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Portugueses no Dakar 2021

Vitória de Kevin Benavides consumada na última etapa.

Santolino (Sherco). Dos portugueses, Bühler foi o melhor em 12.º da etapa para subir a 15.º da geral, enquanto Gonçalves assinou o 14.º tempo que o deixou em 20.º da prova. Já Rodrigues, penalizado em 20 minutos, foi 24.º, baixando a 12.º na prova. Ao site oficial da prova, Sunderland disse estar satisfeito com o triunfo e com o facto de ter a consciência que fez o máximo possível para recuperar o tempo necessário: ‘Sabia que ia ser uma das minhas últimas hipóteses de tentar ganhar e dei tudo todo o dia. Os pilotos à frente fizeram um ótimo trabalho. Não posso estar triste, porque dei tudo o que tinha, fiz o meu melhor. Não consegui ganhar o tempo suficiente, mas estou feliz com o meu esforço. [...]. Foi um dia mesmo duro, um Dakar mesmo difícil, mas estou bastante grato a toda a equipa e a todos os que trabalham – e mesmo para poder pilotar a moto no deserto neste momento com a situação em todos os outros sítios do mundo. Não me posso queixar’.

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ETAPA 12: KEVIN BENAVIDES FEZ HISTÓRIA COM O TRIUNFO

No dia 15 de janeiro, os pilotos enfrentaram as últimas dificuldades do Dakar 2021, com 225km cronometrados e 227km de ligação num total de 452km que os separavam da meta final. O dia acabou por ser dominado por Brabec, mas o norte-americano só superou Kevin Benavides por 2m17s. Era manifestamente insuficiente para impedir o triunfo do argentino, que entrou na tirada com 7m13s de avanço sobre o colega. Walkner fez o terceiro tempo, com Howes em quarto e Sanders em quinto. Sunderland, que era o principal perseguidor do líder, não foi além de 11.º cedendo 13m07s a Brabec. Desta forma, Kevin Benavides selou o título com 4m56s de avanço sobre Brabec, sendo o primeiro argentino e sul-americano campeão do Dakar em motos. Sunderland teve de se

OS OUTROS VENCEDORES DO DAKAR

Para além da classificação geral, há várias outras contas a atribuir vitórias no Dakar 2021. Desde logo, Daniel Sanders (KTM Factory Team), com o quarto posto absoluto, foi o melhor dos rookies. Para tal superou Tosha Schareina (FN Speed - KTM Team) por claras 3h02m43s, sendo Rui Gonçalves (Sherco) o terceiro. Sanders venceu ainda em Non-Elites e G2.1 Super Production superiorizando-se a Martin Michek (Orion Moto Racing/KTM) por 2h03m45s sendo Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports9 terceiro, Sebastian Bühler (Hero MotoSports) quinto e Gonçalves sétimo. Arunas Gelazninkas (Zigmas Dakar Team/KTM) foi o melhor em Original by Motul (antigo Malle Moto) superando o vencedor do ano passado, Emanuel Gyenes (Autonet Motorcycle Team/ Husqvarna) por 1h02m05s. Laia Sanz (GasGas) foi de novo a melhor senhora, 15h52m52s na frente de Sara García (Pont Grup Yamaha). Fê-lo pela 11.ª vez noutras tantas participações.

TOP CINCO - 12ª ETAPA

Ricky Brabec 2h17m02s Monster Energy Honda Team Kevin Benavides 2h19m19s (+ 2m17s) Monster Energy Honda Team Matthias Walkner 2h21m15s (+ 4m13s) Red Bull KTM Factory Team Skyler Howes 2h22m51s (+ 5m49s) BAS Dakar KTM Racing Team Daniel Sanders 2h24m13s (+ 7m11s) KTM Factory Team contentar com o terceiro lugar a 15m57s. Sanders acabou a sua primeira participação em quarto, sendo o melhor estreante: nesse particular, o seu principal rival, Tosha Schareina (FN Speed KTM Team) terminou a 3h02m43s. O top cinco foi completado pelo melhor privado, Howes, a 52m33s do vencedor. Quanto aos lusos, Rodrigues foi oitavo na última etapa e consumou o 11.º lugar final, sendo Bühler décimo da tirada para subir ao 14.º posto na classificação geral. Gonçalves assinou o 13.º registo que o deixou em 19.º como o terceiro melhor dos rookies. Nas outras categorias, Arunas Gelazninkas (Zigmas Dakar Team/KTM) ganhou em Original by Motul/ Malle Moto com 1h02m05s de avanço sobre

TOP CINCO DA GERAL APÓS A 12ª ETAPA

Kevin Benavides 47h18m14s (2 minutos de penalização) Monster Energy Honda Team Ricky Brabec 47h23m10s (+ 4m56s) Monster Energy Honda Team Sam Sunderland 47h34m11s (+ 15m57s) Red Bull KTM Factory Team Daniel Sanders 47h57m06s (+ 38m52s/7 minutos de penalização) KTM Factory Team Skyler Howes 48h10m47s (+ 52m33s/6 minutos de penalização) BAS Dakar KTM Racing Team

Laia Sanz no topo entre as senhoras.

