Revista +Sicom - Mar-Abr/2023 - Edição 209

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Mar-Abr/2023 - Edição 209 - Ano 22

DIRETORIA

Presidente:

Ernani Zottis

Vice-presidente:

Ivonei Barbiero

Diretor Administrativo:

André João Telocken

Diretor Administrativo Adjunto:

Fábio Córdova de Sousa

Diretora Financeira:

Sinara Perosa

Diretor Financeiro Adjunto:

Marcos Antonio Barbieri

Diretor de Relações do Trabalho:

Ricardo Urbancic

Diretor de Relações do Trabalho Adjunto: Leonardo Battiston

CONSELHO FISCAL

Efetivos:

Claudio De Marco, Marcos Antônio

Moschetta e Marcos Luiz Ansolim

Suplentes:

Ivalberto Tozzo, José Dávi Sobrinho e Vania Vaccari Menta

DIRETORIAS SETORIAIS

Relações Institucionais:

Neloir Antônio Tozzo

Parcerias, Produtos e Serviços:

Lóris Bigolin

Saúde e Segurança do Trabalho: Fabiana Funk

CÂMARAS SETORIAIS

Atacado: João Pan

Automotores: Arthur Tozzo De Marco

Distribuidoras: André Blanger

Farmácias: Luiz Gustavo de Camargo

Inovação: Jordão Tormen

Tecnologia e Informação: César Bortollini

Varejo Lojista: Milton José Bierende

DIRETORIAS DE RELAÇÕES SINDICAIS

Palmitos: Odanor Tombini

Pinhalzinho: Julio César Biesdorf

Xaxim: Solange Oro

Os membros da diretoria exercem mandato sem remuneração, voluntariamente.

Diretor Executivo: Almeri Dedonatto

Assessoria de Imprensa: Hugo Paulo G. de Oliveira

Assessoria Jurídica: Rudimar Roberto Bortolotto

REVISTA +SICOM

Av. Getúlio Vargas 1.748-N, Condomínio Cesec Cep 89805-000 Chapecó/SC - Tel. (49)3319-4600 sicom@sicom.com.br - www.sicom.com.br

Edição: EXTRA COMUNICA (49)3312-2572 | extra@extracomunica.com.br

Produção: Hugo Paulo Gandolfi de Oliveira/editor (MT4296RS); Scheila Franz (redação); Catia Regina Bertoti Dornelles (atendimento); e Anna Luisa Schuck (design gráfico)

Projeto Gráfico: Agência T12.

nosso vídeo de 50 anos ou acesse: materiais.sicom.com.br/50-anos-sicom

Artigos publicados neste informativo são de responsabilidade de seus autores.

Tiragem: 1.200 exemplares - Impressão: Gráfica Expresso

Fechamento da edição: 20/04/2023

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Sistema do comércio INFORMAÇÃO Reuniões Fecomércio / Conselho de Representantes ENTREVISTA SICOM Economista Frederico Damasceno TENDÊNCIAS DO COMÉRCIO Novos formatos de lojas INFORMAÇÃO Senac, 45 anos em Chapecó INFORMAÇÃO Consultoria e diagnóstico para empresas CAPACITAÇÃO Nova lei de licitações / Novos associados DO ASSOCIADO Pratas Thermas Resort MATÉRIA CENTRAL Comércio de Chapecó, opções e integração EU EMPRESÁRIO André João Telöcken INFORMAÇÃO Organização da Efapi 2023 CONECTE-SE Novas funções da loja física BENEFÍCIO SICOM Cursos In Company / Sesc para empresários COMO FAZER Para abordar o cliente ESPAÇO JURÍDICO Contratação de trabalhadores estrangeiros ESPAÇO SENAC MBA em Gestão Estratégica Corporativa ESPAÇO SESC Cursos de Robótica e Informática 4 5 6 8 10 11 12 13 14 16 19 20 22 23 24 26 27
ÍNDICE OPINIÃO DO PRESIDENTE

SISTEMA DO COMÉRCIO FORTALECE ENTIDADES

Toda entidade que possui cunho sindical, como é o caso do Sicom, faz parte de um amplo sistema que envolve instituições de âmbito nacional, estadual, regional e municipal. Isso ocorre tanto pelo lado empresarial como pelo funcional que representa os empregados das empresas, com as respectivas funções.

No caso do Sicom, que tem atuação regional sobre 25 municípios, estão compromissos como a representação da classe do comércio diante das três esferas da administração pública (Executivo, Legislativo e Judiciário), bem em relação a outras instituições, sejam públicas ou da comunidade, em defesa das demandas coletivas da categoria econômica do comércio, bem como do interesse individual dos seus representados. Existe também a função negocial em torno de documentos como acordos e convenções coletivas que definem relações de trabalho e geram repercussões, inclusive econômicas, em todas as empresas da categoria representada, sejam elas associadas ou não. Existem, ainda, as funções: assistencial, de apoio à classe econômica por meio de acesso a ações de educação, saúde ocupacional e orientação jurídica; de arrecadação, voltada para levantar recursos destinados ao custeio das atividades do sindicato; e de colaboração, no estudo, discussões e solução de problemas da categoria e da comunidade.

O Sicom, integrando o sistema confederativo do comércio, faz parte da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina, a Fecomércio SC, que atua em nível estadual como a representante legal dos interesses do setor. Essa federação congrega os sindicatos patronais do comércio e também administra no Estado o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). No País, faz parte da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que reúne as federações e respectivos sindicatos filiados e administra nacionalmente o Sesc e o Senac.

No Sistema do Comércio, o Sicom também faz a representação de seus associados, especialmente para o encaminhamento de demandas regionais perante a federação, ao Sesc e ao Senac. Nesse caso, através de seu presidente o Sicom faz parte do Conselho de Representantes da Federação do Comércio. Além disso, o presidente e o vice Ivonei Barbiero integram o Conselho Regional do Sesc, enquanto o diretor Administrativo Adjunto, Fábio Córdova de Sousa, é o vice-presidente de Turismo da Fecomércio e participa do Conselho Regional do Senac.

Assim como ocorreu nas gestões anteriores do Sicom, a diretoria atual tem procurado sempre estar presente nesses fóruns do Sistema do Comércio em Santa Catarina. Isso porque nesses espaços normalmente são tomadas as grandes decisões relativas à federação, ao Sesc e ao Senac. Entre outras iniciativas, são exemplos o novo centro de atividades construído pelo Sesc em Palmitos e a aquisição de área para ampliar a unidade em Chapecó. Resultam de gestões do Sicom por seu então presidente e membro do Conselho Regional do Sesc, Marcos Barbieri, assim como foi a própria vinda do Senac para Chapecó, em 1978, sob demanda conduzida pelo então presidente Eduardo Matiewicz.

Certamente é com a presença ativa nesses organismos de representatividade que o Sicom também reforça a ampliação de benefícios para as empresas do comércio, ou seja, para seus dirigentes e colaboradores. Se não estiver atenta às demandas do segmento que representa, nossa entidade sindical empresarial não cumpre na plenitude suas funções. É por isso que precisamos ter uma via de duas mãos: as empresas, por seus dirigentes, com participação constante nas ações e eventos que o Sicom realiza e, de outra parte, o Sicom efetivo na representação que exerce em outros organismos, não somente do comércio, como a federação e a confederação, mas também em conselhos da comunidade e do âmbito do poder público.

É integradamente, empresários e entidades sindicais das empresas do comércio, que podemos desempenhar a representatividade com maiores resultados. Da mesma forma, é a presença nas entidades estaduais e nacionais que pode gerar benefícios para empresas e seus colaboradores, o que também representa ganhos para a comunidade em geral.

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OPINIÃO DO PRESIDENTE
Ernani Zottis, Presidente do Sicom
Sicom tem procurado sempre estar presente em fóruns do Sistema do Comércio, onde são tomadas grandes decisões

CHAPECÓ SEDIOU ENCONTRO REGIONAL DO SISTEMA FECOMÉRCIO/SESC/SENAC

Representantes da federação, sindicatos, Sesc e Senac na reunião regional do Sistema Fecomércio realizada em Chapecó no fim de março

Dirigentes do Sicom participaram de reunião regional da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC). Realizado na Faculdade Senac Chapecó, no dia 29 de março, o encontro fez parte de cronograma que objetiva o alinhamento das ações do Sistema Fecomércio/Sesc/ Senac.

