5ª EDIÇÃO Publicação mensal Digital - Maio - Distribuição gratuita - Edição 05 - Ano 01 - www.mais258.co.mz
Editorial
E CHEGOU AQUELA ALTURA DO MÊS……
NOVA EDIÇÃO DA MAIS258MAGAZINE DISPONÍVEL….
Mais uma vez sejam Bem Vindos à mais258magazine.
Essa Magazine que tem crescido a cada dia que passa. Dores de crescimento, desafios superados e estamos aqui para contar mais historias, mostrar mais do nosso belo país, fazer conhecer aqueles que estão a perseguir os seus sonhos, e também, ajudando outros a fazer o mesmo.
Sentimo-nos orgulhosos desse curto, mas intenso trajeto até aqui trilhado, e carregados de energias para continuar a trilhar.
Nesta Edição, a super estilista Moçambicana TAÚSSY DANIEL, conta-nos um pouco da sua história de sucesso e como foi estrear-se nos grandes eventos da Moda como o NEW YORK FASHION WEEK.
Arquitetura e mulheres, diziam que não combinava, mas esse pensamento é errado, e a SOFIA ALVES mostra-nos o porquê.
SALVADO ILUSTRE, um contador de filmes, amante do cinema fala-nos da sua paixão e a modelo WIJECLINY BRITNNEY faz-nos acreditar que é possível, sim, realizar os nossos sonhos.
Vamos ao longínquo Cazaquistão, encontrar ABDULA MANAFI, diplomata por excelência, representando Moçambique por esse mundo fora.
ARCÉLIO TIVANE, NÉLIO REMANE E REGINA CHARUMAR, dão nos dicas para as finanças, saúde e meio ambiente. Se está no mundo digital, certamente já ouviu falar de AYAZ HASSAM, sucesso nas redes sociais e não só, “o cara” que tem transformado o Marketing e a Comunicação Visual em Moçambique. Portanto, muito conteúdo de qualidade mais uma vez e esperamos que goste e desfrute.
Obrigado. Muhammad Esmail
Ficha técnica
Direção Criativa: Emerson Vidigal
Designer Gráfico: Frederico Bernardo, Helton Gale
Editor de Video: Edilson Massingue
Revisão de texto: René Moutinho
Entrevistadora: Amida Omar
Parceiro Digital: Ace Publicidade
Parceiro Audiovisual: Gevel Studios
Edição e Direção: Muhammad Esmail
Dep. Comercial: +258 872582584
E-mail: comercial@mais258.co.mz
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Índice AYAZ HASSAM ABDULA MANAFI TAÚSSY DANIEL NÉLIO REMANE ALIMENTAÇÃO INTERFERE NAS CÓLICAS MENSTRUAIS SOFIA ALVES SALVADO ILUSTRE ARCÉLIO TIVANE COMO INICIAR UM NEGÓCIO WIJECLINY BRITNNEY REGINA CHARUMAR PENSAR NO MEIO AMBIENTE 04 18 26 30 10 24 28 38 16 3
AYAZ HASSAM EMPREENDEDOR
Ayaz Hassam. É o nome do momento nas redes sociais. Antes de irmos ao Ayaz que aparece nos ecrãs, queremos saber quem é o Ayaz por trás dos shorts, dos vídeos, fora das redes.
Sou um aquariano teimoso de coração generoso.
Amigo de poucos, mas extremamente leal aos que estão ao meu lado. Mente agitada e sempre em busca de respostas e novos caminhos.
Tenho uma natureza racional e argumentativa, procuro analisar as situações de forma lógica e coerente. Gosto de debater ideias e defender os meus pontos de vista com convicção.
Além dessas características, sou um orgulhoso esposo e pai de duas filhas lindas. Elas são o meu maior tesouro e fonte de inspiração para ser uma pessoa melhor a cada dia.
Apesar de todas as minhas peculiaridades, encontro clareza e propósito na minha vida familiar. Meu coração transborda de amor e dedicação quando se trata da minha esposa e das nossas duas filhas maravilhosas.
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Procuro conciliar meu lado racional com a sensibilidade e afeição que nutro pela minha família.
Sou um defensor apaixonado dos meus valores e das causas que acredito serem justas. Tenho o prazer de construir laços sólidos com poucos e selecionados amigos, valorizando a qualidade das relações em vez da quantidade.
Em meio às minhas peculiaridades e ao labirinto dos meus pensamentos, encontro equilíbrio e significado no amor e no vínculo que compartilho com minha família. E é nesse contexto que busco me tornar a melhor versão de mim mesmo.
Tem sido uma referência na comunicação visual e marketing, mas ainda mais pela sua forma de se expressar e apresentar conteúdos. Como tem sido este processo para si?
Desde o início da minha jornada, percebi que tinha algo para partilhar com o mundo e uma voz que precisava ser ouvida. Aos poucos, fui ajustando o volume e encontrando o meu caminho. Sinto-me verdadeiramente alinhado com o meu propósito e transbordo de vontade de partilhar as minhas experiências e conhecimentos, na esperança de inspirar jovens talentosos ao meu redor.
Devido à minha formação em Ciências da Comunicação, Marketing e Publicidade, encontrei uma paixão natural pela criação de conteúdo. Tenho tido a sorte de
trabalhar nessas áreas e percebo que a criação de conteúdo flui com facilidade e naturalidade para mim.
