O regresso do Falcão Nipónico

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DAKAR: A PROVA | A PRESTAÇÃO DOS PORTUGUESES | AM A SUPERCROSS

#18

F E V E R E I R O | M E N S A L | T H E G R E AT E S T M OTO R C YC L E S P O RT S M AG A Z I N E

PORTUGAL CONTINENTAL - 4,50€

o regresso do

falcão nipónico TRIUMPH SPEED TRIPLE 1200 RS

APRILIA RS 660

INDIAN FTR 2022

COMPARATIVO MAXI SCOOTER

YAMAHA TMAX TECHMAX VERSUS HONDA FORZA 750 M O B I L I D A D E U R B A N A : E L É T R I C A O U C O M B U S TÃ O | N O V I D A D E S 2 0 2 1



ÍNDICE 4

EDITORIAL

Atualidade e novidades Toda a atualidade do comércio e indústria.

14

Husqvarna 2021 Trazemos-lhe as novidades da gama Husqvarna para este ano.

16

Indian FTR 2022 Conheça a mais recente Indian FTR.

20

Suzuki Hayabusa 2021 Saiba o que esperar da nova Suzuki Haybusa 2021 apresentada.

26

Ensaio Yamaha MT07 Um ensaio exclusivo Motorcycle Sports à Yamaha MT07, com os detalhes deste modelo.

34

Ensaio Aprilia RS660 O nosso ensaio à Aprilia RS660 com os detalhes sobre esta mota.

42

Comparativo Honda Forza 750 vs. Yamaha TMAX O frente-a-frente entre as scooter Honda Forza 750 e Yamaha TMAX.

50

Mobilidade sustentável A atualidade da mobilidade sustentável em duas rodas.

54

Notícias MotoGP As últimas novidades dos Mundiais MotoGP.

56

Dakar 2021 Todo o rescaldo do Dakar 2021, ganho por Kevin Benavides.

72

Portugueses no Dakar 2021 Em foco a participação portuguesa no Dakar 2021 em motos.

90

AMA Supercross O resumo do que aconteceu nas três primeiras provas do AMA Supercross em 2021

96

Notícias WSBK As notícias dos Mundiais Superbike atualizadas.

98

Curtas comércio Novidades breves do mundo do comércio e indústria sobre duas rodas.

FICHA TÉCNICA Proprietário - Full Fixtures Unipessoal Lda Sede - Rua do Rebolar n3 3dt 2770-148 Paço de Arcos Director - Diogo de Soure Director Adjunto - Rodrigo Fialho Jornalista - Simon Patterson Colaboradores - Bernardo Matias, Gonçalo Viegas, Fábio Fialho, Pedro Rocha dos Santos, Margarida Salgado Fotogra ia - Pedro Messias (Ensaios) Director de Arte - Rodrigues da Silva Impressão - GRAFISOL - EDIÇÕES E PAPELARIAS, LDA. Distribuição - VASP, DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Tiragem - 10.000 ex. Periodicidade - Mensal Estatuto editorial em MotorcycleSports.net Preço - (IVA inc.): 4,50€ (Portugal Continental) ERC: N.º 127278 Depósito Legal: 455729/19

E

stamos em fevereiro, o mês por excelência do regresso das atividades do motociclismo de velocidade. Devido à pandemia, este ano tudo arranca de forma mais tímida, com os testes a serem apenas em março. No entanto, o começo do ano já tem muita história para contar. Em janeiro realizou-se o Dakar 2021. Nas motos, fez-se história com a vitória de Kevin Benavides: a primeira de um sul-americano (e argentino, neste caso) e a segunda consecutiva da Monster Energy Honda Team. Os portugueses estiveram em bom plano, com três dos quatro que arrancaram a chegarem ao fim – e todos esses três no lote dos 20 primeiros. Para além do Dakar, o motociclismo também retomou a atividade com o AMA Supercross e as primeiras rondas do campeonato do mundo da modalidade em Houston no mês de janeiro. O Mundial de Superbike teve os primeiros testes privados do ano, ainda que a «meio-gás» devido ao mau tempo que cancelou os planos nos primeiros dias programados. Sendo o início de fevereiro, avizinham-se também as apresentações das equipas de MotoGP. Tudo começou com a Esponsorama Avintia (que confirmou André Pires na MotoE World Cup) e em breve chegará a vez da Red Bull KTM com Miguel Oliveira. E, como não podia deixar de ser, há muitas novidades no mercado de motas, com o Motorcycle Sports a falar-lhe sobre um leque alargado de motas que pode encontrar nos concessionários e ter na sua garagem. Em suma, uma edição dois de 2021 da revista Motorcycle Sports com muitos motivos de interesse, assinalando o início do ano no que toca ao motociclismo de competição. Bernardo Matias | MOTORCYCLE SPORTS | 3


TRIUMPH SPEED TRIPLE 1200 RS

REVOLUCIONÁRIA

E

m 1994 a Triumph lançou a sua primeira Speed Triple, uma moto naked de

estilo desportivo, uma verdadeira Streetfighter, que herdava o carácter de uma desportiva mas sem proteção aerodinâmica. Já em 1997 uma nova versão introduziu o típico farol duplo dianteiro, realidade que a passou a caracterizar. Em 2005 a Triumph fez evoluir o conceito e criou de raíz uma moto especialmente concebida para ser uma verdadeira

30 CV que na versão anterior ) e um binário

cional, o escape abandona a dupla ponteira na

HyperNaked.

de 125 Newton/metro às 9.000 rpm, um mo-

posição debaixo do assento e passa a uma pon-

A nova geração de Speed Triple, a 1200 RS de

tor que incorpora tecnologia desenvolvida para

teira única numa posição lateral elevada mais

2021, é uma moto inteiramente nova com a ci-

o Moto2, passando a ser a Speed Triple mais

tradicional.

lindrada aumentada para 1160 cc e com uma

potente fabricada pela marca. Com caixa de

Com apenas 198 Kg de peso, um chassi inteira-

potência agora de 180 CV às 10.750 rpm ( mais

6 velocidaes assistida por quickshift bi-dire-

mente novo, extremamente leve e compacto,

4 | MOTORCYCLE SPORTS |



TRIUMPH SPEED TRIPLE 1200 RS

TRIUMPH SPEED TRIPLE 1200 RS

MOTOR E TRANSMISSÃO TIPO CILINDRADA BORE STROKE COMPRESSÃO MAX. POTÊNCIA MAX. BINÁRIO ADMISSÃO ESCAPE TRANSM. FINAL EMBRAIAGEM CAIXA

CHASSIS

Arrefecimento líquido, 12 válvulas, DOHC, 3 cilindros em linha, 4T 1160 cc 90.0 mm 60.8 mm 13.2:1 180 PS / 177.5 bhp (132.4 kW) @ 10,750 rpm 125 Nm (92 lbft) @ 9,000 rpm Electrónica Sequencial Multiponto Inox 3 em 1 com ponteira montada lateralmente Corrente X-ring Húmida, multi-disco, assistida e deslisante 6 velocidades

PAINEL INFO

Aluminio duas longarinas, sub-quadro alumínio Aluminio, mono-braço Jante de liga, 17 x 3.50 in Jante de liga, 17 x 6.00 in Metzeler Racetec RR K3 120/70 ZR17 Metzeler Racetec RR K3 190/55 ZR17 Öhlins 43 mm NIX30 upside down ajustáveis com 120 mm de curso. Öhlins TTX36 twin tube monoshock ajustável com 120 mm de curso. Duplo disco 320mm flutuantes. Pinças Brembo Stylema monobloco de 4 pistons , OC-ABS. Único disco 220mm. Brembo pinça de 2 pistons, OC-ABS, com reservatório separado Full-colour 5" TFT

COMPRIMENTO LARGURA ALTURA ALTURA ASSENTO DIST. ENTRE EIXOS RAKE TRAIL PESO EM MARCHA FUEL TANK CAPACITY

2090 mm 792 mm 1089 mm 830 mm 1445 mm 23.9 ° 104.7 mm 198kg 15.5 litros

GASOLINA CO2 EMISSÕES STANDARD

50.2 mpg (5.6 l/100km) 130 g/km EURO 5

INTERVALOS

16,000km / 12 meses

QUADRO BRAÇO OSCILANTE RODA DIANTEIRA RODA TRASEIRA PNEU DIANTEIRO PNEU TRASEIRO SUSPENSÃO DIANTEIRA SUSPENSÃO TRASEIRA TRAVÕES DIANTEIROS TRAVÕES TRASEIROS

DIMENSÕES

CONSUMOS

MANUTENÇÃO

6 | MOTORCYCLE SPORTS |

uma nova ergonomia e um perfil mais agres-

condução, Rain, Road, Sport, Track e Rider,

sivo, a nova Speed Triple 1200 RS estabelece

este último personalizável. Inclui ainda ilumi-

novas referências em agilidade, precisão e res-

nação full LED e chave de ignição Keyless.

posta de motor. A nível de suspensões monta

A versão RS será a única a ser comercializada

umas Ohlins NIX30 invertidas de 43mm na

e inclui acabamentos com materiais de topo

dianteira e mono-amortecedor Ohlins TTX30

como o carbono. Vai estar disponível em duas

na traseira, ambos totalmente ajustáveis e com

cores: Saphire Black e Mate Silver Ice. Conta

130mm de curso. A travagem está entregue aos

ainda com um catálogo de 35 acessórios opcio-

eficazes Brembo Stylema, com pinças radiais

nais da própria marca e específicos para o

monobloco de 4 pistons, com duplo disco na dianteira de 320mm. O novo painel TFT a cores de 5” inclui para além das funcionalidades normais a função de “Lap Timer” para utilização em pista. Em termos de ajudas electrónicas inclui o que de mais soficticado existe, Controle de Tração, Controle

de

cavalinho,

ABS em curva e 5 Modos de

modelo.





NOTÍCIAS

Nova KTM 1290 Super Adventure S

Evolução tecnológica marca uma nova Era A KTM acaba de apresentar a sua nova Super

debita 160 CV e atinge um binário máximo de

volvidos pela Bosch.

Adventure S, uma moto que está já na sua 3ª

138 Newton/metro, homologado de acordo com

A sua ciclística inclui agora suspensões semi-

geração e que segundo a marca e do ponto de

o Euro 5, inclui agora sistema de caixa PANKL

-activas WP APEX estando disponível como

vista tecnológico é a mais avançada Adventure

que melhora o função opcional de Quickshifter.

opção o Pack Suspension Pro que permite rea-

do mercado e a mais desportiva.

A nível de ajudas electrónicas conta com 4 mo-

lizar ajustes automáticos na suspensão diantei-

A nova KTM 1290 Super Adventure S foi de-

dos de condução, Rain, Street, Sport e OffRoad

ra e no amortecedor traseiro que com os Packs

senvolvida a proporcionar uma experiência de

e um opcional Rally. Um novo sistema de radar

opcionais Rally Pack e Tech Pack, permite que

condução com todos os benefícios de uma Sport

desenvolvido em conjunto com a Bosch permite

todas as funcionalidades interajam entre si em

Tourer de topo, com mais conforto independen-

estabelecer 5 níveis de segurança na sua condu-

simultâneo.

temente do tipo de estradas, posicionando-se

ção. A moto conta ainda com um inovador sis-

A KTM 1290 Super Adventure S está disponível

como a referência do seu segmento.

tema de Adaptive Cruise Control. Inclui ainda

em duas cores e irá chegar aos concessionários

Esteticamente houve também uma evolução

Cornering ABS e OffRoad ABS também desen-

da marca durante o mês de março de 2021.

com a ergonomia geral da moto a aumentar a sensação da sua agilidade e conforto para longas viagens. O depósito tem capacidade para 23 Litros e inclui tampão com sistema “keyless”. A KTM desenvolveu um chassi inteiramente novo para a sua Super Adventure conseguindo uma maior leveza e rigidez, uma melhor distribuição de massas e melhorando a agilidade da sua condução. O sub-quadro permite reduzir a altura do assento ao chão e um braço oscilante mais longo melhora a estabilidade em aceleração. Inclui um novo painel TFT de 7” com ligação via USB e um écran dianteito ajustável. O motor da 1290 Super Adventure é o tradicional LC8 V-Twin de 1301cc, melhorado que

KTM 890 Duke 2021 - O apurar da austríaca “The Scalpel“ A reação positiva do mercado à SCALPEL ori-

usa uma lógica de mapeamento mais sofistica-

Com suspensão WP Apex invertida de 43mm

ginal motivou a KTM a criar algo para desper-

da, debitando 115 cv de potência máxima e 92

e amortecedor traseiro a gás, a KTM 890 Duke

tar ainda mais o desejo dos fanáticos dos mo-

Newton/metro de binário que, com apenas 169

proporciona uma experiência condução des-

tores a gasolina. O lançamento da KTM 890

Kg de peso, define uma relação peso/potência

portiva ao limite, ainda mais apurada dentro

DUKE R no início de 2020 foi a resposta: uma

imbatível no seu segmento. Inclui ainda um

do espírito KTM Ready to Race.

arma letal em pista, assim como uma explo-

pack de ajudas electrónicas que conta com 3

são de potência para as estradas aproveitando

modos de motor e um modo Track opcional.

toda a potência aumentada do motor LC8c e adicionando uma gama de novos recursos mecânicos e electrónicos a quase obrigar a uma pilotagem de joelho no asfalto . O estilo da nova KTM 890 DUKE irá chamar a atenção pela estética, tornando este binómio de potência e punch de motor inesquecível. A essência da moto é a sua compacidade, a sua leveza e toda a diversão que proporciona a sua condução. A cilindrada aumentada para 889 cc

10 | MOTORCYCLE SPORTS |


NOTÍCIAS

Moto Guzzi celebra o seu Centenário

com uma Edição Especial Um século de história, cem anos de motos espeta-

numa moto criada para competir na classe 500

e provavelmente o mais icónico da marca. O The

culares, vitórias, aventuras e personagens icóni-

do Campeonato do Mundo, num projeto tão

Style Centre reinterpretou este modelo numa

cos que construíram a lenda da marca da águia.

ambicioso que estava 10 anos à frente da produ-

visão moderna, com um acabamento mate e

A Moto Guzzi celebra este extraordinário ani-

ção de motos da época.

associado às cores metálicas que expressam a

versário com um 2021 pleno de iniciativas que

Verde foi também a primeira cor utilizada pela

solidez e a autenticidade da marca de Mandello

irão culminar com as GMG - Giornate

Moto Guzzi com a Normale, o primeiro modelo

del Lario.

Mondiali Moto Guzzi, programadas para Mandello del Lario entre 9 e 12 de Setembro, um evento importante para qualquer entusiasta e estão de regresso dez anos após a sua última edição. Em face de tão especial ocasião, a Moto Guzzi irá produzir uma série limitada dos seus modelos no design Centenario, que estará disponível na V7, V9 e V85 TT apenas em 2021. Num esquema cromático exclusivo, elegante e evocativo de uma herança única, que se inspira em motos lendárias que fizeram história, em particular, na 8 cilindros de 1955. Uma ideia visionária

| MOTORCYCLE SPORTS | 11


NOTÍCIAS

HARLEY-DAVIDSON 2021 As Harley-Davidson® Versões CVO-Custom

Harley-Davidson®. O motor Milwaukee-Eight®

Glide apresentam o novo Harley-Davidson® Au-

Vehicle Operations™ representam o auge do es-

117 - a maior cilindrada e potência oferecidos

dio powered by Rockford Fosgate.

tilo e design da Harley-Davidson. Criados para

numa moto de fábrica da Harley-Davidson - é

Os destaques para 2021 incluem ainda a nova

os clientes mais exigentes, os modelos CVO™

exclusivo para os quatro modelos CVO pre-

Street Bob® 114 e a renovada Fat Boy 114,

2021 oferecem acabamentos espetaculares, tec-

mium de produção limitada.

ambas com motor Milwaukee-Eight 114 com

nologia avançada, componentes exclusivos e

Os modelos CVO para 2021 incluem a Limi-

161,34 Newton/metro de binário às 3.000 rpm,

atenção aos detalhes que roçam o obsessivo. Pro-

ted, a Street Glide, a Road Glide e a Tri Glide.

e novas opções de estilo para três populares

jetados e montados de acordo com os padrões

Cada modelo CVO 2021 apresenta nova pintura

“Performance Baggers”: a Street Glide Special,

de qualidade de fábrica e apoiados pela garantia

e gráficos. A CVO Road Glide e a CVO Street

a Road Glide Special e a Road King Special.

12 | MOTORCYCLE SPORTS |



NOVIDADES HUSQVARNA 2021

SVARTPILEN 125

EXPANSÃO DA GAMA DE ESTRADA ESPECIALMENTE DIRIGIDA AOS MAIS JOVENS

A

Husqvarna Motorcycles apresentou recentemente a sua nova Svartpilen 125, com o objetivo de abrir o mun-

do da exploração urbana a uma nova geração de jovens, dando a oportunidade de aprender e circular com máxima segurança, numa monocilíndrica que combina um design inteligente com componentes de alta tecnologia, proporcionando agilidade na sua condução e uma imagem sólida. A Husqvarna Svartpilen 125 oferece uma experiência de pilotagem dinâmica, partilhando muitos dos mesmos componentes de alta qualidade encontrados nas suas irmãs Svartpilen de maior cilindrada. Quer esteja a conduzir no trânsito da cidade ou a explorar a estrada, a combinação de um motor de 125 cc aprovado pelo EURO 5, controlável e com uma condução ágil de baixo consumo, a Svartpilen 125 é a escolha perfeita. Para aprimorar ainda mais as suas credenciais urbanas, a Svartpilen 125 é equipada com travões hidráulicos da ByBre, confiáveis com tecnologia ABS da Bosch para garantir um desempenho superior na travagem e controle em

Um chassi de aço revestido de pó preto, capas

todas as condições. O suspensão dianteira WP

de motor marcantes em bronze e uma série de

APEX de 43 mm e o amortecedor traseiro WP

componentes anodizados, destacam o seu de-

APEX garantem uma maior manobrabilidade,

sign exclusivo e atraente.

agilidade, conforto e segurança para o condutor.

SVARTPILEN 125 - DESTAQUES TÉCNICOS • Relação peso/potência incomparável • EURO 5 homologada • Adequada para licença A1 • Componentes e tecnologia de alta qualidade • Aros de roda de 17 " com pneus Pirelli • Construção premium • Motor monocilíndrico de 125cc oferece entrega de potência controlável • Apenas 146 kg seco • Poisa-pés maquinados • Ágil e fácil de conduzir • Farol e luz traseira LED • Baixo consumo de combustível

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701 SUPERMOTO E 701 ENDURO PILOTAGEM EXTREMA ON E OFF-ROAD

T

otalmente equipadas para On e Off-

em todas as condições. Uma das grandes inova-

ABS Offroad

-Road, as novas Husqvarna 701 Su-

ções da versão 2021 da 701 Enduro é a opção de

• ABS em curva

permoto e 701 Enduro de 2021, com

desligar totalmente o sistema ABS, para garantir

• Controle de tração sensível ao ângulo de in-

melhorias no seu desempenho e na sua estética,

um desempenho excepcional no uso offroad.

clinação

proporcionam experiências incríveis de pilota-

Equipadas para qualquer aventura, as duas 701s

• Easy Shift

gem.

continuam a oferecer o que há de mais moderno

• Chassis multitubular em aço cromo-molibdé-

Os dois modelos beneficiam de melhoramentos

em sistemas eletrónicos de ajudas ao piloto e um

nio

específicos que aumentam o seu desempenho

motor monocilíndrico de alto binário com 692,7

• Braço oscilante de alumínio

geral, duas máquinas de alta cilindrada que con-

cc, além de um equilíbrio perfeito e uma mano-

• Sub-quadro traseiro de poliamida com depósi-

tinuam a oferecer experiências de pilotagem in-

brabilidade excepcional.

to de combustível integrado

comparáveis dentro e fora da estrada .

• Motor monocilíndrico de 74 cv

Uma melhoria comum a ambos os modelos

DESTAQUES TÉCNICOS:

• Acelerador Ride by Wire

é uma nova instrumentação LCD. Localizada

• Nova instrumentação LCD com indicador de

• Embraiagem assistida e deslizante

atrás de um farol também redesenhado com

mudança integrado e display RPM

• Estética atraente e grafismo impactante

base na vasta experiência de competição da

• Novo design de farol baseado em ampla expe-

marca, a nova instrumentação inclui um indi-

riência em competição

As motos Husqvarna também têm disponivel

cador de mudanças integrado, bem como um

• Novo sistema de escape em conformidade com

uma ampla gama de Acessórios Técnicos Ori-

tacómetro. Além disso, a 701 Enduro e a 701

os regulamentos EURO 5

ginais, produtos de alta qualidade que forne-

Supermoto apresentam agora um sistema de es-

• Nova pinça dianteira Brembo Monoblock no 701

cem proteção adicional, durabilidade e estilo

cape que cumpre a norma EURO 5.

Supermoto

para o 701 Enduro e o 701 Supermoto, assim

Específico para a 701 Supermoto é a nova pin-

• A funcionalidade ABS pode ser desativada na

como uma coleção de equipamento Husqvar-

ça de travão dianteiro Brembo Monoblock de 4

701 Enduro para desempenho offroad excepcional

na, “Functional Offroad Apparel”, com produ-

pistons, que usada em combinação com o disco

• Funcionalidades avançadas nos modos de con-

tos que garantem proteção, funcionalidade e

de 320 mm fornece poder de travagem superior

dução que incluem os modos ABS Supermoto e

conforto total.

| MOTORCYCLE SPORTS | 15


INDIAN MOTORCYCLE 2022

INDIAN APRESENTA

UMA RENOVADA FTR 1200 COM QUATRO VERSÕES 2022 DISPONÍVEIS

D

epois do sucesso alcançado com o

A nova Indian FTR 1200 modelo de 2022 des-

lançamento em 2019 da Indian FTR

dobra-se em 4 modelos com diferentes acaba-

1200 a marca norte-americana de-

mentos e componentes, a FTR standard, a FTR

cidiu fazer evoluir o seu popular modelo para

S, a FTR R Carbon e a FTR Rally, esta última

obter ainda melhor desempenho em estrada.

versão a única que mantém as jantes raiadas de

No seu estilo inconfundível de Street Tracker a

18” e 19”, que montam pneus Pirelly Scorpion

nova FTR 2022 evoluiu para proporcionar uma

Rally STR , própios para uma utilização mista

condução ainda mais entusiasmante, com me-

em estrada e off-road.

lhoramentos nas suas suspensões, agora com seu motor.

CARACTERÍSTICAS VERSÃO FTR MODELO BASE

Também a substituição das anteriores jantes de

A verão base da FTR monta um painel de in-

19” e 18” por jantes de 17”, que montam agora

formação analógico e está disponível apenas na

pneus Metzeler Sportec de estrada, uma medi-

cor Black Smoke, com pormenores a vermelho,

da que procura melhorar o seu comportamento

nomeadamente na decoração das suas jantes.

em estrada, com a versão topo de gama, a FTR

Inclui ainda logotipo Indian Motorcycle a ver-

R Carbon a adoptar suspensões Ohlins à fren-

melho no depósito de combustível e uma mola

te atrás, sendo em todas as versões totalmente

de amortecedor traseiro também em vermelho.

ajustáveis, à frente e atrás.

A versão base da FTR está também disponível

O seu motor de dois cilindros em V com 1203

com um motor de potência reduzida para ser

cc e arrefecimento líquido produz uma potên-

compatível com a carta A2.

120mm de curso, e uma melhor afinação do

cia de 123 CV e um binário máximo de 120 Newton/metro com uma entrega linear desde os

VERSÃO FTR S

baixos regimes, tem ainda a particularidade de

Com duas opções de cor, Maroon Metalic e

desligar o cilindro traseiro quando se encontra

White Smoke, a versão premium da FTR de

em regimes de rotação baixa para evitar o so-

2021 monta um painel digital “touch Screen”

bre-aquecimento.

de 4.3” e a possibilidade de emparelhamento via Bluetooth ou USB do nosso Smartphone. A versão S da FTR inclui ainda um escape es-

VERSÃO FTR BASE

pecial da Akrapovic, 23 modos de condução selecionáveis, controle de cavalinho e de mitigação do levantar da roda traseira em travagens mais fortes, controle de estabilidade, controle de tração e ABS em curva. Adicionalmente inclui uma porta USB para carregamento de componentes electrónicos como o GPS ou um Smartphone.

VERSÃO FTR R CARBON A versão FTR R Carbon é a versão topo de gama das novas FTR de 2021. Para além do referido para a versão FTR S a versão FTR R Carbon inclui painéis de depósito em carbono, 16 | MOTORCYCLE SPORTS |


guarda-lamas dianteiro e écran sobre o farol também em carbono, suspensões dianteiras da VERSÃO FTR S

Ohlins totalmente ajustáveis e com acabamento “Gold” e amortecedor traseiro com depósito do tipo “piggyback”, igualmente com acabamento “gold”. E ainda um escape especial da Akrapovic com acabamento negro e um forro especial premium do assento assim como uma placa numerada na consola que refere a numeração desta edição limitada.