Pelo Sicom, participaram o presidente Ernani Zottis e os diretores Administrativo, André João Telocken, Administrativo Adjunto e vice-presidente de Turismo da Fecomércio, Fábio Córdova de Sousa, e o diretor Executivo, Almeri Dedonatto. Eles ouviram a apresentação de dados gerais referentes à própria federação, ao Sesc e ao Senac. Ainda na reunião, que teve como

anfitrião o vice-presidente da Fecomércio no Oeste, Edson Marció, dirigentes dos sindicatos do comércio de municípios da região apresentaram demandas à federação, especialmente em termos de atividades conjuntas e da implementação de ações do Sesc e do Senac.

A primeira rodada de reuniões das vice-presidências da Fecomércio também incluiu encontros em Concórdia (Vice-presidência Meio-Oeste), no dia 28 de março, e em Lages (Vice-presidência Serra), no dia 30, além de outras agendas em Itá e Xanxerê. As reuniões das outras seis vice-presidências regionais da Federação do Comércio de Santa Catarina foram programadas para abril e maio.

PRESIDENTE DO SICOM EM REUNIÃO

DO CONSELHO DE REPRESENTANTES

O programa de fortalecimento sindical, em favor dos sindicatos filiados, foi um dos assuntos da primeira reunião ordinária deste ano do Conselho de Representantes da Federação do Comércio. Realizado no centro de eventos do Hotel Sesc Cacupé, em Florianópolis, sob a coordenação do presidente da Fecomércio, Hélio Dagnoni, o encontro teve a participação do presidente do Sicom, Ernani Zottis. Entre outros assuntos, também ocorreu apresentação do relatório de ações da diretoria e deliberação sobre relatório do Conselho Fiscal sobre as contas do ano passado.

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INFORMAÇÃO

ENTREVISTA SICOM

ECONOMISTA E PROFESSOR FREDERICO SANTOS DAMASCENO

ECONOMIA BRASILEIRA AINDA POSSUI, DE FATO, INSEGURANÇA POLÍTICA E ECONÔMICA MUITO FORTE

O economista e professor Frederico Santos Damasceno responde pela Delegacia de Chapecó do Conselho Regional de Economia de Santa Catarina (Corecon-SC). Com mestrado na área de economia, ênfase em Teoria Econômica, e MBA em Gestão Comercial pela FGV, possui também pós-graduação em Matemática Financeira e em Instrumentação Estatística. Nesta entrevista, ele fala sobre medidas adotadas pelo governo federal, expectativas quanto ao desempenho da economia, riscos enfrentados, Reforma Tributária, perspectivas de números para este ano, contas públicas, arcabouço e novas regras fiscais.

O que se pode esperar do novo governo quanto à economia?

Na verdade, o PT é um partido que propõe muito gastar e não dá o devido valor à austeridade fiscal. Porém, o ministro Fernando Haddad tem surpreendido o mercado, porque busca fazer mudança efetiva no arcabouço fiscal. Até porque o governo Bolsonaro deixou rombo que ultrapassou o limite do gasto em R$ 794,9 bilhões. Assim, é necessário um novo arcabouço fiscal e as mudanças propostas pela equipe econômica representam preocupação em conciliar a parte econômica associada à parte social. Deve-se destacar que os economistas que dão suporte a Fer-

nando Haddad são excelentes e dominam a área em que estão alocados. Esse novo “teto fiscal” vai ser primordial para o desenvolvimento socioeconômico e, por consequência, deve melhorar, amenizar, o endividamento do Brasil, bem como transmitir confiabilidade aos mercados.

Quais são os principais riscos relativos ao desempenho da economia neste ano?

Podemos destacar a guerra na Ucrânia e isso é um fator que pesa bastante no PIB do Brasil, sobretudo por afetar diretamente o agronegócio brasileiro. Haja vista que muitos insumos importados vêm justamente da Rússia e da Ucrânia. Logo, há risco muito forte de desabastecimento e de inflação. Outro ponto é que a economia brasileira, de fato, ainda possui insegurança política e econômica muito forte. Há muito receio no tocante a investir. Já no tocante à indústria, o pessimismo está imperando e mostra poucos sinais da retomada de produção vigorosa. A grande dúvida do mercado é como vai ser o arcabouço fiscal, pois o País possui elevado endividamento e muitos subsídios desnecessários e duvidosos. Cabe ao governo buscar uma Reforma Tributária eficiente e justa, que facilite a legislação tributária, um sistema tributário menos complexo, além de onerar os segmentos mais ricos e, em contrapartida, desonerar os segmentos de menor renda.

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Há necessidade de diminuir o caos tributário, porque cada Município, cada Estado, tem uma norma tributária, e isso é inviável e oneroso para as empresas

A histórica briga pela reforma tributária sai ou não sai das discussões?

O principal problema é o ICMS, porque os Estados têm guerra fiscal muito grande, e para eliminar isso seria necessária compensação financeira, ou seja, padronizar o ICMS para todos e compensar os Estados que perdessem arrecadação de forma justa e não penosa para a sociedade. O certo é que é há necessidade de diminuir o caos tributário. Isso porque cada Município, cada Estado, tem uma norma tributária, e isso é inviável e oneroso para as empresas.

Qual é a expectativa quanto à taxa de juros no decorrer de 2023?

Faz todo sentido o Banco Central buscar a redução da inflação, visto que a inflação é muito perniciosa para a economia. Porém, não faz sentido uma taxa de juros tão elevada a ponto de o Brasil ter a maior taxa de juros do mundo. Com a pressão da sociedade em seus diversos segmentos, bem como pelo novo “teto” de gastos, deve-se ter a redução da taxa de juros ao longo do ano. Aproveitando, é importante lembrar que o Banco Central divulgou, no início de abril, que a previsão da inflação para este ano é de 5,96%.

Então, quais devem ser os números em termos de inflação e de evolução do PIB neste ano, em sua opinião?

O crescimento do PIB deve ser de 0,9% e as previsões gerais têm se mantido nesse índice. Quanto à inflação, a previsão é de 5,96%, o que é acima da meta estipulada pelo Banco Central, prevista em 3,25%. Já a previsão para o dólar é de R$ 5,25 no final de 2023, isso com dados do cenário atual.

As novas regras fiscais para as contas públicas, em substituição ao teto de gastos, são coerentes?

Na verdade, sim. O teto de gastos é o nome dado ao conjunto de princípios e regras que permitem buscar a estabilidade das contas públicas, o que é extremamente necessário. Até mesmo porque, seja o governo de direita ou de esquerda, sempre gasta

mais do que arrecada. Então, o arcabouço fiscal tem como objetivo limitar as despesas primárias em relação ao ano anterior. No governo Bolsonaro, de 2019 a 2022, foram mais de R$ 700 bilhões acima do teto. Os governos tendem a gastar muito e de forma descontrolada. Para o sucesso do novo arcabouço fiscal, além do controle dos gastos será necessário o aumento na arrecadação em R$ 150 bilhões. Deve-se destacar que o Brasil tem sonegação elevadíssima, e de acordo com pesquisas elaboradas por instituições tributárias há hoje mais de R$ 500 bilhões que são sonegados.

Nesse caso, como fica o arcabouço fiscal previsto?

O objeto desse de novo arcabouço é de que as contas vão ter limitação de crescimento de 70% da receita primária. Já a despesa primária de inflação vai ficar acima de 0,6 a 2,5% do que é permitido. Salienta-se que o governo vai ter o gasto de investimento público neste ano de R$ 70 bilhões, corrigido pela inflação. Por exemplo: se o montante que o governo arrecadar for de R$ 100 bilhões, o gasto público pode ser levado até R$ 70 bilhões. A diferença entre o arcabouço fiscal do governo Michel Temer e do proposto pelo ministro Fernando Haddad é que a possibilidade do gasto público vai aumentar conforme a arrecadação do governo. O problema do “teto” de gasto do Temer é que as áreas da educação e da saúde ficavam muito “engessadas” devido o teto estipulado ser muito rigoroso. O que está previsto, certamente, vai fazer que haja melhoria da expectativa dos stakeholders e, por consequência, aumento das vendas e do emprego. Caberá ao governo zerar o déficit público e buscar o superávit para que se tenha crescimento econômico sustentável com desenvolvimento socioeconômico.