No Instagram, onde partilho a maior parte do meu conteúdo, tenho recebido um feedback extremamente positivo. Fico grato por ver que as mensagens que transmito têm impactado as pessoas de forma significativa. É uma recompensa incrível ver que o meu conteúdo ressoa e cria conexões com aqueles que o veem.
Embora me sinta honrado com os elogios, permaneço sempre em busca de aprender e crescer. Acredito que o sucesso é uma jornada contínua, e estou constantemente me desafiando a melhorar e evoluir na minha área de atuação.
Sou grato pela oportunidade de expressar a minha criatividade e paixão por meio da comunicação e do marketing. Espero continuar a criar conteúdo que inspire e traga valor para as pessoas, enquanto busco novas formas de impactar positivamente o mundo ao meu redor.
Fale-nos um pouco da sua jornada empreendedora.
A minha jornada empreendedora começou na fábrica do meu pai, onde trabalhei no departamento de vendas e distribuição enquanto estudava. Foi nesse ambiente que percebi uma oportunidade de mercado após o meu casamento, quando notei que os resultados em termos de imagem não foram os melhores.
Essa visão empreendedora foi fortalecida durante o meu curso de Ciências da Comunicação na universidade, onde aprendi a aplicar a análise SWOT e PESTEL no meu ambiente diário. Junto com essa paixão por criar, como compor músicas, fazer vídeos e desenhar, encontrei uma oportunidade de juntar a paixão e a oportunidade. Decidi então entrar no mercado audiovisual de casamentos, o que levou à criação da minha primeira empresa, a Illuminati Studios, uma produtora audiovisual que atuava exclusivamente no
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mercado B2C.
Com o tempo, a Illuminati Studios começou a ser procurada para trabalhos mais alinhados com a minha formação em Marketing. Realizamos campanhas para grandes marcas nacionais, fornecendo serviços por meio de grandes agências.
No entanto, surgiu uma nova oportunidade: criar a nossa própria agência e fornecer os serviços diretamente às marcas.
Tendo em mente a era digital e o fato de termos nascido como produtora, encontramos uma vantagem competitiva ao fornecer uma solução 360 sem a necessidade de subcontratar outras produtoras para a criação de conteúdo.
Assim, nasceu a minha segunda empresa, a agência Spiq. Atualmente, trabalhamos com aproximadamente 30 clientes de diversos nichos de atuação.
A minha jornada empreendedora tem sido uma busca constante por oportunidades, aprendizado e evolução.
Estou orgulhoso do caminho que percorri e entusiasmado com o que o futuro reserva. Através da minha paixão por criar e do compromisso com a qualidade, busco continuar a oferecer soluções inovadoras e impactantes para as marcas que confiam nos nossos serviços.
Como vê o mundo do empreendedorismo moçambicano?
O mundo do empreendedorismo em Moçambique é um terreno fértil, repleto de oportunidades brilhantes.
As nossas terras são cultivadas por uma geração jovem, criativa e dotada de habilidades incríveis, prontos para criar impacto e construir um futuro promissor.
No entanto, enfrentamos um desafio crucial: a educação. Apesar do potencial e talento inatos, a falta de acesso a uma educação de qualidade pode ser um obstáculo para o pleno desenvolvimento das nossas habilidades empreendedoras.
Em vez de nos focarmos em pedir emprego, precisamos despertar a consciência coletiva e incentivar a mentalidade empreendedora. Devemos nos tornar agentes da mudança, gerando oportunidades e criando empregos para nós mesmos e para os outros.
Neste palco empreendedor, somos os roteiristas das nossas próprias histórias de sucesso. Temos a capacidade de superar desafios e transformar ideias inovadoras em realidade.
Moçambique é um caldeirão de criatividade e resiliência, onde o empreendedorismo floresce mesmo diante de adversidades. Somos mestres em encontrar soluções criativas para problemas complexos.
Portanto, é hora de nos unirmos, fortalecermos a nossa educação empreendedora e assumirmos o papel de geradores de emprego.
Devemos encorajar uns aos outros a trilhar o caminho do empreendedorismo, construindo negócios prósperos e contribuindo para o crescimento econômico e social da nossa nação.
Através da nossa paixão, determinação e vontade de fazer a diferença, podemos moldar um futuro brilhante para o empreendedorismo em Moçambique, onde o espírito empreendedor floresce e os nossos talentos são plenamente realizados.
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Indo para o teu mundo digital, tens dado formações sobre comunicação e marketing. Qual tem sido o feedback?
As formações que tenho ministrado na área do marketing têm despertado um verdadeiro movimento de transformação e oportunidades.
É inspirador ver tantas pessoas aderirem às formações e abrirem novos horizontes para os seus negócios. Estamos a testemunhar aquilo a que chamamos de revolução digital em Moçambique, onde a informação é a moeda mais valiosa da era em que vivemos. Na era da informação, temos acesso a conhecimentos e ferramentas que nunca antes estiveram tão ao nosso alcance. Agora, mais do que nunca, temos a oportunidade de nos tornarmos marcas e deixarmos uma marca duradoura no mundo.
Estas formações desempenham um papel fundamental nesta jornada de transformação. Estamos a capacitar empreendedores e profissionais a explorarem o universo do marketing, a navegarem pelas estratégias digitais e a construírem uma presença impactante nas redes sociais.
