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O GÊNERO DE ENTRETENIMENTO
de mercado Nielsen, em que 93% das pessoas que participaram da pesquisa apontaram que pretendem continuar pagando por serviços de streaming, gerando assim uma demanda de conteúdo. Ainda em relação a essa demanda também associado a pandemia pelo Covid-19, uma reportagem na edição 78 da Forbes por Amanda Tucci exibe o relatório “Streaming in the Time of Coronavirus” realizado pela Conviva, empresa especializada em inteligência integrada de dados, onde segundo as pesquisas os serviços de streaming cresceram 20% globalmente em março, comparado com o período de duas semanas anteriores a pesquisa, onde começava-se as discussões em decorrência da pandemia, isolamento social e afins. Entretanto, na América Latina os números foram para 26,6% no período observado.
No livro Gêneros e Formatos na Televisão Brasileira (2015), do autor José Carlos Aronchi, temos a definição do “gênero da categoria outros” que associado a multiplicidade da forma de produção e a migração de categorias de gêneros televisivos, não há uma definição ou origem em relação a classificação do gênero.
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Mesmo a definição sendo para programas televisivos, achamos conivente nos embasarmos na perspectiva do autor. O telefilme, por conta da migração de conteúdos originalmente do cinema para a televisão e canais de streaming, traz consigo essa multiplicidade de reprodução, um modelo de conteúdo audiovisual que transmutou de seu meio tradicional (cinema) para as plataformas de mídias atuais, como o streaming.
Para o professor e pesquisador em comunicação Ciro Marcondes Filho, no Brasil na década de 1950 o rádio se tornou televisionado, alterando sua programação para vídeo, não havia definições de linguagens, categorias ou formatos para televisão. Com o passar do tempo, foi constatado que com a implementação de categorias, formatos, gêneros e subgêneros, consequentemente haveria maior seletividade e identificação do público no qual
pretendiam-se atingir com entretenimento de qualidade. Para o professor de comunicação Luís Nogueira no Manual de Cinema:
Se um filme pertence a um gênero determinado e exibe algum grau de similaridade com outras obras, ele instaura necessariamente determinadas expectativas para o espectador. Os gêneros constituem, portanto, um capital hermenêutico seguro para o espectador – conhecer os gêneros ajuda a interpretar um filme, e ajuda a escolher o filme que se pretende ver, com um risco mínimo de engano (NOGUEIRA, 2010, p. 7)
A prática em assistir, ler, ouvir, acompanhar e influenciar-se por histórias através dos meios de comunicação, significa obter entretenimento. É o ato de se envolver com o que é apresentado, um entretenimento cinematográfico pode ser utilizado como uma ferramenta de informação visual.
O entretenimento é necessário para toda e qualquer ideia de produção, sem exceções. Todo programa deve entreter, senão não haverá audiência. Entreter não significa somente sorrir e cantar. Pode ser interessar, surpreender, divertir, chocar, estimular, ou desafiar a audiência, mas despertando sua vontade de assistir. Isso é entretenimento. (BOAVENTURA,2017 apud WATTS, 1990, p. 20)
E neste cenário, o radialista e jornalista José Carlos Aronchi, evidencia que entretenimento é necessário como um todo, é preciso despertar o interesse não só apenas da visão do espectador, mas também, do produtor. A arte de entreter pode ser caracterizada também como uma ferramenta de crítica, ultrapassando barreiras através do divertimento, para explorar e transmitir questões sociais diversas e psicológicas. Cinematograficamente falando, está no ato da visualização, uma informação ou idealização poderá ser abordado através do espectro de gêneros tais como, terror, drama, suspense, comédia entre outros. Possuindo como maior objetivo “prender” a atenção do espectador até o final da cena abordada em questão.