Pos. Piloto Equipa Moto Tempo/Dif. Penalização

1 Kevin Benavides 2 Ricky Brabec 3 Sam Sunderland

Monster Energy Honda Team Monster Energy Honda Team Red Bull KTM Factory Team Honda 47h18m14s 2m00s Honda + 4m56s KTM + 15m57s

4 Daniel Sanders 5 Skyler Howes

KTM Factory Team BAS Dakar KTM Racing Team

KTM + 38m52s 7m00s KTM + 52m33s 6m00s 6 Lorenzo Santolino Sherco Factory Sherco + 58m30s 7 Pablo Quintanilla Rockstar Energy Husqvarna Factory Racing Husqvarna + 1h26m39s 10m00s 8 Stefan Svitko Slovnaft Rally Team KTM + 1h43m07s 9 Matthias Walkner Red Bull KTM Factory Team KTM + 2h32m12s 2m00s 10 Martin Michek Orion - Moto Racing Group KTM + 2h42m37s 23m00s

11 Joaquim Rodrigues 12 Jaume Betriu

Hero MotoSports Team Rally FN Speed - KTM Team Hero + 3h04m24s 37m00s KTM + 3h17m16s 6m00s

13 Tosha Schareina

FN Speed - KTM Team KTM + 3h41m35s

14 Sebastian Bühler 15 Joan Pedrero García 16 Oriol Mena 17 Laia Sanz 18 Milan Engel 19 Rui Gonçalves 20 Harith Noah Koitha Veettil

Hero MotoSports Team Rally FN Speed - Rieju Team FN Speed - Rieju Team Gas Gas Factory Team Orion - Moto Racing Group Sherco Factory Sherco Factory Hero + 4h00m03s 18m00s KTM + 4h07m28s KTM + 4h19m24s Gas Gas + 6h29m31s 12m00s KTM + 6h30m29s 21m00s Sherco + 6h35m21s 18m00s Sherco + 7h39m51s 2m00s

Pos.

Piloto 1 Laia Sanz 2 Sara García 3 Audrey Rossat CLASSIFICAÇÃO FEMININA FINAL

Equipa Gas Gas Factory Team Pont Grup Yamaha Team RS Concept

Moto Tempo/Dif. Penalização

Gas Gas 53h47m45s 12m00s Yamaha + 15h52m52s 44m00s KTM + 28h38m28s 21m00s

Pos.

Piloto 1 Arunas Gelazninkas 2 Emanuel Gyenes 3 Benjamin Melot 4 David Pabiska 5 Simon Marcic 6 Neil Hawker 7 Cesare Zacchetti 8 Erik Vlack 9 Rudolf Lhotsky 10 Mishal Alghuneim

Pos.

Piloto 1 Daniel Sanders 2 Tosha Schareina 3 Rui Gonçalves 4 Camille Chapeliere 5 David Knight 6 Michael Burgess 7 Konrad Dabrowski 8 Mathieu Doveze 9 Libor Podmol 10 Xavier Flick

TOP 10 ORIGINAL BY MOTUL

Equipa Zigmas Dakar Team Autonet Motorcycle Team Benjamin Melot Jantar Team Marcic Neil Hawker Cesare Zacchetti Slovnaft Rally Team Jantar Team Mishal Alghuneim

Moto Tempo/Dif. Penalização

KTM 55h04m23s

KTM + 1h02m05s 2m00s

KTM + 1h40m47s 11m00s

KTM + 4h07m50s 1m00s Husqvarna + 10h05m05s 45m00s Husqvarna + 10h48m37s 29m00s

KTM + 12h04m16s 32m00s Husqvarna + 12h23m10s 27m00s Husqvarna + 13h23m59s 1h16m00s

KTM + 13h53m23s 22m00s

TOP 10 ROOKIES

Equipa KTM Factory Team FN Speed - KTM Team

Moto Tempo/Dif. Penalização

KTM 47m57m06s 7m00s KTM + 3h02m43s

Sherco Factory Team Baines Rally

Sherco + 5h56m29s 18m00s KTM + 7h41m12s 1h23m00s HT Rally Raid Husqvarna Racing Husqvarna + 8h14m19s 29m00s BAS Dakar KTM Racing Team KTM + 10h14m38s 59m00

Duust Rally Team Nomade Racing Assistance Podmol Dakar Team KTM + 10m27h30s

KTM + 11h10m19s 5m00s Husqvarna + 11h25m52s 15m00s o vencedor do ano passado, Emanuel Gyenes (Autonet Motorcycle Team/KTM). Sanders impôs-se em Non-Elites e G2.1 Super Production, ao passo que Schareina ganhou em G2.2. Marathon. Laia Sanz (GasGas) levou de vencida de forma clara entre as senhoras: superou Sara García (Pont Grup Yamaha) por 15h52m52s. No site oficial do Dakar, Kevin Benavides salientou que esteve para além do seu máximo na última tirada e conseguiu um triunfo que chegou a temer ser impossível: ‘Foi absolutamente de loucos. Parti em terceiro e depois de 50km

estava na frente a abrir a etapa. Sinto que tudo foi complicado, porque o Ricky começou a apanhar-me. Comecei a atacar muito, todo o dia, e mantive-me focado, por isso fiz um bom trabalho. Também estive a 110 por cento, mas agora é verdade: ganhei o Dakar. Estou tão feliz! Cometi alguns erros, é certo. Acho que é impossível fazer um Dakar perfeito. O importante é sempre continuar, manter-me calmo e focado dia a dia e trabalhar no duro dia a dia. Na quinta etapa estava preocupado porque caí muito rápido e bati com a cabeça e tornozelo e senti muitas dores. Nesse dia disse que talvez o Dakar estivesse acabado para mim. Mas continuei a atacar. Agora ainda tenho algumas dores, mas neste momento estou mais feliz do que dorido, por isso não é problema’.