VERSÃO FTR RALLY A versão FTR rally é aquela que mantém as características originais de Flat Tracker com que a o modelo FTR foi incicalmente criado. Monta jantes raiadas de 19” na dianteira e de | MOTORCYCLE SPORTS | 17


18” na traseira, com pneus Pirelli Rally FTR . Tal como os restantes modelos de 2021 a versão VERSÃO FTR R CARBON

Rally da FTR recebe os mesmos melhoramentos na melhor afinação do seu motor, com uma resposta de acelerador mais refinada e a mesma funcionalidade de desactivação do cilindro traseiro sempre que se encontre em regimes de baixa rotação. A FTR Rally melhorou ainda o seu conforto e facilidade de condução graças à adopção de um guiador Protaper mais alto 50mm do que nas versões anteriores, proporcionando uma posição de condução mais descontraída. A FTR Rally monta um manómetro de informação analógico e está disponível apenas na cor Titanium Smoke.

VERSÃO FTR RALLY

GAMA ACESSÓRIOS INDIAN Finalmente a Indian Motorcycles inclui uma extensa lista de acessórios da marca para que cada modelo possa ser personalizado de acordo com a personalidade e estilo do seu proprietário. A Indian FTR é de facto uma plataforma ideal para personalização pelo que a marca dispõe de um catálogo extenso de acessórios de estilo, de desempenho e de conforto. Existe também a possibilidade de atualizar as suspensões com componentes da Öhlins assim como a montagem de escapes especiais da Akrapovic.

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SUZUKI HAYABUSA 2021

3ª GERAÇÃO

DE UM MITO “ THE BEAST REDEFINED “ DESIGN MAIS MODERNO, AGRESSIVO E LUXUOSO, MANTENDO UMA LINHA DE PERFORMANCE E AVANÇO TECNOLÓGICO, SEM PERDER O TRAÇO ORIGINAL. TEXTO: PEDRO ROCHA DOS SANTOS / FOTOS: SUZUKI

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TESTE EFETUADO COM:

L

ançada em 1999, a primeira geração Hayabusa teve um grande impacto no mundo de motociclismo ao colocar a velocidade, a potência e a performance num outro patamar. Ganhou instantaneamente o título do “ veículo de série mais rápido de sempre” dando início a uma nova era. Características como o baixo coeficiente de atrito devido a uma aerodinâmica muito capaz, contribuiu para um conforto, estabilidade e facilidade de condução únicas, permitindo assim que o verdadeiro ícone vendesse mais de 115.000 unidades da primeira geração.

O modelo teve, em 2008, um facelift e em 2013 foi introduzido o sistema de travagem ABS. Estas alterações estéticas e de funcionais permitiram à Suzuki vender mais 74.000 unidades. A terceira geração da Hayabusa apresentada agora serve-se das últimas inovações tecnológicas intri+oduzidas pela marca noutros modelos de forma a providenciar um maior controlo, conforto, segurança e confiança para que o piloto possa aproveitar de tudo o que esta “ultimate sport bike” tem para oferecer. A nova geração alcança, não só um nível geral de performance superior às gerações ante-

riores, cumprindo com as rigorosas normas de emissões EURO 5, mas também os corações dos mais devotos e de todos aqueles que tem a oportunidade de ver as linhas perfeitas do seu design arrojado. Desde o seu lançamento original em 1999, que a Hayabusa continua a providenciar aos pilotos uma sensação de potência e binário únicos a rotações inferiores a 6000 rpm, algo que nenhuma outra desportiva é ainda capaz. O novo modelo traz consigo o grande legado criado por este modelo entregando ainda mais potência e binário, a rotações baixas e médias, mais | MOTORCYCLE SPORTS | 21


SUZUKI HAYABUSA 2021

1ª GERAÇÃO 1999 – 2007

2ª GERAÇÃO 2008 -2018

suaves e fáceis de controlar que nunca. A nova composição dos elementos de controlo inteligentes permitem tanto um maior controlo por parte da “inteligência” da Hayabusa como uma maior parametrização e controlo por parte do piloto. Esta parametrização de diversos fatores proporciona uma condução mais personalizada aumentando o prazer de pilotagem.

MOTOR Manteve-se a mesma cilindrada de 1.340 cm3, com 4 cilindros em linha, arrefecido a água e com melhorias gerais ao nível de peso, performance e fiabilidade. Novo design de escapes, da câmara de combustão e do injetor secundário permitiram um aumento de binário e de conforto, na utilização diária em rotações baixas e médias assegurando o cumprimento da exigente norma EURO 5.

EVOLUÇÃO NO MOTOR • Sistema de cames de admissão e escape: perfis de cames revistos de forma a reduzir o cruzamento da abertura de válvulas; • Mola da válvula: aumento da carga da mola em conjunto com a elevação da válvula de escape; • Pistons: Nova forma, peso reduzido e adoção de furos cónicos maquinados • Pinos dos pistons: Comprimento e peso reduzido

• Bielas: Peso reduzido e dureza aumentada • Cambota: passagem de óleo melhoradas • Cárter: método de aperto alterado • Magneto: arranque do motor melhorado por alteração da posição da ranhura 6 • Haste da válvula: comprimento ajustado • Retentor de transmissão: introduzido na nova Hayabusa para melhorar a manutenibilidade • Rolamentos de topo esquerdo e direito: rolamentos de agulhas alongados para aumentar a durabilidade • Batente do seletor de marcha: melhoria da sensação de engrenamento em conjunto com a adoção do quick shift bidirecional • Came e placa da came do seletor: novo design para melhorar a introdução do quick shift bidirecional e do próprio sistema • Embraiagem: adoção do novo sistema de embraiagem Assist & Slipper (A&S)


TESTE EFETUADO COM:

3ª GERAÇÃO 2021

• Veio de transmissão: alteração do comprimentos das pontas em conjunto com a introdução da embraiagem A&S • Rodas dentadas de transmissão: Largura das rodas alterada para melhor sensação de engrenagem • Tensor da corrente da came: redesenhado para minimizar o desgaste Outras alterações • Sistema de escapes alterado de forma a comunicar o escape #1 e #4 para aumento de potência e binário em baixas e médias rotações. Alteração do catalisador. Otimização da qualidade de som de escape através de rigorosas medições e parâmetros de avaliação do programa Suzuki Sound Quality Evaluation. • Câmara de combustão com novo desenho de forma a tornar a combustão da mistura mais rápida e eficiente e aumento de 5% na capaci-

dade de escoamento da admissão da mistura. • Adoção de um novo método de injeção pelo injetor secundário. S-SFI • Sistema de acelerador Ride-by-Wire. • Caixa de filtro de ar e entradas SRAD com novo design e som de admissão melhorado.

CHASSI – MAIOR ESTABILIDADE, CONTROLO, EFICIÊNCIA E PROTEÇÃO AERODINÂMICA O novo chassis foi desenhado de forma a fazer sobressair a precisão de condução, uma maior previsibilidade no controlo da mota que inspiram à confiança de qualquer piloto. Este chassis entrega aos passageiros uma ótima sensação de conforto e suavidade que absorve todas as irregularidades do asfalto e permite também uma resposta fácil e precisa da vontade do piloto. Permite também uma transmissão de

potência, do seu poderoso motor, de forma suave e controlada devido ao sistema de gestão inteligente da Suzuki como também uma travagem assertiva e eficaz quer em linha reta, quer em curva. Chassi em dupla trave de alumínio através de fundição e extrusão aumentado a fiabilidade e qualidade de uso durante o seu ciclo de vida: • Melhoria aerodinâmica, estabilidade e controlo; • Elevada capacidade de travagem devido aos travões brembo Stylema 4 pistões com 320mm de diâmetro de disco e amortecimento totalmente ajustável proporcionado pelos KYB de 43 mm permitindo uma condução mais estável em estrada aberta. • Elevado feeling de condução devido à otimização dos novos e exclusivos pneus hypersport da Bridgestone, Battlax S22. | MOTORCYCLE SPORTS | 23


SUZUKI HAYABUSA 2021

SUZUKI HAYABUSA

MOTORIZAÇÃO CILINDRADA BORE X STROKE TIPO DE MOTOR INFO POTÊNCIA BINÁRIO VELOCIDADE MAX. TRANSMISSÃO CONSUMO MÉDIO CAPACIDADE DEPÓSITO AUTONOMIA

AJUDAS ELECTRÓNICAS

QUADRO SUSPENSÃO DIANTEIRA AJUSTES SUSPENSÃO DIANTEIRA SUSPENSÃO TRASEIRA AJUSTES SUSPENSÃO TRASEIRA TRAVÃO DIANTEIRO TRAVÃO TRASEIRO

1,340cc 81 x 65mm 4 cilindros em linha 4 tempos, arrefecimento líquido, DOHC 187.7bhp (140kW) @ 9,700rpm 110.6lb-ft (150Nm) @ 7,000rpm 300 Km/h (limitada) Six-speed constant mesh 42.1mpg 20 litres 305 Km Sistema de controlo de tração com 10 níveis mais o modo OFF. Mapas de potencia com 3 modos possíveis. Quick Shift Bidirecional com dois modos e Off. Controlo de elevação da roda frontal com 10 modos mais OFF. Sistema de controlo de travão de motor com 3 modos mais OFF. Limitador de velocidade, Sistema de partida rápida (3 modos), Luzes de paragem de emergência, Sistema de arranque fácil, Assistente de baixas rotações, Sistema de cruise-control, Sistema dinâmico de travagem, Sistema de controlo de travagem em descida e Controlo de arranque em subida Longarinas duplas em alumínio e braço oscilante em alumínio KYB invertidas Totalmente ajustável KYB link type Totalmente ajustável Brembo Stylema®, 4-piston, discos duplos 320mm Nissin, 1-piston, disco único

Bridgestone S22 120/70ZR17M/C (58W), tubeless Bridgestone S22 190/50ZR17M/C PNEU TRASEIRO (73W), tubeless RAKE/TRAIL 23°/90mm 2,180mm x 735mm x 1,165mm DIMENSÕES (LxWxH) DISTÂNCIA ENTRE EIXOS 1,480mm DISTÂNCIA AO SOLO 125mm ALTURA DO ASSENTO 800mm PESO EM ORDEM DE 264kg MARCHA PNEU DIANTEIRO

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• Jantes de 7 raios, além de uma estética mais aprimorada permitem uma maior sensação de aderência. • Distribuição de peso perfeita 50:50. • Guiador 12mm mais próximo do piloto permitindo assim um esforço e cansaço inferior aumentando a capacidade de manobra tanto em condução diária como mais desportiva.

DESIGN – MAIOR FUNCIONALIDADE E MODERNIDADE Painel de instrumentos com um TFT a cores com um look moderno, fácil leitura e inúmeras funcionalidades. Os pilotos poderão apreciar a extraordinária funcionalidade e o desenho familiar do facilmente reconhecível painel de instrumentos da Hayabusa. Com esta atualização irá beneficiar de uma nota mais moderna, com novas funcionalidades, como a indicação do ângulo de inclinação, com registo do máximo, pressão dos travões, aceleração e posição do acelerador. • Faróis verticais multi LED aumentam a capacidade e iluminação dando um aspeto refinado. • Piscas LED integrados nos faróis à volta das

entradas de ar características SRAD. • Traseira com faróis e piscas LED integrados horizontalmente.

TECNOLOGIA (S.I.R.S.) - SISTEMA INTELIGENTE DE CONDUÇÃO “SUZUKI INTELLIGENT RIDE SYSTEM” • Seletor de modo de condução ALPHA (SDMS-α) com 3 Modos de fábrica: A- Ativo B-Básico C-Conforto e mais 3 modos parametrizáveis Sistema de controlo de tração com 10 níveis mais o modo OFF. Mapas de potencia com 3 modos possíveis. Quick Shift Bidirecional com dois modos e Off. Controlo de elevação da roda frontal com 10 modos mais OFF. Sistema de controlo de travão de motor com 3 modos mais OFF. E ainda : • Limitador de velocidade • Sistema de partida rápida (3 modos) • Luzes de paragem de emergência • Sistema de arranque fácil • Assistente de baixas rotações • Sistema de cruise-control • Sistema dinâmico de travagem • Sistema de controlo de travagem em descida • Controlo de arranque em subida



YAMAHA MT-07

A ESSÊNCIA PRESERVADA DO

“DARK SIDE OF JAPAN” A YAMAHA MT-07 É A HYPER NAKED MAIS VENDIDA DO MERCADO DESDE 2014 QUE, COM MAIS DE 125.000 UNIDADES NO MERCADO, RENASCE AGORA EM 2021 COM ALGUMAS NOVIDADES, A MANTERSE NO ENTANTO FIEL À SUA ESSÊNCIA QUE TANTO SUCESSO LHE TROUXE. TEXTO: MARGARIDA SALGADO / FOTOS: YAMAHA

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TESTE EFETUADO COM:

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YAMAHA MT-07

Equipamento utilizado: Blusão RSW 28 | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM:

U

ma das referências desta moto sempre foi o seu motor bicilindrico em linha (CP2), extremamente divertido, desenvolvido com a filosofia de “planos cruzados", ou seja, a ordem de ignição desfasada graças à sua cambota de 270 graus faz com que a linearidade deste motor esteja em foco. A Yamaha conseguiu o milagre que todas as marcas procuram, estar dentro das normas atuais de controlo de emissões poluentes Euro 5. Estas alterações requereram que as condutas de admissão fossem redesenhada e a injecção adoptasse parâmetros novos e uma nova centralina. No fim, oferece um binário linear forte para uma aceleração emocionante, mas de uma forma económica, continuando a arrancar-nos sorrisos. A potência de 74,8 CV manteve-se praticamente inalterada mas o binário sobe agora aos 67Nm, às 6500rpm.

CICLÍSTICA Chassi em aço tubular compacto e robusto,

leve e ágil é de uma notável versatilidade, utilizando o motor com elemento estruturante.

SUSPENSÕES E PNEUS Nesta versão de 2021 o esforço da Yamaha em melhorar o sistema de suspensão dianteiro é notório, a proporcionar e a melhorar uma condução mais desportiva. Apesar de já terem sido revistas em 2018, ambas as suspensões (dianteira e traseira) com 130mm de curso, oferecem agora, em diferentes condições de condução, maior suavidade e progressividade. O amortecedor traseiro ganha com a possibilidade de afinação uma maior funcionalidade e melhorando a configuração da suspensão. Monta pneus sport touring Michelin Road 5 com características polivalentes para que a progressividade na aderência seja linear.

O Disco traseiro de 245mm melhora substancialmente o seu desempenho. E obviamente conta com ABS

DESIGN E ERGONOMIA É evidente a vontade da parte da marca nipónica dar continuidade ao estilo da família “MT”. Com depósito de combustível renovado, entradas de ar mais aerodinâmicas, um banco mais confortável e os novos painéis laterais que reforçam a imagem desportiva. O farol dianteiro LED em forma de Y e o farolim traseiro compõem a ousadia e incrementam a sensação “Dark Side”... O guiador é agora aproximadamente 2 cm mais largo e mais alto, o que faz toda a diferença na posição ergonómica do condutor e no maior controle da direção.

TRAVÕES

ELETRÓNICA E EQUIPAMENTO

Outra melhoria foi o sistema de travagem dianteiro. O aumento dos discos recortados de 282 para 298mm confere-lhe uma maior capacidade de travagem e um melhor controlo.

O painel de instrumentos em LED está montado de forma a que visão sobre o mesmo seja clara e de fácil leitura. Para além de toda a informação essencial, inclui

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YAMAHA MT-07

também indicador de posição da mudança emgrenada e indicador de nível de combustível. O conta-rotações apresenta as barras mais altas que a gama anterior, na gama das 4000 às 8000rpm, onde o binário é mais forte. A Yamaha tem aproximadamente 80 artigos extra opcionais para esta moto, como escapes especiais, pousa-pés, mala top case, as mais variadas proteções, manetes, suporte de matricula e muito mais para dar largas à sua imaginação e personalizar a sua MT-07.

CONCLUSÃO É e será sempre um prazer conduzir esta Yamaha MT-07. Continua com o seu divertidíssimo e prazeroso motor bicilindrico que tanto nos diverte. Conseguem imaginar uma ligação do acelerador direta à roda de traseira? É isso então... Mas falando agora de boas novidades, pelo menos para mim. Nesta versão 2021, a Yamaha conseguiu fazer com que o motor em baixas rotações fosse bastante mais linear, o que me agrada imenso, pois sou fã de motores, vulgarmente falando, “redondos”. Os fantasmas sobre o dualidade Euro 5 vs potência neste caso, caíram por terra. A motor continua igualmente potente com uma resposta reativa. A moto tem um aspecto robusto, mas mais que isso é a leveza e a agilidade que me fascinam. A forma fina e fácil com que se manobra esta moto é digna para qualquer principiante, mas também desenvolta e despachada para os mais experientes. As suspensões cumprem em estrada, em curva e em meio urbano, e mesmo em condições de piso irregular. Não há duvidas da boa escolha relativamente aos pneus Michelin Road 5. A

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TESTE EFETUADO COM:

U

ma das referências desta moto sempre foi o seu motor bicilindrico em linha (CP2), extremamente divertido, desenvolvido com a filosofia de “planos cruzados", ou seja, a ordem de ignição desfasada graças à sua cambota de 270 graus faz com que a linearidade deste motor esteja em foco. A Yamaha conseguiu o milagre que todas as marcas procuram, estar dentro das normas atuais de controlo de emissões poluentes Euro 5. Estas alterações requereram que as condutas de admissão fossem redesenhada e a injecção adoptasse parâmetros novos e uma nova centralina. No fim, oferece um binário linear forte para uma aceleração emocionante, mas de uma forma económica, continuando a arrancar-nos sorrisos. A potência de 74,8 CV manteve-se praticamente inalterada mas o binário sobe agora aos 67Nm, às 6500rpm.

CICLÍSTICA Chassi em aço tubular compacto e robusto,

leve e ágil é de uma notável versatilidade, utilizando o motor com elemento estruturante.

SUSPENSÕES E PNEUS Nesta versão de 2021 o esforço da Yamaha em melhorar o sistema de suspensão dianteiro é notório, a proporcionar e a melhorar uma condução mais desportiva. Apesar de já terem sido revistas em 2018, ambas as suspensões (dianteira e traseira) com 130mm de curso, oferecem agora, em diferentes condições de condução, maior suavidade e progressividade. O amortecedor traseiro ganha com a possibilidade de afinação uma maior funcionalidade e melhorando a configuração da suspensão. Monta pneus sport touring Michelin Road 5 com características polivalentes para que a progressividade na aderência seja linear.

O Disco traseiro de 245mm melhora substancialmente o seu desempenho. E obviamente conta com ABS

DESIGN E ERGONOMIA É evidente a vontade da parte da marca nipónica dar continuidade ao estilo da família “MT”. Com depósito de combustível renovado, entradas de ar mais aerodinâmicas, um banco mais confortável e os novos painéis laterais que reforçam a imagem desportiva. O farol dianteiro LED em forma de Y e o farolim traseiro compõem a ousadia e incrementam a sensação “Dark Side”... O guiador é agora aproximadamente 2 cm mais largo e mais alto, o que faz toda a diferença na posição ergonómica do condutor e no maior controle da direção.

TRAVÕES

ELETRÓNICA E EQUIPAMENTO

Outra melhoria foi o sistema de travagem dianteiro. O aumento dos discos recortados de 282 para 298mm confere-lhe uma maior capacidade de travagem e um melhor controlo.

O painel de instrumentos em LED está montado de forma a que visão sobre o mesmo seja clara e de fácil leitura. Para além de toda a informação essencial, inclui

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YAMAHA MT-07

YAMAHA MT-07

MOTORIZAÇÃO TIPO DE MOTOR CILINDRADA POTÊNCIA BINÁRIO Nº DE CILINDROS DISTRIBUIÇÃO VÁLVULAS P/ CILINDRO REFRIGERAÇÃO DIÂMETRO X CURSO SISTEMA DE ARRANQUE TAXA DE COMPRESSÃO INJECÇÃO

2 cil. Paralelos 4 válv. 4t's DOHC 689 cc 73,4 cv @ 8.750 rpm 67 Nm @ 6.500 rpm 2 cilindros paralelos DOHC 4 Válvulas / Cil. líquida 80 x 68,6 Elétrico 11,5 : 1 Electrónica TCI

TRANSMISSÃO CAIXA DE VELOCIDADES TIPO DE CAIXA QUICKSHIFT EMBRAIAGEM TRANSMISSÃO FINAL

6 Velocidades sincronizada n.d. mecânica, húmida e multi-disco por corrente

QUADRO TIPO DE QUADRO SUB-QUADRO ÂNGULO DA DIREÇÃO

Diamante em aço 24,5 º

SUSPENSÕES SUSPENSÃO DIANTEIRA CURSO SUSP. DIANTEIRA SUSPENSÃO TRASEIRA CURSO SUSP. TRASEIRA

telescópica n/ajustável 130 mm Amortecedor tipo Link ajustável 130 mm

TRAVÕES TRAVÕES DIANTEIROS PINÇAS TRAVÃO DIANT. TRAVÃO TRASEIRO PINÇA TRAVÃO TRAS. ABS

Duplo Disco 298 mm n.d. Disco de 245 mm n.d. sim

JANTES E PNEUS JANTE DIANTEIRA Jante liga 17" MEDIDA DO PNEU DIANT. 120-70/17 JANTE TRASEIRA Jante liga 17" 180-55/17 MEDIDA DO PNEU TRAS. TIPO/MARCA DE PNEUS Michelin Road 5

AJUDAS ELECTRÓNICAS MODOS DE MOTOR ABS CONTROLE DE TRAÇÃO

sua polivalência no “grip” tornam tudo bastante mais fácil, principalmente em curva e mesmo ainda “a frio”. No âmbito do sistema de travagem, preferia a sensação de menos esponjoso e caixa ligeiramente mais suave. O guiador mais largo e mais alto veio aliviar a posição sobre o deposito e facilitar a posição aos condutores mais altos. O Design não deixa dúvidas às linhas que a Yamaha quer dar ênfase, o estilo nipónico

continua na vanguarda. Apesar da moto não precisar de forma alguma de eletrónica, o mercado espera muito mais desta marca. Sendo uma marca japonesa, a tecnologia seria esperada e desejada, como se de um “rebuçado” se tratasse para adoçar a boca de muitos clientes e fazer frente à concorrência. Saldo final? Positivo sem dúvida... Essência preservada e melhorada do “Dark Side of Japan”.

AS CONCORRENTES

n.d. n.d. n.d.

DIMENSÕES COMPRIMENTO LARGURA ALTURA MÁX DISTÂNCIA ENTRE EIXOS ALTURA DO ASSENTO DISTÂNCIA AO SOLO CAPAC. DO DEPÓSITO PESO EM MARCHA PESO EM SECO

2085 mm 780 mm 1105 mm 1400 mm 805 mm 140 mm 14 Litros 184 Kg n.d.

Honda CB650 RA 649cc / 95 CV / 202 Kg / 7.990 €

Kawasaki Z650 649cc / 68 CV / 187 Kg / 7.390 €

Suzuki SV650 A 645cc / 75 CV / 197 Kg / 6.999 €

Triumph Trident 660 660cc / 81 CV / 189 Kg / 7.995 €

CONSUMOS / EMISSÔES CONSUMO MÉDIO 4,2 l / 100 Kms * EMISSÕES CO2 98 g / Km * Informação de consumos de fábrica

CORES 2020 / PVP CORES

Storm Fluo, Icon Blue e Tech Black

PVP BASE S/ DESPESAS DE MAT.

A definir Fev. 2021

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APRILIA RS660

VIAGEM AO PASSADO

PROJETADA NO FUTURO

APRESENTADA NO SALÃO DE MILÃO EICMA EM 2018 EM FORMATO “CONCEPT”, A NOVA RS 660 DEMOROU MENOS DE DOIS ANOS A CHEGAR À PRODUÇÃO EM NOALE. MAS, E ANTES DE MAIS, GOSTARIA DE PRIMEIRO INTRODUZIR AQUI UMA PEQUENA EXPLICAÇÃO. NÃO SE TRATA APENAS DE UMA RSV4 “MAIS PEQUENA”.... TEXTO: MARGARIDA SALGADO / FOTOS: PEDRO MESSIAS

“PORQUE A VELOCIDADE É RITMO E TODOS OS MOVIMENTOS VÊM DO CORAÇÃO: OU TEM O RITMO CERTO, OU ESTÁS EM APUROS” (APRILIA WEBSITE)

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TESTE EFETUADO COM:

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APRILIA RS660

N

os anos 80 e 90 até aos meados de 2000, a sensação dada pelas motos desportivas era bastante mais versátil que na atualidade. A evolução apontou nos últimos anos para motos bastante mais rígidas, com posições bastantes mais exigentes fisicamente e com parametros de condução menos de uso diário e mais vocacionadas para uso em pista. Apesar da Aprilia lançar frases como “projetada para o futuro”, eu só vejo vantagens em que se vá ressuscitar características de comodidade das velhinhas motos desportivas, de uso fácil que permitiam tanto roubar sorriso de emoção, versatilidade diária e ainda serem capazes de fazer umas “viagenzinhas”.

