria e poder público quanto ao destino pós-consumo dessas embalagens.

O Inpev (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) é uma entidade sem fins lucrativos criada por fabricantes de defensivos agrícolas com objetivo de promover a correta destinação das embalagens vazias de seus produtos. Está sediado em São Paulo e integra o Sistema Campo Limpo, no qual atua como núcleo de inteligência e é responsável pela operacionalização da logística reversa das embalagens em todo o país.

O Brasil tornou-se destaque mundial no processo de devoluções de embalagens vazias de defensivos agrícolas após a criação do Sistema Campo Limpo, programagerenciadopeloInpev.Umacadeia de responsabilidades começa a existir no ato da compra do defensivo agrícola: no receituário do produto deve conter informações sobre uso adequado, dosagem, precauções de uso e cuidado com meio

ambiente, local de entrega da embalagem vazia e processo de devolução.

A logística reversa do pós-consumo, aplicadanocasodasembalagensdedefensivos agrícolas, abrange os bens que, após serem produzidos e utilizados, passam a ser de pós-consumo. Devido a isso, eles devem ser destinados a reciclagem e à devolução de embalagens vazias, retornando ao ciclo produtivo.

A aplicação da logística reversa requer integração entre União, Estados, municípios e particulares, que somarão investimentoseesforçoscomapreocupaçãoda conservação do meio ambiente.

ANormaTécnicaNBR13968,daAssociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), defineachamadatríplicelavagemealavagem sob pressão, nas quais os resíduos contidos nas embalagens podem ser removidos e reutilizados na lavoura.

O produtor rural deve realizar esses procedimentos nas embalagens vazias e perfurar o fundo de forma a inutilizá-las, evitando a reutilização. A lavagem é feita no momento em que se prepara a calda para aplicação do produto, aproveitando ao máximo o resíduo contido na embalagem. A tampa, por sua vez, deve ser enviada para devolução separadamente das embalagens vazias.

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Engenheiro Agrônomo e Técnico Agrícola

O agricultor deve ter cuidado com armazenamento das embalagens vazias no campo, sendo que elas podem ser guardadas junto com defensivos a serem usados até o momento de devolução no local indicado na nota fiscal, tendo o prazo de um ano a contar a data de compra do produto. O produtor é responsável pelo transporte das embalagens vazias até a unidade de recebimento indicada na nota fiscal de compra e no receituário agrícola. As embalagens não podem ser transportadas junto com pessoas, animais, alimentos, medicamentos, ração animal ou dentro de cabines de veículos automotores.

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Fonte:Inpev Fonte:Inpev Modocorretodecortarofundodasembalagens. Fonte:Inpev

As responsabilidades de cada integrante do ciclo da logística reversa:

AGRICULTORES:

• Lavar, inutilizar e armazenar temporariamente o material, conforme orientações técnicas;

• Devolver as embalagens no local indicado na nota fiscal;

• Guardar o comprovante de devolução, fornecido pela empresa na qual entregou as embalagens, por um ano.

CANAISDEDISTRIBUIÇÃOE COOPERATIVAS:

• Indicar na nota fiscal o local para devolução da embalagem pós-consumo;

•Receberearmazenaradequadamente o material;

• Emitir comprovante de devolução aos agricultores;

• Educar e conscientizar produtores da importância e da participação na logística reversa.

INDÚSTRIAFABRICANTE (REPRESENTADAPELOINPEV):

• Retirar as embalagens armazenadas nas unidades de recebimento;

• Dar a correta destinação ao material (reciclagem ou incineração);

• Educar e conscientizar produtores da importância e da participação na logística reversa.

PODERPÚBLICO:

• Fiscalizar o cumprimento das atribuições legais dos diferentes agentes;

• Conceder licenciamento às unidades de recebimento;

• Educar e conscientizar produtores da importância e da participação na logística reversa.

Fonte: adaptado Inpev.

Quando efetua a devolução das embalagens vazias, o agricultor recebe comprovante, no qual consta nome, data, quantidades e tipos de embalagens que foram entregues, e esse comprovante deve ser guardado acompanhadodanotafiscaldecomprapormais um ano, caso haja uma fiscalização.

As embalagens lavadas corretamente seguem para processo de reciclagem, acompanhadas de tampas e papelão, para gerar novas embalagens, tubos e caixas, ajudando, assim, o meio ambiente. Já as embalagens entregues e não lavadas, assim como plásticos não laváveis, são destinadas ao processo de incineração. O produtor que não devolve a embalagem vazia pode ser autuado e receber multa, sendo considerado crime contra o meio ambiente.

Os estabelecimentos nos quais os recipientes serão entregues fornecerão comprovante de recebimento das embalagens e deverão dispor de instalações adequadas para seu recebimento e armazenamento, até que sejam recolhidos pelas empresas titulares do registro, produtoras e comercializadoras, responsáveis pela destinação final dessas embalagens.

OQUEPODESERDEVOLVIDO?