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Governo de direita ou de esquerda sempre gasta mais do que arrecada.
Os governos tendem a gastar muito e de forma descontrolada

TENDÊNCIAS NO COMÉRCIO

NOVOS FORMATOS DE LOJAS, VANTAGENS E OBJETIVOS

Como forma de estreitar o relacionamento com o consumidor, oferecer experiências diferenciadas e proporcionar entrega mais eficiente, novos formatos de lojas representam tendência para este ano. A revista Mais Sicom apresenta nesta edição as vantagens e objetivos das lojas nos formatos: pick up store, com a compra virtual e retirada na loja; pop up store, ou lojas temporárias; dark stores, as lojas escuras; e lojas autônomas.

Um dos formatos de lojas mais falados para este ano é a pick up store, que significa “retirar na loja”. Na prática, de acordo com o site Oi Handover, a loja acontece de maneira bem simples: o cliente efetua a compra na loja virtual e, no momento da compra, escolhe a opção de retirada na loja. Assim, se dirige até ela e retira o produto. Essa retirada pode ser feita com assistência pessoal, onde um funcionário faz essa entrega em mão, ou o cliente é quem faz o processo, sem precisar de assistência.

Essa estratégia de loja, segundo o mesmo site, pode proporcionar redução de custos na logística do negócio. Isso porque, utilizando o pick up store, nessa opção todos os gastos de transporte da entrega ficam por conta do próprio cliente.

A Oi Handover indica ainda que não somente há redução de custos, como também a melhoria de prazos para o cliente final. Afinal, aquele cliente que quer comprar online, mas está com pressa para receber, pode optar por essa opção e retirar ainda no mesmo dia. Outras vantagens apresentadas pelo site dizem respeito a menos gastos com envios de produtos para o centro de distribuição, possibilidade de redução do preço final do produto, mais opções de pagamento, que pode ser feito na retirada da compra, aumento do número de consumidores dentro da loja física e ampliação das oportunidades de conversão de vendas dentro da loja física.

Pop up store

Conforme o blog Pagar.me, outra opção é a loja pop up store, estabelecimento físico aberto temporariamente por uma marca. Para esse blog, a abertura desse espaço normalmente faz parte de uma estratégia de marketing da empresa, com o objetivo de lançamento de novo produto ou coleção, campanha sazonal, colaboração entre marcas ou a criação de experiência diferenciada para os consumidores.

Essas lojas costumam ficar abertas por curto período de tempo,

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como algumas semanas ou meses, e são localizadas em regiões movimentadas, onde o público-alvo da marca circula. O blog Pagar.me destaca que os locais mais adequados para essas lojas são shoppings, estações de metrô, avenidas comerciais, feiras de rua e espaços colaborativos. Também é possível aproveitar espaços do varejo já existentes ou utilizar estruturas temporárias, como contêineres, de montagem rápida e de baixo custo à empresa.

Já quanto as vantagens desse modelo de loja, é possível citar a aproximação do público, divulgação da marca, realização de campanhas sazonais e expansão do mercado. Para abrir uma loja pop up store, o blog Pagar.me traz dois pontos importantes: o planejamento bem definido e a valorização da experiência do consumidor.

Dark stores

Outro formato de loja vindo com tudo em 2023 é o dark stores, que significa lojas escuras. Elas são exclusivas para armazenamento, separação e envio de produtos comercializados online, ou seja, são fechadas ao público. Diferentemente dos centros de distribuição tradicionais, elas têm tamanho reduzido e estão localizadas em centros urbanos. O site Canaltech.com.br diz que o objetivo das dark stores é encurtar a distância entre o produto e o cliente para permitir entregas no mesmo dia ou no dia seguinte.

Quanto ao layout dessas unidades, o site especifica que é semelhante aos das lojas tradicionais. Assim, os separadores podem ter acesso rápido aos produtos e montar os pedidos rapidamente para envio ou coleta. Acrescenta que as dark stores são o último estágio da cadeia logística e funcionam apenas como ponto de armazenamento ou coleta. Por isso, dispensam a presença de colaboradores que oferecem conselhos aos clientes, além de displays nos pontos de venda e balcões de check-out.

Lojas autônomas

Há também o modelo de negócio de lojas autônomas, estabelecimentos comerciais onde há ausência parcial ou completa de funcionários para mediar as transações. Essas lojas não possuem caixas e o pagamento é realizado online (ou via totem). Conforme o blog Distrito.me, essas lojas têm o objetivo de facilitar a experiência de compra dos consumidores. São uma espécie de evolução dos chamados “mercados de vizinhança” que, por estarem mais próximos do consumidor, oferecem vantagens relacionadas à economia de tempo e à praticidade.

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Dark stores, ou lojas escuras, são exclusivas para armazenamento, separação e envio de produtos comercializados online, ou seja, são fechadas ao público

INFORMAÇÃO

SICOM FAZ HOMENAGEM AO SENAC POR 45 ANOS DE ATUAÇÃO EM CHAPECÓ

Implantado em Chapecó no ano de 1978, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial comemora seus 45 anos de trabalho no município. Sua primeira atuação foi marcada pelo início das atividades da Agência de Formação Profissional, no dia 20 de fevereiro de 1978, enquanto em 2003 foi iniciado o ensino de nível superior e hoje há continuidade das ações através da Faculdade Senac Chapecó.

Em decorrência da parceria mantida nestes 45 anos, o Sicom, em reunião da diretoria no dia 7 de março, prestou homenagem ao Senac. Para tanto, esteve presente no encontro mensal dos dirigentes do Sicom a diretora do Senac em Chapecó e São Miguel do Oeste, Silvana Marcon. Ela recebeu uma

gestionar com a Federação do Comércio a implantação de uma unidade de formação profissional do Senac na cidade, o que foi concretizado no começo de 1978. Hoje com mais de 60 mil alunos formados na unidade, o portfólio do Senac em Chapecó oferece, em diversas áreas, dezenas de cursos que vão desde os livres, técnicos, graduação, pós-graduação, MBA, Educação Corporativa e portfólio de cursos por meio da educação a distância (EAD).

Parceria pela excelência

Na placa de homenagem, o Sindicato do Comércio assinala a parceria mantida conjuntamente para cumprir “com excelência a missão de fortalecer o

placa das mãos do presidente Ernani Zottis, do vice Ivonei Barbiero e do diretor e ex-presidente Marcos Antonio Barbieri. O presidente do Sicom enalteceu o papel do Senac e enfatizou sua importância em favor do preparo de recursos humanos para os estabelecimentos do comércio e também para outros setores.

Um dos fundadores do Sicom, em maio de 1970, o empresário Eduardo Matiewicz, que faleceu em 14 de dezembro de 2016, foi o principal articulador da implantação do Senac em Chapecó. Presidente do Sindicato do Comércio com exercício nos mandatos de 1972 a 1987, através do Sicom Eduardo passou a

comércio de bens, serviços e turismo”. Também destaca que a história do Senac em Chapecó foi concretizada “através de valiosas ações em favor da formação de profissionais habilitados, especialmente para atuar no segmento do comércio”.

Ao agradecer a homenagem Silvana Marcon lembrou que há 17 anos, quando assumiu a direção do Senac em Chapecó, a primeira instituição visitada foi o Sicom. Também enalteceu a parceria interinstitucional em favor da qualificação de profissionais e afirmou que o Senac cresceu em âmbito local graças ao apoio do Sicom e dos empresários do comércio.