MOTOR Surpreendente é a palavra chave deste motor bicilindrico com uma potência de 100cv às 10500 rpm. Esta RS de 659cc herda características do motor V4 1100, com um binário de 67Nm poderoso às 8500 rpm dos blocos em V, que promete estar disponível em qualquer dos regimes.

CICLÍSTICA E QUADRO A ciclística foi criada tendo por base a experiência da Aprilia no mundo da competição. Um quadro de dupla trave totalmente em 36 | MOTORCYCLE SPORTS |

alumínio, de geometria desportiva, compacto e rígido que garante um controlo sobre a moto

TRAVÕES RODAS E PNEUS As suspensão frontal é de forquilha invertida Kayaba com bainhas de 41 mm, ajustável em compressão, extensão e pré-carga com curso da roda 120 mm. A suspensão traseira tem amortecedor ajustável em compressão e pré-carga com curso da roda 130 mm. Relativamente aos travões, dois discos de 320 mm à frente com pinças Brembo de quatro pistões e atrás disco de 220 mm com pinça Brembo de dois pistões. É de relembrar que não estamos a falar dos Brembo topo de gama.

ELETRÓNICA E AJUDAS À CONDUÇÃO Repleta de tecnologia avançada usa o lendário conjunto de sistemas eletrónicos APRC (Aprilia Performance Ride Control) das suas irmãs V4, revolucionando assim o patamar estabelecido nos motores de media cilindrada. Inclui cinco modos de condução, ajuste do controlo de tração em 8 níveis, ajuste do efeito travão motor em três níveis, ajuste da potência em três níveis, tal como travão de motor e controlo anti-wheelie, cruise control e abs em curva permitem mais que nunca uma condução harmoniosa e incisiva


TESTE EFETUADO COM:

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APRILIA RS660

Esta RS 660 estreia a nova centralina Magneti Marelli 11MP, com uma capacidade de processamento muito superior à atualmente disponível na RSV4. O Quickshift bidirecional é suave e preciso.

DESIGN E CORES Pautada de desportividade, os italianos colocam sempre na estrada motos de carácter único. Linhas agressivas e contemporâneas com uma ótica tripartida reforçam a clássica e já habitual frente da família “super sport”. E já agora, só por curiosidade, esta frente tripartida foi apresentada na RSV Mille em 1998. Neste caso, é totalmente em LED. É de salientar as luzes de mudança de direção embutidas e as luzes de curva. A Aprilia refere as cores disponíveis da sua nova RS660 da forma mais curiosa e engraçada que jamais li, como se de um horóscopo de tratasse. Pois bem, decidi destacá-la na íntegra: APEX BLACK É a beleza negra: um pouco diabólica, um pouco heroína. A sua força é discreta, introvertida. A mancha negra das suas carenagens é o vortex negro que te atrai e o vermelho da jante frontal é o fogo que te impulsiona, deixando as rivais para trás quando a luz passa a verde. É o Batmobile que empresta o total black look – parte da história de competição da Aprilia – para transformar todas as viagens numa louca cor-

rida na tua própria Gotham City. TU és o único que podes domar a besta que existe, transformando-a em performance. O que te importa é a substância e a beleza da mecânica – o concreto, ao invés do abstrato. Os detalhes? Podem fazer diferença para ti, mas apenas quando são vermelhos. A tua alma está atormentada, mas sempre encontras a estrada que te leva ao sucesso; porque sabes que não é por seres rápido que serás um bom piloto; é exatamente o contrário. 38 | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM:

GOSTÁMOS - Conforto da posição de condução - Elasticidade do motor - Assertividade em curva - Ajudas à condução

A MELHORAR - Vibração dos retrovisores - Qualidade do descanso lateral

LAVA RED É atrevida, ousada e decidida. É Muhammad Ali a aniquilar Joe Frazier. É a italiana conduzida por um italiano a bater as japonesas na sua própria pista. A puro-sangue descendente dos primeiros grafismos racing que a Aprilia introduziu em motos de fábrica, inspirando-se na mítica RS 250 Replica Reggiani, onde a Lava Red recolhe orgulhosamente o violeta, o vermelho e o cinzento. É a herança assente em motores a dois tempos,

tempos por volta e 54 títulos mundiais – incluindo 38 em World Championship GP Motorcycle Racing, vencendo 294 corridas – que a RS 660 transporta para o teu dia-a-dia. TU gostas de potência e de agilidade. Treinar para vencer e não apenas para manter a forma. Tens sempre o teu objetivo num alvo e não passas sem a sensação de ser o primeiro a atravessar a linha de meta. Para ti, a desportividade está tão viva em pista como em qualquer outra altura do dia; porque a tua roupa preferida é o fato em pele, mas quando o retiras, não deixas de ser um piloto. ACID GOLD ELA é a pioneira do design aplicado ao mundo das duas rodas, nascida para destronar os atuais esquemas gráficos e ser provocadora como uma top model. É uma nova alternativa de desportividade na estrada: linda de

morrer numa estrada costeira e à vontade sob as luzes da cidade. É a medalha de ouro no peito do atleta: linda, extrovertida, OUSADA. É a luz que brilha constantemente na tua moto e que, ao primeiro relance de cor, a qualquer distância, faz com que qualquer um invoque o seu nome. Com um PVP de 11.650€, esta moto promete uma viagem ao passado e aliar a desportividade, ao conforto e à utilização diária do segmento desportivo. | MOTORCYCLE SPORTS | 39


APRILIA RS660

APRILIA RS660

MOTORIZAÇÃO TIPO DE MOTOR CILINDRADA POTÊNCIA BINÁRIO Nº DE CILINDROS DISTRIBUIÇÃO VÁLVULAS P/ CILINDRO REFRIGERAÇÃO DIÂMETRO X CURSO SISTEMA DE ARRANQUE TAXA DE COMPRESSÃO INJECÇÃO

2 cil. Paralelos 4 válv. 4t's DOHC 659 cc 100 cv @ 10.500 rpm 67 Nm @ 8.500 rpm 2 cilindros paralelos DOHC 4 Válvulas / Cil. líquida 81,0 x 63,9 Elétrico 11,5 : 1 Electrónica TCI

TRANSMISSÃO CAIXA DE VELOCIDADES TIPO DE CAIXA QUICKSHIFT EMBRAIAGEM TRANSMISSÃO FINAL

6 Velocidades sincronizada sim mecânica, húmida e multi-disco por corrente

QUADRO TIPO DE QUADRO SUB-QUADRO ÂNGULO DA DIREÇÃO

Dupla trave em alumínio em alumínio 24.1º

SUSPENSÕES SUSPENSÃO DIANTEIRA CURSO SUSP. DIANTEIRA SUSPENSÃO TRASEIRA CURSO SUSP. TRASEIRA

Invertida Kayaba 41mm ajustável 120 mm Mono-amortecedor ajustável 130 mm

TRAVÕES TRAVÕES DIANTEIROS PINÇAS TRAVÃO DIANT. TRAVÃO TRASEIRO PINÇA TRAVÃO TRAS. ABS

Duplo Disco 320 mm Brembo Radial de 4 pistons Disco de 220 mm Brembo de 2 pistons Bosch 9MP

JANTES E PNEUS JANTE DIANTEIRA Jante liga 17" 3.5" MEDIDA DO PNEU DIANT. 120-70/ ZR 17 JANTE TRASEIRA Jante liga 17" 5.5" 180-55 / ZR 17 MEDIDA DO PNEU TRAS. TIPO/MARCA DE PNEUS Pirelli Diablo Rosso Corsa II

AJUDAS ELECTRÓNICAS MODOS DE MOTOR ABS CONTROLE DE TRAÇÃO

A ROLAR No primeiro contacto o banco evidencia-se diretamente pelo seu conforto. A triangulação da posição do banco, peseiras e guiador não deixam dúvidas à sua magnifica posição ergonómica. Leve e relativamente mais baixa que as suas irmãs, assegura confiança. Compacta, ágil e principalmente com um motor de uma generosidade imensa. Dócil nas baixas rotações, harmonioso e potente nos regimes médios e forte nos altos regimes. As suas suspensões evidenciam uma assertividade impressionante em curva ou em

qualquer má condição na estrada. Os travões, apesar de não serem o topo de gama demonstra apenas que a Brembo nunca falha relativamente a desempenho, seja em que gama for. Todo o painel, mesmo que recheado de tecnologia e opções, é intuitivo e de fácil entendimento. E sim, como é impressionante sentir toda a tecnologia de topo a funcionar a nosso favor. De facto, já tinha saudades deste misto de sensações. A inovação aliada à desportividade, conjuntamente com muito conforto, faz desta moto uma novidade no mercado.

AS CONCORRENTES

5 Modos; 3 estrada e 2 de pista Cruise cont.l, Anti-Wheelie Corner ABS ATC 8 níveis e Engine Brake 3 níveis

DIMENSÕES COMPRIMENTO LARGURA ALTURA MÁX DISTÂNCIA ENTRE EIXOS ALTURA DO ASSENTO DISTÂNCIA AO SOLO CAPAC. DO DEPÓSITO PESO EM MARCHA PESO EM SECO

1995 mm 745 mm n.d. mm 1370 mm 820 mm n.d. mm 15 Litros 183 Kg 169 Kg

Ducati SuperSpor t 950 937cc / 110 CV / 210 Kg / 13.545 €

Honda CBR650 R 645cc / 95 CV / 207 Kg / 8.850 €

Kawasaki Ninja 650 649cc / 68 CV / 193 Kg / 7.995 €

Yamaha YZF R6 599cc / 118 CV / 190 Kg / 14.095 €

CONSUMOS / EMISSÔES CONSUMO MÉDIO 4,9 l / 100 Kms * EMISSÕES CO2 98 g / Km * Informação de consumos de fábrica

CORES 2020 / PVP CORES PVP BASE S/ DESPESAS DE MAT.

Apex Black, Lava Red e Acid Gold 11.650 €

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YAMAHA TMAX 530

VERSUS

HONDA FORZA 750

DUELO DE TITÃS A YAMAHA TMAX, APRESENTADA NO ANO 2000 E LANÇADA NO MERCADO EM 2001, VEIO CONSOLIDAR UM NOVO SEGMENTO DE MERCADO CRIADO EM 1986 PELA HONDA CN 250 E DEZ ANOS MAIS TARDE, EM 1996, ACOMPANHADO PELA YAMAHA COM A SUA YP 250 MAJESTY, O DAS MAXI SCOOTERS. O OBJECTIVO DA YAMAHA COM A SUA TMAX ERA O DE CRIAR UMA SCOOTER DE GRANDE PORTE QUE SE APROXIMASSE EM TERMOS DE DESEMPENHO DE UMA MOTO NORMAL INTRODUZINDO INCLUSIVAMENTE UM COMPORTAMENTO QUASE DESPORTIVO. DUAS DÉCADAS DEPOIS A HONDA, COM A SUA NOVA FORZA 750, PRETENDE AGORA DESAFIAR A LIDERANÇA E ESTABELECER NOVAS REFERÊNCIAS NO SEGMENTO. TEXTO: PEDRO ROCHA DS SANTOS / COLABORAÇÃO: MARGARIDA SALGADO / FOTOS: PEDRO MESSIAS

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TESTE EFETUADO COM:

D

urante praticamente duas décadas a Yamaha TMAX dominou sem concorrência o segmento Maxi Scooter estando já na sua 7ª geração, tendo evoluído em equipamento, estética e potência, com o seu motor a ver aumentada a sua cilindrada dos iniciais 499cc com 40 CV de potência para os actuais 562cc com 47,6 CV de potência. A Honda apenas reagiu ao fenómeno TMAX no ano 2012 com o lançamento da sua NC700, mais conhecida por Integra, numa abordagem distinta da TMAX, sendo uma scooter igualmente de características premium mas assumidamente uma alternativa às motos ditas

normais pois montava rodas de 17” e utilizava caixa de dupla embraiagem, a famosa caixa DCT da Honda que tem sido adotada numa série de modelos da marca, inclusivamente nas Africa Twin. Paralelamente à Integra, a Honda lançou uma nova Maxi Scooter em 2017, introduzindo um conceito totalmente revolucionário e único que até aos dias de hoje não viu concorrência, a Honda X-ADV, um SUV de duas rodas que integra a tecnologia DCT e a capacidade de rodar for a de estrada graças a suspensões de maior curso e electrónica de ajuda à condução com setup específico para o offroad e que para 2021

sofreu uma evolução considerável. Paralelamente à nova geração da X-ADV e com o objectivo de substituir a Integra, a Honda lançou também na sua gama de 2021 a sua nova Maxi Scooter, integrada na sua gama de scooters premium, a Forza 750, modelo que herda muita da tecnologia utilizada na versão X-ADV mas numa abordagem mais conservadora da sua estética e objectivo de utilização.

ESTÉTICA E POSIÇÃO DE CONDUÇÃO A Yamaha TMAX mantém o seu estilo compacto e desportivo que a tem caracterizado | MOTORCYCLE SPORTS | 43


YAMAHA TMAX 530

ao longo dos anos. Esta versão especial Tech Max de 2021 vem cheia de detalhes que a destacam da versão standard pois inclui Cruise Control, pára-brisas dianteiro ajustável em altura eletricamente, punhos e bancos aquecidos e conectividade via bluetooth com a App my TMAX Connect. A posição de condução é confortável embora a largura do assento e da estrutura da própria scooter na zona das pernas penalize a colocação dos pés no chão obrigando o condutor a chegar-se ligeira mente à frente, ficando sentado numa zona anterior do assento onde se encontram os botões para abertura do assento e do acesso ao tampão de combustível. De resto e em andamento a postura é direita e natural e conta com uma excelente proteção aerodinâmica. A nova Honda Forza 750 tem uma estética bastante apelativa de linhas contemporâneas, com uma frente igualmente desportiva que, com a sua roda de 17” na dianteira, se confunde com uma moto GT normal. A semelhança da sua ciclística com a X-ADV é evidente, da qual herda muitas das suas características nomeadamente o motor e a caixa DCT. A nova Forza 750 é uma Scooter GT confortável com um assento bastante ergonómico que facilita o acesso dos pés ao chão. A sua posição de condução é mais descontraída e menos tensa do que na TMAX e o espaço para os pés é também generoso na sua extensão longitudinal embora os dois modelos careçam algo de largura na zona do apoio dos pés, ficando sempre o exterior do nosso calçado algo fora de proteção e exposto aos elementos climatéricos. A proteção aerodinâmica é correcta embora o écran não seja ajustável.

MOTORES – CARACTERÍSTICAS O motor de 560cc da TMAX com 47,6 CV viu um incremento de binário face à sua versão anterior, agora com 55,7 Nm às 5.250 rpm o que proporciona subidas de rotação desde os baixos regimes ainda mais rápidas, com uma entrega mais evidente a partir das 5.000 rpm. O facto de a transmissão ser por correia e a embraiagem ser com variador torna as subidas de regime mais suaves, rápidas e lineares. A Forza 750 conta igualmente com um motor de dois cilindros em linha de 745cc com 58,6 CV de potência ( mais 11 CV que a TMAX ) e com um binário de 69 Nm ( mais 13 Nm que a TMAX ) e igualmente proporciona uma resposta vigorosa desde os baixos regime, não 44 | MOTORCYCLE SPORTS |

VERSUS

HONDA FORZA 750


TESTE EFETUADO COM:

tão fluida como a da TMAX, pois sente-se a gestão que a caixa de dupla embraiagem realiza na passagem das 6 velocidades. No entanto a caixa DCT da Forza é de uma extraordinária suavidade e de uma precisão de funcionamento surpreendente, seja em modo automático, seja em modo manual com passagens realizadas atravéss dos selectores localizados no punho esquerdo, tornando a sua condução mais dinâmica e muitíssimo divertida.

CICLISTICA - QUADRO E SUSPENSÕES O chassi da Yamaha TMAX é quase como o de uma desportiva da marca, inclui um quadro em alumínio fundido e um braço oscilante | MOTORCYCLE SPORTS | 45


YAMAHA TMAX YAMAHA 530 VERSUSMT-07 HONDA FORZA 750

também em alumínio, em que o motor funciona como elemento de reforço estrutural. Uma rigidez a toda a prova proporciona uma enorme precisão e e sobretudo uma enorme agilidade, a facilitar a circulação urbana e a permitir rodar em estrada aberta a velocidades mais altas com total estabilidade. O chassi da Forza 750 inclui um quadro multi-tubular em aço com braço oscilante em alumínio, que privilegia o conforto, a ergonomia e a estabilidade, proporcionando uma condução viva em estradas sinuosas pela firmeza das suas trajectórias e um conforto extra a rodar rápido em estrada aberta e auto-estradas. Ambas montam suspensões invertidas de 41 mm e com curso idêntico na dianteira de 120mm sendo as Showa da Forza ajustáveis. No entanto gostámos mais da leitura realizada pelas suspensões da TMAX , a superar melhor as situações de mau piso e a realizarem uma melhor gestão em todo o tipo de andamentos, proporcionando conforto e segurança.

RODAS E TRAVÕES Na dianteira a adopção pela Honda de uma roda de 17” marca a diferença. Se por um lado a combinação da roda dianteira de 15” da Yamaha com a rigidez do seu chassi conferem uma maior agilidade e rigidez do conjunto, a roda de 17” da Forza oferece maior estabilidade e aderência em curva, assim como uma opção mais vasta de escolha de pneus. Na traseira ambas montam jantes de 15” e pneus com a mesma dimensão, embora o curso

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da suspensão traseira da TMAX seja 3mm inferior o que não afecta para nada o seu desempenho. A Yamaha opta por montar pneus Bridgestone Battlax SC e a Honda por uns Pirelli Diablo Rosso, com comportamentos diferentes dependendo do piso em que rodamos, sendo os Bridgestone especialmente concebidos para as maxiScooters desportivas, proporcionando uma boa aderência tanto em seco como em molhado e os Pirelli um pneu de última geração de composto duplo para gerar maior aderência em curva e maior durabilidade e um desenho especialmente concebido para escoar a água na condução à chuva. A nível da travagem apreciámos a excelente mordida dos travões da Honda Forza com duplo disco de 310 mm e pinças flutuantes de 4 pistons a garantirem um nível de travagem superior e uma travagem realizada com enorme segurança e tacto. As duas scooters incluem ABS e Controle de Tração.

AJUDAS ELECTRÓNICAS O sistema D-Mode da Yamaha permite ajustar a entrega de potência em dois níveis. Já a Forza 750 conta com 3 modos de condução pré configurados, Standard, Sport e Rain assim como um quarto modo User configurável. A Honda conta também com o sistema de Controle de Tração HSTC, sendo a primeira moto a incluir um Sistema de Controlo por voz, (ainda só disponível para smartphones Android, que permite a gestão de todo o tipo de funcionalidades como a navegação, o atendimento de chamadas, a visualização de mensagens e música,


TESTE EFETUADO COM:

tudo controlável a partir do seu écran TFT de 5”. A TMAX Tech Max permite também o emparelhamento com Smartphone através da aplicação My TMAX Connect proporcionando entre outras funções a localização da moto via GPS.

EQUIPAMENTO A Yamaha TMAX na versão Tech Max ensaiada inclui equipamento de referência para uma Maxi Scooter, onde podemos destacar uma decoração com cor especial , suspensões dianteiras douradas, altura do pára-brisas acionada eletricamente, Cruise Control, punhos aquecidos, assentos do condutor e passageiro aquecidos, iluminação LED com intermitentes di-

anteiros integrados , sistema de ignição Smart Key, sistema de segurança anti-roubo que bloqueia o descanso central, um painel TFT monocromático e espaço bastante generoso debaixo do assento com capacidade para dois capacetes do tipo Jet ou um integral. Já a Honda Forza 750 tem de raiz na sua concepção pormenores de enorme exclusividade que a destacam da concorrência. Sem dívida que aquela que mais se destaca é a sua caixa DCT com dupla embraiagem e 6 velocidades , realidade que confere à Forza uma característica única apenas com paralelismo na sua irmã X-ADV, o écran TFT a cores e as diferentes funcionalidades e parametrizações que a mesma permite são também um elemento de sofisticação, o sistema Keyless a Smart Key Honda

permite ligar a moto no seu painel frontal apenas com o pressionar de um botão, o mesmo sistema que encontramos na Superdesportiva de topo da marca a CBR1000RR R, a Smart Key permite ainda abrir o assento e o acesso ao tampão do depósito de combustível assim como abrir e bloquear a Top Box da Honda ( 50 litros ) disponível como acessório opcional. A Forza inclui ainda um sistema de travagem de emergência que faz acionar os dois piscas traseiros em simultâneo para avisar quem circule atrás de nós. Igualmente toda a iluminação é de tecnologia LED e incluindo os intermitentes que se desligam automáticamente. A Forza tem menos espaço debaixo do assento do que a TMAX onde apenas cabe um capacete integral. | MOTORCYCLE SPORTS | 47


YAMAHA TMAX 530

VERSUS

HONDA FORZA 750

Honda Forza 750 / 235 Kg / 745 cc / 58,6 CV 11.500 €

Yamaha TMAX Tech Max / 220 Kg 562 cc / 47,6 CV ) ba ão se 11.560 13.760 € ( vers

GOSTÁMOS

GOSTÁMOS

- Aceleração e Agilidade - Sofisticação equipamento Tech Max

- Suavidade Caixa DCT - Estabilidade e Estética

A MELHORAR

A MELHORAR

- Distância dos pés ao chão e vibração em alguns regimes

A RODAR As duas Maxi Scooters têm comportamentos distintos. Ambas têm motores com uma boa entrega de potência desde os baixos regimes mas com uma subida de rotação distinta. O motor da Honda é mais potente com mais binário e mais redondo no seu comportamento, independentemente do modo de con-

- Suspensão dianteira e espaço debaixo do assento

dução selecionado e a caixa DCT, automática e manual, define um tipo de condução totalmente distinto daquele proporcionado pela TMAX. A TMAX mostra uma resposta mais directa, mais linear e nervosa, com alguma vibração nos regimes mais altos como se de uma verdadeira desportiva se tratasse. De uma agili-

dade surpreendente e com um desempenho das suas suspensões que é referência neste comparativo, a TMAX Tech Max reafirma o seu ADN de scooter desportiva, proporcionando uma condução divertida e sempre pronta para se bater de igual para igual com outras motos não scooters no seu segmento de cilindrada.

AS CONCORRENTES

BMW C650 Spor t 647 cc / 60 CV / 249 Kg / 11.859 €

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BMW C650 GT 647 cc / 60 CV / 261 Kg / 12.311 €

Kymco AK550 550 cc / 53,7 CV / 230 kg / 10.249 €


A FORZA é marcadamente uma scooter GT, de linhas belíssimas e de ergonomia mais actual. Uma Maxi Scooter que privilegia o conforto e a proteção aerodinâmica, proporcionando uma condução mais descontraída e convidando-nos a viajar com a mesma como se de uma Sport Tourer se tratasse. As ajudas electrónicas permitem uma maior adaptação às circunstâncias em que rodamos o que faz com que seja uma scooter para todos os dias e para todas as condições. Menos ágil que a TMAX mas igualmente divertida de conduzir graças á sua caixa DCT e ao seu maior binário a baixa rotação, sentimos também uma maior sensação de segurança em curvas rápidas por força do pneu dianteiro de 17” .

CONCLUSÃO FINAL A Yamaha TMAX deixa definitivamente de estar sozinha no mercado e se antes já se via ameaçada pela Taywanesa AK550, agora é o maior fabricante mundial de motos que questiona directamente a sua liderança. Se a Kymco AK550 ataca directamente a TMAX no seu conceito e desempenho de scooter desportiva, a Forza 750 opta por uma aposta mais GT, mais Sport Touring, realidade que permite diferenciar o seu produto procurando uma maior abrangência e versatilidade pelo seu posicionamento e características. A escolha poderá pender a favor de uma ou de outra em função da maior ou menor fidelização às marcas ou da preferência de um ou outro conceito tecnológico. Quem chega mais tarde tem sempre uma vantagem competitiva pois teve tempo de estudar a fundo a sua concorrência e procurar dotar o seu produto dos necessários factores diferenciadores… Mas isso é na teoria pois na prática quem decide é o mercado e o consumidor.