É empolgante testemunhar a evolução das pessoas à medida que aplicam os conhecimentos adquiridos e exploram novas abordagens de negócio. Estamos a criar uma comunidade de profissionais visionários, prontos para conquistar novos patamares e explorar territórios até então desconhecidos.
Estas formações estão a quebrar barreiras, a abrir
portas e a ampliar horizontes de oportunidades. Estamos a capacitar pessoas a destacarem-se num mundo cada vez mais competitivo.
Qual o melhor conselho que pode dar a um empreendedor?
Abraça a tua autenticidade e confia na tua visão. Neste mundo em constante evolução, é fácil perderes-te no meio das tendências e pressões externas. No entanto, lembrate de que a tua autenticidade é o teu diferencial mais valioso. Confia na tua visão e nas habilidades que trazes para
o mundo dos negócios. Tem confiança nas tuas ideias e na singularidade que podes oferecer ao mercado.
Não tenhas medo de destacarte, mesmo que isso signifique seguir um caminho diferente dos outros. Acredita em ti mesmo e naquilo que estás a construir.
Lembra-te de que empreender é um desafio constante, mas também uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. Tens de estar aberto a aprender com os erros, a adaptar-te às mudanças e a buscar constantemente o aprimoramento.
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E, acima de tudo, mantém-te perseverante. Empreender pode ser uma jornada desafiadora, mas as recompensas podem ser extraordinárias. Tens de estar preparado para enfrentar os obstáculos com resiliência e determinação.
Lembra-te de que és capaz de alcançar os teus objetivos e fazer a diferença no teu país. Segue em frente, acredita em ti mesmo e nunca deixes de perseguir os teus sonhos. O futuro está nas tuas mãos.
Existe um à vontade nas câmaras, na transmissão de conteúdos... mas segredaramnos que era bastante tímido... é verdade? Muitos têm essa mesma dificuldade em aparecer em público. Como ajudar?
Nunca fui tímido, mas tive sim um processo de adaptação quando decidi aparecer falando para a câmera.
Aqui vão 10 dicas para ajudar pessoas com dificuldade em aparecer em público:
1- Acredite no seu valor: Lembre-se de que tem algo único para oferecer ao público. Confie em suas habilidades e conhecimentos, pois você é uma fonte de valor.
2- Pratique a autorreflexão: Identifique seus medos e inseguranças em relação a aparecer em público. Analise o que está por trás dessas emoções e trabalhe para superá-las.
3- Prepare-se com antecedência: Invista tempo na preparação para suas
apresentações. Organize seu conteúdo, ensaie e familiarizese com o ambiente e o público, aumentando sua confiança.
4- Comece com pequenos passos: Comece a ganhar confiança em pequenos grupos ou ambientes mais informais. À medida que se sentir mais confortável, poderá progredir para situações maiores.
5- Concentre-se em seu propósito: Mantenha o foco na mensagem que deseja transmitir e na importância do que tem a dizer. Lembre-se de que está lá para compartilhar algo significativo.
6- Respire e controle o nervosismo: Utilize técnicas
de respiração para acalmar os nervos antes de se apresentar. Lembre-se de que um pouco de nervosismo é normal e pode até adicionar energia à sua apresentação.
7- Pratique a linguagem corporal: Aprenda a usar sua linguagem corporal para transmitir confiança. Mantenha uma postura ereta, faça contato visual com o público e utilize gestos naturais.
8- Foque na audiência: Lembre-se de que está se comunicando para o benefício da audiência. Concentre-se em como pode ajudá-los, educá-los ou entretê-los, o que ajudará a superar o medo pessoal.
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9- Encontre seu estilo único: Não tente ser alguém que não é. Descubra seu estilo autêntico de apresentação e comunicação, destacando suas próprias características e personalidade.
10- Persista e pratique regularmente: Aparecer em público pode ser desafiador no início, mas com prática constante e perseverança, você ganhará confiança e melhorará cada vez mais.
Deixe aqui 2 segredos para os leitores sobre o Marketing.
Um dos segredos mais poderosos do marketing é entender profundamente o seu público-alvo. Invista tempo em pesquisas, análises e estudos para compreender quem são seus clientes ideais, suas necessidades, desejos, comportamentos e preferências. Quanto mais você conhecer o seu públicoalvo, mais eficazmente poderá criar estratégias e mensagens personalizadas que ressoem com eles, estabelecendo uma conexão autêntica e duradoura.
As pessoas são seres emocionais e conectam-se com histórias impactantes e autênticas. O poder de contar histórias é um segredo fundamental do marketing. Utilize narrativas cativantes para transmitir os valores, a missão e a personalidade de sua marca. Crie uma conexão emocional com seu público, envolvendo-os e despertando o interesse genuíno. Ao contar histórias autênticas, você poderá criar uma base de fãs leais e apaixonados que se identificam com sua marca e a promovem organicamente.
Encontre o Ayaz Hassam, na rede: @ayazhassam
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Quem é Abdula Manafi?
Fale-nos um bocado de si e da sua formação académica?
Manafi é um menino (risos) que nasceu na Beira, capital da província de Sofala, no dia 08 de Maio de 1978, mas que cedo foi morar para Maputo porque os seus pais decidiram, e bem, que por uma questão de continuidade escolar, a capital do país seria a melhor opção.