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Ivonei Barbiero, Ernani Zottis, Silvana Marcon e Marcos Barbieri

INFORMAÇÃO

PROJETO SEBRAE/FECOMÉRCIO OFERECE CONSULTORIA ESPECIALIZADA PARA OTIMIZAR PROCESSO PRODUTIVO

O Sebrae Santa Catarina e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo desenvolvem o Projeto Voucher Sebrae. Entre as entidades participantes dessa parceria entre Sebrae e Fecomércio-SC, está o Sicom. De acordo com seu presidente, Ernani Zottis, o Sicom faz parte do projeto como forma de contribuir com a opção de consultoria especializada às empresas associadas em 25 municípios da região.

A iniciativa tem como objetivo otimizar e padronizar processos produtivos, o investimento em tecnologia, a valorização da imagem da empresa, a melhoria da gestão de materiais e de pessoas, e principalmente, a inovação. Oferece qualificação nas áreas de produção e qualidade, sustentabilidade, desenvolvimento tecnológico e design.

Por meio do Voucher Sebrae, o projeto disponibiliza o valor de R$ 1 mil para consultorias aos empresários associados aos sindicatos filiados à Federação do Comércio, como é o caso do Sicom. O valor é válido somente para microempresas e empresas de pequeno porte.

Para solicitar

Para acessar o benefício, os interessados devem solicitar o Comprovante de Associação Sindical ao Sicom e apresentar ao Sebrae no momento da inscrição presencial. O link para inscrição será encaminhado diretamente para a empresa a partir do primeiro contato feito no Sicom para emissão da declaração de associado.

EMPRESAS PODEM ADERIR AO DIAGNÓSTICO DE GESTÃO EMPRESARIAL

“Como Anda a Sua Empresa” é o tema central de diagnóstico de gestão empresarial que é realizado em iniciativa conjunta entre o Sebrae-SC e o Sicom. Tem como finalidade medir a maturidade do processo de gestão de empresas do comércio para identificar suas necessidades nas áreas de planejamento, processos, finanças, pessoas, mercado e vendas.

Realizado de forma gratuita para empresas associadas ao Sicom, o diagnóstico conta com bônus de uma hora de consultoria e a possibilidade de participar de outros projetos do Sebrae. Para inscrição e informações pode ser mantido contato com o Sicom pelo telefone (49)3319-4600.

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INFORMAÇÃO WORKSHOP TRATOU DA NOVA LEI DE LICITAÇÕES

A unidade de Chapecó do Observatório Social do Brasil, com apoio do Sicom, Associação Comercial e Industrial, Câmara de Dirigentes Lojistas e Centro Empresarial de Chapecó, realizou o workshop “Nova Lei de Licitações”. Esse evento ocorreu nos dias 7 e 14 de março e tratou sobre a lei 14.133/2021, que estabelece normas de licitação e contratação para administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e municípios.

No conteúdo, foi abordada a evolução histórica das licitações e em seguida houve enfoques sobre vantagens da nova lei, aspectos penais, seus objetivos, princípios e aplicações. Também ocorreu abordagem sobre modalidades de licitação, exceções, procedimentos auxiliares, fases e prazos das licitações, habilitação e julgamento.

A principal mudança compreende a revogação da antiga Lei das Licitações (8.666/1993), da lei 10.520/2002 e de artigos da lei 12.462/2011. Além do Executivo, abrange os órgãos dos poderes Legislativo e Judiciário da União, dos Estados e do Distrito Federal e os órgãos do Poder Legislativo dos Municípios. A vigência da nova lei seria em 01 de abril, mas no dia 22

de março o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que os processos licitatórios e os de contratação direta nos quais houve a “opção por licitar ou contratar” (seguindo a legislação antiga) podem continuar obedecendo a essas regras, desde que com opção até 31 de março de 2023 e publicação do edital até 31 de dezembro de 2023. Assim, os processos que não se enquadram nessas diretrizes devem seguir as regras da Nova Lei de Licitações.

O Sicom dá as boas-vindas para as empresas asso ciadas recentemente:

- Pré Cirúrgica Chapecó Produtos para Saúde Ltda;

- Kaleo Comercial Exportadora e Importadora Ltda.

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PRATAS THERMAS TEM OPÇÕES EM LAZER, ENTRETENIMENTO, GASTRONOMIA E NEGÓCIOS

O Pratas Thermas Resort e Convention, localizado em Pratas, município de São Carlos, na saída para Palmitos, começou a funcionar em 1998. Foi implantado para auxiliar no desenvolvimento do munícipio e região como forma de retribuição à sociedade pelo acolhimento do proprietário – o médico Sizenando de Souza Filho – na cidade.

Em sua missão, o hotel se propõe a oferecer ambiente ideal para desenvolver e fortalecer o relacionamento entre as pessoas. Possui como diferencial proporcionar opções personalizadas em lazer, entretenimento, gastronomia e negócios.

A estrutura resort é abastecida com água 100% termomineral, o que proporciona mais saúde enquanto a pessoa relaxa. A estrutura inclui restaurante, adega, duas piscinas internas e duas externas, centro de eventos coberto, duas salas internas para eventos e salas de jogos e de videogame. Possui, ainda, espaços privativos e externos para hidromassagem, sauna, playground infantil, campo de futebol, quadra de vôlei, beach tennis, cancha de bocha, massoterapia e locais para recreação adulta e infantil.

De acordo com o diretor e membro do Conselho Administrativo, Fábio Córdova de Sousa, a maior dificuldade no dia a dia da atividade atualmente está relacionada à falta de mão de obra especializada, muito carente nesse segmento na região por não ser destino turístico consolidado. Já quanto à satisfação na atividade, indica que tudo

o que é feito decorrer do fato de “acreditamos que todos merecem ser tratados com carinho, cuidado e respeito”. Acrescenta que isso é feito a partir de experiências acolhedoras que respeitam as individualidades: “É assim que entregamos cuidado e equilíbrio que inspiram as pessoas a ser melhores”.

Segmento promissor

No que abrange o mercado da hotelaria, Fábio avalia que o segmento de turismo de lazer, fora dos centros metropolitanos e com diferencias como águas termais, gastronomia e recreação/lazer, tem se mostrado muito promissor. “Tivemos na última temporada crescimento superior a 30% em comparação com temporada anterior, mostrando aquecimento nesse segmento”, justifica o diretor.

O Pratas Thermas Resort e Convention começou este ano com crescimento forte e alta demanda. De acordo com Fábio, “o hotel segue investindo em infraestrutura e nova quadra de beach tennis e wine bar estão entre as atrações para 2023, assim como em serviço na busca de talentos para compor a equipe”.

MAIS SICOM | Página 13 Pratas Thermas Resort e Convention BR-283 s/n, Balneário de Pratas, São Carlos-SC - (49)3325-1400 gerencia_hospedagem@pratasthermas.com.br www.pratasthermas.com.br MAIS SICOM | Página 13
DO ASSOCIADO

MATÉRIA CENTRAL

COMÉRCIO CONTRIBUI POPULAÇÃO DE CHAPECÓ

Uma das fortes características que o setor do comércio apresenta está na estreita relação como os demais segmentos da atividade econômica. Integrante do setor econômico denominado como terciário, o comércio possui inter-relação direta com os outros dois, o primário, cuja atividade produtiva está vinculada ao desenvolvimento da agricultura, pecuária e extrativismo, e o secundário, que engloba o sistema industrial de produção.

Em Chapecó, especialmente, o comércio tem se expandindo de forma integrada com o processo de crescimento que envolveu as agroindústrias e depois outros segmentos, como eletrometalmecânico, educacional e da saúde. Depois da fase inicial dos armazéns de “secos e molhados”, que vendiam de alimentos a tecidos, empresas locais ou regionais se consolidaram e, com o crescimento urbano, populacional e econômico, foram atraídas marcas de renome nacional e internacional. Depois da Pernambucanas, a primeira loja de âmbito nacional que se instalou em Chapecó, em janeiro 1953, vieram paulatinamente nomes como Magazine Luiza, Casas Bahia, Havan, Lojas Americanas, Renner, Riachuelo, Mc Donald’s, Burger King, Pizza Hut e Vivara.