Triplo top 20 com J-Rod a liderar

PORTUGAL TEVE QUATRO PILOTOS À PARTIDA DO DAKAR 2021. TRÊS DELES ALINHARAM POR EQUIPAS DE FÁBRICA E DOIS FORAM ESTREANTES ABSOLUTOS NA MARATONA DO TODO-O-TERRENO, QUE SE REALIZOU DE NOVO NA ARÁBIA SAUDITA. NO FIM, JOAQUIM RODRIGUES FOI O MELHOR DOS TRÊS QUE CONSEGUIRAM VER A META, NUM RESPEITOSO 11.º LUGAR.

TEXTO: BERNARDO MATIAS / FOTOS: MARCAS / A.S.O.

Joaquim Rodrigues foi o melhor luso.

ODakar 2021 voltou a ter uma ampla participação portuguesa. Desta feita, alinharam à partida quatro pilotos. Pela Hero MotoSports Team Rally estiveram Joaquim Rodrigues e o luso-alemão Sebastian Bühler, ao passo que Rui Gonçalves se estreou ao serviço da Sherco Factory. Quanto a Alexandre Azinhais, esteve numa KTM da privada Club Aventura Touareg. Ao Motorcycle Sports, Rodrigues deixou bem frisado que o seu objetivo não passava por um resultado: ‘As competições, como hei de dizer? As competições no final não são tudo; temos de ficar bem com nós próprios para continuar a vida porque as corridas são passageiras, de um momento para o outro as coisas acabam e no fim temos de nos sentir bem com nós próprios. Obviamente que tudo o que aconteceu levou-me a chegar a este ponto e neste momento obviamente continuo a ser um piloto – quero tentar fazer o meu melhor, mas não é a minha prioridade neste momento’. Chegar ao final era a grande meta de Bühler, que a poucas semanas do Dakar fraturou uma clavícula: ‘O objetivo que eu tinha agora vai ser diferente por causa da clavícula. Eu não sei como é que me vou sentir, não sei se vou ter dores. Mas vou tentar dar o meu melhor, chegar ao fim, e tentar fazer umas boas etapas’, confidenciou ao Motorcycle Sports. Já Gonçalves, estando em estreia e numa das suas primeiras provas de todo-o-terreno, salientou que a aprendizagem era a sua principal missão: ‘Eu penso que a aprendizagem neste primeiro Dakar é, sem dúvida, a palavra-chave para mim. E depois, a seguir a este primeiro Dakar, tirarei as minhas conclusões e faremos um plano mais para o futuro. Mas, neste momento, aprender é a palavra-chave, sem dúvida’. Sendo estreante e amador, Azinhais pretendia acima de tudo desfrutar da experiência, como nos disse na edição de janeiro: ‘Eu pretendo tentar absorver o máximo de experiência, seja ao nível de mota, como ao nível pessoal, com pessoas do Dakar. Obviamente é tentar chegar ao fim, eu creio que estou preparado e creio que, se não houver nenhum azar maior eu consigo chegar ao fim. E tentar divertir-me o máximo possível porque eu não sou um piloto profissional, sou um piloto amador, mas com muita paixão naquilo que faço. E quero tentar absorver o máximo possível’.

PRÓLOGO: DUPLO TOP DEZ PARA PORTUGAL

Início positivo do Dakar 2021 para as cores de Portugal. No curto prólogo de 11km em Jeddah, houve dois dos representantes nacionais a chegarem ao lote dos dez primeiros e três entre o top 20. O melhor foi Bühler, que completou o percurso em 6m17s terminando a apenas 16 segundos do vencedor, Ricky Brabec (Monster Energy Honda). Em décimo ficou o seu colega Rodrigues, gastando mais 23 segundos do que o líder. Em estreia absoluta, Gonçalves deu boa conta de si para assinar a 20.ª marca a 35 segundos de Brabec. Quanto a Azinhais, completou o itinerário com a 71.ª marca a 2m52s do topo. Num vídeo da Hero MotoSports Team Rally, Bühler mostrou-se contente com o seu quinto registo: ‘Tivemos o prólogo, foi uma etapa muito curta, mas foi muito boa. Terminámos em quinto e penso que é uma boa posição antes de começar a corrida a sério. Vão ser dias muito longos e complicados, mas estamos muito bem preparados. Vamos ver como corre’.

PORTUGUESES NO PRÓLOGO

23.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h34m19s (+ 16m30s) 27.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h44m03s (+ 26m14s) 29.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h49m47s (+ 31m58s) 64.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 5h08m42s (+ 1h50m53s)

ETAPA 1: JOAQUIM RODRIGUES PERTO DO TOP 20

Na primeira etapa, começaram as verdadeiras dificuldades do Dakar 2021. Ao longo do dia, Rodrigues foi o mais consistente dos portugueses, estando sempre entre os 30 primeiros. Viria a acabar em 23.º a 16m30s do vencedor, Toby Price (Red Bull KTM), apesar de ter chegado a perder o rumo devido ao pó. Rodrigues ficou em 22.º da geral a 16m34s do topo. Também entre os primeiros 30 ficaram Gonçalves e Bühler, que passaram respetivamente a 26.º e 29.º. Quanto a Azinhais, ficou um

pouco mais recuado em 64.º, mesma posição em que ficou na classificação geral. No fim do dia, em comunicado Rodrigues disse que ficou satisfeito, apesar do tempo cedido: ‘Senti que foi uma etapa muito longa este domingo. Não comecei com muita confiança e sem dúvida não estava tão veloz como posso ser. Por isso decidi focar-me na navegação ao longo da etapa. Mas assim que fui ultrapassado por alguns pilotos, começou a haver muita poeira no ar e perdi um pouco o rumo. Mas estou satisfeito por concluir a primeira etapa’.