Portanto, cresci no famoso bairro de Xipamanine. A formação inicial foi feita na Escola Primária da Munhuana, tendo estado lá de 1985 à 1990. A 6ª e 7ª classes foram feitas na Escola Secundária Noroeste 2, o que me obrigava a caminhadas diárias de longa distância entre Xipamanine e os Acordos de Lusaka, muitas vezes sem ter nada no estómago porque venho de origens humildes e, para a minha mãe, era complicado, muitas vezes poder garantir 3 refeições por dia. Muita da roupa que eu vestia, a minha mãe comprava na calamidade, portanto segunda mão.
Quando terminei a 7ª, sempre entre os melhores estudantes, foi decidido que iria terminar o ensino médio na Escola Secundária Francisco Manyanga, onde estive até 1996.
De 1997 à 2002, estava no Instituto Superior de Relações
ABDULA MANAFI DIPLOMATA
Internacionais, onde cursei Relações Internacionais e Diplomacia. Como estava entre os melhores estudantes, o ISRI convidou-me para ficar ligado à Instituição no corpo docente, algo que aceitei com prazer. Em 2004, o ISRI me enviou para Cairo para fazer o Mestrado em Estudos do Médio Oriente, tornando-me no segundo moçambicano com essa especialidade, depois do falecido Dr. Carlos Tembe (antigo Edil da cidade da Matola).
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Como é que foi este processo de se tornar um diplomata? Desafios que enfrentou?
R: O processo é meio anedótico. Quando estava na Manyanga, sempre tive dificuldades com matemática (nunca gostei dessa disciplina), me sentia e sinto mais a vontade com disciplinas que puxem pela minha parte criativa. Portanto, quando terminei a 10ª, na época, éramos orientados a escolher a direcção a seguir: Letras com matemática, Letras sem a dita cuja, e ciências. Eu ainda não sabia exactamente o que queria seguir, mas sabia que não devia ter matemática e em conversa com um amigo, eu lhe disse que por ser preguiçoso e sonhador, gostava de ter uma profissão que me ajudasse a conhecer outros países, outras línguas, e não trabalhar tanto assim. Ele me disse existia uma profissão parecida, que tinha a ver com embaixadas e algo parecido. Fiz uma pequena pesquisa e descobri que tinha que fazer relações internacionais e diplomacia no ISRI.
Ora, na época, o desafio era precisamente entrar no ISRI porque muitos diziam que era uma Instituição da Frelimo (falso) e que para lá entrar tinha que ter cunhas (falso). Mas, quando fui lá, na altura na Julius Nyerere, adjacente ao Hotel Polana, fiquei a saber que existiam 35 vagas para um universo de mais de 3 mil candidatos de todo Moçambique. Mas, também me lembro de dizer ao amigo que me acompanhava no acto da inscrição que, a partir daquele dia, tinham restando apenas 34 vagas. Ele, meio a brincar, disse,
“mas, Manafi, ainda nem fizeste o exame de admissão, como sabes tens essa confiança?”, eu respondi: “o que é para mim, ninguém me vai tirar e eu fui feito para isto.”
Quando estava a terminar a formação no ISRI,tive o privilégio de ser orientado pelo Dr. Patrício José, Vice-Reitor na época (2002), que considero meu mentor. Ele procurou saber qual era a minha ideia de tema para monografia de licenciatura. Quando eu lhe disse que queria escrever sobre refugiados, ele me aconselhou a pensar dountra forma, mais no sentido da minha identidade enquanto muçulmano porque Moçambique precisava de gente assim. Foi essa conversa que mudou todo o meu foco e, por causa da mesma, segui o caminho que estou a trilhar. Na verdade, escrevi uma monografia sobre “Cooperação Moçambique e Países Árabes: Passado, Presente e Futuro” sob supervisão da Dra. Anícia Lalá e grande ajuda do actual Embaixador de Moçambique na Arábia Saudita, Dr. Faizal Cassam, aos quais sou eternamente grato. Na mesma monografia, entre as recomendações que fizera, consta uma onde dizia que seria importante Moçambique ter gente no seio da Organização de Cooperação Islâmica (OCI), uma espécie de Nações Unidas para os países da maioria muçulmana de que Moçambique é membro desde 1994.
Não tive a sorte de iniciar a carreira diplomática no Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Cooperação do meu país, mas tive o privilégio de fazê-lo na OCI em 2007 com a prestimosa orientação e ajuda dos quadros do MINEC que na altura estavam na Embaixada de Moçambique em Cairo com quem tivera o prazer de privar quando estava a fazer o meu mestrado na Universidade Americana em Cairo. Sou grato pelo apoio que as autoridades competentes moçambicanas me proporcionam para o sucesso das minhas diversas missões no estrangeiro desde Abril de 2007, onde me tornei no primeiro moçambicano a trabalhar na OCI.
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Em que consiste o seu cargo atual?
Actualmente estou a viver na bonita cidade de Astana, capital do Cazaquistão, onde sou Conselheiro para a Cooperação e Coordenação no Secretariado da Organização Islâmica para Segurança Alimentar (IOFS), esta que é uma agência da OCI e equiparada à FAO ou Programa Mundial de Alimentação (PMA). Tenho a árdua tarefa de coordenar todos os aspectos relativos à cooperação da IOFS com os seus parceiros internacionais, particularlmente outras Agências da OCI e as das Nações Unidas. Sou ainda responsável por coordenar a execução de dois programas importantes de segurança alimentar, um para África e outro para o Afeganistão.
Antes de Cazaquistão, o Manafi esteve antes na Turquia. Como tem sido a experiência em viver no exterior?
