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Coluna Celebrou - 2ª Peixada do Dourados News
Coluna Celebrou - 2ª peixada do Dourados News
2ª PEIXADA DO DOURADOS NEWS
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No dia 21/09, aconteceu a 2ª Peixada do Dourados News, no Kanoa Restaurante e Pesqueiro, em comemoração aos 19 anos do jornal Dourados News. Com um menu exclusivo à base de peixes e um ambiente assinado por Edilson Spolador, Andreia Medeiros, diretora do jornal, recebeu amigos, empresários, autoridades e clientes para festejar a data em grande estilo. Confira as fotos.
Cobertura Social: Revista Celebrar Fotos: Charles Aparecido








matéria especial de capa A FÉ QUE EMPODERA
Conheça a história da empresária que comanda a Verde Limão
“Eu não tenho dinheiro; eu tenho fé”. Essa frase foi dita por Waldirene Marques, proprietária da loja de roupa feminina, Verde Limão. Uma mulher que pode servir como inspiração de fé, empreendedorismo e empoderamento. Waldirene sempre teve o sonho de ter a própria loja, mas não tinha recursos financeiros para começar. “Eu passava em frente de algumas lojas e pensava: se fosse minha, mudaria isso, mudaria aquilo, faria de outro jeito.” De família simples, nunca ficou sem trabalhar, já foi funcionária de armazém de grãos, escritório de contabilidade; aliás é formada em Ciências Contábeis. Passou em concurso público e se tornou agente da UNEI (Unidade de internação de menores infratores). Fazia plantão e, nas horas vagas, vendia lingerie e produzia cestas de café da manhã por encomenda. “Nunca tive problema em trabalhar, tinha que ir à luta.” Em 2004, teve um filho. A vida seguia normalmente até que, aos 33 anos, quando seu filho tinha apenas três anos, ela teve um AVC. Chegou a pesar 39 quilos, perdeu boa parte da visão. Era um câncer maligno no cérebro na região occipital. “A pior coisa era não conseguir enxergar meu filho. Eu pensava: queria ter tempo para cuidar do dele.” Wal, como costuma ser chamada, conta que dobrou os joelhos e passou a orar cada vez mais. “Eu orava todo dia; toda hora orava, pedia para Deus fazer a vontade Dele, e que, se existia um propósito na minha vida, que Ele me deixasse criar meu filho”. Continuou fazendo tratamento, sem quimioterapia, até que um dia teve um sonho. “Muitos
Waldirene Marques
podem achar estranho, mas meu sonho era muito real. Eu vi dois homens ao lado de minha cama; um tinha vestes brancas (parecia ser um anjo), o outro vestia um manto vermelho; era grande e imponente, e este mexia na minha cabeça. O que eu senti é inexplicável.” Alguns dias após o sonho, estavam marcados novos exames. “O médico olhou, olhou de novo e me perguntou: o que aconteceu? Eu disse para ele que me sentia melhor, que estava voltando a enxergar, e ele disse que os exames estavam diferentes, que a lesão cerebral apresentava outra imagem. Aí eu contei para ele do sonho e, depois desse dia, sempre testemunho que Deus me curou.” Curada, voltou a trabalhar na UNEI e, para ganhar um dinheiro extra, começou a vender roupas como sacoleira. “Até que um dia, eu estava com minha sacola de roupas na mão e encontrei um conhecido, que me parou e disse: “Deus manda te dizer que você vai ter uma loja, não vai ser pequena, todos vão conhecer sua loja”. Mas Wal pensou: “Não tenho dinheiro nem para pagar essas roupas, muito menos para ter loja. Bem... dinheiro não tenho, mas tenho fé; então estou pronta para o que vier”. Em 2012, uma loja pequena estava à venda, na Marcelino Pires; ela pegou empréstimo e comprou o ponto. Modifi cou o perfi l da loja, deixou com sua cara. Surgiu aí a primeira loja. “Eu tinha que pagar a loja; então continuava nos plantões do concurso e minha mãe me ajudava nas vendas. A gente abria até aos domingos porque tinha que pagar as dívidas. Tinha dia em que ninguém entrava para comprar; eu ia lá pros fundos, me ajoelhava e orava. O cliente entrava.”
















A loja começou a crescer, as vendas iam bem, quitou a dívida. Em 2017, saiu do concurso. Passou a ser somente empresária. Até que recebeu uma outra mensagem: “O pastor da igreja me disse: Você vai abrir uma nova loja”. Eu já tinha alguns sonhos, sempre quis ter loja maior, lugar para o acompanhante sentar, um ambiente em que a pessoa se sentisse em casa, que não fosse só comprar.” Encontrou um salão grande em Dourados e alugou. Mas precisava reformar, colocar móveis, estruturar o imóvel para que ficasse do jeito que ela sonhara. “Eu trabalhava de dia na loja menor e, depois do expediente, eu, meu marido e meu filho, íamos todos para a nova loja trabalhar para abrir o mais rápido possível, pois estávamos pagando aluguel.” Foram seis meses de muitos imprevistos, até que, em maio de 2018, foi inaugurada a nova Verde Limão. Uma loja ampla, com estacionamento, espaço kids, cafezinho e bolo para as clientes, uma salinha para quem está acompanhando sentar e esperar. Atualmente, as duas lojas têm 12 funcionários e é referência em qualidade, atendimento e preços acessíveis. “Hoje eu vejo que a fé me trouxe onde estou. Eu vi o que posso fazer e sei que, com Deus, posso ir ainda mais longe.”