YAMAHA TMAX TECHMAX '21

HONDA FORZA 750

TIPO DE MOTOR CILINDRADA POTÊNCIA BINÁRIO Nº DE CILINDROS DISTRIBUIÇÃO VÁLVULAS P/ CILINDRO REFRIGERAÇÃO DIÂMETRO X CURSO SISTEMA DE ARRANQUE TAXA DE COMPRESSÃO INJECÇÃO ESCAPE

2 cil. paralelo, 8 válv. DOHC 562 cc 47,6 cv @ 7.500 rpm 55,7 Nm @ 5.250 rpm 2 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida 70 x 73 mm Elétrico 10.9 : 1 Electrónica TCI 2 em 1 c/ escape lateral alto

2 cil. paralelo, 8 valv. SOHC 745 cc 58,6 cv @ 6.000 rpm 69 Nm @ 4.000 rpm 2 cilindros SOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida 77 x 80 mm Eléctrico 10.7 : 1 Electrónica PGM-FI 2 em 1 c/ escape lateral alto

CAIXA DE VELOCIDADES TIPO DE CAIXA QUICKSHIFT EMBRAIAGEM TRANSMISSÃO FINAL

Automática c/ variador não não Correia trapezoidal

Automática de 6 Velocidades DCT Dupla Embraiagem Modo manual acionado em botões 2 embraiagens hidráulicas húmidas Corrente

Duas longarinas em alumínio alumínio

Diamante e de tubos de aço aço

n.d.

27º

invertida de 41mm n/ ajustável 120 mm mono-amortecedor tipo Link ajustável 117 mm

Invertida de 41mm ajustável 120 mm mono-amortecedor tipo Pro Link ajustável 120 mm

Duplo disco flutuante 267 mm n.d. Disco de 282 mm n.d. sim

duplo disco 315 mm Pinças radiais de 4 pistons Disco de 240 mm Pinça radial de 2 pistons sim

Liga leve 15" de 3,5 " 120/70-15 Liga leve 15" de 4,5 " 160/60-15" Bridgestone Batlax SC

Liga leve 17" de 3,5" 120/70-17" Liga leve 15" de 4.5" 160/60-15" Pirelli Diablo Rosso

MODOS DE MOTOR ABS CONTROLE DE TRAÇÃO

D-Mode, 2 níveis sim sim

Standard, Sport, Rain e User sim sim

COMPRIMENTO LARGURA ALTURA MÁXIMA

2200 mm 765 mm 1420-1555 mm

2200 mm 790 mm 1485 mm

1575 mm 800 mm 125 mm 15 Litros n.d. Kg 220 Kg

1580 mm 790 mm 135 mm 13,2 Litros 235 Kg n.d. Kg

CONSUMO MÉDIO EMISSÕES CO2 * Informação de consumos de fábrica

4,8 l / 100 Kms * 112 g / Km Euro 5

3,6 l / 100 kms* 85 g / Km Euro 5

CORES PVP BASE S/ DESPESAS DE MAT.

Icon Grey, Sword Grey / Tech Kamo 11.560 €/ 13.760 eur TechMAX'21

Black, Silver Mate, Blue Mate, Red 11.500 €

MOTORIZAÇÃO

TRANSMISSÃO

QUADRO

TIPO DE QUADRO SUB-QUADRO ÂNGULO DA DIREÇÃO

SUSPENSÕES

SUSPENSÃO DIANTEIRA REGULAÇÕES CURSO DA SUSP. DIANTEIRA SUSPENSÃO TRASEIRA REGULAÇÕES CURSO DA SUSP. TRASEIRA

TRAVÕES

TRAVÕES DIANTEIROS PINÇAS DE TRAVÃO DIANTEIROS TRAVÃO TRASEIRO PINÇA TRAVÃO TRASEIROS ABS

JANTES E PNEUS

JANTE DIANTEIRA MEDIDA DO PNEU DIANTEIRO JANTE TRASEIRA MEDIDA DO PNEU TRASEIRO TIPO/MARCA DE PNEUS

AJUDAS ELECTRÓNICAS

DIMENSÕES

DISTÂNCIA ENTRE EIXOS ALTURA DO ASSENTO DISTÂNCIA AO SOLO CAPAC. DO DEPÓSITO PESO EM MARCHA PESO EM SECO

CONSUMOS / EMISSÔES

SYM Maxim TL 465 cc / 41 CV / 223 Kg / 8.499 €

CORES 2020 / PVP

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NIU NQI GTS

VERSUS

HONDA SH 125

A OPÇÃO ELÉCTRICA EM MOBILIDADE

SERÁ SUSTENTÁVEL NUMA UTILIZAÇÃO SUBURBANA ? A MOBILIDADE ELÉTRICA É INCONTORNÁVEL SOBRETUDO QUANDO EM DUAS RODAS SE AFIRMAM CADA VEZ MAIS COMO UMA OPÇÃO DE MOBILIDADE NOS GRANDES CENTROS URBANOS. AS EMPRESAS DE RENTING E DE SHARING DE SCOOTERS ELÉTRICAS NAS GRANDES CIDADES PROLIFERAM E LANÇARAM O CONCEITO E A MODA, CRIARAM A NECESSIDADE E O HÁBITO NA UTILIZAÇÃO DE MOBILIDADE ELÉTRICA URBANA. TEXTO: PEDRO ROCHA DOS SANTOS / FOTOS: PEDRO MESSIAS / COLABORAÇÃO: MARINA OLIVEIRA

Q

uisemos perceber se face à autonomia que uma scooter de motor de combustão interna de 125cc proporciona e em trajectos mais longos, urbanos e sub-urbanos, utilizando apenas estradas nacionais e evitando as auto-estradas, as elétricas equivalentes em peso/potência e homologação poderiam ser uma alternativa de facto às tradicionais mais poluentes. 50 | MOTORCYCLE SPORTS |

Assim decidimos realizar um trajecto considerando a autonomia e a velocidade máxima de uma scooter eléctrica de topo e equivalete a uma 125cc. Optámos por utilizar uma scooter NIU, líder a nível mundial em scooters elétricas, selecionando o modelo topo de gama da marca chinesa, a NQI GTS Sport, scooter que tem uma autonomia média entre os 80/90 Kms e atinge uma velocidade máxima de 70 Km/h.

Para o comparativo pretendíamos uma scooter Euro 5, por serem as menos poluentes, igualmente de plataforma e numa configuração semelhante à NIU que neste caso montava Top Case como opcional. A escolha recaiu sobre a Honda SH125 de 2021 que pelas suas características se enquadrava perfeitamente no nosso objectivo. O trajecto que decidimos realizar foi entre Cascais e a Expo em Lisboa num percurso


previamente calculado de cerca de 80 Kms ( autonomia máxima da scooter elétrica ). Circulámos sempre por estradas nacionais onde o limite de velocidade máxima por exemplo na Marginal era de 70Km ( idêntico à velocidade máxima da NIU elétrica no modo Sport ) e depois já em cidade, sem passar os limites legais estabelecidos, entre os 40 e os 50 Km/h. Carga máxima na scooter NIU que é obtida em cerca de 5 h e depósito atestado da Honda e arrancámos de Cascais com destino à Expo. O trajecto da Marginal até à Cruz Quebrada e mais um pouco até Algés foi todo realizado no Modo Sport pois garantia uma velocidade de circulação até 70 Km/h facilmente acompanhada pela Honda SH125, que pedia sempre para rodar mais rápido. O ritmo foi respeitado e estabelecido pela Scooter elétrica. Já em cidade optámos por passar para Modo Dynamic que limita a velocidade a 50 Km/h, tentando assim fazer uma melhor gestão da carga disponível. Chegámos á zona da Expo sempre circulando junto ao mar e ao rio, tendo realiza-

do uma ou outra incursão no interior da cidade de Lisboa . Quando parámos para fotografar e abastecer-nos, também nós, de algum alimento, tínhamos percorrido 60 Kms e a NIU elétrica acusava 45% da bateria ainda disponível, suficiente para realizar um percurso directo da Expo a Cascais em modo Dynamic e com sorte talvez parte da Marginal em modo Sport. A Honda SH 125 acusava uma média de 2.7 litros/ 100 Kms no seu écran, acima dos 2.3 l/100Km que reclama a marca. No percurso de volta ao chegarmos a Carcavelos, já com 80 Kms percorridos e com 15% de bateria ainda disponível, o sistema de gestão de consumo da NIU colocou-nos automáticamente em modo e.SAFE passando a NIU a rodar numa velocidade máxima de 25 Km/h. Por entendermos rodar a essa velocidade poderia ser numa estrada nacional algo perigoso decidimos terminar o nosso teste por ali, e tirar conclusões a partir dos dados obtidos naquele momento. Total de Kms percorridos pelas2 Scooter 80 Kms. A NIU circulou sempre em modo

Sport e Dynamic com velocidades máximas entre os 70 e os 50 Km/h respectivamente. Fazendo uma conta simples e considerando que a NIU obteve carga máxima em 5h e o custo do Kw/h é de 0,21 eur temos um custo final de 1.05 euros para percorrer os 80 Kms. No caso da Honda SH 125 o painel indicava um consumos de 2.8 l /100 Km o que dá 2,24 litros gastos nos 80 kms. Se considerarmos o custo litro de 1,544 eur obtemos um custo total de consumo de 3,46 euros, ou seja, mais de 3 vezes o custo obtido com Scooter elétrica.

CONSIDERANDO QUE OS DOIS MODELOS TÊM PVP’S SENSIVELMENTE IDÊNTICOS PODEMOS CONCLUIR QUE : A NIU NQi GTS Sport é obviamente mais económica em termos de consumos, tem uma velocidade limitada aos 70 Kms/h e uma autonomia entre os 80 e 90 Kms, comprovada pelo teste que realizámos. Os tempos necessários para carregamento podem limitar a sua utilização em trajectos fora

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NIU NQi GTS versus Honda SH 125

da cidade, a obrigar neste caso a preocupar-nos em iniciar o dia sempre com carga máxima na bateria. Tem porém a vantagem de ter um custo de assistência muito mais baixo pois apenas há que substituir pneus e pastilhas de travão. A NIU tem ainda disponível uma aplicação que permite aceder a uma série de funcionalidades inclusivamente localizar a moto e bloquear a mesma. A Honda SH 125 é de facto menos económica no custo Km no que toca a consumos e obviamente na sua manutenção também. Porém tem uma velocidade máxima que supera os 100 Km/h o que nos permite realizar 52 | MOTORCYCLE SPORTS |

trajectos mais rapidamente, sobretudo em auto-estrada. A sua autonomia é também muito superior e muito perto dos 250 Kms, ironicamente 3 vezes superior ao da NIU elétrica. Tem finalmente a vantagem de podermos abastecer a qualquer momento e em qualquer posto de abastecimento num tempo infinitamente menor. No final a escolha será sempre de cada um, se os trajectos diários em média não superam os 50 a 60 Kms a scooter eléctrica pode ser uma opção mais económica e amiga do ambiente. Se por outro lado os trajectos são superiores aos 60 Kms diários com

utilização de auto-estrada então a opção de scooter de motor de combustão interna pode continuar a fazer mais sentido. Tal como nós e para poderem tomar uma decisão com conhecimento de causa aconselhamos a que testem as duas opções antes e saberem aquela que se adapta melhor às vossas necessidades e convicções. EQUIPAMENTO UTILIZADO :

CAPECETES NEXX E BLUSÃO MACNA AGRADECIMENTOS :

HONDA MOTOR EUROPE PORTUGAL E ART ON WHEELS GARAGE



NEWS MOTOGP

Simon Patterson

André Pires na MotoE World Cup

Honda renova com o MotoGP até 2026 No início de fevereiro, a Repsol Honda Team confirmou a sua continuidade no Mundial de MotoGP até 2026, juntando-se a um leque de equipas que o fizeram incluindo a Ducati, a Red Bull KTM ou a Tech3. Com contrato renovado com a Dorna, a formação japonesa poderá assim dar continui-

© DIVULGAÇÃO ANDRÉ PIRES

dade a uma história de sucesso: são já mais de 800 triunfos entre todas as categorias dos Mundiais e 25 títulos mundiais de pilotos. André Pires será rookie na MotoE World Cup

Noriaki Abe, diretor da equipa, disse em comunicado: ‘A Honda tem competido no mundial da FIM desde 1959 e venceu o 800.º GP

Quando não se estava à espera, André Pires

ti que tinha que avançar para outra competição

o ano passado, e acredita que as corridas são

foi anunciado na Avintia para a MotoE World

que me permitisse manter o mais ativo possível,

essenciais para as nossas atividades de despor-

Cup. Será, assim, o primeiro português no

e a verdade é que desde a criação do campeona-

to motorizado’.

campeonato de motos elétricas e o segundo

to MotoE que andava de olho. No final do ano

no paddock do MotoGP, tendo contrato válido

passado comecei a contactar todas as equipas à

para 2021.

procura de um lugar mesmo sabendo que não

Numa entrevista exclusiva ao Motorcycle

era nada fácil. [...]. Felizmente a Esponsorama,

Sports, Pires explicou como surgiu a oportuni-

através do Jordi Rubio, coordenador técnico, e

dade: ‘Terminado 2020 com todos os seus cons-

do ex-piloto MotoGP, Ruben Xaus que coopera

trangimentos que o CNV sofreu, assim como o

com a equipa, abriram-me a porta e não perdi

cancelamento do Grande Prémio de Macau, sen-

tempo a agarrar a oportunidade’.

© DREPSOL MEDIA

Honda mantém compromisso sólido com o MotoGP.

Várias equipas de MotoGP apresentam-se em fevereiro O mês de fevereiro ficará marcado pela apre-

tararo como colega de Maverick Viñales. A

sentação de boa parte das equipas de MotoGP

LCR Honda apresentará Álex Márquez a 19 de

para 2021. Depois da Esponsorama Avintia,

fevereiro e Takaaki Nakagami um dia depois.

nas próximas semanas vão ser mais formações

Também a Repsol Honda já anunciou a sua

a lançarem o seu ano de 2020.

data de lançamento: 22 de fevereiro, naquele

Está confirmado o regresso do GP de Portu-

Desde logo, no dia 9 de fevereiro conhecer-se-

que será o primeiro ato público de Pol Espar-

gal ao Mundial de MotoGP em 2021. Depois

-ão as novas cores da Ducati com os recém-

garó na equipa.

de no calendário inicial ser prova de reserva,

-chegados Francesco Bagnaia e Jack Miller. A

Datas de apresentação do MotoGP

a ronda lusa foi «promovida» e será a terceira

Red Bull KTM com Miguel Oliveira a juntar-se

já conhecidas:

da temporada.

a Brad Binder, assim como a sua satélite Tech3

Ducati Team (Francesco Bagnaia e Jack

O regresso ao Autódromo Internacional do

que junta Danilo Petrucci a Iker Lecuona, têm

Miller): 9 de fevereiro

Algarve será de 16 a 18 de abril, sendo pos-

apresentação marcada para 12 de fevereiro.

Red Bull KTM Factory Team (Brad Binder e

sível depois do adiamento necessário dos GP

No dia 15 é a vez de a Monster Energy Yamaha

Miguel Oliveira): 12 de fevereiro

das Américas e da Argentina devido à pan-

revelar a sua equipa, em que entra Fabio Quar-

cKTM Tech3 (Danilo Petrucci e Iker

demia. Estes não têm novas datas definidas.

Lecuona): 12 de fevereiro

Outra das alterações causadas foi o acrescen-

Monster Energy Yamaha (Fabio Quartararo e

tar de uma segunda ronda em Losail: o GP do

Maverick Viñales): 15 de fevereiro

Qatar será de 26 a 28 de março e de 2 a 4 de

LCR Honda Castrol Team (Álex Márquez):

abril disputar-se-á o GP de Doha. A data em

19 de fevereiro

aberto entre julho e agosto na versão anterior

LCR Honda Idemitsu Team (Takaaki

deixou de existir. Já o GP da Indonésia passou

Nakagami): 20 de fevereiro

a ser o único de reserva, perdendo a Rússia

Repsol Honda Team (Marc Márquez e Pol

esse estatuto.

© DREPSOL MEDIA

Véus sobre as motos de 2021 do MotoGP quase a serem levantados.

Espargaró): 22 de fevereiro 54 | MOTORCYCLE SPORTS |

MotoGP de novo em Portugal este ano



Kevin Benavides

com triunfo histórico AS DUAS PRIMEIRAS SEMANAS DO ANO DE 2021 FICARAM MARCADAS POR MAIS UMA EDIÇÃO DO DAKAR. APESAR DE TODAS AS INCERTEZAS MOTIVADAS PELA PANDEMIA, A PROVA FOI EM FRENTE COM UMA BOLHA DE SEGURANÇA CRIADA DE MODO A PREVENIR AO MÁXIMO A EVENTUALIDADE DE CONTÁGIOS COM A COVID-19. KEVIN BENAVIDES FOI O VENCEDOR, FAZENDO POR ISSO HISTÓRIA. TEXTO: BERNARDO MATIAS / FOTOS: MARCAS / A.S.O.

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© HONDA RACING CORPORATION

Kevin Benavides celebrou primeiro título no Dakar

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DAKAR 2021

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DAKAR 2021

2

© HONDA RACING CORPORATION

Brabec abriu a liderar no prólogo.

de janeiro, Jidá. Depois do shakedown e das verificações dos dias anteriores, tinha finalmente arranque o Dakar 2021 com o prólogo. Pela segunda vez a Arábia Saudita recebia a prova, com o «menu» a reservar não só esse curto prólogo, como também 12 intensas etapas num total de 13 dias de ação. Ricky Brabec (Monster Energy Honda Team) entrava a defender o êxito de 2020, mas tinha rivais de peso logo dentro da sua equipa – como por exemplo o eterno candidato Joan Barreda, Kevin Benavides ou até mesmo Jose Ignacio Cornejo. A Red Bull KTM estava ávia de recuperar os êxitos, tendo nas suas fileiras um pelotão de peso: Matthias Walkner, Sam Sunderland e Toby Price, juntando-se o rookie promissor Daniel Sanders. Pablo Quintanilla liderava os esforços da Rockstar Energy Husqvarna, ao passo que a Monster Energy Yamaha se apresentou com pilotos de peso – entre eles Adrien van Beveren e Ross Branch, com este último a mostrar argumentos para posições cimeiras do Dakar em 2019 e 2020 nas primeiras participações e ao serviço de uma estrutura privada. À partida, Portugal teve quatro pilotos. Pela Hero MotoSports Team Rally alinharam o veterano Joaquim Rodrigues e Sebastian Bühler que entrava na sua terceira presença, ao passo que Rui Gonçalves se estreava pela Sherco Factory. Já Alexandre Azinhais era outro rookie, mas na privada Club Aventura Touareg em cima de uma KTM. A defender o título, Brabec disse em conferência de imprensa que partia confiante e com a expectativa de aplicar a mesma abordagem do que em 2020: ‘Há muito mais do que apenas quatro pilotos que podem ganhar. Diria que há dez pilotos que têm boas possibilidades. No que toca ao meu programa da estratégia, vou tentar fazer o mesmo do que no ano passado [2020], mas não é assim tão fácil. Há muitos quilómetros para fazer, muito tempo na moto, muitas coisas em que pensar, agora não podemos trabalhar na moto durante o reabastecimento. Depois deste ano louco sinto-me muito confiante, intensifiquei o programa de treino um pouco mais do que no ano passado’.

PRÓLOGO: BRABEC COMEÇOU NA FRENTE; LUSOS NO TOP DEZ Para começar a ação, o Dakar 2021 propôs um prólogo de 11km na região de Jidá a 2 de ja-

neiro. Foi um troço curto em que não seriam de esperar diferenças significativas, até pela natureza rápida do percurso. Brabec começou da melhor forma liderando este curto troço que completou em 6m01s. Foi seis segundos mais rápido do que o colega Joan Barreda numa dobradinha da Monster Energy Honda. Seguiu-se o rookie Daniel Sanders (KTM Factory Team), sendo Ross Branch (Monster Energy Yamaha) quarto na frente do luso-alemão Bühler. Um começo encorajador para o homem da Hero, que gastou mais 16 segundos do que Brabec. Quanto aos outros portugueses, Rodrigues completou o prólogo em décimo mesmo colado a Toby Price (Red Bull KTM) e a 23 segundos do mais rápido. O estreante Gonçalves começou com um animador 20.º registo a 35 segundos de Brabec, ao passo que Azinhais foi 71.º na sua KTM do Club Aventura Touareg a 2m52s do topo. Depois do começo vitorioso, Brabec afirmou em comunicado que não foi um dia verdadeiramente relevante para a competição: ‘Foi bom. Muito curto – apenas um prólogo de 10km [11km]. Não há verdadeiramente nada a perder nem a ganhar. É só o suficiente para habituar a moto e o corpo. Agora estamos preparados para o verdadeiro começo. [...]. Ficámos em primeiro e em segundo lugar no prólogo para mim e para o Joan [Barreda]. [...]. É uma prova longa, mas acho que a estratégia começará a entrar em jogo’. TOP CINCO DO PRÓLOGO Ricky Brabec 6m01s 1º Monster Energy Honda Team Joan Barreda 6m07s (+6s) 2º Monster Energy Honda Team Daniel Sanders 6m14s (+13s) 3º KTM Factory Team Ross Branch 6m15s (+14s) 4º Monster Energy Yamaha Rally Team Sebastian Bühler 6m17s (+16s) 5º Hero MotoSports Team Rally ETAPA 1: TOBY PRICE ASSUMIU A DIANTEIRA O arranque do Dakar «a doer» foi com a primeira etapa, a 3 de janeiro. Numa fase inicial, Xavier de Soultrait (HT Rally Raid Husqvarna Racing) estava no comando. Porém, acabou por não ter argumentos para a Red Bull KTM e para Toby Price, que na segunda metade do | MOTORCYCLE SPORTS | 59


DAKAR 2021

troço cronometrado ditou a lei. Com um ritmo forte e cometendo menos erros, o australiano conseguiu superar os rivais mais próximos por 35 segundos: Kevin Benavides (Monster Energy Honda Team) e o colega de equipa Matthias Walkner. Sam Sunderland, também da equipa oficial da KTM, foi quarto a 2m03s, sendo o top cinco fechado por Lorenzo Santolino (Sherco Factory). De Soultrait acabou por ser apenas sexto. Mais negativa foi a etapa para três dos grandes candidatos: Brabec, Barreda e Pablo Quintanilla (Rockstar Energy Husqvarna) perderam muito tempo, em especial Brabec que depois do triunfo no prólogo foi 24.º cedendo 18m17s a Price. Entre os portugueses, o mais forte foi Rodrigues. Com uma recuperação gradual, esteve sempre entre os 30 primeiros nos pontos de cronometragem acabando em 23.º. Em 27.º ficou Gonçalves duas posições à frente de Bühler, ao passo que Azinhais chegou ao fim em 64.º. Depois desta que foi a sua 13.ª vitória em etapas do Dakar, Price disse ao site oficial que cometeu um erro de navegação perto do final do percurso cronometrado: ‘Foi apenas a primeira tirada, mas foi bastante complicado em termos de navegação. Perdi-me um pouco a cerca de sete quilómetros do fim. Demorei algum tempo TOP CINCO - 1ª ETAPA 1º 2º 3º 4º 5º

Toby Price

3h17m49s

Red Bull KTM Factory Team Kevin Benavides

3h18m24s (+35s)

Monster Energy Honda Team Matthias Walkner

3h18m24s (+35s)

Red Bull KTM Factory Team Sam Sunderland

3h19m52s (+2m03s)

Red Bull KTM Factory Team Lorenzo Santolino

3h22m14s (+ 4m25s)

Sherco Factory

TOP CINCO DA GERAL APÓS A 1ª ETAPA 1º 2º 3º 4º 5º

Toby Price

3h43m21s

Red Bull KTM Factory Team Kevin Benavides

3h43m48s (+ 27s)

Monster Energy Honda Team Matthias Walkner

3h44m36s (+ 1m15s)

Red Bull KTM Factory Team Sam Sunderland

3h47m32s (+ 4m11s)

Red Bull KTM Factory Team Lorenzo Santolino

3h48m22s (+ 5m01s)

Sherco Factory

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a tentar voltar ao caminho certo. Foi dia bom para nós. Acho que vamos ver muitas mudanças na classificação desta corrida. Há que manter a calma e fazer com que tudo funcione’.

