
4 minute read
TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS E SUAS VERTENTES
Para amparar teoricamente o objeto de pesquisa deste presente trabalho, levando em consideração a personalidade e características de nosso personagem principal Nicolas. faz-se necessário conhecer a origem e conceito da palavra ansiedade, síndrome do pânico, seu significado e suas principais manifestações, buscando embasamento científico e teórico
Desde o início dos tempos, a humanidade sofre com a inconsistência que exige em estar vivo, esta inquietude sobre a mente é estudada por psiquiatras, psicólogos, filósofos onde contribui para o aperfeiçoamento e análise em busca de melhora psíquica. A complexidade rege o ser humano, valores interpessoais é fundamentada, a influência sobre o meio é examinada, mas afinal, o que é ansiedade? “É o prejuízo funcional ou sofrimento excessivo” aponta Mario Bernik, médico psiquiatra e coordenador do programa de ansiedade do Instituto de psiquiatria da FMUSP, 2018. Se qualifica com a sensação de incapacidade e insegurança, corresponde a reação do organismo como forma de proteção sobre a possibilidade de uma ameaça, a ansiedade antecipa, há uma preocupação, mas não sabemos por qual razão, causando o bloqueio do cérebro, impedindo a realização das atividades consideradas simples do cotidiano.
Advertisement
Existe uma classificação psiquiátrica sobre o estudo em questão, mostra-se a ansiedade generalizada, ataques de pânico, estresse pós-traumático, fobias e transtornos compulsivos obsessivos, há inúmeros fatores responsáveis pela causa da ansiedade, ela poderá ocorrer de forma moderada ou excessiva, causando uma disfunção no sistema nervoso, acarretando em reações fisiológicas como tensão muscular, taquicardia, tremores nas mãos e corpo , sudorese, sendo um reflexo da ação que se é imposta, o gatilho também poderá se manifestar de forma inconsciente em que somente através do acompanhamento psicológico poderá ser identificado. Há um estigma construído sobre doenças mentais no qual estaria ligado a loucura, como se ambos partissem do mesmo pressuposto.
Os problemas metodológicos com a dita loucura não datam de hoje e não cessarão por aqui, pois atravessam a história, desde a Grécia antiga a loucura era considerada uma manifestação divina, e o louco era, então, concebido em sua excentricidade necessária e supersticiosa, dotado de determinada sabedoria profética e transformadora. Não havia, portanto, a segregação dos loucos, mas aí eles já marcavam que se tratava de outra dimensão do homem. Já no século XV, na Idade Média, a loucura era vista como algo diabólico, não humano, e, também, marcada por um aspecto atraente, no sentido de que haveria um saber desconhecido dado apenas aos loucos. (NETO E TAURO, 2015, p.152)
Ao longo do tempo, foram criadas novas metodologias no setor de serviço da saúde mental para que haja a discriminação da loucura, em abril de 2001 foi regulamentada o processo da Reforma Psiquiátrica no Brasil, sancionada pelo então deputado Paulo Delgado na Lei Federal de Saúde Mental, n° 10.216. A reforma passou a ser implementada através do assistente social, médico da família, psicólogos e psiquiatras como forma de propagação e disseminação do conteúdo com a responsabilidade de cuidar e superar as dificuldades objetivas e subjetivas, oferecendo os cuidados primários para a saúde mental.
Desde o ano de 2002 o Ministério da Saúde desenvolve o Programa Permanente de Formação de Recursos Humanos para a Reforma Psiquiátrica, que incentiva, apoia e financia a implantação de núcleos de formação em saúde mental para a Reforma Psiquiátrica, através de convênios estabelecidos com a participação de instituições formadoras (especialmente universidades federais), municípios e estados. A partir de 2003, o Ministério instituiu uma estrutura organizativa mais ampla, a Secretaria Nacional de Gestão do Trabalho em Saúde (SGESTES), para enfrentar as necessidades qualitativas e quantitativas de recursos humanos para o SUS. No campo da saúde mental, existem hoje 21 núcleos regionais em funcionamento, realizando cursos de especialização e atualização
para trabalhadores da atenção básica e dos CAPS, e beneficiando profissionais de 15 estados. (BRASIL, 2005, p. 44)
Este marco foi de suma importância para os atos políticos, teóricos e práticos, significando avanço nas melhorias e desempenho do ser que possui algum distúrbio psíquico, garantindo o direito básico e tratamento clínico adequado para que este possa retomar a sociedade exercendo suas funções como cidadão, ausentando-se gradualmente do processo de internação, evitando a exclusão social. A ansiedade é uma resposta subjetiva ao estresse sofrido por um indivíduo, ele poderá ser causado através das relações interpessoais com familiares e amigos, bullying, uso excessivo da tecnologia, pressão social dentre outros, podendo ocasionar consequentemente em outros transtornos como a Síndrome do pânico.
A crise de pânico se dá a partir do entrelaçamento de pensamentos e sentimentos. À medida que a pessoa tem a primeira crise e aprende que pode ter uma vivência tão sofrida, ela começa a ter medo de ter crises. Ela passa a ter medo de ter medo. Com isso surge uma espécie de reação em cadeia. Uma espécie de espiral viciosa na qual a pessoa passa a identificar praticamente qualquer sensação interna como indício do início de uma crise. A capacidade de pensar termina sendo usada, pelo indivíduo para tirar sua própria segurança, ao invés de possibilitar a busca de suporte. A pessoa por estar com medo, vai criando um filme de terror na própria cabeça, imaginando os possíveis desdobramentos do que está sentindo. As fantasias mais comuns são de morte ou loucura eminentes. A insegurança em relação ao instante seguinte é assustadora e quanto mais aterrorizantes são as cenas imaginadas, maiores as alterações fisiológicas resultantes. Quanto maiores as alterações fisiológicas, mais nítida é a confirmação da presença da crise, maior o pavor, maiores os motivos para fantasias sobre o que pode acontecer no instante seguinte, e assim sucessivamente. (PINHEIRO, 2004, p. 3)