Viver no exterior é um grande desafio e tem que ser para pessoas fortes mentalmente porque somos obrigados a recomeçar um lar sempre que nos movimentamos. Para além disso, há aniversários dos que nos são especial que perdemos, casamentos em que estamos ausentes, e tantas outras situações que nos aproximaríam da família e que não podemos disfrutar. Portanto, nestes 16 anos de carreira, tive que recomeçar quatro vezes: de 2007 à 2017, em Jeddah, na Arábia Saudita, onde os meus dois filhos nasceram, idioma oficial é árabe e toda uma cultura e forma de estar
diferente da que estamos habituados em Moçambique, depois em Istambul, Turquia, de 2017 à 2019, com a língua turca como pano de fundo, de 2019 à 2021 em Maputo (fácil porque estou em casa), e desde 2021 aqui no Cazaquistão, onde poucos falam inglês e temos que nos habituar com o russo e/
de medirmos as palavras e pensarmos um milhão de vezes antes de dizer/fazer algo ou um gesto porque o que é normal em Moçambique pode ser um insulto para quem está lidar connosco. Por exemplo, aqui no Cazaquistão é uma grande mal-criadice assobiar para chamar atenção à uma pessoa
ou cazaque e ainda uma cultura e forma de estar também diferenciados dos anteriores países. Portanto, é uma riqueza cultural e de vivências que vamos acumulando, mas de extrema exigência de controlo de depressão por sentirmos saudades de casa, da família, da praia, da comida e da forma de ser/estar com moçambicanos. Quando nos misturamos com culturas que são diferentes da nossa, temos que ter a sensibilidade
porque eles acreditam que isso se faz apenas para os cães… enfim…(risos).
Como você descreveria o papel de um diplomata e quais são suas principais responsabilidades?
O papel do diplomata é vasto. Ele tem que ter uma preparação para saber um pouco de tudo, mas ser especialista em relações internacionais e interpessoais. O Dr. Patrício nos dizia
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que um diplomata contribui em uma conversa sobre medician, economia, aquitectura, etc, mas que fala sozinho quando o assunto são relações internacionais. Mas, podemos sumarizar o papel do diplomata no seguinte:
a. Representação: Os diplomatas actuam como representantes de seus respetivos países. Eles actuam como porta-vozes oficiais e embaixadores, apresentando as posições, políticas e interesses do seu pais à governos estrangeiros, organizações internacionais e outras missões diplomáticas.
b. Negociação: Os diplomatas participam em negociações com os seus homólogos estrangeiros para resolver litígios, promover a cooperação e chegar a acordos. Eles usam a diplomacia e o tacto para encontrar um terreno comum, mediar conflitos e promover os interesses
de seu país, considerando as preocupações de outras nações.
c. Comunicação e Relatórios: Os diplomatas recolhem informações, analisam desenvolvimentos e reportam aos seus governos de origem. Eles mantêm contato regular com o Ministério dos Negócios Estrangeiros ou agências governamentais relevantes para fornecer atualizações sobre questões políticas, económicas e sociais no país anfitrião. Os seus relatórios ajudam a moldar as decisões em matéria de política externa e facilitam a tomada de decisões informadas.
d. Diplomatas ajudam ainda na mediação e resolução de conflictos.
e. Diplomatas facilitam o serviço consular que tem a ver com imigração, vistos, acompanhamento de comunidades do seu país no pais anfitrião, etc.
Em geral, os diplomatas desempenham um papel vital na representação dos interesses de seu país, na manutenção das relações internacionais, na negociação de acordos, na resolução de conflitos e servindo como ponte entre as nações.
Como a diplomacia cultural desempenha um papel nas suas atividades e como você promove a compreensão mútua entre diferentes culturas?
A diversidade cultural e civilizacional faz parte dos desafios que o diplomata deve enfrentar e/ou usar a seu favor. Na verdade, os diplomatas devem também ter
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o tacto de saber promoverem o intercâmbio cultural e iniciativas de diplomacia pública para melhorar a compreensão mútua e a boa vontade entre os países. Eles organizam eventos culturais, programas educacionais e intercâmbios entre pessoas para fomentar relacionamentos positivos e promover a cultura, os valores e as conquistas de sua nação. Por exemplo, as Missões de Moçambique no estrangeiro têm sempre eventos culturais para celebrar os dias nacionais, particularmente o 25 de Junho, dado que isso facilita o melhor conhecimento do que o país é e o que pode oferecer, para além, obviamente da promoção turística do mesmo. Eu
costumo ter sempre a bandeira de Moçambique por onde ando para aguçar a curiosidade de quem veja as 5 cores nacionais e estabelecer conversa sobre o que de bom temos para oferecer do Zumbo ao Índico e de Rovuma até ao Maputo.
Como é que tendo Moçambicanos a ocupar cargos em instituições Internacionais, pode ajudar Moçambique?
Esta é uma questão menos complicada de responder. Vou dar um exemplo, por estes dias temos Grupos de WhatsApp da família onde, muitas vezes, se combinam os sociais e/ou outro eventos de convívio familiar. Portanto,
se estivermos ausentes desse Grupo, dificilmente faremos com que a nossa voz/opinião na defesa dos nossos interesses seja ouvida. Se eu gosto de comer frando a zambeziana e, infelizmente, estive ausente no Grupo onde se discutiu o menu do social, provavelmente irei passar fome no dia fa confraternização. Portanto, ter moçambicanos em organismos internacionais é de extrema importância para que os interesses de Moçambique no seio dos mesmos seja tido em conta, particularmente a necessidade de o país se beneficiar da sua qualidade de membro desses órgãos.
