Kardama: você não está só
Nosso personagem, Nicolas em questão, irá personificar o seu medo na criação da ilustração em um boneco, no qual intitulamos como Kardama, e a partir deste ato a trama se desenvolve. O medo que normalmente tem a função de sinalizar o perigo, passa a ser vivenciado como o próprio perigo. Paradoxalmente à vontade de se afastar das próprias sensações físicas, torna a pessoa hiper vigilante em relação às suas sensações internas. Qualquer alteração se torna uma ameaça. Nosso cérebro não funciona no negativo. Não existe um símbolo que especifica um não algo. Por exemplo, se eu pedir ao leitor para não pensar numa piscina azul, automaticamente o leitor pensará na piscina azul. Para tentar fugir do medo a pessoa tem que representar o medo, isto é sentir o medo. Este é um aspecto fundamental da reação em cadeia que é a crise de pânico em si. (PINHEIRO, 2004, p. 3)
Ao analisar o estudo de caso aqui apresentado, buscando como estratégia ressaltar os efeitos negativos surgidos a partir dos traumas vivenciados ao longo de sua construção pessoal e social, temos como foco explorar essas áreas e destacar a importância sobre um tratamento adequado junto ao um médico, psicólogo que auxilie para o melhor desenvolvimento interpessoal e superação de suas angústias
DESENCADEAMENTO DE TRAUMAS NA INFÂNCIA É inegável que o desenvolvimento de crianças que possuem uma estrutura familiar sadia, está menos propício a danos físicos e psicológicos. Em contraste com filhos que crescem envolto a um ambiente agressivo e inadequado, reflete em todo direcionamento das fases da vida daquela criança, proporcionando traumas e acarretando a danos psicológicos e que sem acompanhamento médico apropriado perpetua por toda vida. Embora um convívio
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