ETAPA 2: BARREDA AVASSALADOR PASSOU PARA O TOPO Segunda etapa de sentido único no Dakar 2021. Joan Barreda (Monster Energy Honda) não deu quaisquer chances à oposição liderando sempre desde início. Terminou vitorioso com um avanço considerável sobre o colega Brabec: de 3m55s. Quintanilla assinou o terceiro registo a 6m02s, enquanto que Ross Branch (Monster Energy Yamaha) foi quarto a 11m54s e Jose Ignacio Cornejo (Monster Energy Honda) terminou em quinto. Price teve alguns problemas ao longo do dia para além de abrir a estrada e não foi além de 28.º, o que lhe custou 32 minutos facea Barreda. Dos lusos, o melhor foi Rodrigues em 12.º, com Bühler logo atrás em 14.º apesar de uma penalização de dois minutos. Gonçalves fez o

TOP CINCO - 2ª ETAPA 1º 2º 3º 4º 5º

Joan Barreda

4h17m568s

Monster Energy Honda Team Ricky Brabec

4h21m51s (+ 3m55s)

Monster Energy Honda Team Pablo Quintanilla

4h23m58s (+ 6m02s)

Rockstar Energy Husqvarna Fact. Racing Ross Branch

4h29m50s (+ 11m54s)

Monster Energy Yamaha Rally Team Jose Ignacio Cornejo

4h30m02s (+ 12m06s)

Monster Energy Honda Team

TOP CINCO DA GERAL APÓS A 2ª ETAPA 1º 2º 3º 4º 5º

Joan Barreda

8h15m38s

Monster Energy Honda Team Ricky Brabec

8h22m01s (+ 6m23s)

Monster Energy Honda Team Ross Branch

8h22m15s (+ 6m37s)

Monster Energy Yamaha Rally Team Pablo Quintanilla

8h22m54s (+ 7m16s)

Rockstar Energy Husqvarna Fact. Racing Xavier de Soultrait

8h24m03s (+ 8m25s)

HT Rally Raid Husqvarna Racing


DAKAR 2021

© RALLY ZONE - KTM MEDIA LIBRARY

21.º tempo e Azinhais terminou com o 66.º crono. No fim da etapa, Barreda confidenciou ao site oficial do Dakar que foi um dia ao ataque: ‘Depois do dia duro de ontem [primeira etapa], fui forçado a atacar com tudo – dei tudo nesta etapa. Gostei muito deste tipo de etapa. É mais rápida e melhor para mim, melhor do que enduro como ontem. Neste momento está tudo perfeito’.

ETAPA 3: PRICE VOLTOU A VENCER; NOVA MUDANÇA DE LÍDER A terceira etapa do Dakar foi marcada por uma disputa a dois, entre Price e Kevin Benavides. Os dois lutaram pelo primeiro tempo ao longo de toda a tirada e a vitória acabou por sorrir a Price. O australiano bateu o argentino por 1m16s recuperando, assim, de um dia menos positivo na véspera. Matthias Walkner (Red Bull KTM) foi terceiro a 2m36s do vencedor, com Skyler Howes (BAS Dakar KTM Racing Team) a ser a surpresa do dia: quarto a 6m16s. Sunderland completou o top cinco de um dia

em que Gonçalves liderou as cores lusas em nono lugar. Rodrigues foi 18.º com um minuto de penalização e Bühler 21.º. Em 66.º ficou Azinhais. Tudo ficava ao rubro na classificação geral. Howes passou para o topo ficando 33 segundos na frente de Kevin Benavides. Sólido, Xavier de Soultrait (HT Rally Raid Husqvarna Racing) assumiu o terceiro lugar na frente de Price que estava a 1m52s do líder, com Sunderland em quinto. Barreda perdeu tempo a abrir a estrada e baixou a oitavo. Mantendo-se como melhor luso, Rodrigues desceu um lugar para 18.º, enquanto que Gonçalves subiu a 22.º e Bühler continuou em 24.º. Por seu turno, Azinhais baixou a 67.º cedendo uma posição. Em declarações ao site oficial depois da vitória, Price desvalorizou o significado do resultado e assumiu alguma frustração com a inconstância: ‘Até agora tem sido sobe e desce. É muito frustrante estar à frente num dia e depois atrás no seguinte. A dificuldade da navegação significa que é difícil abrir a estrada. [...]. O resultado não significa muito, porque há sobe e desce. Mas, de qualquer forma, foi um bom dia para mim. A moto está a funcionar bem, não caí e não tive quaisquer problemas de combustível como ontem [na segunda etapa].

Todos os dias vão contar até ao último, mas até agora não tive problemas de maior’.

ETAPA 4: DOMÍNIO DE BARREDA EM MAIS UMA MUDANÇA NO COMANDO A quarta etapa do Dakar 2021 teve um homem em destaque. Barreda liderou durante grande parte do percurso e, com uma exibição dominadora, venceu o troço. Ficou 5m57s na frente de Daniel Sanders (KTM Factory Team), que encabeçou um grupo bem mais renhido: do australiano até ao oitavo classificado, Quintanilla, houve menos de um minuto e meio. Terceiro tempo de Luciano Benavides

© HERO MOTOSPORTS TEAM RALLY

Price foi o primeiro a bisar em etapas.

TOP CINCO - 3ª ETAPA 1º 2º 3º 4º 5º

Toby Price

3h33m23s

(Red Bull KTM Factory Team) Kevin Benavides

3h34m39s (+ 1m16s)

Monster Energy Honda Team Matthias Walkner

3h35m59s (+ 2m36s)

Red Bull KTM Factory Team Skyler Howes

3h39m39s (+ 6m16s)

BAS Dakar Racing Team Sam Sunderland

3h41m47s (+ 8m24s)

Red Bull KTM Factory Team

TOP CINCO DA GERAL APÓS A 3ª ETAPA 1º 2º 3º 4º 5º

Skyler Howes

12h04m48s

BAS Dakar Racing Team Kevin Benavides

12h05m21s (+ 33s)

Monster Energy Honda Team Xavier de Soultrait

12h06m16s (+ 1m28s)

HT Rally Raid Husqvarna Racing Toby Price

12h06m40s (+ 1m52s)

Red Bull KTM Factory Team Sam Sunderland

12h10m15s (+ 5m27s)

Red Bull KTM Factory Team

QUEDA DEIXOU CS SANTOSH EM COMA INDUZIDO NO HOSPITAL A quarta etapa do Dakar 2021 ficou marcada negativamente pelo aparatoso acidente de CS Santosh. O homem da Hero MotoSports caiu e bateu fortemente com a cabeça, tendo de ser transportado para oi Hospital Saudi German em Riade. Lá, os médicos decidiram que mantê-lo sedado ou em coma induzido seria a melhor abordagem. Ainda assim, a equipa indiana confirmou posteriormente que o piloto não tinha sofrido lesões que colocassem em risco uma recuperação plena. Deslocou o ombro direito e sofreu um traumatismo crânio-encefálico, sem uma gravidade demasiado elevada para conseguir recuperar em pleno.

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DAKAR 2021

Barreda mais forte antes do dia de descanso.

© HONDA RACING CORPORATION

(Rockstar Energy Husqvarna). Penalizado em um minuto, Branch foi quarto. De Soultrait acabou em quinto, Rodrigues em sexto a fazer o melhor resultado de um luso até esse momento e Cornejo em sétimo. Na classificação geral, depois de Howes e Price perderem tempo, existiram mudanças significativas. De Soultrait passou para o topo com 15 segundos de avanço sobre Barreda, sendo Branch terceiro a 5m24s tal como Kevin Benavides em quarto. Os dois sofreram penalizações de um e dois minutos, respetivamente. Howes baixou a quinto a 5m26s. Rodrigues ascendeu a 16.º ficando a 19m36s da liderança. Após o 24.º posto da etapa, Bühler conservou a mesma posição da geral. Já Gonçalves foi 42.º e desceu a 28.º na geral. Finda a etapa, Barreda mostrou-se agradado, mas também ciente que o dia seguinte poderia ser bem mais complicado: ‘Foi uma etapa boa. A verdade é que esta manhã saímos muito de trás e sabíamos que era uma etapa rápida, também com poucas diferenças. Mas no fim consegui ultrapassar primeiro o Ricky, depois o Quintanilla nos últimos quilómetros e recuperámos alguns minutos. Na quinta etapa serei eu a partir na frente e será outra vez um dia mau. Há que ir dia a dia, evitar problemas mecânicos e grandes perdas’.

Etapa 5: KEVIN BENAVIDES V ITORIOSO E LÍDER Continuou na quinta etapa a tendência de alterações constantes no Dakar 2021. Nesta tirada, Cornejo liderou durante grande parte do troço cronometrado. No entanto, Kevin Benavides conseguiu recuperar de um atraso com a navegação e de uma queda que lhe valeu uma lesão no nariz e danos na moto: chegou a ter mais de cinco minutos de desvantagem e ganhou com um minuto de avanço face a Cornejo. Price rubricou a terceira marca a 1m20s, com Lorenzo Santolino (Sherco) foi quarto e a grande surpresa do dia. Sunderland acabou em quinto. Entre os lusos, Bühler rubricou a 20.ª marca e Rodrigues foi 22.º, ambos a mais de meia hora do vencedor. Gonçalves concluiu em 34.º. Quanto à classificação geral, voltou a haver mudança no comando. Passou para as mãos de Kevin Benavides, que superou de Soultrait por 2m31s. Cornejo ficou em terceiro a 3m42s, com as KTM de Price e de Sunderland a completarem o top cinco. Santolino fez ganhos consideráveis passando para sexto a 9m31s da liderança destacando-se como o maior outsider nessa fase. Na entrevista ao site oficial do Dakar, Kevin Benavides sublinhou que fez frente à dor

TOP CINCO - 4ª ETAPA Joan Barreda 2h46m50s 1º Monster Energy Honda Team Daniel Sanders 2h52m59s (+ 6m09s) 2º KTM Factory Team Luciano Benavides 2h53m12s (+ 6m22s) 3º Rockstar Energy Husqvarna Racing 2h53m47s (+ 6m57s/1 Ross Branch minuto de penalização) 4º Monster Energy Yamaha Rally Team Xavier de Soultrait 2h54m09s (+ 7m19s) 5º HT Rally Raid Husqvarna Racing

TOP CINCO - 5ª ETAPA Kevin Benavides 5h09m50s 1º Monster Energy Honda Team Jose Ignacio Cornejo 5h10m50s (+ 1m00s) 2º Monster Energy Honda Team Toby Price 5h10m11s (+ 1m20s) 3º Red Bull KTM Factory Team 5h12m19s Lorenzo Santolino (+ 2m29s) 4º Sherco Factory Sam Sunderland 5h14m07s (+ 4m17s) 5º Red Bull KTM Factory Team

TOP CINCO DA GERAL APÓS A 4ª ETAPA Xavier de Soultrait 15h00m25s 1º HT Rally Raid Husqvarna Racing Joan Barreda 15h00m40s (+ 15s) 2º Monster Energy Honda Team 15h05m49s (+ 5m24s/2 Ross Branch minutos de penalização) 3º Monster Energy Yamaha Rally Team 15h05m49s (+ 5m24s/2 Kevin Benavides minutos de penalização) 4º Monster Energy Honda Team 15h05m51s (+ 5m26s/1 Skyler Howes minuto de penalização) 5º BAS Dakar Racing Team

TOP CINCO DA GERAL APÓS A 5ª ETAPA 20h15m39s (2 minutos Kevin Benavides de penalização) 1º Monster Energy Honda Team Xavier de Soultrait 20h18m10s (+ 2m31s) 2º HT Rally Raid Husqvarna Racing Jose Ignacio Cornejo 20h19m21s (+ 3m42s) 3º Monster Energy Honda Team 20h19m22s Toby Price (+ 3m43s) 4º Red Bull KTM Factory Team 20h21m45s Sam Sunderland (+ 6m06s) 5º Red Bull KTM Factory Team | MOTORCYCLE SPORTS | 63


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ETAPA 6: «TRI» DE BARREDA ANTES DO DESCANSO; PRICE DE NOVO NO TOPO Depois de na véspera vários pilotos terem tido dificuldades para chegar ao fim em tempo útil, a organização decidiu tirar 100km à sexta etapa do Dakar 2021. Assim, visou permitir um percurso ligeiramente menos difícil de completar em horas razoáveis. Na estrada, Barreda foi líder durante grande parte do percurso, com a oposição por perto. O espanhol acabou mesmo por levar de vencida, mas apenas 13 segundos na frente de Branch. Sanders foi terceiro a 53 segundos. Ainda entre os cinco primeiros ficaram Brabec e Matthias Walkner (Red Bull KTM). Mais abaixo, Price assinou a sétima marca e Kevin

Benavides foi 17.º, numa conjugação de resultados que permitiu ao australiano ascender à liderança. Seria nessa posição que começava a segunda semana, com 2m16s de avanço face ao argentino. Cornejo continuou em terceiro da geral, com o top cinco fechado por Branch e de Soultrait com o mesmo tempo a 3m41s de Price. Entre os lusos, Rodrigues esteve de novo em bom plano para fazer o oitavo tempo. Um resultado que lhe possibilitou ganhar duas posições para 17.º. Bühler concluiu em 21.º e desceu a 21.º na geral, ao passo que Gonçalves fez a 36.ª marca mantendo-se em 28.º. No rescaldo da etapa, o espanhol disse ao site oficial do Dakar que procurou outro tipo de resultado, pensando também na estratégia: ‘Ganhei. Depois do reabastecimento tentei manter o ritmo baixo, mas acabo por ganhar por alguns segundos. Com uma prova assim não sei se é uma boa estratégia, mas é assim’.

ETAPA 7: PRIMEIRA VITÓRIA DE BRABEC E (MAIS UMA) MUDANÇA DE LÍDER A etapa maratona abriu a segunda semana do Dakar e a tendência manteve-se como nos dias anteriores: a da incerteza. Na sétima tirada

TOP CINCO - 7ª ETAPA Ricky Brabec 4h37m44s 1º Monster Energy Honda Team Jose Ignacio Cornejo 4h39m51s (+ 2m07s) 2º (Monster Energy Honda Team Skyler Howes 4h40m03s (+ 2m19s) 3º (BAS Dakar KTM Racing Team Sam Sunderland 4h40m36s (+ 2m52s) 4º (Red Bull KTM Factory Team Daniel Sanders 4h40m58s (+ 3m14s) 5º (KTM Factory Team TOP CINCO DA GERAL APÓS A 7ª ETAPA Jose Ignacio Cornejo 28h51m31s 1º Monster Energy Honda Team Toby Price 28h51m32s (+ 1s) 2º Red Bull KTM Factory Team Sam Sunderland 28h53m42s (+ 2m11s) 3º Red Bull KTM Factory Team Xavier de Soultrait 28h54m05s (+ 2m34s) 4º HT Rally Raid Husqvarna Racing 28h59m (+ 7m29s/2 Kevin Benavides minutos de penalização) 5º Monster Energy Honda Team houve curtas distâncias entre pilotos, com os 15 primeiros a caberem em menos de dez minutos. Brabec levou a melhor, superando o colega Cornejo por 2m07s. Seguiram-se Howes, Sunderland e Sanders. Branch sofreu uma © A.S.O./C.LOPEZ

para atacar até ao fim: ‘Foi um dia duro para mim. No princípio perdi-me, como a maioria dos pilotos. E depois, numa duna, dei um grande salto e ao aterrar bati com a cabeça nos instrumentos de navegação. Parti o GPS e cortei o nariz, que me fez perder muito sangue. Continuei a atacar apesar da dor e da ferida no nariz. Também me doíam os tornozelos, mas consegui fazer uma boa etapa à frente com muito esforço. O Dakar é assim’.

TOP CINCO - 6ª ETAPA 1º 2º 3º 4º 5º

Joan Barreda

3h45m27s

Monster Energy Honda Team Ross Branch

3h45m40s (+ 13s)

Monster Energy Yamaha Rally Team Daniel Sanders

3h46m20s (+ 53s)

KTM Factory Team Ricky Brabec

3h47m51s (+ 2m24s)

Monster Energy Honda Team Matthias Walkner

3h48m41s (+ 3m14s)

Red Bull KTM Factory Team

TOP CINCO DA GERAL APÓS A 6ª ETAPA Toby Price 24h08m43s 1º Red Bull KTM Factory Team 24h10m59s (+ 2m16s/2 Kevin Benavides minutos de penalização) 2º (Monster Energy Honda Team Jose Ignacio Cornejo 24h11m40s (+ 2m57s) 3º (Monster Energy Honda Team 24h12m24s (+ 3m41s/1 Ross Branch minuto de penalização) 4º (Monster Energy Yamaha Rally Team Xavier de Soultrait 24h12m24s (+ 3m41s) 5º (HT Rally Raid Husqvarna Racing 64 | MOTORCYCLE SPORTS |

PIERRE CHERPIN PERDEU A VIDA Pela segunda vez em menos de uma semana,

hospital em Sakaka, onde teve de ser operado

uma queda nas motos atirou um piloto para o

pela equipa médica e colocado em coma induz-

hospital no Dakar 2021. Na etapa sete, Pierre

ido. Dias mais tarde, durante a 12.ª etapa ficou

Cherpin caiu de forma aparatosa ao quilómetro

a saber-se que Charpin não resistiu e perdeu a

178 e ficou em coma induzido.

vida aos 52 anos quando estava a ser transpor-

Retirado do local por helicóptero, foi levado a um

tado de avião hospitalar para França.



DAKAR 2021

© A.S.O./DPPI/F.GOODEN

aparatosa queda e danificou a sua moto, ficando fora da contenda pela vitória na prova. Já Price, sétimo mais rápido, ficou a 5m05s do vencedor e cedeu o comando. O australiano terminou a ter de fazer reparações ao pneu traseiro por si próprio, numa etapa sem assistência no final. Rodrigues fez novo top dez, desta feita em nono a 5m55s do vencedor, sendo Gonçalves o 22.º logo na frente de Bühler. Na classificação geral assistiu-se a uma nova mexida considerável. Cornejo passou para o topo ficando um segundo na frente de Price. Sunderland ascendeu a terceiro ficando a 2m11s do topo, com de Soultrait em quarto a 2m34s. Kevin Benavides perdeu tempo e desceu a quinto. Rodrigues ascendeu a 16.º, Bühler conservou o 21.º posto e Gonçalves passou para 26.º. Em comunicado da Honda, Brabec assumiu que se tratou de um resultado inesperado: ‘Não esperava vencer a etapa, mas aceito bem esta classificação. Comecei a apanhar o Joan no posto de abastecimento e ele tinha cerca de um minuto de vantagem. Quando o apanhei, abrimos a pista juntos até ao final’.

ETAPA 8: CORNEJO DITOU A SUA LEI E PASSOU PARA O TOPO No seguimento da sétima etapa, a oitava tirada viu os pilotos a partirem sem qualquer assistência às suas motos para a segunda parte da etapa maratona. Isso não impediu Price de estar em destaque, mesmo com um pneu traseiro em condições muito precárias na sua KTM. O australiano teve um ritmo forte e até surpreendente chegando a liderar. No entanto, não teve argumentos para a boa recuperação de Cornejo, que terminou a vencer a etapa com 1m05s de avanço sobre Price. Brabec assinou a terceira marca, com Sunderland em quarto e Kevin Benavides em quinto já a 5m29s do topo. Num dia em que de Soultrait ficou fora de prova devido a uma aparatosa queda, Bühler foi o melhor dos lusos fazendo uma exibição que lhe valeu o décimo crono. Rodrigues acabou com o 25.º lugar, enquanto que Gonçalves assinou a 40.ª marca. Nas contas da geral, oitavo dia, oitava mudança de líder. Cornejo estava agora na frente com 1m06s de avanço sobre Price, sendo Sunderland terceiro a 5m57s. Kevin

TOP CINCO - 8ª ETAPA 1º 2º 3º 4º 5º

Jose Ignacio Cornejo

3h08m40s

Monster Energy Honda Team Toby Price

3h09m45s (+ 1m05s)

Red Bull KTM Factory Team Ricky Brabec

3h11m30s (+ 2m50s)

Monster Energy Honda Team Sam Sunderland

3h12m26s (+ 3m46s)

Red Bull KTM Factory Team Kevin Benavides

3h14m09s (+ 5m29s)

Monster Energy Honda Team

TOP CINCO DA GERAL APÓS A 8ª ETAPA Jose Ignacio Cornejo 32h00m11s 1º Monster Energy Honda Team Toby Price 32h01m17s (+ 1m06s) 2º Red Bull KTM Factory Team Sam Sunderland 32h06m08s (+ 5m57s) 3º Red Bull KTM Factory Team 32h13m09s (+ 12m58s/2 Kevin Benavides minutos de penalização) 4º Monster Energy Honda Team Joan Barreda 2h16m16s (+ 16m05s) 5º Monster Energy Honda Team

FALECEU HUBERT AURIOL O dia da sétima etapa, 10 de janeiro de 2021, ficou marcado pelo falecimento de Hubert Auriol. Com 68 anos de idade, não resistiu a uma paragem cardiorrespiratória, depois de mais de um mês a lutar contra a Covid-19. Participante em múltiplas edições do Dakar entre 1979 e 1994, começou a destacar-se nas motos vencendo em 1981 e 1983, antes de nos carros ser o vencedor de 1992. Retirado de competição, em 1994 juntou-se à organização, a ASO, sendo diretor de prova de 1995 a 2004. Depois, aquando da saída de África, foi um dos fundadores da Africa Eco Race em 2008.

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DAKAR 2021

Primeira vitória em etapa de Cornejo.

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Benavides a 12m58s em quarto e Barreda a 16m05s em quinto completaram o top cinco. Rodrigues manteve-se em 16.º, enquanto que Bühler ascendeu a 19.º e Gonçalves colocou-se em 25.º. Nas declarações de fim de dia ao site oficial do Dakar, Cornejo sublinhou que foi uma prestação isenta de erros: ‘Comecei em segundo, atrás do Ricky, o meu colega de equipa. Ele estava a atacar bastante forte no início, eu também, mas não o apanhava. Apanhei-o talvez apenas um pouco antes do reabastecimento. Acho que hoje pilotámos numa velocidade muito boa. Não existiram erros de navegação. Existiram algumas partes traiçoeiras, mas encontrámos o caminho e não cometemos quaisquer erros, e foi onde ganhámos muito tempo. Na segunda parte mudámos um pouco quem estava a abrir, mas foi uma boa etapa – muito rápida, mas no final algumas paisagens muito bonitas: estas enormes montanhas rochosas são incríveis, por isso estou feliz por estar a pilotar aqui’.

ETAPA 9: KEVIN BENAVIDES VENCEU E CORNEJO CONSERVOU A LIDERANÇA A nona etapa do Dakar 2021 aconteceu a 12 de janeiro. E, apesar de serem os primeiros em estrada, Cornejo e Kevin Benavides estiveram em destaque, discutindo a etapa com o colegada Monster Energy Honda, Brabec. No final, Kevin Benavides levou de vencida com apenas 1m18s de avanço sobre Brabec. Cornejo foi terceiro a 1m34s, com Sunderland em quarto e o seu colega da Red Bull KTM, Matthias Walkner, a ser quinto. Na classificação geral, Cornejo conservou a liderança, sendo o primeiro a consegui-lo neste Dakar. Dilatou a sua margem para 11m24s face a Kevin Benavides. Sunderland passou

para terceiro, com Brabec e Barreda a completar o top cinco. Quanto aos lusos, Rodrigues enfrentou um dia psicologicamente árduo para ser 13.º, subindo assim a 12.º na prova. Bühler rubricou a 24.ª marca e continuou em 19.º na classificação, sendo Gonçalves o 39.º para subir a 22.º na prova. TOP CINCO - 9ª ETAPA Kevin Benavides 4h49m15s 1º Monster Energy Honda Team Ricky Brabec 4h50m33s (+ 1m18s) 2º Monster Energy Honda Team Jose Ignacio Cornejo 4h50m49s (+ 1m34s) 3º Monster Energy Honda Team Sam Sunderland 4h59m26s (+ 10m11s) 4º Red Bull KTM Factory Team Matthias Walkner 5h03m34s (+ 14m19s) 5º Red Bull KTM Factory Team TOP CINCO DA GERAL APÓS A 9ª ETAPA Jose Ignacio Cornejo 36h51m 1º Monster Energy Honda Team 37h02m24s (+ 11m24s/2 Kevin Benavides minutos de penalização) 2º Monster Energy Honda Team Sam Sunderland 37h21m34s (+ 30m34s) 3º Red Bull KTM Factory Team Ricky Brabec 37h08m26s (+ 17m26s) 4º Monster Energy Honda Team Joan Barreda 7h20m (+ 29m00s) 5º Monster Energy Honda Team

ETAPA 10: QUEDA DE CORNEJO E TUDO EM ABERTO A DOIS DIAS DO FIM A décima e antepenúltima etapa do Dakar deixou marcas na luta pelo triunfo final. Se à partida Cornejo tinha uma vantagem considerável, superior a 11 minutos, já na chegada o cenário estava muito diferente, ficando de novo tudo em aberto a apenas dois dias do fim. Brabec ditou o ritmo ao longo de grande

LUCIANO BENAVIDES E TOBY PRICE

© HONDA RACING CORPORATION

NO HOSPITAL E NOVO AZAR PARA A YAMAHA A nona etapa ficou marcada pelo abandono de

Husqvarna) caiu após o quilómetro 242 e sofreu

três dos protagonistas do Dakar 2021. A iniciar a

uma lesão num ombro que motivou o transporte

tirada no segundo lugar da geral, Toby Price (Red

de helicóptero ao hospital em Tabuk. Por out-

Bull KTM) sofreu uma aparatosa queda depois

ro lado, a Monster Energy Yamaha ficou sem

do quilómetro 155 lesionando-se no braço e om-

Ross Branch, que tal como tinha acontecido

bro esquerdo. Ficou fora da prova ao ter de ser

na véspera a Franco Caimi sofreu problemas

levado ao hospital em Tabuk para fazer raios X.

de motor. Restava-lhe Adrien van Beveren em

Já Luciano Benavides (Rockstar Energy

prova.