Com 59,9% de sua população economicamente ativa, segundo o IBGE (2019), e PIB per capita de R$ 53,3 mil (IBGE/2020), Chapecó tem na ativida-

de do comércio um de seus sustentáculos para o desenvolvimento socioeconômico. “Essa potencialidade tem evoluído de maneira integrada no expressivo universo econômico do município, compondo um mosaico comercial com os mais diversos setores da economia, como é caso da indústria e prestação de serviços”, salienta o presidente do Sicom, Ernani Zottis.

Diversidade em produtos e serviços

A expressividade do setor do comércio chapecoense envolve a disponibilidade de produtos e serviços para uma população estimada, em janeiro passado pelo IBGE, na casa dos 260 mil habitantes. Além disso, há reflexo perante os potenciais consumidores na região Oeste de Santa Catarina, bem como nas regiões próximas dos Estados do Rio Grande do Sul e do Paraná. Conforme o Mapa do Comércio 2022, elaborado pelo Sicom, Chapecó tem cadastradas 7,7 mil empresas específicas de atuação no comércio, número que chega a 9,6 mil se forem consideradas empresas de outros setores que também realizam atividade comercial. Como referência de modernidade, diversida-

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Pernambucanas, primeira marca nacional instalada em Chapecó

CONTRIBUI COM OPÇÕES PARA CHAPECÓ E VISITANTES

taurantes, Bares e Similares (Sihrbasc), existem na cidade 2.150 unidades habitacionais (UHs, ou seja, quarto ou apartamentos) e 4.010 leitos. Até o final do próximo ano serão mais 580 UHs e cerca de 1.200 leitos.

Para este ano Chapecó tem programada uma série de eventos, alguns já realizados, como é o caso do 23º Simpósio Brasil Sul de Avicultura, que ocorreu de 4 a 6 de abril. Entre aqueles que irão ocorrer, estão: a Interleite Sul, nos dias 10 e 11 de maio; o Festival de Teatro, de 22 a 28 de maio; a Feira Bem Casados (16 a 18 de junho), a Intercon - Feira e Congresso de Materiais de Construção e Acabamentos, 21 a 24 de junho; o 15º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura e 14ª Pig Fair, de 8 a 10 de agosto; o Encontro de Corais, nos dias 25 e 26 de agosto; e a Feira do Livro, em setembro.

de, qualidade dos produtos e de profissionalismo, a atividade comercial em Chapecó apresenta potencial com grandes alternativas para a recepção de novos empreendimentos. Nesse aspecto de evolução, foram marcos a primeira unidade da Havan, em outubro de 2007, e o Pátio Shopping, em outubro de 2011, bem como a adoção do chamado “horário livre” de funcionamento do comércio, numa iniciativa liderada pelo Sicom, em novembro de 1993.

Feiras e outros eventos

Da mesma forma, outra área em que o comércio tem relação compreende o turismo de eventos, especialmente de negócios, que atrai volume significativo de fluxo de visitantes. Nesse sentido, além do comércio forte, eles contam em Chapecó com a disponibilidade de 37 hotéis, enquanto outros três estão em construção. Atualmente, segundo o Sindicato dos Hotéis, Res-

Um dos grandes eventos de negócios que Chapecó sedia, a Mercoagro, está programada para o período de 12 a 15 de setembro, e no mês seguinte, de 6 a 15 de outubro, ocorrerá um dos maiores eventos multisetoriais da região Sul, a Efapi. Já o 12º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite e 7ª Milk Fair serão de 7 a 9 de novembro, enquanto a Fetranslog está prevista para o período de 22 a 24 de novembro.

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Município possui atualmente 260 mil habitantes, estima o IBGE Expansão econômica foi fortalecida a partir da década de 1950

EU EMPRESÁRIO

ANDRÉ JOÃO TELÖCKEN, DA OTIOUVE E MKS

Iniciei minha vida profissional na Cooperativa Regional Itaipu, de Pinhalzinho, onde atuei por 13 anos e depois por mais 12 anos em transporte rodoviário, principalmente na Transportes Marvel, em consultoria de transportes para atacadistas e indústrias como Marfrig e no desenvolvimento de software para gestão de transportes até 2010. Desde então atuo na MKS Messtechnik Service, que instala equipamentos para medição do potencial dos ventos para geração de energia eólica, e também na administração da Clínica Integrada de Saúde Auditiva - Otiouve, que atende os pacientes SUS de 131 municípios do Oeste Catarinense, além de ser diretor do empreendimento imobiliário Xap Tower.

Mesmo graduado em Ciências Contábeis e em Direito, com especialização em Planeja -

mento Tributário e Controladoria e Finanças, sempre gostei muito de tecnologia, computação e das áreas elétrica e eletrônica. Com isso, o ecossistema me estimulou muito para a inovação.

Quando fui presidente da Associação Polo Tecnológico do Oeste Catarinense (Deatec) tive a oportunidade de participar e conhecer a pujança desse setor de tecnologia em Santa Catarina. Desde o começo, quando atuei na Cooper Itaipu, já estava muito envolvido em tecnologia e inovação, desde sistemas computacionais bem como tecnologias de processos e métodos nas empresas, e assim pude entender como essas tecnologias fazem a diferença na atuação e no resultado das empresas.

Principais dificuldades e soluções

Nossa região sempre esteve longe de treinamentos, fornecedores, e a solução para isso foi não desistir diante das dificuldades e aplicar muita energia e trabalho para ser competitivo aqui e fora. Na Otiouve todos os pacien -

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Nossa região sempre esteve longe de treinamentos, fornecedores, e a solução foi não desistir diante das dificuldades e aplicar energia e muito trabalho

tes com perda auditiva atendidos pelo SUS, de Curitibanos até a fronteira com a Argentina, quando são recepcionados passam a ser tratados constantemente, pois além do aparelho auditivo recebem anualmente o acompanhamento da evolução e o assessoramento para manter a qualidade de vida, com fonoaudiólogos, otorrinolaringologistas, psicóloga e assistente social. Já na MKS fornecemos solução completa para o cliente desenvolver projetos de geração de energia através da força dos ventos (eólica) ou solar (fotovoltaica), e além de auxiliar na gestão das usinas fazemos a medição da performance dos equipamentos instalados em relação ao potencial que a natureza provê.

Ser empresário e conselho para empreender

É um desafio constante ser empresário e nomeio dois fatores principais: o alto custo do capital para investimento, que obriga o empresário a crescer basicamente com recursos próprios; e a dificuldade da mão de obra, porque temos encargo muito grande sobre a re -

muneração do colaborador e, de certa forma, estimulo governamental assistencial pelo qual, muitas vezes, o cidadão não é estimulado a crescer e se desenvolver e acaba com a vida restrita em recursos por comodismo. Penso que a renda precisa ser distribuída pelo trabalho e isso deve ser realizado na sociedade através das empresas.

Para quem deseja empreender, o meu conselho é, primeiramente, buscar uma atividade com a qual se identifique e que goste de fazer. Em segundo, aprender a fazer essa atividade bem feita, porque a qualidade permite perenizar um negócio, e depois desenvolver um plano de negócio honesto e claro, considerando todas as variáveis, sem abrir mão da rentabilidade para remunerar o serviço e o capital necessário investido.

Participação no associativismo

Acredito muito no associativismo, como é a participação no Sicom. Tenho o associativismo no “sangue” e acredito que através das entidades podemos transformar nosso meio, porque juntos somos mais fortes.

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INFORMAÇÃO EM ANDAMENTO A ORGANIZAÇÃO DA EFAPI 2023

Depois de intervalo de seis anos sem realização, a nova edição da Exposição-feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Chapecó está em organização. A Efapi 2023 foi programada para o período de 6 a 15 de outubro, no Parque de Exposições Tancredo Neves.

A primeira iniciativa foi a oficialização da Comissão Central Organizadora, em ato no auditório da prefeitura municipal, com a presença do prefeito João Rodrigues, secretários, lideranças empresariais, representantes das forças de segurança, de sindicatos, conselhos e outras instituições da sociedade chapecoense. Para a realização, recursos da ordem de R$ 20 milhões, do município e do Estado, estão sendo investidos, especialmente em novo pavilhão de 8,7 mil metros quadrados, que substitui os antigos pavilhões 1 e 2.