PORTUGUESES NA PRIMEIRA ETAPA:

23.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h34m19s (+ 16m30s) 27.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h44m03s (+ 26m14s) 29.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h49m47s (+ 31m58s) 64.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 5h08m42s (+ 1h50m53s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A PRIMEIRA ETAPA:

22.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h59m55s (+ 16m34s) 27.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 4h10m27s (+ 27m06s) 29.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 4h14m15s (+ 31m34s) 64.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 5h44m14s (+ 2h00m53s)

ETAPA 2: RODRIGUES PERTO DO TOP DEZ DA ETAPA

Depois de isso não acontecer na primeira etapa, houve presença lusa entre o top 20 da terceira tirada do Dakar 2021. Rodrigues esteve constantemente entre os dez mais rápidos, mas já na fase final perdeu algum ímpeto e terminou em 12.º. Pouco abaixo, em 14.º, ficou Bühler, com o luso-alemão a chegar a ter lutado pelo top dez. Penalizado em dois minutos, perdeu a hipótese de ficar em 11.º. Quanto a Gonçalves, continuou a sua trajetória de aprendizagem sem grandes erros e foi 21.º, ele que chegou a estar na disputa dos 20 primeiros lugares. Azinhais fez uma etapa sem percalços de maior e terminou com o 66.º tempo com 20 minutos de penalização. Na geral, houve ganhos a registar. Rodrigues passou para 17.º ficando a 20m21s do topo, na altura ocupado por Joan Barreda (Monster Energy Honda), sendo Bühler o novo 24.º classificado logo na frente de Gonçalves que assim continuava em ascensão. Averbando os 20 minutos de penalização, Azinhais não manteve a tendência dos outros portugueses e caiu duas posições para 66.º.

Rodrigues começou na frente dos portugueses.

Às redes sociais da Hero, Rodrigues comentou assim a sua prestação: ‘A etapa foi mais aberta, foi um dia completamente diferente. Senti-me muito melhor. Como era mais aberto a mais liso consegui acalmar e andar um bocadinho melhor, não me senti tão preso. Está a ser complicado, mas a pouco e pouco as coisas estão a voltar ao seu lugar. No início foi duro, fiquei preso numa zona de dunas mesmo muito macias, a roda da frente ficava facilmente presa na areia e foi complicado retirar dali a moto. Perdi algum tempo assim, mas consegui acabar por avançar. Seja como for senti-me um pouco melhor hoje. Espero melhorar a cada etapa e chegar ao fim’.

PORTUGUESES NA SEGUNDA ETAPA:

17.º Joaquim Rodrigues

(Hero MotoSports Team Rally) – 4h36m04s (+ 18m08s)

24.º Sebastian Bühler

(Hero MotoSports Team Rally) – 4h38m43s (+ 20m47s/dois minutos de penalização) 25.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 4h45m20s (+ 27m24s) 66.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 6h37m12s (+ 2h19m16s/20 minutos de penalização)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A SEGUNDA ETAPA:

17.º Joaquim Rodrigues

(Hero MotoSports Team Rally) – 8h35m59s (+ 20m21s) 24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 8h53m38s (+ 38m00s/dois minutos de penalização) 25.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 8h55m47s (+ 40m09s) 66.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 12h21m26s (+ 4h05m48s/20 minutos de penalização)

ETAPA 3: RUI GONÇALVES EM GRANDE PLANO

A terceira etapa do Dakar 2021 foi particularmente positiva para as cores portuguesas e ainda mais para Gonçalves. Em estreia absoluta na competição, o transmontano rubricou uma exibição muito sólida neste dia e chegou mesmo a estar entre os cinco mais rápidos nos pontos de cronometragem intermédios. Terminou em nono a 12m19s de Price, que ganhou. Um resultado que lhe valeu a ascensão a 22.º da geral, com 36m41s de desvantagem face ao novo líder, Skyler Howes (BAS Dakar KTM Racing Team). No seio da Hero MotoSports a etapa também foi satisfatória. Rodrigues rubricou a 18.ª marca. Não evitou a perda de um lugar na clas-

sificação descendo a 18.º para estar a 21m02s do topo. Bühler, por seu turno, assinou a 21.ª marca perdendo ímpeto na fase final para não conseguir o top 20. Manteve-se em 24.º na prova. Azinhais manteve a sua toada dos dias anteriores com o 66.º registo, o que lhe valeu a descida a 67.º da classificação geral. Depois deste que foi o seu dia mais positivo até àquele momento, Gonçalves confessou nas redes sociais que se tratou de um desfecho inesperado: ‘Nem sei o que dizer. Não estava à espera de ficar entre os dez primeiros na terceira etapa do meu primeiro Dakar. Mas mais importante que o resultado, foi sem dúvida o dia de aprendizagem. Sem grandes problemas de navegação e nas dunas consegui imprimir um bom ritmo’.