• Embalagens vazias;

• Defensivos agrícolas que estejam com data de validade vencida ou que apresentemalgumaavariaqueimpossibilite o uso;

• Defensivos agrícolas com registro cancelado;

•Embalagenscomsobrasdedefensivos que estejam dentro da validade, mas que o agricultor queira realizar a devolução.

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Fonte:inpev.org.br RegesRodriguesdeOliveira EngenheiroAgrônomoeTécnicoAgrícola UFV-CampusFlorestal.

DEVOLVA SUAS EMBALAGENS VAZIAS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

DEVOLVER ?

Comprimento à Lei Federal n° 9974/00 eDecreto 4074/02. .

Economia de produto resultante da lavagem das embalagens. .

Podem ser recicladas (se levadas corretamente).

Prazodeaté01ano(contadoapós acompradosprodutos). .

Devolver as embalagens vazias junto com as tampas. .

Comprovante de entrega das embalagens vazias deve ser mantido por 01 ano para fins de fiscalização. .

Caso haja sobra de produto na embalagem, a devolução pode ser realizada 06 meses após o vencimento.

COMO PREPARAR AS EMBALAGENS

PARA A DEVOLUÇÃO

Imediatamente após esvaziar a embalagem no tanque do pulverizador,deveserrealizadaa tríplice lavagem ou lavagem sob pressão das embalagens vazias. .

| cooperbom.coop www.cooperbom.com.br

Este procedimento, além de minimizar o desperdício de produto, possibilita que a embalagem seja reciclada.

Embalagens vazias devem ser perfuradas.

A devolução das tampas também é obrigatória.

ENDEREÇO DE DEVOLUÇÃO

Rua Paraná, n° 150 - Bairro Ana Rosa | Bom Despacho/MG

TRÍPLICE LAVAGEM Colocar 1/4 de água do volume total. Despejar a água da lavagem dentro do pulverizador. Esgotar todo o conteúdo da embalagem do produto. Furar o fundo da embalagem para não ser reutilizada e conserve o rótulo. Agitar bem para lavar a embalagem. LAVAGEM SOB PRESSÃO Encaixe a embalagem vazia no local apropriado do funil instalado no pulverizador. Acione o mecanismo para liberar o jato de água. Direcione o jato de água para todas as paredes internas da embalagem por 30 segundos. A água de lavagem deve ser transferida para o interior do tanque do pulverizador. Furar o fundo da embalagem para não ser reutilizada e conserve o rótulo.

PRINCIPAISREALIZAÇÕES NOANODE2022.

• Conclusão das obras de ampliação do Armazém da Fábrica de Rações, com aumento da capacidade de armazenamento para 300 mil sacas;

• Melhorias nas instalações da unidade do Engenho do Ribeiro com reestruturação do Restaurante do Posto de Combustíveis e ampliação do galpão de insumos;

• Melhorias na carga e na descarga da unidade de Martinho Campos;

• Aquisição de lote contíguo ao Posto de Combustíveis em Estrela do Indaiá com área de 874 m²;

• Ampliação do Posto de Combustíveis da cidade de Estrela do Indaiá, com colocação de tanque para venda de óleo S10;

• Ampliação do Posto de Combustíveis da unidade de Mato Seco para a comercialização de óleo S10 e etanol;

• Inovação de setores dos Supermercados COOPERBOM com melhoria da logística, aumento do mix de produtos e melhores preços;

• Criação de Centro de Distribuição;

• Construção de galpão para coleta de embalagens de agrotóxicos descartadas;

• Reestruturação da Indústria de Laticínios Mavero;

• Investimento na Fábrica de Rações, com implantação de novo programa para a melhoria e o controle de entrada e saída de grãos;

• Investimento na substituição do tanque de armazenagem de combustível, visando à melhoria da qualidade de nosso produto;

• Investimento no mercado livre de energia para otimização e redução de custos energéticos;

• Investimento em consultoria

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nos setores de supermercados, fábrica de rações e indústria de laticínios Mavero;

• Investimento na coleta de solos e logística de entrega de insumos do agronegócio;

• Ampliação do setor de insumos de Araújos;

• Treinamento e cursos em gestão, ministrados pela Ocemg e por empresas parceiras, para nossos colaboradores;

• Melhoria na cantina do setor administrativo para melhor atender aos nossos cooperados e usurários;

• Parceria com a CRV Brasil

para aproveitamento do PIS/ Cofins do leite passado pela COOPERBOM no projeto Leite Mais Saudável, com doação de sêmen, botijões e embriões para o produtor associado para melhoria genética do gado leiteiro;

• Incremento da parceria com a CCPR para melhoria da qualidade do leite na região, treinamento da linha de frente e palestras para produtores rurais.

• Ampliação da área de plantio de soja e milho da fazenda COOPERBOM e aumento da implantação de embriões em novilhas para repasse;

• Pintura geral das instalações dos setores da COOPERBOM.

PERSPECTIVASPARA 2023:

• Utilização de energia elétrica 100% limpa através da implantação de usinas de energia fotovoltaicas;

• Ampliação da loja de insumos da cidade de Martinho Campos;

• Implantação de laboratório de análise de solos.