Uma das decisões tomadas é a separação entre exposições e shows, e para tanto será construído muro de três metros de altura para separar a área da concha acústica do parque. Também ocorrem reformas nas mangueiras e parte agropecuária e de leilões. Entre as novidades haverá, ainda, espaços para as empresas de tecnologia e de imóveis, além do setor automotivo e da indústria e comércio.

Nas comissões

A coordenadora geral da Efapi 2023 é a diretora de Comunicação da Administração Municipal de Chapecó, Isabel Trierveiler Machado, enquanto o presidente de honra da feira é o presidente da Cooperativa Agroin-

dustrial Alfa, Romeo Bet. Nas comissões, estão membros da diretoria do Sicom. O presidente Ernani Zottis integra a coordenação geral de negócios e responde pelo espaço a ser instalado para o segmento de tecnologia e inovação. Já o diretor Financeiro Adjunto, Marcos Antônio Barbieri, que também preside o Centro Empresarial de Chapecó, está na coordenação geral de negócios e responde pelo segmento de indústria, comércio e serviços.

Criada em 1967, ano do cinquentenário de emancipação de Chapecó, a última edição da Efapi, em 2017, ocorreu no centenário do município. A próxima será a edição de número 21, com realização em espaços que totalizam 210 mil metros quadrados do Parque de Exposições Tancredo Neves.

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Reunião de apresentação das comissões da Efapi 2023 Novo pavilhão está em obras há cerca de um ano

AS NOVAS FUNÇÕES DA LOJA FÍSICA

Um dos temas mais explorados no Retail Big Show 2023, realizado em Nova York entre os dias 15 e 17 de janeiro, foi a evolução da loja física. Este não é exatamente um assunto novo, e já havia sido destaque na NRF passada. Neste ano, porém, diversos painéis enfatizaram não apenas a importância das lojas, como também suas novas e ampliadas funções.

O que está por trás do renascimento das lojas físicas? Estudo global, realizado pela Euromonitor, mostrou que as pessoas estão finalmente retomando suas rotinas, depois do longo período de medo e reclusão por conta da pandemia. A pesquisa mostrou que 39% dos entrevistados pretendem aumentar a quantidade de atividades presenciais, o que inclui visitas a restaurantes, cinemas, teatros e shows. E lojas, naturalmente.

O gosto por encontros presenciais se estende também às novas gerações. O pessoal da Doneger/ Tobe, protagonistas de uma concorrida sessão na NRF 2023, chamou a Geração Z de nativos digitais que amam o analógico. Faz todo o sentido. Apesar de viver com o rosto enfiado na tela do celular, essa garotada adora reunir-se com os amigos em baladas, lanchonetes e shopping centers. A próxima geração, os Alpha, é formada, na visão da Doneger/Tobe, por jovens que também usarão o digital não para matar tempo, mas sim como ferramenta para descobertas e engajamento com o mundo físico.

Outro fator que impulsiona a volta dos consumidores ao mundo real é o que Kate Ancketill, da consultoria britânica GDR, chamou de “Economia da Dopamina”. O conceito já foi usado outras vezes para definir a substituição do bem-estar momentâneo provocado pelo consumo de produtos e marcas pela excitação resultante do uso excessivo das redes sociais. Kate atualizou a ideia. Para ela, as pessoas estão preferindo viver experiências imersivas únicas ao invés de presentear-se com pequenas indulgências. E essas experiências, na maior parte das vezes, acontecem no mundo real.

Não foi à toa que a Kantar propôs para o varejo um novo KPI (Key Performance Indicator, ou indicador chave de performance, em uma tradução livre para o português). Além dos tradicionais share of market (participação de mercado), share of customer (participação no orçamento do cliente) e que tais, as empresas deverão preocupar-se em ampliar o share of life (participação na vida do cliente). Sabe o que isso significa? Quem conseguir a façanha de manter o

consumidor mais tempo no shopping ou na loja, proporcionando entretenimento, serviços, informação ou o que mais interessar às pessoas, terá mais chances de vender produtos e elevar seus resultados. Simples assim.

Isso explica por que shopping centers estão diversificando o mix para agregar mais diversão, alimentação, serviços. Tudo isso faz com que seus frequentadores passem mais tempo das suas vidas ali. Quer um exemplo? O American Dream (que não tem “shopping” ou “mall” no nome, diga-se de passagem), possui mais de 50% da sua área locável dedicada ao entretenimento, incluindo um gigantesco parque aquático, pista de esqui na neve artificial e parque de diversões com cinco enormes montanhas-russas.

O varejo não fica atrás. Marcas como Lululemon oferecem aulas de yoga dentro de suas instalações. A nova Starbucks Reserve, inaugurada no Empire State Building, em Nova York, disponibiliza salas de reunião para os clientes, com telas para projeção e tudo. E a Nike House of Innovation conta com quadra de basquete para uso dos clientes logo na entrada. Vale quase tudo para estimular visitas repetidas e elevar o tempo de permanência das pessoas no local.

Durante sua apresentação na NRF 2023, Rachel Dalton, da Kantar, resumiu essa tendência com poucas e certeiras palavras. Ela disse: “O varejo está indo muito além do relacionamento transacional normal, integrando-se aos estilos de vida dos consumidores para aumentar engajamento”. É exatamente isso.

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CONECTE-SE

A evolução do papel da loja física pode também trazer diversificação e aumento de receitas. É o caso da Nordstrom, que conta com sete operações de foodservice na sua flagship, em Nova York. Considerando apenas as unidades com linha completa nos Estados Unidos, alimentos e bebidas já contribuem com 25% das transações realizadas nas lojas. Não surpreende que a Nordstrom tenha criado uma subsidiária exclusivamente para explorar esse negócio promissor, capaz de gerar fluxo e novas vendas.

A Camp é outra marca que vai além da venda de brinquedos em seus pontos físicos. Ali acontecem desde festas de aniversário até cursos de slime e oficinas de pintura em cerâmica para crianças. Como consequência, 40% do resultado da loja vem de serviços. Na Ulta Beauty, dedicada à venda de produtos de beleza, os salões dentro das lojas respondiam por 4% dos ingressos em 2021. Os números de 2022 ainda não estão disponíveis.

Um dos aspectos mais destacados nesta NRF foi o da loja como canal de mídia. Na Google Store, a equipe não possui metas de vendas – o espaço funciona como um showroom que também comercializa produtos. A Galeria Melissa, em Manhattan, está diretamente ligada à área de marketing da Grendene. Suas funcionárias são chamadas de brand connectors (conectores da marca) e não de vendedoras. São exemplos de como a indústria está explorando o mundo físico para promover contato direto com o consumidor final.

Existem ainda negócios desenhados justamente para essa finalidade: aproximar marcas e consumidores por meio de lojas físicas. É o caso da Showfields, boa tradução do modelo de Retail as a Service (varejo como serviço). As marcas ali presentes pagam uma taxa mensal para ocuparem um pedaço da loja, terem acesso ao público atraído pela comunicação e eventos promovidos pela Showfields e receberem dados sobre o perfil do público interessado em suas mercadorias.

Na sua conversa com Matt Shay, presidente da NRF, Ron Coghlin, CEO da Petco, sintetizou de forma bem-humorada a polêmica sobre o novo papel da loja: “Perdi a conta de quantas pessoas inteligentes vieram dizer que eu precisava me livrar das minhas lojas. Eles não poderiam estar mais errados. Em primeiro lugar, o que é uma loja? Uma loja é um lugar que tem um hospital? Posso chamar de loja, se o estoque permite a entrega de compras online no mesmo dia? O que temos é muito mais do que uma loja. É um ativo estratégico”.

Para operar esses ativos estratégicos, será necessário preparar e engajar funcionários, mudando suas

prioridades, ainda muito associadas exclusivamente à vendas. A nova loja exige pessoas com uma cabeça nova.