PORTUGUESES NA TERCEIRA ETAPA:

9.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h45m42s (+ 12m19s) 18.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h49m51s (+ 16m28s) 21.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h51m26s (+ 18m03s) 67.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 5h15m17s (+ 1h41m54s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A TERCEIRA ETAPA:

18.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 12h25m50s (+ 21m02s) 22.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 12h41m29s (+ 36m41s) 24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 12h45m04s (+ 40m16s/2 minutos de penalização) 67.º Alexandre Azinhais (Club Aventura Touareg/KTM) – 17h36m43s (+ 5h30m55s/20 minutos de penalização)

ETAPA 4: JOAQUIM RODRIGUES QUASE NO TOP CINCO; AZINHAIS DE FORA

O melhor e o pior para as cores lusas na quarta etapa do Dakar 2021. Rodrigues fez uma tirada bastante sólida entre os mais rápidos e terminou em sexto a apenas dois segundos do top cinco e a menos de dois minutos do segundo classificado. Porém, Azinhais teve a lamentar o abandono, quando o motor da sua KTM cedeu com apenas cerca de 22km do troço cronometrado cumpridos. Era, assim, a primeira baixa no contingente nacional. Com o sexto tempo, Rodrigues pôde subir a 16.º na geral reduzindo a sua distância face ao líder – que era agora Xavier de Soultrait (HT Rally Raid Husqvarna) – para 19m36s. Bühler assinou a 24.ª marca dando continuidade à sua consistência para se manter no 24.º posto da classificação. Quanto a Gonçalves, depois da exibição da véspera, ser dos primeiros na estrada não facilitou e acabou em 42.º num resultado que lhe custou a descida de seis lugares para 28.º na geral. Apesar do forte resultado, Rodrigues confessou no fim que se tratou de um dia árduo psicologicamente: ‘Foi uma etapa muito dura para mim, uma vez que foi onde aconteceu o acidente trágico no ano passado. Trouxe de volta muitas memórias dolorosas para mim e não consegui dormir toda a noite. Tive um começo nervoso, mas quando comecei a pilotar, comecei a entrar num ritmo e a minha navegação foi perfeita. Acredito que foi o Paulo a navegar-me e estou muito feliz por conhecer essa sensação’.

PORTUGUESES NA QUARTA ETAPA:

6.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 2h54m11s (+ 7m21s) 24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h04m09s (+ 17m19s) 42.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h30m40s (+ 43m50s) Abandono: Alexandre Azinhais

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A QUARTA ETAPA:

16.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 15h20m01s (+ 19m36s) 24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 15h49m13s (+ 48m48s/2 minutos de penalização) 28.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 16h12m09s (+ 1h11m44s)

ETAPA 5: BÜHLER ENTROU NO TOP 20

Naquela que foi uma das etapas mais duras da primeira semana, muito desafiadora em termos de terreno e de navegação, Bühler voltou aos 20 primeiros lugares de uma tirada. O luso-alemão da Hero chegou a ter o oitavo tempo, mas assentou-se no fim do top 20 e acabou mesmo em 20.º gastando mais 30m24s do que o vencedor, Kevin Benavides (Monster Energy

© A.S.O./F.GOODEN/DPPI

Primeiro top dez para Gonçalves na edição de estreia.

Honda). Rodrigues teve uma pequena queda que lhe causou danos na Hero e uma perda de concentração, mas mesmo assim conseguiu o 22.º registo. Podia ter sido ainda melhor, já que chegou a ter o quarto crono num dos intermédios. Um pouco mais abaixo, Gonçalves assinou a 34.ª marca do dia a 58m24s do vencedor e depois de uma recuperação gradual. Na classificação geral, sortes diferentes para os três lusos. Rodrigues perdeu três posições caindo para 19.º, ao passo que Bühler avançou três lugares e passou a fechar o top 20. Gonçalves, por seu turno, manteve o 28.º posto que ocupava antes da etapa. Contente por ter acabado sem grandes percalços, Bühler salientou que a melhor notícia foi o facto de Santosh já estar fora de perigo depois do acidente da véspera: ‘Foi um dia muito duro. Tivemos muita navegação difícil e muitas pedras, um pouco de tudo. Penso que foi muito bom ter acabado o dia sem quedas. Mas, no fim do dia, o melhor é que o [CS] Santosh está fora de perigo e está a melhorar. Isso é o melhor’.

PORTUGUESES NA QUINTA ETAPA:

20.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 5h40m14s (+ 30m24s) 22.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 5h41m41s (+ 31m51s) 34.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 6h08m14s (+ 58m24s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A QUINTA ETAPA:

19.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 21h03m42s (+ 48m03s/2 minutos de penalização) 20.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 21h29m27s (+ 1h13m48s/2 minutos de penalização) 28.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 22h20m23s (+ 2h02m44s)

ETAPA 6: NOVO TOP DEZ PARA JOAQUIM RODRIGUES

Numa sexta etapa encurtada em 100km, chegou ao fim a primeira semana do Dakar 2021. Rodrigues esteve de novo em bom plano. Presença constante entre os dez mais rápidos do dia, terminou na oitava posição a apenas 4m35s do vencedor, Price. Bühler deu continuidade à sua presença constante entre os 25 primeiros com a 21.ª marca a 20m34s da frente, ao passo que Gonçalves recuperou bem ao longo do troço para acabar em 36.º. Nas contas da classificação geral, apenas Rodrigues terminou a primeira metade da prova com ganhos: subiu de 19.º para 17.º, continuando a menos de uma hora da liderança. Quanto a Bühler, desceu um lugar caindo para 21.º. Gonçalves, por seu turno, manteve-se estável em 28.º como terceiro melhor estreante. No comentário no fim do dia nas redes sociais da Hero, Rodrigues mostrou-se agradado com a primeira parte da prova: ‘Foi uma etapa muito dura e fisicamente muito exigente. Foi 100 por cento areia, com muitas dunas e foi mesmo muito duro. A moto portou-se lindamente, a Hero fez um grande trabalho com a nova moto e

tem-me ajudado muito a fazer estes resultados. Agora estou satisfeito por acabar a primeira semana, falta mais uma’.