• Implantação de Regime Interno e Plano de Carreira para os funcionários.

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AGRONEGÓCIOESPERA CRESCIMENTO

DE2,5%DOPIB

DOSETOREM2023.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil apresentou o balanço deste ano do setor e as perspectivas para 2023.

Segundo a entidade representativa do setor agrícola do Brasil, o ano fecha com um Valor Bruto de Produção com crescimento de 2,2% em relação ao ano passado, alcançando R$ 1,3 trilhão. No ramo agrícola, a receita foi mais positiva ainda que no geral: a receita subiu 3,3% em relação a 2021. Na pecuária, houve estabilidade, com aumento de 0,1%. Soja, milho e carne bovina representam 58,4% do valor total alcançado este ano.

Somente no mercado exterior, nos 11 primeiros meses de 2022, o agronegócio respondeu por 48% das vendas externas totais do Brasil. Apesar destes números, segundo a Confederação, este ano deverá fechar com queda de 4,1% no PIB do agro, depois de registrar recordes em 2020 e 2021.

Fatores como preços dos defensivos e fertilizantes,queemalgunscasossubiram mais de 100% neste ano, redução de produtividadedasoja,cana-de-açúcaremilho, muito por questões climáticas como o La Niña nos estados do Sul e enchentes no Nordeste, pressionaram o PIB do agro para baixo.

A perspectiva para o ano que vem são denúmerosmaispositivos,mascommuitos desafios. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil estima que ProdutoInternoBrutodosetorcresçaaté2,5% em 2023 em relação a 2022. Mas aponta

elementos que precisam ser contornados e solucionados no mercado interno e externo.

Na seara doméstica, a alta dos custos de produção na atividade, as incertezas sobre o controle das despesas públicas e a condução da política fiscal, que devem impactaroscustosdosetoragropecuário, sobretudo em questões tributárias.

Já na esfera internacional, a possibilidade de continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia, que este ano já impactou na disponibilidade global de grãos e de insumos, além das previsões de desaceleração do PIB mundial podem influenciar o comportamento das exportações brasileiras do agro no próximo ano. Além das estimativas de queda de crescimento econômico de alguns dos principais parceiros comerciais do Brasil, como China, Estados Unidos e União Europeia.

A perspectiva para a safra de grãos 2022/2023 é de um aumento de 15,5%, o que representa 42 milhões de toneladas a mais em relação ao período anterior, podendo chegar a 313 milhões de toneladas no total, segundo a CNA. O crescimento da área plantada e recuperação da produtividade da soja, após a seca impactar o Sul do país este ano, podem ajudar na concretização destes números.

ConfederaçãodaAgriculturaePecuáriadoBrasil (CNA)éresponsávelporcongregarassociaçõese liderançaspolíticaseruraisemtodooPaís.

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DE
03
A
21
TONELADAS

29

NOVOSASSOCIADOS MÊSDEDEZEMBRO-

TOTAL:

4 associados

•JoãoLuizdaSilva;

•JoséRaimundoCosta;

•JoséRaimundoLinodaSilva;

•RômuloMirandaBorges.

LEITEENTREGUENA COOPERBOM

PERÍODO: Novembro/2021 Dezembro/2021 Janeiro/2022 Fevereiro/2022 Março/2022 Abril/2022 Maio/2022 Junho/2022 Julho/2022 Agosto/2022 Setembro/2022 Outubro/2022 Novembro/2022 VOLUME(emlitros): 4.724.559 4.775.078 4.527.690 3.925.105 4.375.826 4.161.652 4.339.451 4.191.637 3.853.693 3.667.737 3.590.654 3.680.151 3.426.648
*LeiterecebidoemBomDespachoe EstreladoIndaiá.
| cooperbom.coop www.cooperbom.com.br

SERVIÇOS OFERECIDOS AOS ASSOCIADOS:

(Caso você não seja produtor rural, pode ser associado como ‘’Sócio Contribuinte’’)

Plano de Saúde Unimed Divinópolis

Unicesumar – desconto de 20%

UNA – desconto de até 40% em novas matrículas

Oral Dents – descontos de 30% a 50% em procedimentos

Urologista – desconto em consultas

Quality – desconto de 10% em trabalhos gráficos

Cursos gratuitos de capacitação rural – FAEMG/ Senar Minas

Emissão de CAF – Cadastro Nacional da Agricultura Familiar

Produtos FAEMG – Cargas

Produtos FAEMG – Certificado Digital

Produtos FAEMG -Consórcios

Produtos FAEMG – Energia sustentável – Sou vagalume

Energia fotovoltaica – parceria Conceito Sustentável

Produtos FAEMG – Rastreamento

Produtos FAEMG – Seguros

Projeto ATeG – Bovinocultura de leite

Rua

| sindicatoruralbd
98823-7961
37 3521-2622 37
Dr. Cisalpino Marques Gontijo,
B.
335 -
São José

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