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Quais são os principais desafios enfrentados pela diplomacia no mundo contemporâneo e como você acredita que eles podem ser superados?
O mundo actual está em constante mudança e a diplomacia tem que acompanhar essas alterações sabendo se posicionar para contextualizar todos os interesses nacionais de cada país.
Por exemplo, julgo que o avanço tecnológico é um dos principais desafios do mundo actual para diplomacia, dado que a inteligência artificial tem que ser tida em conta em relação à variadas circumstâncias, sobretudo na produção de informação fiável.
Temos que ter em conta que o avanço da tecnologia facilita, até certo ponto, a disseminação do famoso “fake news”, influenciando a forma como as pessoas pensam politicamente e impactando, por exemplo, o desfecho de pleitos eleitorais.
Neste contexto, o diplomata deve estar em constante formação para poder possuir fortes habilidades de negociação, adaptabilidade, sensibilidade cultural e a capacidade de alavancar abordagens inovadoras para a diplomacia. Exige também uma vontade de abraçar novos modelos de diplomacia e de se envolver com diversas partes interessadas, incluindo organizações da sociedade civil, o setor privado e intervenientes não estatais que são, muitas vezes, as fontes desse avanço tecnológico.
Planeia voltar a viver em Moçambique? Quais são as suas ambições?
Claro que tenho planos de voltar para a minha pátria porque é onde tenho a minha casa. Mas, não faço ideia de quando é que isso vai acontecer. As minhas ambições são poder contribuir para que a minha família continue a ter um tecto seguro para lhes abrigar do
frio/calor, podermos disfrutar das três refeições por dia, ter os meus filhos a seguir a melhor educação/formação, poder ter os melhores serviços de saúde disponíveis e poder viajar de férias para lugares que nos ajudam a desligar a ficha e continuar a sonhar.
Se alguém quiser seguir por essa carreira, quais são as habilidades e qualidades essenciais de um bom diplomata no mundo atual?
Se alguém quiser ser diplomata tem que ter as habilidades de entender o que descrevi anteriormente acerca do papel de um diplomata. Para além disso, a pessoa tem que estofo de se sacrificar em nome dos valores e interesses do seu país, ser bom em diferentes idiomas, facilidade de se relacionar com pessoas e saber iniciar uma conversa produtiva. Contudo, se a pessoa não gostar de ler e ter dificuldade em observar detalhes e seguir as diferentes dinâmicas do mundo, então essa mesma pessoa terá muita dificuldade em ser diplomata.
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AMBIENTALISTA
• PhD Student;
• Prêmio Voluntário da Sociedade Civil do Ano, 2021-CNV;
• Apresentadora de TV;
• CLIMATE CHAMPION, COP26, 2021;
• CHANGEMAKER, 2021 ;
• Fundadora do movimento ambiental Geração Consciente;
• Jurista e Docente Universitária;
PENSAR NO MEIO AMBIENTE
Quem somos...?
Onde estamos...?
Para onde vamos...?
Pensar no meio ambiente exige que reflitamos sobre NÓS, a nossa existência na terra e a continuidade da nossa espécie.
O facto de sermos seres pensantes e racionais torna-nos mais responsáveis que os outros seres, e igualmente, mais capazes.
Será que temos sido racionais?
Por sermos seres humanos, vivos, precisamos conviver, coabitar e interagir com outras espécies.
A nossa sobrevivência e continuidade dependem das condições socioambientais e dos serviços que a natureza nos proporciona diariamente, sem os quais seria impossível continuar.
Temos um manancial de recursos naturais, herança da geração passada, que precisamos cuidar preservar, por nós, para nós e para o futuro.
Precisamos educar e consciencializar as pessoas sobre a importância de preservar e cuidar da natureza.
É urgente investir na educação ambiental Sabemos onde estamos, e o que precisamos fazer.
E para onde vamos?
A natureza sobrevive sem nós, mas nós não sobrevivemos sem a natureza.
Encontre a Regina Charumar, na rede:
@regina.a.charumar
Regina A. Charumar
Regina A. Charumar
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TAÚSSY DANIEL ESTILISTA
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Quem e a Taússy? Onde nasceu, onde cresceu, formação?
Olá, eu chamo-me Taússy Caterina Daniela Remane, nasci em Moçambique, em Maputo, nasci e cresci em Maputo, formei-me em Arquitetura e Urbanismo em 2009.
Quando surgiu a tua paixão pela moda?
A paixão pela moda surgiu desde muito cedo, aos meus 13 anos, eu sempre gostei muito de desenhar, tanto é que eu fiquei muito indecisa entre fazer Engenharia e Arquitetura, acabei fazendo Arquitetura, e eu sempre gostava muito destes canais de moda, Fashion TV, e depois de algum tempo comecei a desenvolver muito gosto pelo desenho, ia fazendo desenhos de vestidos, desenho de retratos, ia guardando os meus desenhos, e uma dessas vezes um tio meu viu e aconselhoume a ter a experiência de entrar no mundo da moda, fez um contacto entre mim e o Moçambique Fashion Week, que é a plataforma de moda que nós temos em Moçambique, e senti a necessidade de aprender a costurar, porque já tinha tido experiências com outras costureiras, de pedir para fazerem um desenho, um croquis, executar um croquis desenhado por mim, nunca saí exatamente daquilo que eu esperava, daquilo que eu tinha realmente desenhado.