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DAKAR 2021

Kevin Benavides passou para o topo no antepenúltimo dia.

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DAKAR 2021

parte da tirada e ganhou superando Barreda por 3m15s, sendo Kevin Benavides terceiro a 5m11s. Howes rubricou a quarta marca na frente de Walkner. Mas o acontecimento marcante da etapa aconteceu muito antes da meta, quando ao quilómetro 252 Cornejo sofreu uma aparatosa queda. O chileno conseguiu continuar e concluir o percurso com o 11.º tempo, o que lhe valeria a descida a terceiro na geral. No entanto, acabou por abandonar e seguiu para observação médica. Assim tudo ficava relançado na luta pelo triunfo. Kevin Benavides recuperou o comando, ficando apenas 51 segundos na frente de Brabec, com Sunderland em terceiro a 10m36s. Barreda e Howes passaram a completar o lote dos cinco primeiros, com o norte-americano já a 29m38s do topo. Quanto aos lusos, Rodrigues foi o melhor da etapa em décimo, subindo assim a 11.º na geral, ao passo que Gonçalves assinou a 20.º marca para subir a 21.º. Bühler, por seu turno, concluiu em 22.º, resultado que lhe possibilitou a chegada a 16.º na prova. No fim do dia, Brabec disse ao site oficial do Dakar que a determinação naquele momento era deixar todas as Honda ainda em prova no top três final: ‘Apanhei o Kevin por volta do quilómetro 70 e abri a etapa todo o dia e tivemos mesmo de atacar. Faltam agora dois dias, 1-2-3 TOP CINCO - 10ª ETAPA 1º 2º 3º 4º 5º

3h12m33s

Monster Energy Honda Team 3h15m48s (+ 3m15s)

Monster Energy Honda Team Kevin Benavides

3h17m44s (+ 5m11s)

Monster Energy Honda Team Skyler Howes

3h18m21s (+ 5m48s)

BAS Dakar KTM Racing Team Matthias Walkner

3h18m29s (+ 5m56s)

Red Bull KTM Factory Team

TOP CINCO DA GERAL APÓS A 10ª ETAPA 1º

© HONDA RACING CORPORATION

2º 3º 4º 5º

Kevin Benavides

40h20m08s

Monster Energy Honda Team Ricky Brabec

40h30m44s (+ 10m36s)

Red Bull KTM Factory Team Joan Barreda

40h35m48s (+ 15m40s)

Monster Energy Honda Team Skyler Howes

No penúltimo dia de prova, os pilotos enfrentaram a 11.ª etapa, aquela que seria a mais longa em distância cronometrada. No entanto, deixou de o ser com o encurtar em cerca de 50km por conta das condições meteorológicas que tornaram parte do percurso impraticável. Sunderland impôs um ritmo forte ao longo da tirada e acabou por não ser surpreendente o facto de ter vencido. Bateu Quintanilla por 2m40s, com Kevin Benavides em terceiro a 6m24s. Assim, o argentino conseguiu recuperar mais de seis minutos a Brabec, que fez o sexto registo. De registar o abandono de Barreda, que depois de não parar no reabastecimento ficou sem gasolina e acabou por pedir para ser transportado pela organização. Nas contas da classificação, Kevin Benavides iria entrar na derradeira etapa com 4m12s de avanço sobre Sunderland e 7m13s na frente de Brabec. Sanders era quarto e melhor rookie a 33m05s, com Howes a fechar o top cinco apenas 19 segundos na frente de Lorenzo

1º 2º 3º 4º 5º

40h49m46s (+ 29m38s/6 minutos de penalização)

BAS Dakar KTM Racing Team

Sam Sunderland

4h35m12s

Red Bull KTM Factory Team Pablo Quintanilla

h37m52s (+ 2m40s)

Rockstar Energy Husqvarna Factory Racing Kevin Benavides

4h41m36s (+ 6m24s)

Monster Energy Honda Team Daniel Sanders

4h43m46s (+ 8m34s)

KTM Factory Team Matthias Walkner

4h44m39s (+ 9m27s)

Red Bull KTM Factory Team

TOP CINCO DA GERAL APÓS A 11ª ETAPA 1º

40h20m59s (+ 51s)

Monster Energy Honda Team Sam Sunderland

ETAPA 11: SUNDERLAND SUPERIOR; KEVIN BENAVIDES SÓLIDO NO TOPO

TOP CINCO - 11ª ETAPA

Ricky Brabec Joan Barreda

da Honda, por isso vamos continuar a lutar e tentar colocar todas as Honda no pódio’.

2º 3º 4º 5º

45h01m44s (2 minutos de penalização) Monster Energy Honda Team Sam Sunderland 45h05m56s (+ 4m12s) Red Bull KTM Factory Team Ricky Brabec 45h08m57s (+ 7m13s) Monster Energy Honda Team 45h34m49s (+ 33m05s/7 Daniel Sanders minutos de penalização) KTM Factory Team 45h50m51s (+ 49m07s/6 Skyler Howes minutos de penalização) BAS Dakar KTM Racing Team Kevin Benavides

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DAKAR 2021

© HONDA RACING CORPORATION

Vitória de Kevin Benavides consumada na última etapa.

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DAKAR 2021

Santolino (Sherco). Dos portugueses, Bühler foi o melhor em 12.º da etapa para subir a 15.º da geral, enquanto Gonçalves assinou o 14.º tempo que o deixou em 20.º da prova. Já Rodrigues, penalizado em 20 minutos, foi 24.º, baixando a 12.º na prova. Ao site oficial da prova, Sunderland disse estar satisfeito com o triunfo e com o facto de ter a consciência que fez o máximo possível para recuperar o tempo necessário: ‘Sabia que ia ser uma das minhas últimas hipóteses de tentar ganhar e dei tudo todo o dia. Os pilotos à frente fizeram um ótimo trabalho. Não posso estar triste, porque dei tudo o que tinha, fiz o meu melhor. Não consegui ganhar o tempo suficiente, mas estou feliz com o meu esforço. [...]. Foi um dia mesmo duro, um Dakar mesmo difícil, mas estou bastante grato a toda a equipa e a todos os que trabalham – e mesmo para poder pilotar a moto no deserto neste momento com a situação em todos os outros sítios do mundo. Não me posso queixar’.

ETAPA 12: KEVIN BENAVIDES FEZ HISTÓRIA COM O TRIUNFO No dia 15 de janeiro, os pilotos enfrentaram as últimas dificuldades do Dakar 2021, com

OS OUTROS VENCEDORES DO DAKAR Para além da classificação geral, há várias outras

225km cronometrados e 227km de ligação num total de 452km que os separavam da meta final. O dia acabou por ser dominado por Brabec, mas o norte-americano só superou Kevin Benavides por 2m17s. Era manifestamente insuficiente para impedir o triunfo do argentino, que entrou na tirada com 7m13s de avanço sobre o colega. Walkner fez o terceiro tempo, com Howes em quarto e Sanders em quinto. Sunderland, que era o principal perseguidor do líder, não foi além de 11.º cedendo 13m07s a Brabec. Desta forma, Kevin Benavides selou o título com 4m56s de avanço sobre Brabec, sendo o primeiro argentino e sul-americano campeão do Dakar em motos. Sunderland teve de se TOP CINCO - 12ª ETAPA 1º 2º 3º 4º 5º

Ricky Brabec

2h17m02s

Monster Energy Honda Team Kevin Benavides

2h19m19s (+ 2m17s)

Monster Energy Honda Team Matthias Walkner

2h21m15s (+ 4m13s)

Red Bull KTM Factory Team Skyler Howes

2h22m51s (+ 5m49s)

BAS Dakar KTM Racing Team Daniel Sanders KTM Factory Team

2h24m13s (+ 7m11s)

contentar com o terceiro lugar a 15m57s. Sanders acabou a sua primeira participação em quarto, sendo o melhor estreante: nesse particular, o seu principal rival, Tosha Schareina (FN Speed KTM Team) terminou a 3h02m43s. O top cinco foi completado pelo melhor privado, Howes, a 52m33s do vencedor. Quanto aos lusos, Rodrigues foi oitavo na última etapa e consumou o 11.º lugar final, sendo Bühler décimo da tirada para subir ao 14.º posto na classificação geral. Gonçalves assinou o 13.º registo que o deixou em 19.º como o terceiro melhor dos rookies. Nas outras categorias, Arunas Gelazninkas (Zigmas Dakar Team/KTM) ganhou em Original by Motul/ Malle Moto com 1h02m05s de avanço sobre TOP CINCO DA GERAL APÓS A 12ª ETAPA 47h18m14s (2 minutos Kevin Benavides de penalização) 1º Monster Energy Honda Team Ricky Brabec 47h23m10s (+ 4m56s) 2º Monster Energy Honda Team Sam Sunderland 47h34m11s (+ 15m57s) 3º Red Bull KTM Factory Team 47h57m06s (+ 38m52s/7 Daniel Sanders minutos de penalização) 4º KTM Factory Team 48h10m47s (+ 52m33s/6 Skyler Howes minutos de penalização) 5º BAS Dakar KTM Racing Team

Laia Sanz no topo entre as senhoras.

contas a atribuir vitórias no Dakar 2021. Desde logo, Daniel Sanders (KTM Factory Team), com o quarto posto absoluto, foi o melhor dos rookies. Para tal superou Tosha Schareina (FN Speed - KTM Team) por claras 3h02m43s, sendo Rui Gonçalves (Sherco) o terceiro. Sanders venceu ainda em Non-Elites e G2.1 Super Production superiorizando-se a Martin Michek (Orion Moto Racing/KTM) por 2h03m45s sendo Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports9 terceiro, Sebastian Bühler (Hero MotoSports) quinto e Gonçalves sétimo. Arunas Gelazninkas (Zigmas Dakar Team/KTM) foi o melhor em Original by Motul (antigo Malle Moto) superando o vencedor do ano passado, Emanuel Gyenes (Autonet Motorcycle Team/ Husqvarna) por 1h02m05s. Laia Sanz (GasGas) foi de novo a melhor senhora, 15h52m52s na © RALLYZONE

frente de Sara García (Pont Grup Yamaha). Fê-lo pela 11.ª vez noutras tantas participações.

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ENTREVISTA | CLASSIFICAÕES

TOP 20 DA CLASSIFICAÇÃO GERAL Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Tempo/Dif.

Penalização

1

Kevin Benavides

Monster Energy Honda Team

Honda

47h18m14s

2m00s

2

Ricky Brabec

Monster Energy Honda Team

Honda

+ 4m56s

3

Sam Sunderland

Red Bull KTM Factory Team

KTM

+ 15m57s

4

Daniel Sanders

KTM Factory Team

KTM

+ 38m52s

7m00s

5

Skyler Howes

BAS Dakar KTM Racing Team

KTM

+ 52m33s

6m00s

6

Lorenzo Santolino

Sherco Factory

Sherco

+ 58m30s

7

Pablo Quintanilla

Rockstar Energy Husqvarna Factory Racing

Husqvarna

+ 1h26m39s

10m00s

8

Stefan Svitko

Slovnaft Rally Team

KTM

+ 1h43m07s

9

Matthias Walkner

Red Bull KTM Factory Team

KTM

+ 2h32m12s

2m00s

10

Martin Michek

Orion - Moto Racing Group

KTM

+ 2h42m37s

23m00s

11

Joaquim Rodrigues

Hero MotoSports Team Rally

Hero

+ 3h04m24s

37m00s

12

Jaume Betriu

FN Speed - KTM Team

KTM

+ 3h17m16s

6m00s

13

Tosha Schareina

FN Speed - KTM Team

KTM

+ 3h41m35s

14

Sebastian Bühler

Hero MotoSports Team Rally

Hero

+ 4h00m03s

15

Joan Pedrero García

FN Speed - Rieju Team

KTM

+ 4h07m28s

16

Oriol Mena

FN Speed - Rieju Team

KTM

+ 4h19m24s

o vencedor do ano passado, Emanuel Gyenes (Autonet Motorcycle Team/KTM). Sanders impôs-se em Non-Elites e G2.1 Super Production, ao passo que Schareina ganhou em G2.2. Marathon. Laia Sanz (GasGas) levou de vencida de forma clara entre as senhoras: superou Sara García (Pont Grup Yamaha) por 15h52m52s. No site oficial do Dakar, Kevin Benavides salientou que esteve para além do seu máximo na última tirada e conseguiu um triunfo que chegou a temer ser impossível: ‘Foi absolutamente de loucos. Parti em terceiro e depois de 50km

18m00s

17

Laia Sanz

Gas Gas Factory Team

Gas Gas

+ 6h29m31s

12m00s

18

Milan Engel

Orion - Moto Racing Group

KTM

+ 6h30m29s

21m00s

19

Rui Gonçalves

Sherco Factory

Sherco

+ 6h35m21s

18m00s

20

Harith Noah Koitha Veettil

Sherco Factory

Sherco

+ 7h39m51s

2m00s

CLASSIFICAÇÃO FEMININA FINAL Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Tempo/Dif.

Penalização

1

Laia Sanz

Gas Gas Factory Team

Gas Gas

53h47m45s

12m00s

2

Sara García

Pont Grup Yamaha

Yamaha

+ 15h52m52s

44m00s

3

Audrey Rossat

Team RS Concept

KTM

+ 28h38m28s

21m00s

Penalização

Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Tempo/Dif.

1

Arunas Gelazninkas

Zigmas Dakar Team

KTM

55h04m23s

2

Emanuel Gyenes

Autonet Motorcycle Team

KTM

+ 1h02m05s

2m00s

3

Benjamin Melot

Benjamin Melot

KTM

+ 1h40m47s

11m00s

4

David Pabiska

Jantar Team

KTM

+ 4h07m50s

1m00s

5

Simon Marcic

Marcic

Husqvarna + 10h05m05s

45m00s

6

Neil Hawker

Neil Hawker

Husqvarna + 10h48m37s

29m00s

7

Cesare Zacchetti

Cesare Zacchetti

8

Erik Vlack

Slovnaft Rally Team

+ 12h04m16s

32m00s

Husqvarna + 12h23m10s

KTM

27m00s

9

Rudolf Lhotsky

Jantar Team

10

Mishal Alghuneim

Mishal Alghuneim

Pos.

Piloto

Equipa

1

Daniel Sanders

KTM Factory Team

2

Tosha Schareina

FN Speed - KTM Team

KTM

+ 3h02m43s

Husqvarna + 13h23m59s 1h16m00s KTM

+ 13h53m23s

22m00s

Moto

Tempo/Dif.

Penalização

KTM

47m57m06s

7m00s

TOP 10 ROOKIES

3

Rui Gonçalves

Sherco Factory

Sherco

+ 5h56m29s

4

Camille Chapeliere

Team Baines Rally

KTM

+ 7h41m12s 1h23m00s

5

David Knight

HT Rally Raid Husqvarna Racing

Husqvarna

+ 8h14m19s

29m00s

6

Michael Burgess

BAS Dakar KTM Racing Team

KTM

+ 10h14m38s

59m00

7

Konrad Dabrowski

Duust Rally Team

KTM

+ 10m27h30s

8

Mathieu Doveze

Nomade Racing Assistance

KTM

+ 11h10m19s

5m00s

9

Libor Podmol

Podmol Dakar Team

Husqvarna + 11h25m52s

15m00s

10

Xavier Flick

Xtrem Racing

Husqvarna + 11h28m27s

74 | MOTORCYCLE SPORTS |

18m00s

© A.S.O./A.VINCENT/DPPI

TOP 10 ORIGINAL BY MOTUL

estava na frente a abrir a etapa. Sinto que tudo foi complicado, porque o Ricky começou a apanhar-me. Comecei a atacar muito, todo o dia, e mantive-me focado, por isso fiz um bom trabalho. Também estive a 110 por cento, mas agora é verdade: ganhei o Dakar. Estou tão feliz! Cometi alguns erros, é certo. Acho que é impossível fazer um Dakar perfeito. O importante é sempre continuar, manter-me calmo e focado dia a dia e trabalhar no duro dia a dia. Na quinta etapa estava preocupado porque caí muito rápido e bati com a cabeça e tornozelo e senti muitas dores. Nesse dia disse que talvez o Dakar estivesse acabado para mim. Mas continuei a atacar. Agora ainda tenho algumas dores, mas neste momento estou mais feliz do que dorido, por isso não é problema’.



Triplo top 20 com J-Rod a liderar PORTUGAL TEVE QUATRO PILOTOS À PARTIDA DO DAKAR 2021. TRÊS DELES ALINHARAM POR EQUIPAS DE FÁBRICA E DOIS FORAM ESTREANTES ABSOLUTOS NA MARATONA DO TODO-O-TERRENO, QUE SE REALIZOU DE NOVO NA ARÁBIA SAUDITA. NO FIM, JOAQUIM RODRIGUES FOI O MELHOR DOS TRÊS QUE CONSEGUIRAM VER A META, NUM RESPEITOSO 11.º LUGAR.

© A.S.O./F.LE FLOC'H/DPPI

TEXTO: BERNARDO MATIAS / FOTOS: MARCAS / A.S.O.

Joaquim Rodrigues foi o melhor luso.

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O

Dakar 2021 voltou a ter uma ampla participação portuguesa. Desta feita, alinharam à partida quatro pilotos. Pela Hero MotoSports Team Rally estiveram Joaquim Rodrigues e o luso-alemão Sebastian Bühler, ao passo que Rui Gonçalves se estreou ao serviço da Sherco Factory. Quanto a Alexandre Azinhais, esteve numa KTM da privada Club Aventura Touareg. Ao Motorcycle Sports, Rodrigues deixou bem frisado que o seu objetivo não passava por um resultado: ‘As competições, como hei de dizer? As competições no final não são tudo; temos de ficar bem com nós próprios para continuar a vida porque as corridas são passageiras, de um momento para o outro as coisas acabam e no fim temos de nos sentir bem com nós próprios. Obviamente que tudo o que aconteceu levou-me a chegar a este ponto e neste momento obviamente continuo a ser um piloto – quero tentar fazer o meu melhor, mas não é a minha prioridade neste momento’. Chegar ao final era a grande meta de Bühler, que a poucas semanas do Dakar fraturou uma clavícula: ‘O objetivo que eu tinha agora vai ser diferente por causa da clavícula. Eu não sei como é que me vou sentir, não sei se vou ter dores. Mas vou tentar dar o meu melhor, chegar ao fim, e tentar fazer umas boas etapas’, confidenciou ao Motorcycle Sports. Já Gonçalves, estando em estreia e numa das suas primeiras provas de todo-o-terreno, salientou que a aprendizagem era a sua principal missão: ‘Eu penso que a aprendizagem neste

DAKAR 2021 | PORTUGUESES

primeiro Dakar é, sem dúvida, a palavra-chave para mim. E depois, a seguir a este primeiro Dakar, tirarei as minhas conclusões e faremos um plano mais para o futuro. Mas, neste momento, aprender é a palavra-chave, sem dúvida’. Sendo estreante e amador, Azinhais pretendia acima de tudo desfrutar da experiência, como nos disse na edição de janeiro: ‘Eu pretendo tentar absorver o máximo de experiência, seja ao nível de mota, como ao nível pessoal, com pessoas do Dakar. Obviamente é tentar chegar ao fim, eu creio que estou preparado e creio que, se não houver nenhum azar maior eu consigo chegar ao fim. E tentar divertir-me o máximo possível porque eu não sou um piloto profissional, sou um piloto amador, mas com muita paixão naquilo que faço. E quero tentar absorver o máximo possível’.

PRÓLOGO: DUPLO TOP DEZ PARA PORTUGAL Início positivo do Dakar 2021 para as cores de Portugal. No curto prólogo de 11km em Jeddah, houve dois dos representantes nacionais a chegarem ao lote dos dez primeiros e três entre o top 20. O melhor foi Bühler, que completou o percurso em 6m17s terminando a apenas 16 segundos do vencedor, Ricky Brabec (Monster Energy Honda). Em décimo ficou o seu colega Rodrigues, gastando mais 23 segundos do que o líder. Em estreia absoluta, Gonçalves deu boa conta de si para assinar a 20.ª marca a 35 segundos de

Brabec. Quanto a Azinhais, completou o itinerário com a 71.ª marca a 2m52s do topo. Num vídeo da Hero MotoSports Team Rally, Bühler mostrou-se contente com o seu quinto registo: ‘Tivemos o prólogo, foi uma etapa muito curta, mas foi muito boa. Terminámos em quinto e penso que é uma boa posição antes de começar a corrida a sério. Vão ser dias muito longos e complicados, mas estamos muito bem preparados. Vamos ver como corre’.

PORTUGUESES NO PRÓLOGO 23.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h34m19s (+ 16m30s) 27.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h44m03s (+ 26m14s) 29.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h49m47s (+ 31m58s) 64.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 5h08m42s (+ 1h50m53s)

ETAPA 1: JOAQUIM RODRIGUES PERTO DO TOP 20 Na primeira etapa, começaram as verdadeiras dificuldades do Dakar 2021. Ao longo do dia, Rodrigues foi o mais consistente dos portugueses, estando sempre entre os 30 primeiros. Viria a acabar em 23.º a 16m30s do vencedor, Toby Price (Red Bull KTM), apesar de ter chegado a perder o rumo devido ao pó. Rodrigues ficou em 22.º da geral a 16m34s do topo. Também entre os primeiros 30 ficaram Gonçalves e Bühler, que passaram respetivamente a 26.º e 29.º. Quanto a Azinhais, ficou um

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DAKAR 2021 | PORTUGUESES

pouco mais recuado em 64.º, mesma posição em que ficou na classificação geral. No fim do dia, em comunicado Rodrigues disse que ficou satisfeito, apesar do tempo cedido: ‘Senti que foi uma etapa muito longa este domingo. Não comecei com muita confiança e sem dúvida não estava tão veloz como posso ser. Por isso decidi focar-me na navegação ao longo da etapa. Mas assim que fui ultrapassado por alguns pilotos, começou a haver muita poeira no ar e perdi um pouco o rumo. Mas estou satisfeito por concluir a primeira etapa’.

PORTUGUESES NA PRIMEIRA ETAPA:

© DPPI/J.DELFOSSE

23.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h34m19s (+ 16m30s) 27.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h44m03s (+ 26m14s) 29.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team

Rodrigues começou na frente dos portugueses.

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Rally) – 3h49m47s (+ 31m58s) 64.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 5h08m42s (+ 1h50m53s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A PRIMEIRA ETAPA: 22.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h59m55s (+ 16m34s) 27.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 4h10m27s (+ 27m06s) 29.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 4h14m15s (+ 31m34s) 64.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 5h44m14s (+ 2h00m53s)

ETAPA 2: RODRIGUES PERTO DO TOP DEZ DA ETAPA Depois de isso não acontecer na primeira etapa, houve presença lusa entre o top 20 da terceira tirada do Dakar 2021. Rodrigues esteve cons-

tantemente entre os dez mais rápidos, mas já na fase final perdeu algum ímpeto e terminou em 12.º. Pouco abaixo, em 14.º, ficou Bühler, com o luso-alemão a chegar a ter lutado pelo top dez. Penalizado em dois minutos, perdeu a hipótese de ficar em 11.º. Quanto a Gonçalves, continuou a sua trajetória de aprendizagem sem grandes erros e foi 21.º, ele que chegou a estar na disputa dos 20 primeiros lugares. Azinhais fez uma etapa sem percalços de maior e terminou com o 66.º tempo com 20 minutos de penalização. Na geral, houve ganhos a registar. Rodrigues passou para 17.º ficando a 20m21s do topo, na altura ocupado por Joan Barreda (Monster Energy Honda), sendo Bühler o novo 24.º classificado logo na frente de Gonçalves que assim continuava em ascensão. Averbando os 20 minutos de penalização, Azinhais não manteve a tendência dos outros portugueses e caiu duas posições para 66.º.


DAKAR 2021 | PORTUGUESES

Às redes sociais da Hero, Rodrigues comentou assim a sua prestação: ‘A etapa foi mais aberta, foi um dia completamente diferente. Senti-me muito melhor. Como era mais aberto a mais liso consegui acalmar e andar um bocadinho melhor, não me senti tão preso. Está a ser complicado, mas a pouco e pouco as coisas estão a voltar ao seu lugar. No início foi duro, fiquei preso numa zona de dunas mesmo muito macias, a roda da frente ficava facilmente presa na areia e foi complicado retirar dali a moto. Perdi algum tempo assim, mas consegui acabar por avançar. Seja como for senti-me um pouco melhor hoje. Espero melhorar a cada etapa e chegar ao fim’.