PORTUGUESES NA SEXTA ETAPA:

8.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h50m02s (+ 4m35s)

21.º Sebastian Bühler

(Hero MotoSports Team Rally) – 4h06m01s (+ 20m34s)

36.º Rui Gonçalves

(Sherco Factory) – 4h32m07s (+ 46m40s)

PORTUGUESES NA GERAL

APÓS A SEXTA ETAPA:

17.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 24h53m44s (+ 45m01s/2 minutos de penalização) 21.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 25h35m28s (+ 1h26m45s/2 minutos de penalização) 28.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 26h52m30s (+ 2h43m47s)

ETAPA 7: NOVO TOP DEZ DE RODRIGUES NO ARRANQUE DA SEGUNDA METADE

A sétima etapa marcou a primeira parte da etapa maratona e o começo da segunda metade do Dakar 2021. E, mais uma vez, os portugueses estiveram em posições adiantadas. O melhor foi Rodrigues. Num dia complicado psicologicamente (no ano passado foi na etapa sete que faleceu o seu familiar Paulo Gonçalves), foi ganhando ritmo gradualmente até chegar ao nono posto final a 5m55s do vencedor, Ricky Brabec (Monster Energy Honda). Em nova exibição forte, Gonçalves rondou sempre o lote dos 25 mais rápidos na etapa e acabou em 22.º. Bühler fez uma prestação consistente perto do top 20 e fez a 21.ª marca, mas uma penalização de 15 minutos atirou-o para 23.º. Quanto à geral, depois de sete etapas, Rodrigues conseguiu avançar mais dois lugares sendo 16.º, ligeiramente mais longe do novo líder que era Jose Ignacio Cornejo (Monster Energy Honda). Por seu turno, Bühler conservou o 21.º lugar, sendo que Gonçalves conseguiu um ganho de duas posições passando a ser 26.º. Na entrevista de fim de dia à Hero, Rodrigues admitiu que demorou a entrar no ritmo, mas acabou satisfeito: ‘A sétima tirada ia sempre ser complicada. Não me senti muito bem durante a manhã e não consegui entrar num ritmo bom. Mas depois tudo se compôs, encontrei o meu ritmo e levei a moto para mais um top dez. Estou muito feliz com o resultado pois a moto e os pneus estão em boas condições’.

PORTUGUESES NA SÉTIMA ETAPA:

9.º Joaquim Rodrigues

(Hero MotoSports Team Rally) – 4h43m39s (+ 5m55s)

22.º Rui Gonçalves

(Sherco Factory) – 5h08m32s (+ 30m48s)

23.º Sebastian Bühler

(Hero MotoSports Team Rally) – 5h14m23s (+ 36m39s/15 minutos de penalização)

Bühler com uma das suas melhores prestações na etapa 8.

© DPPI/F.LE FLOC'H

Rodrigues de novo no topo do contingente nacional à medida que o fim se aproximava.

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A SÉTIMA ETAPA:

16.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 29h37m23s (+ 45m52s/2 minutos de penalização) 21.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 30h49m51s (+ 1h58m20s/17 minutos de penalização) 26.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 32h01m02s (+ 3h09m31s)

ETAPA 8: BÜHLER NO TOP DEZ PARA SUBIR A OS 20 PRIMEIROS

Mais uma etapa positiva para os portugueses na segunda parte da etapa maratona. Bühler, luso-alemão, foi o mais forte, sendo presença constante entre os dez mais rápidos. Acabou por fazer a décima marca a 7m58s do vencedor, Jose Ignacio Cornejo (Monster Energy Honda). Rodrigues, por seu turno, sofreu um percalço em que se magoou num braço e num ombro, não conseguindo melhor do que o 26.º registo quando chegou a estar entre os 15 primeiros nos parciais. Em 40.º terminou Gonçalves, ele que acabou por se atrasar depois de no segundo ponto intermédio de cronometragem ter passado em 21.º. No entanto, uma queda condicionou o seu resultado. Nas contas da classificação geral, volvidas oito etapas Rodrigues continuou a ser o melhor do contingente nacional: estava em 16.º como na véspera, mas agora já a mais de uma hora da frente. Bühler avançou duas posições para chegar a 19.º, enquanto que Gonçalves ganhou um lugar sendo agora 25.º. Em comunicado da Hero, Bühler mostrou-se agradado com o facto de ter conseguido imprimir um bom ritmo depois de ser conservador no dia anterior: ‘Estou feliz com o top dez e acabar mais uma etapa. Tive de ter muito cuidado na sétima etapa para não danificar a moto pois não tínhamos assistência no bivouac por ser etapa maratona. Por isso a minha moto estava em boas condições e pude pilotar de forma mais livre e construir um bom ritmo’.

