Centenário de Perciliano Bueno Cavalheiro 1919 - 2019 e 90 anos de Dilinha Cavalheiro matéria especial
CENTENÁRIO
de Perciliano Bueno Cavalheiro 1919 - 2019 e 90 anos de Dilinha Cavalheiro Por Dilinha
Em 1953, Dourados contava com poucas casas e era um vilarejo. Sonhos e necessidades despertaram os homens para a busca de uma vida nova e, hoje, percebemos no que se transformaram esses sonhos. Perciliano foi mais um desses homens, sem medo de enfrentar a solidão de um lugar ermo, sem escolas e sem recursos. Chegamos com Néca Verdi, de São José de Rio Preto - que nos trouxe em seu avião - e pousamos no campinho que existia na entrada da cidade.
Tenho ele como um homem que sabia que o caminho para vivermos em paz era a retidão. Ele sabia disso e confiava profundamente na dignidade humana, cujo valor o acompanhou e nos acompanha - como uma herança - sempre. Parecem palavras ao vento, mas não são. Esses valores nos trouxeram felicidade e gosto de pensar que ele é responsável por isso.
"Aqui é o lugar da vida da gente"
Muitas coisas vi nestes anos todos aqui vividos. Lano era um homem sábio, corajoso e muito trabalhador.
Eram tempos bastante difíceis, foi e continua sendo necessário ser forte e firme para sobreviver com dignidade, mas trazemos a semente do bem em nós, e isso é tudo de que precisamos. Ele chegava do cartório depois de um dia de trabalho, mas continuava trabalhando, ocupando-se com o gado e outros animais que tínhamos
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Perciliano Bueno Cavalheiro e sua esposa Dilinha, em 2003, na varanda de sua Chácara Santo Antônio - Vila São Pedro.
Perciliano Bueno Cavalheiro, casamento de sua filha Tânia -1978 - São Paulo