ENTRE O CINZA E O VERDE: Parque Urbano no desenho da cidade mogiana

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27 Toledo e Santos (2012), apontam que os parques se tornam do interesse político no final dos séculos XX. Segundo Oliveira (2010), o embelezamento urbano era o único encargo das áreas verdes. Foi nesse momento que o desenho da cidade ganhou os parques como equipamentos urbanos, assim cita Silva e Pasqualetto (2013). Então a partir dessa época de ressignificação desses espaços, as atividades recreativas passam a tornar complementos desses Parque Urbanos. Silva e Pasqualetto (2013, p.293) afirmam que “Somente nos últimos vinte anos do século XX, observa-se que a implantação e formação de parques públicos despertaram o interesse da classe política”. Então, as mudanças como já tinham ocorrido desde as influências europeia, se repetiram por consequências do crescimento dos aglomerados e reflexos sociopolíticos, porém, o país em termos desses espaços, já apresentava uma maturidade com a identidade do paisagismo brasileiro mais consolidada e diferente do início do século. Já sobre o século XXI, Toledo e Santos (2012) ressaltam que o país se encontra em estado de carência em relação ao planejamento eficiente em diferentes instâncias, assim, o autor completa com a importância do Quapá no direcionamento ao planejamento adequado com os crescimentos dos espaços de lazer. Nota-se a escassez de planos das áreas verdes e de lazer ainda atualmente, e como já explicado, as mudanças desses equipamentos são reflexos direto dos momentos em que a sociedade se encontra. Além disso, a cultura da privatização cresce e os parques também são vítimas dessas ações. Isso ocorre pela falta de interesse do poder público em investimento no meio urbano? Os equipamentos específicos para o lazer se tornam comuns, primeiro os playgrounds e quadras esportivas, depois as piscinas (principalmente nos prédios de classe média e residenciais de classe média-alta). Nesse sentido, observa-se uma verdadeira privatização dos espaços livres, que passam a ser atrativos de condomínios fechados, vendidos como “oasis” de conforto, segurança e tranquilidade, fazendo com que as elites não dividam mais os espaços públicos com os menos favorecidos. (Toledo e Santos, p. 21, 2012)


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