PORTUGUESES NA OITAVA ETAPA:

10.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h16m38s (+ 7hm58s) 26.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h40m37s (+ 31m57s) 40.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h59m59s (+ 51m19s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A OITAVA ETAPA:

16.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 33h18m00s (+ 1h17m49s/2 minutos de penalização) 19.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 34h06m29s (+ 2h16m18s/17 minutos de penalização) 25.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 36h01m01s (+ 4h00m50s)

ETAPA 9: EM DIA EMOTIVO, RODRIGUES CONTINUOU A SUBIR NA CLASSIFICAÇÃO

A 12 de janeiro de 2021, precisamente um ano depois do óbito de Paulo Gonçalves, disputou-se a etapa nove do Dakar 2021. Num dia emocionalmente árduo e difícil em termos de terreno, Rodrigues conseguiu conjugar um bom ritmo e cautelas para assinara 13.ª marca, mais um forte resultado por parte do homem de Barcelos. Bühler deu continuidade à sua

prestação constante, mas perdeu tempo depois de ter chegado a ser 11.º acabando em 24.º. No que toca a Gonçalves, apesar de ter terminado entre os 35 mais rápidos, uma penalização de 15 minutos atirou-o de 33.º para a 39.ª posição da etapa. Também perdeu muito tempo devido a problemas na sua moto que teve de reparar. Nas contas da classificação geral, só Bühler não teve ganhos. Rodrigues ascendeu à 12.ª posição, tão acima como nunca antes tinha estado neste Dakar. Quanto a Gonçalves, consolidou-se entre os 25 primeiros avançando três lugares para se tornar no 22.º classificado. No dia em que se completou o primeiro aniversário da morte de Paulo Gonçalves, visivelmente emocionado Rodrigues admitiu num vídeo nas redes sociais da Hero que atravessou a sua luta mais árdua do Dakar 2021: ‘Foi… a pior batalha foi hoje. Estava mesmo emocionado de manhã. Há um ano tudo aconteceu. Quando comecei de manhã, indo do bivouac para a partida, não sabia se ia começar a corrida. Algumas lágrimas escorriam e tudo o que tinha na minha memória era o que aconteceu há ano. Mas depois, pelo Paulo tinha de fazer isto. Comecei, mas foi uma etapa muito emocional. Foi uma etapa muito difícil, muito perigosa, demasiadas pedras, muitos sítios perigosos. Depois vi o que o Toby [Price] caiu, que o Luciano Benavides também caiu, e comecei a abrandar. Foi uma batalha dura’.

PORTUGUESES NA NONA ETAPA:

13.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 5h21m03s (+ 31hm48s) 24.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 5h47m43s (+ 58m28s) 39.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 6h35m13s (+ 1h45m58s/15 minutos de penalização)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A NONA ETAPA:

12.º Joaquim Rodrigues

(Hero MotoSports Team Rally) – 38h39m03s (+ 1h48m03s/2 minutos de penalização) 19.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 39h54m12s (+ 3h03m12s/17 minutos de penalização) 22.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 42h36m14s (+ 5h45m14s/15 minutos de penalização)

© A.S.O./J.DELFOSSE

© DPPI/F.GOODEN

ETAPA 10: RODRIGUES LIDEROU DE NOVO O CONTINGENTE LUSO

Com a prova a caminhar a passos largos para o fim, a décima etapa foi a antepenúltima do Dakar 2021. Ao longo do percurso, o melhor luso foi sempre Rodrigues, sólido entre o top 15 para terminar com o décimo registo a 16m24s do vencedor, Brabec. Depois de passar por dois dias complicados, Gonçalves teve a sua Sherco a funcionar bem e competitivamente, o que se refletiu num 20.º crono. Quanto a Bühler, ainda chegou a estar entre os 15 mais rápidos, mas acabou por se atrasar recuperando apenas até 24.º. Na geral existiram ganhos para os três representantes nacionais. Rodrigues ficou um pouco mais perto do top dez chegando ao 11.º posto, enquanto que Bühler avançou três posições para 16.º. Já Gonçalves conseguiu ficar um lugar acima do que estava ficando por isso em 21.º. No rescaldo para as redes sociais da Hero, Rodrigues analisou a sua tirada: ‘A etapa foi muito boa. Foi muito rápida e perigosa com muita pedras. Disseram que a navegação ia ser complicada, então de manhã tentei concentrar-me na navegação e felizmente consegui fazer isso. Foquei-me no meu ritmo e obtive uma velocidade. Estava a fazer uma boa navegação e consegui apanhar os pilotos à minha frente muito rápido. Consegui ultrapassar um, mas não consegui passar o [Pablo] Quintanilla com o pó. Mantive-

Gonçalves, Bühler e Gonçalves terminaram entre os 20 primeiros.

-me com ele até ao fim e foi outro bom resultado para a Hero. Outro top dez, estou feliz por ter acabado mais uma etapa. Faltam duas’.

PORTUGUESES NA DÉCIMA ETAPA:

10.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 3h28m57s (+ 16m24s) 20.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 3h44m47s (+ 32m14s) 22.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 3h56m04s (+ 43m31s)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A DÉCIMA ETAPA:

© A.S.O./J.DELFOSSE

tos de penalização) 16.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 43h50m16s (+ 3h30m08s/17 minutos de penalização) 21.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 46h21m01s (+ 6h00m53s/15 minutos de penalização)