Todos esses movimentos projetam um novo cenário para varejistas e shopping centers tendo como pano de fundo as lojas de tijolo e cimento. Neste mundo figital, o consumidor não precisa mais ir a uma loja física para se abastecer com produtos. Ele tem que preferir ir em uma loja. Portanto, as lojas precisam evoluir de simples pontos de venda (PDV) para “pontos de tudo” (PDX). O que impacta decisivamente o modelo de negócio dos lojistas e, por consequência, dos próprios shoppings.

Lee Peterson, da WD Partners, fechou sua apresentação nesta NRF citando o filósofo grego Sócrates. Peterson usou a seguinte frase: “O segredo da mudança é focar toda a sua energia, não em lutar contra o velho, mas em construir o novo”. É isso mesmo. Eu apenas acrescentaria que o novo não é o oposto do velho. São apenas dois pontos de uma mesma trajetória.

A loja não mudou. Ela evoluiu. Assim como os modelos de negócio do varejo e de shopping centers precisam também evoluir, para ajustarem-se aos novos tempos figitais.

Fonte:

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Quem conseguir a façanha de manter o consumidor mais tempo no shopping ou na loja, proporcionando entretenimento, serviços, informação ou o que mais interessar às pessoas, terá mais chances de vender produtos e elevar seus resultados

BENEFÍCIO SICOM

SICOM IN COMPANY, CURSOS PARA AS NECESSIDADES DAS EMPRESAS

A realização de eventos de aperfeiçoamento diretamente nas empresas propicia praticidade e o contato mais direto entre os participantes, quem ministra e a realidade empresarial. Entre os benefícios oferecidos pelo Sindicato do Comércio da Região de Chapecó na área de educação corporativa está a realização, para empresas associadas ou não, de cursos personalizados por meio do Sicom In Company.

Essa opção de aperfeiçoamento funciona conforme demandar a empresa interessada. “Assim é organizada a programação, com a proposta especifica focada nas necessidades da empresa solicitante”, indica o diretor executivo do Sicom, Almeri Dedonatto. Acrescenta que para a solicitação de curso pelo Sicom In Company basta que a empresa mantenha contato com a entidade do comércio, com indicações básicas,

como os tipos de abordagens pretendidas, a quantidade de dias de curso, qual o período previsto e o número estimado de participantes.

Após a necessidade indicada, o Sicom organiza o curso e identifica profissional capacitado para ministrar, com valor diferenciado para as empresas associadas. Contato sobre essa alternativa de aperfeiçoamento pode ser mantido com o Sicom pelo telefone (49)3319-4600 ou pelo e-mail sicom@sicom.com.br.

EMPRESÁRIOS DO COMÉRCIO PODEM

USUFRUIR DE ATIVIDADES DO SESC

Os empresários das empresas do setor associadas ao Sicom podem usufruir das atividades desenvolvidas pelo Sesc em termos de eventos e de serviços. Esse benefício abrange todas as unidades do Serviço Social do Comércio em todas as regiões do Estado através de programas nas áreas de educação, cultura, saúde, lazer e assistência.

Os empresários do comércio e familiares podem utilizar serviços proporcionados pelo Sesc como academias, escolas e ações de cultura e lazer. Também podem ser utilizados hotéis e restaurantes mantidos pelo Sesc em Santa Catarina. Em

qualquer situação e respeitadas as regras de vagas e os critérios seletivos, os custos serão diferenciados também para os empresários.

Para que os empresários das empresas associadas ao Sicom usufruam das atividades do Sesc, é necessário o prévio credenciamento por meio do Sicom para garantir a declaração de associado e obter o devido desconto nas diversas atividades do Sesc. A declaração a ser entregue na unidade do Sesc pode ser solicitada ao Sicom pelo telefone/WhatsApp (49)3319-4600. Para conferir tudo que o Sesc oferece, bem como os descontos, pode ser acessado o link sesc-sc.com.br/ cliente.

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COMO FAZER

PARA ABORDAR O CLIENTE DE MANEIRA CERTA

O primeiro contato com o cliente é de fundamental importância para ligações futuras, principalmente para a interatividade que pode levar às vendas. No primeiro contato, o principal objetivo deve ser de gerar o interesse de compra. Para isso, saber abordar quem está à procura de algo é o ponto importante para o começo. Com isso, esta edição da revista Mais Sicom oferece dicas para uma abordagem correta aos seus clientes.

• Perfil do Cliente

É de grande relevância que a empresa conheça o perfil de seus clientes na hora das vendas, pois assim influencia no momento de oferecer os serviços e garante uma boa abordagem. Segundo o blog Ploomes, antes de procurar por exemplos quanto a como abordar um cliente, é fundamental estudá-lo para saber o que realmente pode chamar a sua atenção.

• Ser objetivo

Ser claro e objetivo no momento de passar informação permite que o cliente tome decisões mais conscientes, além de gerar confiança na abordagem, como destaca o site Movidesk. Isso leva características de sucesso e ao relacionamento de médio a longo prazo com o cliente. Evitar, o tradicional dentro dessa abordagem, como muitos

elogios e bajulações, e dar espaço a quem está comprando, de forma a deixa-lo à vontade.

• Saber se diferenciar

É primordial mostrar ao seu cliente a oferta que ninguém tem no momento e fazer ele se sentir único ao receber a proposta. O site exame.com destaca, principalmente, o estudo de produtos e serviços para melhorar também no momento da oferta irrecusável, além de usar recursos para identificar o próprio potencial e combater concorrentes na hora das vendas.

• Ir além

É preciso ter um bom roteiro de vendas para se obter sucesso e o controle dos negócios, além de levar qualidade e técnica na abordagem aos clientes. O portal IEV aponta que é preciso, ainda, ir além do que está no script, pois saber dialogar e manter o contato é realmente importante na comunicação. Os scripts são suportes para o embasamento das vendas, mas nada impede de levar a conversa para fora do papel.

• O método Aida

Atenção, Interesse, Desejo e Ação (Aida). Nesse sentido, o blog da Nuvemshop, afirma que essas quatro palavras podem ajudar na estratégia para concluir uma venda e permitem o estudo do comportamento dos clientes no processo até a compra. A primeira palavra da sigla se refere à chamada de atenção, por meio de publicações e de matérias visuais. Já o interesse é a etapa que faz com que o produto se torne interessante ao comprador, e para isso mostrar as funcionalidades dos produtos aponta quanto aos diferenciais do item. Quanto ao desejo, ele precisa ser destacado para que seja despertado no cliente diante de suas necessidades do produto. A ação, por sua vez, é o momento de finalização de compra, onde chegam ao fim todos os processos.

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ESPAÇO JURÍDICO

ORIENTAÇÕES SOBRE A CONTRATAÇÃO DE TRABALHADORES ESTRANGEIROS

A contratação de trabalhadores estrangeiros tem sido cada vez mais comum, especialmente nesta última década, em que o número de imigrantes aumentou significativamente no Brasil, segundo levantamento feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, Conselho Nacional de Imigração e Coordenação Geral de Imigração Laboral.

Este novo cenário faz surgir algumas dúvidas nos empresários, e também na população em geral, acerca de como ocorre a inclusão dos estrangeiros no mercado de trabalho e, principalmente, quais os direitos e deveres envolvidos.

Os trabalhadores estrangeiros possuem os mesmos direitos trabalhistas que os brasileiros? Sim, possuem.

A despeito disso, a Constituição Federal estabelece que alguns cargos e funções públicas são reservados a brasileiros natos, assim considerados aqueles que já nascem com a nacionalidade brasileira. São os cargos de: presidente e vice-presidente da República, presidente da Câmara dos Deputados, presidente do Senado Federal, ministro do Supremo Tribu-

nal Federal, carreira diplomática, oficial das Forças Armadas e ministro de Estado da Defesa. Fora essa ressalva, as normas trabalhistas aplicáveis aos trabalhadores estrangeiros são as mesmas que àquelas aplicadas aos brasileiros, sendo vedada discriminação e distinção em razão da nacionalidade, por expressa previsão constitucional, assim como na atual Lei de Migração (Lei 13.445 de 2017) e por ser o Brasil signatário de Convenções Internacionais da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que assim estabelecem. Ademais, o artigo 4º da Lei de Migração prevê que ao migrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como são assegurados: I – direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos; […] VII – direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos; […] IX – amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; […] XI – garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação das normas de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória […].