Então entrei no curso de corte e costura, aprendi a costurar, e com seis meses de experiência, decidi fazer a minha primeira coleção, isso foi em 2009, para o Moçambique Fashion Week, e graças a Deus saí vencedora na categoria de Melhor Young Designer, e eu acho que esse marco é que me absorveu para o mundo
da moda, que começou a criar muitas expectativas das pessoas para mim, de mim para mim, e comecei a entrar no mundo da moda, o ano seguinte voltei a fazer mais uma coleção, em 2010, em 2011 fiz a minha terceira coleção, que voltei a ganhar na categoria de Melhor Young Designer de Moçambique, e daí para frente começaram a surgir convites internacionais para apresentar as minhas roupas, o primeiro foi por causa desse prêmio de 2011, que fui convidada por Riciane Moda Itália, apresentei a minha primeira coleção internacional, e daí para frente eu senti que a moda acabou me abraçando, e quando terminei o meu curso de arquitetura e urbanismo em 2013, tive que fazer essa difícil escolha, que era interseguir o mundo da moda e o mundo da arquitetura, e graças a Deus escolhi o mundo da moda, não me arrependo.
Quais são as qualidades que um estilista deve ter?
Eu acho, primeiro, um estilista deve ser criativo, em primeiro lugar. Deve conseguir trazer aquilo que é a sua visão de arte para o mundo, porque existem muitos estilistas no mundo e o que se quer é a diversidade da moda. Então, acho que tem que ser resiliente também. Existem muitos obstáculos, muitas batalhas. A pessoa nunca pode desistir.
Tem que sempre insistir naquilo que é a sua arte.
Qual é a tua inspiração para montar as peças?
E a minha inspiração para montar as minhas peças, eu digo que sou eu mesma.
Eu chamo-me Taússy. Taússy, em swahili, em árabe, significa
pavão. E eu inspiro-me muito nos valores que o pavão tem, que é um animal exuberante, um animal que gosta muito de se mostrar, com cores vivas e que não passa despercebido.
Então, eu acho que a minha roupa tem muita essa identidade, a minha marca tem muita essa identidade, que são peças que não passam despercebidas, são peças exageradas. E eu sempre me inspirei nisso, inspirei-me na forma como eu vejo a moda, em coisas bem exageradas, bem chamativas, mas, ao mesmo tempo, harmónicas e criativas.
Quais os motivos que levaram a migrar para outros espaços?
Eu acho que é sempre bom nós termos intercâmbio, conhecermos outros estilistas, outros países, porque só assim nós vamos crescer e desenvolver.
A cada viagem internacional que eu faço, eu transformo-me, eu refaço-me, me reconecto com outras energias. Então, eu acho assim muito importante a pessoa conseguir viajar, conhecer outros países, outras culturas, porque o processo criativo é mesmo isso, ele não é estático, ele vai mudando, vai melhorando.
Eu acho que esse é um dos motivos que me faz sempre ir para várias partes do mundo, conhecer diversas culturas e também levar aquilo que é a cultura moçambicana, aquilo que é a minha forma como moçambicana de ver a moda.
Acreditas que o mercado moçambicano esteja preparado para produzir estilistas com qualidade?
Eu acho, sim, que o mercado moçambicano está preparado
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para lançar bons estilistas, tanto é que existem vários bons estilistas em Moçambique. Acredito, sim, que se precisa mais de um pouco de investimento nessa área, ao nível de formação, oportunidades, do nosso próprio governo acreditar na nossa arte e no poder que a moda moçambicana pode ter nos estilistas de fora, mas acredito, sim, que está preparado para lançar bons estilistas e eu acho que é um processo de crescimento e desenvolvimento.
A moda em Moçambique surgiu há poucos anos e teve um crescimento enorme. Para termos hoje estilistas a apresentar coleções fora, significa que está sim a existir algum crescimento, algum desenvolvimento. Então, eu acho que, sim, com um pouco mais de dedicação, um pouco mais de esforço dos estilistas
que estão na vanguarda, vamos começar a criar mais essa visão e essa perceção que é preciso, sim, investir na moda para que ela cresça com mais velocidade.
Qual tem sido a repercussão das suas peças em Moçambique?
As pessoas de Moçambique têm recebido muito, mas muito bem o meu trabalho. Eu nunca fiquei um mês, uma semana sem cliente. Tenho sempre muita boa aderência, tenho clientes fixas, tenho clientes novas. As pessoas recebem muito bem o meu trabalho, gostam muito do meu
trabalho e eu não tenho razões de deixar para... Sobre a aceitação do meu trabalho em Moçambique.
Como moçambicana, qual é o teu posicionamento quanto a mundo da moda em Moçambique?