PORTUGUESES NA SEGUNDA ETAPA: 17.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 4h36m04s (+ 18m08s)

24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 4h38m43s (+ 20m47s/dois minutos de penalização) 25.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 4h45m20s (+ 27m24s) 66.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 6h37m12s (+ 2h19m16s/20 minutos de penalização)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A SEGUNDA ETAPA: 17.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 8h35m59s (+ 20m21s) 24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 8h53m38s (+ 38m00s/dois minutos de penalização) 25.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 8h55m47s (+ 40m09s) 66.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Tou-

areg/KTM) – 12h21m26s (+ 4h05m48s/20 minutos de penalização)

ETAPA 3: RUI GONÇALVES EM GRANDE PLANO A terceira etapa do Dakar 2021 foi particularmente positiva para as cores portuguesas e ainda mais para Gonçalves. Em estreia absoluta na competição, o transmontano rubricou uma exibição muito sólida neste dia e chegou mesmo a estar entre os cinco mais rápidos nos pontos de cronometragem intermédios. Terminou em nono a 12m19s de Price, que ganhou. Um resultado que lhe valeu a ascensão a 22.º da geral, com 36m41s de desvantagem face ao novo líder, Skyler Howes (BAS Dakar KTM Racing Team). No seio da Hero MotoSports a etapa também foi satisfatória. Rodrigues rubricou a 18.ª marca. Não evitou a perda de um lugar na clas-

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sificação descendo a 18.º para estar a 21m02s do topo. Bühler, por seu turno, assinou a 21.ª marca perdendo ímpeto na fase final para não conseguir o top 20. Manteve-se em 24.º na prova. Azinhais manteve a sua toada dos dias anteriores com o 66.º registo, o que lhe valeu a descida a 67.º da classificação geral. Depois deste que foi o seu dia mais positivo até àquele momento, Gonçalves confessou nas redes sociais que se tratou de um desfecho inesperado: ‘Nem sei o que dizer. Não estava à espera de ficar entre os dez primeiros na terceira etapa do meu primeiro Dakar. Mas mais importante que o resultado, foi sem dúvida o dia de aprendizagem. Sem grandes problemas de navegação e nas dunas consegui imprimir um bom ritmo’.

PORTUGUESES NA TERCEIRA ETAPA: 9.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h45m42s (+ 12m19s) 18.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h49m51s (+ 16m28s) 21.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h51m26s (+ 18m03s) 67.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 5h15m17s (+ 1h41m54s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A TERCEIRA ETAPA: 18.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 12h25m50s (+ 21m02s) 22.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 12h41m29s (+ 36m41s) 24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 12h45m04s (+ 40m16s/2 minutos de penalização) 67.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 17h36m43s (+ 5h30m55s/20 minutos de penalização)

ETAPA 4: JOAQUIM RODRIGUES QUASE NO TOP CINCO; AZINHAIS DE FORA O melhor e o pior para as cores lusas na quarta etapa do Dakar 2021. Rodrigues fez uma tirada bastante sólida entre os mais rápidos e terminou em sexto a apenas dois segundos do top cinco e a menos de dois minutos do segundo classificado. Porém, Azinhais teve a lamentar o abandono, quando o motor da sua KTM cedeu com apenas cerca de 22km do troço cronometrado cumpridos. Era, assim, a primeira baixa 80 | MOTORCYCLE SPORTS |

no contingente nacional. Com o sexto tempo, Rodrigues pôde subir a 16.º na geral reduzindo a sua distância face ao líder – que era agora Xavier de Soultrait (HT Rally Raid Husqvarna) – para 19m36s. Bühler assinou a 24.ª marca dando continuidade à sua consistência para se manter no 24.º posto da classificação. Quanto a Gonçalves, depois da exibição da véspera, ser dos primeiros na estrada não facilitou e acabou em 42.º num resultado que lhe custou a descida de seis lugares para 28.º na geral. Apesar do forte resultado, Rodrigues confessou no fim que se tratou de um dia árduo psicologicamente: ‘Foi uma etapa muito dura para mim, uma vez que foi onde aconteceu o acidente trágico no ano passado. Trouxe de volta muitas memórias dolorosas para mim e não consegui dormir toda a noite. Tive um começo nervoso, mas quando comecei a pilotar, comecei a entrar num ritmo e a minha navegação foi perfeita. Acredito que foi o Paulo a navegar-me e estou muito feliz por conhecer essa sensação’.

© A.S.O./F.GOODEN/DPPI

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PORTUGUESES NA QUARTA ETAPA: 6.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 2h54m11s (+ 7m21s) 24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h04m09s (+ 17m19s) 42.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h30m40s (+ 43m50s) Abandono: Alexandre Azinhais

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A QUARTA ETAPA: 16.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 15h20m01s (+ 19m36s) 24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 15h49m13s (+ 48m48s/2 minutos de penalização) 28.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 16h12m09s (+ 1h11m44s)

ETAPA 5: BÜHLER ENTROU NO TOP 20 Naquela que foi uma das etapas mais duras da primeira semana, muito desafiadora em termos de terreno e de navegação, Bühler voltou aos 20 primeiros lugares de uma tirada. O luso-alemão da Hero chegou a ter o oitavo tempo, mas assentou-se no fim do top 20 e acabou mesmo em 20.º gastando mais 30m24s do que o vencedor, Kevin Benavides (Monster Energy

Primeiro top dez para Gonçalves na edição de estreia.


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Honda). Rodrigues teve uma pequena queda que lhe causou danos na Hero e uma perda de concentração, mas mesmo assim conseguiu o 22.º registo. Podia ter sido ainda melhor, já que chegou a ter o quarto crono num dos intermédios. Um pouco mais abaixo, Gonçalves assinou a 34.ª marca do dia a 58m24s do vencedor e depois de uma recuperação gradual. Na classificação geral, sortes diferentes para os três lusos. Rodrigues perdeu três posições caindo para 19.º, ao passo que Bühler avançou três lugares e passou a fechar o top 20. Gonçalves, por seu turno, manteve o 28.º posto que ocupava antes da etapa. Contente por ter acabado sem grandes percalços, Bühler salientou que a melhor notícia foi o facto de Santosh já estar fora de perigo depois do acidente da véspera: ‘Foi um dia muito duro. Tivemos muita navegação difícil e muitas pedras, um pouco de tudo. Penso que foi muito bom ter acabado o dia sem quedas. Mas, no fim do dia, o melhor é que o [CS] Santosh está fora de perigo e está a melhorar. Isso é o melhor’.

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PORTUGUESES NA QUINTA ETAPA: 20.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 5h40m14s (+ 30m24s) 22.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 5h41m41s (+ 31m51s) 34.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 6h08m14s (+ 58m24s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A QUINTA ETAPA: 19.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 21h03m42s (+ 48m03s/2 minutos de penalização) 20.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 21h29m27s (+ 1h13m48s/2 minutos de penalização) 28.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 22h20m23s (+ 2h02m44s)

ETAPA 6: NOVO TOP DEZ PARA JOAQUIM RODRIGUES Numa sexta etapa encurtada em 100km, che-

gou ao fim a primeira semana do Dakar 2021. Rodrigues esteve de novo em bom plano. Presença constante entre os dez mais rápidos do dia, terminou na oitava posição a apenas 4m35s do vencedor, Price. Bühler deu continuidade à sua presença constante entre os 25 primeiros com a 21.ª marca a 20m34s da frente, ao passo que Gonçalves recuperou bem ao longo do troço para acabar em 36.º. Nas contas da classificação geral, apenas Rodrigues terminou a primeira metade da prova com ganhos: subiu de 19.º para 17.º, continuando a menos de uma hora da liderança. Quanto a Bühler, desceu um lugar caindo para 21.º. Gonçalves, por seu turno, manteve-se estável em 28.º como terceiro melhor estreante. No comentário no fim do dia nas redes sociais da Hero, Rodrigues mostrou-se agradado com a primeira parte da prova: ‘Foi uma etapa muito dura e fisicamente muito exigente. Foi 100 por cento areia, com muitas dunas e foi mesmo muito duro. A moto portou-se lindamente, a Hero fez um grande trabalho com a nova moto e


DAKAR 2021 | PORTUGUESES

PORTUGUESES NA SEXTA ETAPA: 8.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h50m02s (+ 4m35s) 21.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 4h06m01s (+ 20m34s) 36.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 4h32m07s (+ 46m40s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A SEXTA ETAPA: 17.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 24h53m44s (+ 45m01s/2 minutos de penalização) 21.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 25h35m28s (+ 1h26m45s/2 minutos de penalização) 28.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 26h52m30s (+ 2h43m47s)

ETAPA 7: NOVO TOP DEZ DE RODRIGUES NO ARRANQUE DA SEGUNDA METADE A sétima etapa marcou a primeira parte da etapa maratona e o começo da segunda metade do Dakar 2021. E, mais uma vez, os portugueses estiveram em posições adiantadas. O melhor foi Rodrigues. Num dia complicado psicologicamente (no ano passado foi na etapa sete que faleceu o seu familiar Paulo Gonçalves), foi ganhando ritmo gradualmente até chegar ao nono posto final a 5m55s do vencedor, Ricky Brabec (Monster Energy Honda). Em nova exibição forte, Gonçalves rondou sempre o lote dos 25 mais rápidos na etapa e acabou em 22.º. Bühler fez uma prestação consistente perto do top 20 e fez a 21.ª marca, mas uma penalização de 15 minutos atirou-o para 23.º. Quanto à geral, depois de sete etapas, Rodrigues conseguiu avançar mais dois lugares sendo 16.º, ligeiramente mais longe do novo líder que era Jose Ignacio Cornejo (Monster Energy Honda). Por seu turno, Bühler conservou o

21.º lugar, sendo que Gonçalves conseguiu um ganho de duas posições passando a ser 26.º. Na entrevista de fim de dia à Hero, Rodrigues admitiu que demorou a entrar no ritmo, mas acabou satisfeito: ‘A sétima tirada ia sempre ser complicada. Não me senti muito bem durante a manhã e não consegui entrar num ritmo bom. Mas depois tudo se compôs, encontrei o meu ritmo e levei a moto para mais um top dez. Estou muito feliz com o resultado pois a moto e os pneus estão em boas condições’.

PORTUGUESES NA SÉTIMA ETAPA: 9.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 4h43m39s (+ 5m55s) 22.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 5h08m32s (+ 30m48s) 23.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 5h14m23s (+ 36m39s/15 minutos de penalização)

© DPPI/F.LE FLOC'H

tem-me ajudado muito a fazer estes resultados. Agora estou satisfeito por acabar a primeira semana, falta mais uma’.

Bühler com uma das suas melhores prestações na etapa 8.

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DAKAR 2021 | PORTUGUESES

Rodrigues de novo no topo do contingente nacional à medida que o fim se aproximava.

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A SÉTIMA ETAPA: 16.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 29h37m23s (+ 45m52s/2 minutos de penalização) 21.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 30h49m51s (+ 1h58m20s/17 minutos de penalização) 26.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 32h01m02s (+ 3h09m31s)

ETAPA 8: BÜHLER NO TOP DEZ PARA SUBIR A OS 20 PRIMEIROS Mais uma etapa positiva para os portugueses na segunda parte da etapa maratona. Bühler, luso-alemão, foi o mais forte, sendo presença constante entre os dez mais rápidos. Acabou por fazer a décima marca a 7m58s do vencedor, Jose Ignacio Cornejo (Monster Energy Honda). Rodrigues, por seu turno, sofreu um percalço em que se magoou num braço e num ombro, não conseguindo melhor do que o 26.º registo quando chegou a estar entre os 15 primeiros nos parciais. Em 40.º terminou Gonçalves, ele que acabou por se atrasar depois de no 84 | MOTORCYCLE SPORTS |

segundo ponto intermédio de cronometragem ter passado em 21.º. No entanto, uma queda condicionou o seu resultado. Nas contas da classificação geral, volvidas oito etapas Rodrigues continuou a ser o melhor do contingente nacional: estava em 16.º como na véspera, mas agora já a mais de uma hora da frente. Bühler avançou duas posições para chegar a 19.º, enquanto que Gonçalves ganhou um lugar sendo agora 25.º. Em comunicado da Hero, Bühler mostrou-se agradado com o facto de ter conseguido imprimir um bom ritmo depois de ser conservador no dia anterior: ‘Estou feliz com o top dez e acabar mais uma etapa. Tive de ter muito cuidado na sétima etapa para não danificar a moto pois não tínhamos assistência no bivouac por ser etapa maratona. Por isso a minha moto estava em boas condições e pude pilotar de forma mais livre e construir um bom ritmo’.

PORTUGUESES NA OITAVA ETAPA: 10.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h16m38s (+ 7hm58s) 26.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports

Team Rally) – 3h40m37s (+ 31m57s) 40.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h59m59s (+ 51m19s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A OITAVA ETAPA: 16.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 33h18m00s (+ 1h17m49s/2 minutos de penalização) 19.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 34h06m29s (+ 2h16m18s/17 minutos de penalização) 25.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 36h01m01s (+ 4h00m50s)

ETAPA 9: EM DIA EMOTIVO, RODRIGUES CONTINUOU A SUBIR NA CLASSIFICAÇÃO A 12 de janeiro de 2021, precisamente um ano depois do óbito de Paulo Gonçalves, disputou-se a etapa nove do Dakar 2021. Num dia emocionalmente árduo e difícil em termos de terreno, Rodrigues conseguiu conjugar um bom ritmo e cautelas para assinara 13.ª marca, mais um forte resultado por parte do homem de Barcelos. Bühler deu continuidade à sua



© DPPI/F.GOODEN

prestação constante, mas perdeu tempo depois de ter chegado a ser 11.º acabando em 24.º. No que toca a Gonçalves, apesar de ter terminado entre os 35 mais rápidos, uma penalização de 15 minutos atirou-o de 33.º para a 39.ª posição da etapa. Também perdeu muito tempo devido a problemas na sua moto que teve de reparar. Nas contas da classificação geral, só Bühler não teve ganhos. Rodrigues ascendeu à 12.ª posição, tão acima como nunca antes tinha estado neste Dakar. Quanto a Gonçalves, consolidou-se entre os 25 primeiros avançando três lugares para se tornar no 22.º classificado. No dia em que se completou o primeiro aniversário da morte de Paulo Gonçalves, visivelmente emocionado Rodrigues admitiu num vídeo nas redes sociais da Hero que atravessou a sua luta mais árdua do Dakar 2021: ‘Foi… a pior batalha foi hoje. Estava mesmo emocionado de manhã. Há um ano tudo aconteceu. Quando comecei de manhã, indo do bivouac para a partida, não sabia se ia começar a corrida. Algumas lágrimas escorriam e tudo o que tinha na minha memória era o que aconteceu há ano. Mas depois, pelo Paulo tinha de fazer isto. Comecei, mas foi uma etapa muito emocional. Foi uma etapa muito difícil, muito perigosa, demasiadas pedras, muitos sítios perigosos. Depois vi o que o Toby [Price] caiu, que o Luciano Benavides também caiu, e comecei a abrandar. Foi uma batalha dura’.

© A.S.O./J.DELFOSSE

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PORTUGUESES NA NONA ETAPA: 13.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 5h21m03s (+ 31hm48s) 24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 5h47m43s (+ 58m28s) 39.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 6h35m13s (+ 1h45m58s/15 minutos de penalização)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A NONA ETAPA: 12.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 38h39m03s (+ 1h48m03s/2 minutos de penalização) 19.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 39h54m12s (+ 3h03m12s/17 minutos de penalização) 22.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 42h36m14s (+ 5h45m14s/15 minutos de penalização) 86 | MOTORCYCLE SPORTS |

ETAPA 10: RODRIGUES LIDEROU DE NOVO O CONTINGENTE LUSO Com a prova a caminhar a passos largos para o fim, a décima etapa foi a antepenúltima do Dakar 2021. Ao longo do percurso, o melhor luso foi sempre Rodrigues, sólido entre o top 15 para terminar com o décimo registo a 16m24s do vencedor, Brabec. Depois de passar por dois dias complicados, Gonçalves teve a sua Sherco a funcionar bem e competitivamente, o que se refletiu num 20.º crono. Quanto a Bühler, ainda chegou a estar entre os 15 mais rápidos, mas acabou por se atrasar recuperando apenas até 24.º. Na geral existiram ganhos para os três representantes nacionais. Rodrigues ficou um pou-

co mais perto do top dez chegando ao 11.º posto, enquanto que Bühler avançou três posições para 16.º. Já Gonçalves conseguiu ficar um lugar acima do que estava ficando por isso em 21.º. No rescaldo para as redes sociais da Hero, Rodrigues analisou a sua tirada: ‘A etapa foi muito boa. Foi muito rápida e perigosa com muita pedras. Disseram que a navegação ia ser complicada, então de manhã tentei concentrar-me na navegação e felizmente consegui fazer isso. Foquei-me no meu ritmo e obtive uma velocidade. Estava a fazer uma boa navegação e consegui apanhar os pilotos à minha frente muito rápido. Consegui ultrapassar um, mas não consegui passar o [Pablo] Quintanilla com o pó. Mantive-


© A.S.O./J.DELFOSSE

DAKAR 2021 | PORTUGUESES

Gonçalves, Bühler e Gonçalves terminaram entre os 20 primeiros.

a cara à luta, os portugueses fizeram uma forte prestação. O luso-alemão Bühler assinou a 12.ª marca depois de estar muito tempo entre os dez primeiros. Gonçalves, por seu turno, assinou o 41.º registo chegando no fim ao top 15 do dia em mais uma exibição forte na edição de estreia. Quanto a Rodrigues, também mostrou um bom ritmo para lutar pelos dez primeiros lugares. No entanto, perto do fim cometeu um erro de navegação que o fez perder tempo e valeu uma penalização de 20 minutos por falhar um waypoint. Assim, acabou em 24.º. Faltava agora um dia para o fim e os portugueses estavam em boas posições na geral. Rodrigues mantinha-se como o melhor em 12.º uma posição abaixo de antes, não muito longe do lote dos dez primeiros, com Bühler a avançar novamente para chegar a 15.º. Gonçalves, por seu turno, subiu um lugar tornando-se no 20.º com mais de 50 minutos de vantagem sobre o mais próximo perseguidor. Em comunicado da Hero, Bühler explicou que tratou de fazer uma exibição tranquila e isenta de erros: ‘Foi uma etapa muito longa e teve algumas partes difíceis e perigos. Por isso tentei concentrar-me e fazer uma etapa mais relaxado sem cometer erros. No fim houve navegação difícil, por isso tentei abrandar e fazer tudo certo para não perder muito tempo lá e funcionou bem. A moto está perfeita, obrigado à equipa pelo ótimo trabalho’.

PORTUGUESES NA 11.ª ETAPA:

-me com ele até ao fim e foi outro bom resultado para a Hero. Outro top dez, estou feliz por ter acabado mais uma etapa. Faltam duas’.

PORTUGUESES NA DÉCIMA ETAPA: 10.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h28m57s (+ 16m24s) 20.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h44m47s (+ 32m14s) 22.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h56m04s (+ 43m31s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A DÉCIMA ETAPA: 11.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 42h08m (+ 1h47m52s/2 minu-

tos de penalização) 16.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 43h50m16s (+ 3h30m08s/17 minutos de penalização) 21.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 46h21m01s (+ 6h00m53s/15 minutos de penalização)

ETAPA 11: TODOS OS LUSOS NO TOP 20 A UM DIA DO FIM Estava prometido que a 11.ª etapa seria uma das mais duras e também a mais longa em distância cronometrada no Dakar 2021. A verdade é que tiveram de ser cortados cerca de 50km devido a problemas com as estradas, mas não deixou de ser uma tirada adversa. Sem virarem

12.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 4h59m01s (+ 23m49s) 14.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 5h02m18s (+ 27m06s) 24.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 5h32m42s (+ 57m30s/20 minutos de penalização)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A 11.ª ETAPA: 12.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 47h40m42 (+ 2h38m58s/37 minutos de penalização) 15.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 48h50m17s (+ 3h48m33s/18 minutos de penalização) 20.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 51h23m19s (+ 6h21m35s/15 minutos de penalização) | MOTORCYCLE SPORTS | 87


DAKAR 2021 | PORTUGUESES

ETAPA 12: TRÊS LUSOS NO FINAL ALCANÇARAM O TOP 20 O Dakar 2021 chegou ao fim a 15 de janeiro com a 12.ª etapa. Os três portugueses ainda em prova, tal como todos os outros, tiveram pela frente os últimos obstáculos antes do maior objetivo de todos que é chegar ao fim. Rodrigues esteve de novo em bom plano no último dia, marcando o oitavo tempo a 12m18s do vencedor do dia, Brabec. Bühler deu um duplo top dez às cores lusas ao rubricar a décima marca, num final forte por parte do piloto nascido na Alemanha. Quanto a Gonçalves, fez o seu segundo melhor resultado na edição de estreia ao ser o 13.º da tirada. Com estes resultados, todos os três portugueses que chegaram ao fim subiram na classificação geral final. Rodrigues concluiu a prova no 11.º lugar que é o seu segundo melhor resultado da carreira. Bühler terminou em 14.º, tão bem classificado como nunca antes tinha conseguido. Gonçalves concluiu a estreia no 19.º lugar, sendo também o terceiro melhor rookie a 5h56m29s do vencedor desse particular, Daniel Sanders (KTM Factory Team). Usando as suas redes sociais, e com a emoção e comoção bem visíveis, Rodrigues dedicou o resultado e o facto de ter chegado ao fim a

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Paulo Gonçalves e à sua família: ‘Uma etapa de 200km, mas foi bem longa. Havia muita navegação e eu tentei concentrar-me para não cometer o erro que cometi ontem e só já pensava em terminar. Os últimos quilómetros pareciam uma eternidade e assim que comecei a ver as bandeiras do final… foi um alívio. Cheguei ao fim. Esta é para o Paulo e para a minha família. Um beijo para todos’. Para Bühler foi igualmente um alívio chegar ao fim, como disse em comunicado da Hero MotoSports: ‘A última etapa foi bastante boa e o terreno esteve em perfeitas condições por causa da chuva e cruzar a linha da meta deixa-me muito feliz. Este sítio traz-nos tantas memórias más por isso foi um alívio acabar a derradeira etapa. Além disso, este foi o primeiro grande teste para a moto e ela funcionou na perfeição, pelo que foi um grande trabalho de toda a equipa. Obrigado à minha equipa, à família Hero e a todos os nossos apoiantes por continuarem connosco ao longo deste Dakar e ano complicados’. Na transmissão do pódio final, Gonçalves disse que ficou agradado com a prestação ao ser o terceiro dos rookies e tendo aprendido muito, embora admita que podia ter sido ainda melhor: ‘Decididamente é um prazer estar aqui. É o meu primeiro Dakar e tive muitas emoções nos

últimos dias. Foi difícil, foi duro, tivemos problemas, mas juntos com a equipa Sherco todos os três pilotos conseguimos chegar aqui. E estou feliz, sou o terceiro rookie. As coisas podiam ter corrido melhor, mas temos de estar contentes com isto e aprendi muito. Estou ansioso para o futuro’.

PORTUGUESES NA 12.ª ETAPA: 8.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 2h29m20s (+ 12m18s) 10.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 2h30m08s (+ 13m06s) 13.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 2h33m13s (+ 16m11s/3 minutos de penalização)

PORTUGUESES NA GERAL FINAL: 11.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 50h22m38 (+ 3h04m24s/37 minutos de penalização) 14.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 51h18m17s (+ 4h00m03s/18 minutos de penalização) 19.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 53h53m35s (+ 6h35m21s/18 minutos de penalização)



AMA SUPERCROSS

Vencedores diferentes

e muita ação

NO ARRANQUE DO AMA SUPERCROSS

O PRIMEIRO GRANDE CAMPEONATO DE REGULARIDADE DE MOTOCICLISMO A COMEÇAR EM 2021 FOI O AMA SUPERCROSS, O CAMPEONATO DO MUNDO DA MODALIDADE. COM UM CALENDÁRIO ATÍPICO, COM VÁRIOS ESTÁDIOS A REPETIREM RONDAS E DATAS PRÓXIMAS, HOUSTON ACOLHEU A PRIMEIRA SEQUÊNCIA DE TRÊS PROVAS NO NRG STADIUM. TEXTO: BERNARDO MATIAS / FOTOS: MARCAS

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Roczen no comando do AMA 450SX após três rondas

A

temporada do AMA Supercross arrancou a 16 de janeiro em Houston, Texas. Na principal classe, 450 SX, a primeira qualificação teve Ken Roczen (Team Honda HRC) a superar Eli Tomac (Monster Energy Kawasaki) por apenas 0,338s no Grupo A graças a um registo de 44,230s. Já no grupo B, mais lento, Carlen Gardner (Team BWR/Honda) rodou em 47,687s e acabou 0,870s na frente de Austin Politelli (HRT Racing/Honda). Horas depois, já à tarde, disputou-se a segunda qualificação. No grupo A, os tempos desceram: Chase Sexton (Team Honda HRC) liderou com um tempo de 44,006s que lhe permitiu superar Tomac por 0,030s. Quanto ao grupo B, Justin Starling (JSR Motorsports) levou a sua KTM ao topo com uma volta em 47,071s com que superou Politelli por 0,526s. Terminadas as qualificações, chegou o momento das eliminatórias. Na primeira, Justin Barcia foi rei e senhor durante boa parte da prova. O homem da Troy Lee Designs Red Bull GasGas deixou desde logo evidente que seria protagonista nesta jornada e no fim impôs-se a Roczen por 1,897s. Adam Cianciarulo (Monster Energy Kawasaki) levou a melhor contra o colega Tomac na luta pelo terceiro lugar. A segunda eliminatória teve Cooper Webb (Red Bull KTM) a liderar durante boa parte da distância, mas nas últimas duas voltas não teve argumentos para

Zach Osborne (Rockstar Energy Husqvarna) terminando a 1,043s do rival. Malcolm Stewart (Monster Energy Star Yamaha) concluiu em terceiro a 2,180s. Houve ainda a Last Chance, em que Kyle Chrisholm (Team Chiz/Yamaha) levou a melhor com 2,837s de avanço sobre Brandon Hartranft (HEP Suzuki). Na corrida principal, e tal como tinha feito na primeira eliminatória, Barcia liderou de fio a pavio. O holeshot foi de Marvin Musquin (Red Bull KTM), mas no fim de todas as 28 voltas a liderança pertenceu a Barcia. No fim, o homem de Greenville superou Roczen por apenas 1,015s. Musquin teve de se contentar com o terceiro lugar, ficando a distantes 20,076s do vencedor. O top cinco foi completado por Adam Cianciarulo (Monster Energy Kawasaki) e Stewart. Em comunicado, depois de uma prestação verdadeiramente histórica, Barcia destacou que conseguiu suster as investidas de Roczen: ‘O Kenny honestamente pressionou-me muito durante toda a corrida, mas aguentei-me, foi fantástico. Não posso agradecer o suficiente a toda a equipa Troy Lee Designs/Red Bull/GasGas Factory Racing, foi uma corrida de loucos! Estou satisfeito por ter feito o tri, esse não era o objetivo, mas espero que seja o primeiro de muitos mais e só quero estar todo o ano na luta e que não seja apenas esporádico’. Em comunicado, Tomac disse que não estava © ALIGN MEDIA

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AMA | SUPERCROSS

Barcia em destaque no começo do AMA 450SX.