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Artigo 4º da Lei de Migração prevê que ao migrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade

Porém, há sim algumas regras e peculiaridades a serem observadas na contratação de estrangeiros, destacando-se duas. Uma delas se relaciona com a documentação necessária para contratá-lo e a outra diz respeito à proporcionalidade que deve haver de empregados brasileiros dentro da organização.

O que difere na documentação necessária para contratar um empregado brasileiro, de um estrangeiro, é que este não necessita apenas da Carteira de Trabalho e Previdência Social e inscrição no Cadastro de Pessoa Física. Ele precisa, também, estar munido de visto e autorização de trabalho emitida pela Coordenação-Geral de Imigração, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência, a qual apenas é dispensada para os estrangeiros que vivem há mais de 10 anos no país, ou que sejam casados com brasileiros, tenham filhos brasileiros e/ou sejam cidadãos portugueses.

Em relação ao critério de proporcionalidade, a Consolidação da Leis do Trabalho (CLT) prevê que as empresas podem ter, no máximo, um terço de trabalhadores estrangeiros em seus quadros, sendo obrigatório, portanto, que dois terços de seu quadro total de empregados que compõem

sua folha de pagamento sejam de brasileiros. Essa previsão encontra-se insculpida no artigo 354 da CLT: “Art. 354 – A proporcionalidade será de 2/3 (dois terços) de empregados brasileiros, podendo, entretanto, ser fixada proporcionalidade inferior, em atenção às circunstâncias especiais de cada atividade, mediante ato do Poder Executivo, e depois de devidamente apurada pelo Departamento Nacional do Trabalho e pelo Serviço de Estatística de Previdência e Trabalho a insuficiência do número de brasileiros na atividade de que se tratar. Parágrafo único – A proporcionalidade é obrigatória não só em relação à totalidade do quadro de empregados, com as exceções desta Lei, como ainda em relação à correspondente folha de salários”.

Porém, não entra no cômputo de pessoa estrangeira, para fins de proporcionalidade, aquele estrangeiro que reside há mais de 10 anos no país, ou que possua cônjuge ou filho brasileiro. Além disso, estão excetuadas dessa regra de proporcionalidade as empresas rurais de zonas agrícolas e os empregados que exerçam funções técnicas especializadas, caso não existam profissionais brasileiros qualificados para a função.

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Há regras e peculiaridades a serem observadas na contratação de estrangeiros, destacando a que se relaciona com a documentação para contratá-lo e outra sobre a proporcionalidade que deve haver de empregados brasileiros dentro da organização

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA CORPORATIVA

Com a oportunidade de complementar a formação profissional de diferentes áreas, a Faculdade Senac Chapecó, em parceria com a Ashland University, da cidade de Ashland, localizada no estado de Ohio, nos Estados Unidos, está com inscrições abertas para o curso de pós-graduação MBA em Gestão Estratégica Corporativa. O programa terá início no mês de maio e oferecerá aos profissionais ampla visão do cenário corporativo, além de estimular a capacidade de análise do mercado e das relações entre as organizações no contexto global.

A Ashland University oferece desde 1878 educação superior nos níveis de graduação, mestrado e doutorado, recebendo estudantes de inúmeros países. É um centro intelectual marcado por conferências importantes e pela troca de experiências entre pro fi ssionais internacionalmente renomados e está entre as melhores dos Estados Unidos, com o título de melhor universidade do Centro-oeste Americano por sete anos consecutivos.

O programa de MBA em Gestão Estratégica Corporativa terá aulas realizadas uma vez ao mês. Além disso, os alunos participarão durante o curso de três simpósios internacionais, ministrados por professores da Ashland University.

Para informações complementares, entrar em contato com o Senac Chapecó, pelo telefo-

CONCILIA:

Oferece meios para a solução rápida e eficaz de conflitos trabalhistas, reduzindo custos, diminuindo burocracias e propondo resultados satisfatórios para as partes.

Entre em contato e saiba mais:

(49) 3319-4600 concilia@sicom.com.br

ESPAÇO SENAC

CURSOS DE ROBÓTICA E INFORMÁTICA EM NÍVEL BÁSICO

O Sesc, com o intuito de levar conhecimento aos seus alunos, sempre alinhando teoria e prática, proporciona os cursos de Robótica e Informática Nível Básico. O curso de Robótica é dividido em três módulos por faixa etária: Módulo I, de sete a 10 anos; Módulo II, de 10 a 12 anos; e Módulo III, de 12 a 15 anos. Já o curso de Informática atende alunos de 10 a 12 anos.

A robótica está presente no dia a dia e estimula a curiosidade, instiga o conhecimento e promove experiências multidisciplinares. Com isso, o curso tem o objetivo de abordar conceitos como raciocínio lógico, lógica de programação, noções básicas de eletrônica (sensores e atuadores) e física (equilíbrio, roldanas, rolamentos, velocidade média, gravidade).

dicado para adolescentes de 11 a 16 anos, é dividido por faixa etária e módulos definidos de acordo com a demanda local. Entre os temas que serão desenvolvidos estão programação, utilização de softwares livres e criação de aplicativos.

Com a possibilidade de aprendizado em ferramentas tecnológicas, o curso de Informática possibilita o desenvolvimento de projetos pessoais, ou para solução de questões da comunidade. In-

O curso de Informática tem como objetivos: proporcionar aos jovens conhecimento maior sobre ferramentas tecnológicas disponíveis, para realização de projetos pessoais ou solução de problemas de sua comunidade; ofertar cursos de programação, com utilização de softwares livres e criação de aplicativos; preparar através do processo de inclusão digital; disponibilizar contato com ferramentas avançadas disponíveis no mercado; e ofertar ferramentas que permitam uso de raciocínio lógico.

Para mais informações pode ser mantido contato com o Sesc Chapecó pelo telefone (49)33199128.

MAIS SICOM | Página 27 ESPAÇO SESC

MISSÃO DO SICOM

Representar, defender e desenvolver o comércio de bens, serviços e turismo e promover o conhecimento e o crescimento socioeconômico.

ÁREA DE ABRANGÊNCIA

Chapecó, Águas de Chapecó, Águas Frias, Arvoredo, Caxambú do Sul, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Cunhataí, Formosa do Sul, Guatambú, Irati, Jardinópolis, Lajeado Grande, Marema, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Palmitos, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Quilombo, Santiago do Sul, São Carlos, Saudades, União do Oeste e Xaxim.

@sicomchapecó Sicom Chapecó sicom.com.br

PROGRAMAS SICOM

ASSESSORIA

Orientação às empresas associadas em determinadas áreas de interesse para a boa gestão, incluindo consultoria jurídica por escritório especializado, crédito empresarial, protestos de títulos e registro de marcas e patentes.

EDUCAÇÃO

Parcerias com diversas instituições educacionais, como escolas de idiomas, universidades e escolas de ensino médio e técnico. Realização de cursos, palestras e outros eventos de atualização.

PESQUISAS

Opção de uma série de coletas e análises de dados como solução empresarial que utilizam tecnologia de ponta. Disponibilidade para empresas e outras instituições, para avaliar questões como tendências do consumidor, marcas, eventos, opinião e clima organizacional.

SAÚDE

Programas e exames de segurança e medicina do trabalho. Consultas médicas e odontológicas, aplicação de vacinas e realização de exames médicos e laboratoriais através de convênios.

TURISMO

Fomento as potencialidades do turismo regional ao interconectar – pela movimentação de pessoas –, as opções de negócios, lazer e entretenimento e as diversificadas atividades do comércio, mediante estratégias para promoção dos atrativos locais.

VIVA BEM

Acesso a iniciativas do Sesc, pelo empresário e funcionários das empresas e seus dependentes, através de benefícios como academia, biblioteca, escola, ginásio, quadra esportiva, teatro e viagens de lazer.

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Revista +Sicom - Mar-Abr/2023 - Edição 209 by SICOMCHAPECO - Issuu