ETAPA 11: TODOS OS LUSOS NO TOP 20 A UM DIA DO FIM

Estava prometido que a 11.ª etapa seria uma das mais duras e também a mais longa em distância cronometrada no Dakar 2021. A verdade é que tiveram de ser cortados cerca de 50km devido a problemas com as estradas, mas não deixou de ser uma tirada adversa. Sem virarem a cara à luta, os portugueses fizeram uma forte prestação. O luso-alemão Bühler assinou a 12.ª marca depois de estar muito tempo entre os dez primeiros. Gonçalves, por seu turno, assinou o 41.º registo chegando no fim ao top 15 do dia em mais uma exibição forte na edição de estreia. Quanto a Rodrigues, também mostrou um bom ritmo para lutar pelos dez primeiros lugares. No entanto, perto do fim cometeu um erro de navegação que o fez perder tempo e valeu uma penalização de 20 minutos por falhar um waypoint. Assim, acabou em 24.º. Faltava agora um dia para o fim e os portugueses estavam em boas posições na geral. Rodrigues mantinha-se como o melhor em 12.º uma posição abaixo de antes, não muito longe do lote dos dez primeiros, com Bühler a avançar novamente para chegar a 15.º. Gonçalves, por seu turno, subiu um lugar tornando-se no 20.º com mais de 50 minutos de vantagem sobre o mais próximo perseguidor. Em comunicado da Hero, Bühler explicou que tratou de fazer uma exibição tranquila e isenta de erros: ‘Foi uma etapa muito longa e teve algumas partes difíceis e perigos. Por isso tentei concentrar-me e fazer uma etapa mais relaxado sem cometer erros. No fim houve navegação difícil, por isso tentei abrandar e fazer tudo certo para não perder muito tempo lá e funcionou bem. A moto está perfeita, obrigado à equipa pelo ótimo trabalho’.

PORTUGUESES NA 11.ª ETAPA:

12.º Sebastian Bühler

(Hero MotoSports Team Rally) – 4h59m01s (+ 23m49s)

14.º Rui Gonçalves

(Sherco Factory) – 5h02m18s (+ 27m06s) 24.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 5h32m42s (+ 57m30s/20 minutos de penalização)

PORTUGUESES NA GERAL APÓS A 11.ª ETAPA:

12.º Joaquim Rodrigues

(Hero MotoSports Team Rally) – 47h40m42 (+ 2h38m58s/37 minutos de penalização)

15.º Sebastian Bühler

(Hero MotoSports Team Rally) – 48h50m17s (+ 3h48m33s/18 minutos de penalização) 20.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 51h23m19s (+ 6h21m35s/15 minutos de penalização)

ETAPA 12: TRÊS LUSOS NO FINAL ALCANÇARAM O TOP 20

O Dakar 2021 chegou ao fim a 15 de janeiro com a 12.ª etapa. Os três portugueses ainda em prova, tal como todos os outros, tiveram pela frente os últimos obstáculos antes do maior objetivo de todos que é chegar ao fim. Rodrigues esteve de novo em bom plano no último dia, marcando o oitavo tempo a 12m18s do vencedor do dia, Brabec. Bühler deu um duplo top dez às cores lusas ao rubricar a décima marca, num final forte por parte do piloto nascido na Alemanha. Quanto a Gonçalves, fez o seu segundo melhor resultado na edição de estreia ao ser o 13.º da tirada. Com estes resultados, todos os três portugueses que chegaram ao fim subiram na classificação geral final. Rodrigues concluiu a prova no 11.º lugar que é o seu segundo melhor resultado da carreira. Bühler terminou em 14.º, tão bem classificado como nunca antes tinha conseguido. Gonçalves concluiu a estreia no 19.º lugar, sendo também o terceiro melhor rookie a 5h56m29s do vencedor desse particular, Daniel Sanders (KTM Factory Team). Usando as suas redes sociais, e com a emoção e comoção bem visíveis, Rodrigues dedicou o resultado e o facto de ter chegado ao fim a Paulo Gonçalves e à sua família: ‘Uma etapa de 200km, mas foi bem longa. Havia muita navegação e eu tentei concentrar-me para não cometer o erro que cometi ontem e só já pensava em terminar. Os últimos quilómetros pareciam uma eternidade e assim que comecei a ver as bandeiras do final… foi um alívio. Cheguei ao fim. Esta é para o Paulo e para a minha família. Um beijo para todos’. Para Bühler foi igualmente um alívio chegar ao fim, como disse em comunicado da Hero MotoSports: ‘A última etapa foi bastante boa e o terreno esteve em perfeitas condições por causa da chuva e cruzar a linha da meta deixa-me muito feliz. Este sítio traz-nos tantas memórias más por isso foi um alívio acabar a derradeira etapa. Além disso, este foi o primeiro grande teste para a moto e ela funcionou na perfeição, pelo que foi um grande trabalho de toda a equipa. Obrigado à minha equipa, à família Hero e a todos os nossos apoiantes por continuarem connosco ao longo deste Dakar e ano complicados’. Na transmissão do pódio final, Gonçalves disse que ficou agradado com a prestação ao ser o terceiro dos rookies e tendo aprendido muito, embora admita que podia ter sido ainda melhor: ‘Decididamente é um prazer estar aqui. É o meu primeiro Dakar e tive muitas emoções nos últimos dias. Foi difícil, foi duro, tivemos problemas, mas juntos com a equipa Sherco todos os três pilotos conseguimos chegar aqui. E estou feliz, sou o terceiro rookie. As coisas podiam ter corrido melhor, mas temos de estar contentes com isto e aprendi muito. Estou ansioso para o futuro’.

PORTUGUESES NA 12.ª ETAPA:

8.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 2h29m20s (+ 12m18s) 10.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 2h30m08s (+ 13m06s) 13.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 2h33m13s (+ 16m11s/3 minutos de penalização)

PORTUGUESES NA GERAL FINAL:

11.º Joaquim Rodrigues (Hero MotoSports Team Rally) – 50h22m38 (+ 3h04m24s/37 minutos de penalização) 14.º Sebastian Bühler (Hero MotoSports Team Rally) – 51h18m17s (+ 4h00m03s/18 minutos de penalização) 19.º Rui Gonçalves (Sherco Factory) – 53h53m35s (+ 6h35m21s/18 minutos de penalização)