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Primeira vitória para o campeão em título Tomac na ronda 2.

satisfeito depois da ronda inaugural e sublinhou o trabalho da Kawasaki para lhe dar uma moto competitiva quando foi necessário: ‘Estaria a mentir se dissesse que não estava um pouco de cabeça perdida a vir para esta prova. Começar a época com 16 pontos não é algo que queiras fazer, mas esta ronda mostrou que o pelotão é incrivelmente profundo e tudo pode acontecer. Não posso agradecer o suficiente a toda a equipa Monster Energy Kawasaki por trabalhar no duro nos últimos dias para mim. Não tive as melhores qualificações e mesmo na eliminatória, mas eles colocaram a minha KX450 no sítio quando foi preciso ao ir para a corrida principal e os resultados mostraram-nos. É de loucos pensar que agora só estamos a quatro pontos da liderança e o plano é manter o ímpeto a partir daqui’.

RONDA 1, HOUSTON/250SX EAST: DOMÍNIO DE CHRISTIAN CRAIG A ronda inaugural do AMA Supercross 250SX foi dedicado à divisão East. No grupo B da qualificação 1, primeiro a ser disputado, impôs-se 92 | MOTORCYCLE SPORTS |

Thomas Do (Tech32/KTM), sendo Jett Lawrence (Team Honda HRC) o mais forte no grupo A que foi mais rápido. Na qualificação 2, Do foi de novo o mais forte no grupo B, mas no grupo A o mais rápido foi Christian Craig (Star Racing Yamaha) entrando mesmo nos 43s com o melhor registo de todas as qualificações. Numa disputa até à última volta, Austin Forkner (Monster Energy Pro Circuit Kawasaki) ganhou a primeira eliminatória ao superar o colega Jo Shimoda. Lawrence ainda chegou a ser segundo, mas acabou em terceiro. Na segunda eliminatória, a luta foi entre Craig e RJ Hampshire (Rockstar Energy Husqvarna), com Craig a cortar a meta 1,596s na frente. Michael Mosiman (Troy Lee Designs Red Bull GasGas) foi terceiro. Na Last Chance, Jeremy Hand (World of Wheels/Honda) bateu Joshua Osby (Phoenix Racing Honda) por 0,331s. Hampshire protagonizou o holeshot da corrida principal. Porém, não foi capaz de suster Craig durante muito tempo, com o homem da Star Racing Yamaha a liderar todas as 20 voltas com-

pletadas. Numa vitória clara, terminou 5,057s antes do que Forkner. O piloto de Richards ainda teve de suster Colt Nichols (Monster Energy Star Racing Yamaha) na fase final para garantir o segundo posto. Depois deste começo dominador, Craig disse em comunicado que foi o concretizar de um sonho: ‘Foi um sonho tornado realidade. É algo com que estive literalmente a sonhar acordado enquanto conduzia para a pista ou a caminho do ginásio. Isto só mostra que recompensa. Sabia que iria recompensar. Acreditei no programa que temos, na moto que temos e que se eu trabalhasse e acreditasse em tudo isto tornar-se-ia realidade. Também acreditei sempre em mim mesmo, mas não ao ponto de agora. [...]. É uma boa sensação vir para aqui, ganhar e retribuir à equipa só por acreditar em mim’.

RONDA 2, HOUSTON/450SX: TOMAC ESTREOU-SE A VENCER EM 2021 Três dias depois da primeira prova, os pilotos

© DOMINICK VANDENBERG (KAWASAKIUSA)

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Frog Honda9 liderou toda a corrida e acabou na frente de Brandon Hartranft (HEP Suzuki) por 4,077s. Chegou então a corrida principal, em que o holeshot foi de Sexton tendo Cianciarulo e Tomac assumido a perseguição. Depois da intensidade das primeiras voltas, Sexton e Cianciarulo viriam a atrasar-se com quedas na secção em areia. Sem errar, Tomac aproveitou para assumir a dianteira. Osborne deu forte oposição até cair a duas voltas do término da corrida. Tomac ficou em definitivo com caminho aberto para o triunfo. Ferrandis concluiu em segundo a 4,976s. Justin Brayton (Muc Off Honda) foi terceiro, levando a melhor sobre Cooper Webb (Red Bull KTM) num duelo que se prolongou até às voltas finais. Selando o primeiro triunfo do ano, Tomac admitiu que se sentiu aliviado com o resultado: ‘Estaria a mentir se dissesse que não estava um pouco de cabeça perdida a vir para esta prova. Começar a época com 16 pontos não é algo que queiras fazer […]. Não posso agradecer o suficiente a toda a equipa Monster Energy Kawasaki

por trabalhar no duro para mim. Não tive as melhores qualificações e mesmo a eliminatória, mas eles colocaram a minha KX450 no sítio quando foi preciso ao ir para a corrida principal e os resultados mostraram-no’.

RONDA 2, HOUSTON/250SX EAST: JETT LAWRENCE DOMINADOR ESTREOU-SE A GANHAR O 250SX East avançou para a sua segunda ronda logo três dias depois, de novo em Houston e no NRG Stadium com uma pista renovada. Como é habitual no 250SX, a qualificação 1 do grupo B deu início à ação, com Devin Harriman (Motorsport Hillsboro/KTM) a ser 25 milésimas mais veloz do que Wilson Fleming (Team BWR Engines/Honda). No grupo A, Craig foi 0,321s mais rápido do que Lawrence na qualificação 1, sendo Hampshire terceiro. A qualificação 2 foi mais rápida. No grupo B, Curren Thurman (Munn Racing/KTM) ficou 0,285s na frente de Fleming, com Craig a rubricar a melhor marca de todas no grupo A: 42,138s, para ser apenas 13 milésimas mais rápido do que Colt Nichols

© HONDA RACING CORPORATION

e equipas continuaram em Houston e no NRG Stadium, mas com nova pista, para a segunda ronda do ano. Início de qualificações com Osborne a impor-se na qualificação 1 do grupo A face a Sexton por 0,132s, sendo Roczen terceiro e Barcia quarto. No grupo B, mais lento, Carlen Gardner (TeamBWR/Honda) foi 0,138s mais veloz do que Fredrik Noren (Ikthus Brittenum Kawasaki). As segundas qualificações tiveram melhores tempos, com Cianciarulo a liderar o grupo A 0,107s na frente de Sexton e Noren a superar Cade Clason (Team PR-MX/Kawasaki) por 0,466s no grupo B. No heat 1, Sexton impôs-se. O homem da Honda liderou durante todas as dez voltas, acabando por superar Dylan Ferrandis (Monster Energy Star Racing Yamaha) por 1,949s. Este levou a melhor sobre Marvin Musquin (Red Bull KTM) na luta pelo segundo posto. Depois da exibição da ronda inaugural, Barcia superou tudo e todos no heat 2 da segunda etapa de Houston, cortando a meta 1,528s na frente de Osborne. Cianciarulo concluiu em terceiro e Tomac foi quarto. Na Last Chance, Vince Friese (Smartop Bull-

Lawrence estreou-se a vencer aos 17 anos na segunda protva doa AMA 250SX East.

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© ALIGN MEDIA

(Monster Energy Star Racing Yamaha). Na heat 1, Nichols liderou nas primeiras voltas, mas acabou ultrapassado por Michael Mosiman. Uma vez na frente, o homem da Troy Lee Designs Red Bull GasGas nunca mais cedeu e venceu com 4,119s de avanço sobre Nichols. Mitchell Oldenburg (Muc Off Honda) acabou em terceiro a 13,783s. O heat 2 teve Lawrence praticamente sempre na frente, para ganhar com 4,6339s de avanço sobre Craig. Hampshire acabou em terceiro. Numa luta in94 | MOTORCYCLE SPORTS |

teressante, Luke Neese (Team PR-MX/Honda) impôs-se na Last Chance face a Dylan Woodcock (Stunt Flying/Kawasaki) por 2,225s. Numa prova de sentido único, Lawrence não deu quaisquer chances na corrida principal. O homem da Team Honda HRC fez o holeshot e nunca cedeu a liderança. Atrás de si existiram disputas pelo segundo lugar com vários envolvidos ao longo da corrida. Nichols viria a destacar-se na vice-liderança, mas sem nunca ter chances de incomodar Lawrence cortou a

meta a 7,855s do piloto que assim venceu pela primeira vez. Craig conseguiu um tranquilo terceiro lugar, mas já a 13,303s do topo. O top cinco foi completado por Mosiman e Shimoda. Para Lawrence, que com 17 anos se estreou a vencer, foi um dia a roçar a perfeição, como contou em comunicado: ‘Tudo fez clique muito bem. A qualificação foi mesmo boa – fui consistente, acabando em terceiro na primeira e em segundo na seguinte. Na altura estava com difi-


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RONDA 3, HOUSTON/450SX: TRIUNFO DRAMÁTICO DE COOPER WEBB

Webb vitorioso em cima do fim na ronda 3 do AMA 450SX.

culdades com a pista, mas quando chegou à corrida eliminatória tudo se encaixou muito bem. Tive um arranque muito bom e controlei a liderança. Tinha essa adrenalina de ir para a minha primeira vitória da carreira em eliminatória, e antes da corrida principal estava a tentar manter-me calmo. Fiz uma boa partida e o resto é história. Fiz boas voltas e pareceu como um jogo de vídeo. Tive um fluxo tão bom e fiz quase tudo facilmente. Estava relaxado e pareceu como um dia de treinos. Não podia pedir um dia melhor’.

Na despedida de Houston, o AMA Supercross teve a sua terceira ronda no NRG Stadium volvidos três dias. A ação começou com Roczen a impor-se no grupo A da qualificação 1 face a Osborne por 0,450s, sendo que no grupo B Justin Starling (JSR Motorsports/KTM) foi o líder 0,516s na frente de Adam Enticknap (Twisted Tea Suzuki). Os tempos foram mais elevados. Quanto à qualificação 2, Tomac ditou o ritmo no grupo A e no absoluto, superando Roczen por escassos 0,147s. Starling voltou a ficar no topo do grupo B, desta feita 0,381s acima de Carlen Gardner (TeamBWR/Honda). Cumpridas as qualificações, realizaram-se as eliminatórias. Na heat 1, houve luta entre Roczen e Barcia pela liderança: depois de o homem da GasGas comandar durante boa parte das nove voltas, no fim foi Roczen a impor-se por 2,793s. Webb cortou a meta em terceiro. No heat 2 ninguém conseguiu destronar Cianciarulo da dianteira, com este a ficar 2,587s na frente de Tomac. Malcolm Stewart (Monster Energy Star Racing Yamaha) chegou em terceiro. Na Last Chance Qualifier, Kyle Chrisholm (Team Chiz/ Yamaha) liderou todas as oito voltas e cortou a meta 5,277s antes de Brock Tickle (Smartop Bullfrog/Honda). Chegou depois o momento da corrida principal. O holeshot foi de Webb, que levou atrás de si Roczen e Cianciarulo. Um erro de Webb permitiu a Roczen passar para o topo, onde se instalou durante grande parte da prova. Quando tudo apontava para uma vitória de Roczen, este atrasou-se a tentar dobrar o retardário Dean Wilson (Rockstar Energy Husqvarna). Webb aproveitou para subir ao comando e vencer com apenas 0,468s de avanço. Cianciarulo foi um tranquilo terceiro classificado já a 14,431s, com Barcia em quarto e Tomac em quinto. Depois desta ronda, Roczen passou para o topo do campeonato com apenas mais um ponto do que Webb e Barcia. Vencendo pela primeira vez em 2021, Webb sustentou que os pilotos dobrados criaram muitas dificuldades na luta pelo triunfo: ‘Foi uma corrida disputada todo o tempo e o Kenny fez uma corrida sólida sem muitos erros. A pista já era muito complicada, fácil de exagerar e de ficar impaciente. Os pilotos dobrados no fim foram uma chatice, senti que íamos ter uma luta mesmo boa, e obviamente tivemos, mas os pilotos dobrados foram muito duros. Aguentei-me lá e pulei

naquela última volta e fiz isto acontecer. Tinha mesmo de dar isto à equipa, eles são incríveis’.

RONDA 3, HOUSTON/250SX EAST: NICHOLS DE VOLTA AOS TRIUNFOS O grupo B de qualificação deu início à terceira jornada do AMA 250SX East em Houston, com Woodcock a ser 0,107s mais veloz do que Fleming. Os melhores tempos surgiram no grupo A, em que Craig superou Lawrence por 0,284s. Na qualificação 2, Woodcock voltou a ditar o ritmo do grupo, agora 0,421s acima de Lane Shaw (Ronnie Prado Company/KTM), sendo o grupo A comandado por Lawrence 0,341s acima de Nichols. Porém, a melhor marca das qualificações (48,181s) foi a de Craig na primeira sessão do grupo A. No heat 1, Lawrence foi o mais forte de forma clara, liderando todas as nove voltas antes de cortar a meta 2,073s na frente de Mosiman. Mitchell Oldenburg (Muc Off Honda) foi terceiro. Já no heat 2, Craig só chegou ao comando na antepenúltima volta, mas ficou claros 4,965s acima de Max Vohland (Red Bull KTM). Na last chance, Kevin Moranz (Team TPJ/KTM) levou a melhor sobre Logan Karnow (MADD Parts/ Kawsaki) por 5,174s. O holeshot da corrida principal foi rubricado por Craig, que assumiu o comando mantendo-o durante boa parte da prova. Sempre na luta pelas posições cimeiras, nas voltas finais acabou por não ter argumentos para os principais rivais. Nichols conseguiu levar de vencida com 3,477s de avanço sobre Craig, sendo Lawrence terceiro a distantes 16,392s. A fechar o top cinco ficaram Shimoda e Mosiman. Volvidas três jornadas, Nichols estava no topo do AMA 250SX East com os mesmos pontos de Craig e mais seis do que Lawrence. Depois desta prova, Craig não escondeu a alegria por quebrar o jejum de vitórias assumindo também a liderança do campeonato: ‘Pareceu mais um dia na pista de testes da Yamaha na Califórnia comigo e o Christian a trocar voltas. Fiz uma boa partida. Tive dificuldades com as minhas partidas todo o dia, por isso estou satisfeito por termos dado a volta a isso. Tentei simplesmente ser paciente. Sabia onde ele era um pouco mais rápido, pelo que tentei recuperar em algumas trajetórias. Foi ótimo finalmente obter uma vitória. Já não conseguia há algum tempo, por isso vou absorvê-la. É ótimo ter a placa vermelha, eu e o Christian iremos partilhá-la, o que é bom para a equipa’. | MOTORCYCLE SPORTS | 95


NEWS WSBK

Bernardo Matias

Team HRC testou em Jerez, Aruba.it Ducati em Misano

Motocorsa Racing aposta em Axel Bassani Uma das últimas vagas no Mundial de Superbike para 2021 foi ocupada por Axel Bassani. O piloto de 21 anos foi confirmado pela Motocorsa Racing, dando mais um passo na sua carreira. No ano passado, o italiano competiu em provas do Mundial de Supersport, avançando agora para a principal classe do pelotão com uma Ducati Panigale V4 R da Motocorsa Racing. No currículo, Bassani tem presenças no WSSP, Superstock 1000 e Superstock 600, assim como no WorldSSP Challenge com o título emEuropean Supersport em 2016. Além disso, esteve no CIV Superbike em

© AMATTEO CAVADINI/ALEX PHOTO

Itália.

Rabat estreou-se no WSBK em testes O dia 4 de fevereiro de 2021 ficou marcado pelos primeiros quilóme-

Aruba.it Ducati esteve em ação em Misano.

tros em pista de Tito Rabat enquanto piloto do Mundial de Superbike. Rodou com a Barni Racing Team em testes privados da Ducati no Mi-

Em meados de janeiro, o mau tempo obrigou a Aruba.it Ducati, a Kawa-

sano World Circuit Marco Simoncelli (Itália).

saki e a Team HRC, entre outras formações, a não aproveitarem dois dias

Pela primeira vez a bordo da Ducati Panigale V4 R, Rabat completou

de testes privados no Circuito de Jerez Ángel Nieto.

cerca de 70 voltas, apesar do nevoeiro que atrasou o começo da ação.

Cada uma fez os seus próprios planos para repor os dias previstos, e a

No fim do dia, o espanhol falou ao site oficial do WSBK, mostrando-se

Team HRC voltou a Jerez cerca de uma semana depois a 29 de janeiro.

satisfeito com o contacto inicial:

Álvaro Bautista e Leon Haslam puderam assim ter os primeiros quilóme-

– As minhas primeiras impressões com a equipa e moto novas são muito

tros em pista em 2021, rodando da parte da tarde depois da chuva mati-

positivas. Para ser sincero, apesar das condições climatéricas, desfrutei

nal num shakedown à CBR1000RR-R Fireblade SP com os mais recentes

muito da pilotagem e de estar na moto. Pude entender um pouco melhor

desenvolvimentos.

como funciona a Ducati Panigale V4 R, onde estava o meu limite neste

Já a 4 de fevereiro, a Aruba.it Ducati esteve com Michael Ruben Rinaldi

primeiro dia e onde posso começar a trabalhar. Estou ansioso pelo futuro

e Scott Redding em Misano. Trabalharam na eletrónica e suspensões da

e pelo próximo teste, para continuarmos a melhorar, uma vez que vi que

Panigale V4 R – com 52 voltas de Rinaldi, apesar de uma queda, e 70

podemos ser competitivos.

voltas de Redding.

Rodrigo Valente na Yamaha R3 bLU cRU European Cup

Dominique Aegerter ruma ao WSSP Aos 30 anos, Dominique Aegerter vai estrear-se no Mundial de Su-

A Yamaha R3 bLU cRU European Cup é a nova competição inserida no pro-

Cup e do paddock do MotoGP, tendo um programa conjunto.

grama do Mundial de Superbike em 2021. Na época de estreia haverá presença

Este ano, Aegerter vai estar aos comandos de uma Yamaha, suce-

lusa com Rodrigo Valente.

dendo a Steven Odendaal na Ten Kate Racing. Já tem experiência

Aos 13 anos, o piloto foi selecionado para este troféu, onde vai poder enfrentar

em motos derivadas de produção, com as participações nas 8 Horas

rivais de peso ao nível internacional. Competirá também em Supersport 300 do

de Suzuka entre 2014 e 2016.

campeonato espanhol ESBK, além de estar no Campeonato Nacional de Veloci-

Em comunicado, o piloto afirmou: ‘Já no ano passado pensei em

dade. Quanto à Yamaha R3 bLU cRU European Cup, Valente integrará a Team

juntar-me ao pelotão do WorldSSP. Estava a analisar qual seria a

Stratos. Tem pela frente um calendário de 12 rondas, com começo previsto para

melhor opção, para mostrar o meu potencial e também para ter com-

23 e 24 de abril em Assen

petição divertida. O objetivo é tentar estar no topo e estar lá com os

(Países Baixos). A 7 e 8

melhores pilotos de Supersport. Estabelecer um objetivo agora é muito difícil porque não sei como o meu estilo de pilotagem se encaixará com a moto, mas na minha cabeça tenho ambições altas e tentarei alcançá-las’.

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© DIVULGAÇÃO RODRIGO VALENTE

persport em 2021. O experiente helvético não sai da MotoE World

de maio há passagem por Portugal no Estoril. Rodrigo Valente aposta na Yamaha R3 bLU cRU European Cup.



CURTAS

Kit Aurora transforma a Ténéré 700 no protótipo Rally T7 A marca grega Aurora, que produz componentes Rally para transformação de motos OffRoad, anunciou recentemente a produção de um novo Kit Rally para a popular Yamaha Ténéré 700. O kit agora revelado inclui a torre frontal para montagem de mais equipamento de navegação aproveitando o painel de informação original da marca e reposicionando o mesmo. Paralelamente e incluído neste Kit Phase 1, a Aurora propõe também um set de páineis laterais que substituem os originais e que acabam por colar o resultado final da sua estética ao protótipo inicial da T7, o qual evolui posteriormente para a

Nova Sport Tourer da Honda com motor da Africa Twin 1100 poderá chegar ao mercado em 2022

versão comercial da Ténéré 700. A Aurora refere ainda que está a desenvolver novos Kits de transformação da Ténéré 700 e que no próximo irá a abordar a traseira da moto e compensar a

Este ano a Honda já avançou com um novo modelo que utiliza o mesmo motor bicilíndrico da

falta de autonomia da versão standard devido à

Africa Twin, a Rebel 1100, uma moto de estilo custom que sucede à mais conhecida e de menor

pouca capacidade do seu depósito de combus-

cilindrada Rebel 500. No entanto é conhecida a intenção da Honda de vir a utilizar o mesmo motor

tível original. O Kit Phase 1 tem um preço de

em modelos de outro segmento nomeadamente das Sport Tourer, dominado pelas Yamaha Tracer

venda ao público de 1.400 €.

700 e 900, e pelas BMW 900 XR e 1000XR e mais recentemente pela nova Triumph Tiger 850 Sport. As Sport Tourer ou Adventure Sport t~em uma ciclística que se aproxima das motos Adventure de cilindrada alta, com as quais partilham alguns componentes, mas estão especialmente vocacionadas para o asfalto. Tem sido um segmento que em paralelo com o segmento das motos Adventure tem vindo a crescer e existe uma aposta clara de todos os fabricantes em criarem modelos específicos para o mesmo. No caso da Honda a mesma registou recentemente patentes com a designação de “NT 1100” o que nos faz acreditar que estará para breve uma nova Sport Tourer com motor bicilíndrico 1100, certamente com a adopção de caixa DCT paralelamente a uma versão com caixa Manual, tal como vemos em outros modelos da marca nomeadamente na Africa Twin.

KTM confirma a chegada para breve de uma RC 890 R desportiva Stefan Pierer CEO da KTM acaba

cilíndrico da Duke 890 com 130

de confirmar que irá produzir uma

CV e um binário máximo de 100

moto superdesportiva com o motor

Nm com um peso a seco de apenas

890 da Duke referindo que “o próxi-

140 Kg. O quadro é desenhado e

mo produto que a marca irá fabricar

fabricado de raiz em tubos de aço

será para uso exclusivo em pista” e

cromo-molibdénio e monta jantes

terá um custo acessível, referindo

forjadas Dymag UP7X, pinças de

ainda que uma réplica da moto de

travão Brembo Stylema e bomba

MotoGP teria um custo exorbitante

radial Brembo RCS Corsa Corta 19.

e não seria viável para ser produzida

O escape é totalmente artesanal e as

pela KTM actualmente. Ora a nova

suspensões dianteiras são uma WP

RC 890 não terá que ser totalmente

Apex Pro 7543 com amortecedor de

desenvolvida e produzida pela KTM já que

Kramer Motorcycles, que e que no passado

direção Hyper Pro RCS. A telemetria é da

poderá derivar directamente de um protó-

apresentou uma moto de pista com motor

AIM MXS 1.2 Race GPS e o seu preço é de

tipo desenvolvido por um atelier alemão, a

890 R, a Kramer GP2 R, que monta um bi-

29.900 €.

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