Como moçambicana, como eu sempre digo, eu acho que o mundo da moda não é valorizado e acho que estamos todos nessa batalha para as pessoas começarem a olhar a moda como parte da cultura. Eu não senti a moda como uma estrutura. Tanto é que eu já tive várias aproximações
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New York Fashion Week
talvez o
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“O
foi
ponto mais alto da minha carreira”
com estruturas governamentais e não governamentais para pedir patrocínio, apoio para exposições internacionais. Eu nunca tive, desde que eu me formei como estilista, nunca tive nenhum apoio exterior que não seja do meu próprio sustento para apresentar qualquer coleção fora. Eu acho isso muito triste porque eu já me apoiei de várias entidades, até bancos e eles disseram, nós apoiamos o futebol, o basquetebol, lançamentos de livros, lançamentos de esculturas, galerias de arte, etc. Então, dá para perceber que eles não entendem ou não olham a moda como uma área para se apostar. Então, como moçambicana, eu acho que não
estou muito satisfeita com como a moda é valorizada, mas estamos nessa batalha. Eu acredito que em bem pouco tempo as pessoas vão começar a olhar para a moda moçambicana ou para os estilistas moçambicanos de outra forma positiva, com certeza.
Quais foram os desafios para ter o reconhecimento que tens?
É assim, eu considero-me uma pessoa muito, sobretudo é abençoada, porque na questão de reconhecimento, não vou dizer que eu não tive nenhum desafio, mas como eu disse, logo a minha primeira experiência como estilista, eu venci na categoria de melhor
Young Designer, é uma coisa que eu não imaginava, não passava pela minha cabeça, era mesmo uma experiência que eu queria ter, eu nunca tinha acompanhado o Moçambique Fashion Week, não sabia como funcionava, não sabia qual era o estilo de roupa das pessoas que tinham vencido nas outras edições, então eu acho que o reconhecimento para mim foi imediato, o maior desafio que tive, tenho tido, é manter o nome e esse reconhecimento que tive logo a primeira experiência, então o meu desafio é esse, é eu sempre manter e melhorar a qualidade e as expectativas, e superar as expectativas que as pessoas têm de mim.
JÁ venceu vários prémios, desde o longínquo MFW em 2009… De la pra ca, conte-nos o que mudou em si.
Mudou muita coisa, muita coisa, primeiro mudou a forma como eu própria olhei para a moda, eu olhava para a moda como hobby, tanto é que eu fazia a moda em paralelo com o meu curso de arquitetura e urbanismo e ninguém faz um curso de cinco anos para arrumar o diploma, então eu própria olhava para a moda assim, então mudou muito a minha forma de olhar para a moda e primeiramente olhava para a moda como hobby, como arte, como alguma coisa que eu fazia nos meus tempos livres, depois o mercado foi apertando e eu comecei a levar um pouquinho mais a sério, depois de algum tempo eu vi que a moda para além de ser arte, de ser algo bonito, que vai a passar ali aplaudido, tem que ser sustentável, comecei a pensar mais em fashion como business, então comecei a reestruturar melhor a minha empresa, comecei a olhar melhor para os gráficos de crescimento
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da minha empresa, comecei a projetar a minha empresa ou projetar o crescimento da minha empresa, então eu acho que a moda acabou-me transformando não só numa estilista renomada, mas também numa empresária e numa mulher que olha para o empreendedorismo, não só feminino, mas olha para o empreendedorismo e o empresariado como diferente, porque eu acredito que se eu tivesse ido para o mundo da arquitetura, ou teria o meu próprio atelier e poderia assim ser empresária, ou então estaria a trabalhar no atelier e a fazer projetos para outras empresas, então eu acho que a moda teve sim
A Taússy já estreou suas coleções nas passareles mais mediáticas do Mundo. Esteve na NYFW, que é uma das mais, senão a mais famosa FW no mundo, e agora vai a African Fashion Week no Brasil. Como é partilhar o palco com alguns dos nomes mais mediáticos da moda a nível mundial?
Eu estreei, sim, o New York Fashion Week em fevereiro e foi talvez o ponto mais alto da minha carreira e para mim compartilhar o mesmo palco de grandes marcas, compartilhar o mesmo evento que grandes marcas mundiais de moda significa que, primeiro eu fiz uma boa escolha e segundo que o meu trabalho está a desenvolver, está a ser bem aceite, estou a ter um desenvolvimento não só pessoal, mas como na marca, então é gratificante, é a realização de muitos sonhos, de muitas metas que eu tinha desde criança, coisas que eu até achava que eram impossíveis, então para mim estar num show que eu sempre via na televisão e achava que
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me inspirava ou me inspirou a ser estilista é a realização de um grande sonho, é a motivação para eu não desistir, continuar a investir cada vez mais na moda.
E a repercussão tem sido muito positiva, tanto é que logo que eu voltei do New York Fashion Week que foi no final de fevereiro, tive logo o convite para participar no Africa Fashion Brasil, que foi a primeira edição do maior evento de moda afro-centrada em Brasil. Vieram descendentes africanos de todas as partes do Brasil, então foi um evento gigantesco.
E para mim, como africana, como moçambicana, ser a primeira estilista a abrir o evento, a ter o desfile inaugural do evento vindo de Moçambique, significa que essa aposta, essa nossa moda moçambicana, essa dedicação toda que eu tenho tido durante esses anos todos, está a valer muito a pena.
Porque foi uma honra enorme.
Eu abri o desfile e quem fechou foram os meninos Rei, que são estilistas brasileiros, também super renomados.
Então foi muito importante. Primeiro, o evento está a ser muito importante aqui no Brasil, para a África, para os africanos.
E para mim, então, não tem palavras para explicar. Não tem palavras para explicar a grande honra que é inaugurar, abrir um desfile com a magnitude que tem o Africa Fashion Brasil.
Não só tantas portas estão a ser abertas aqui no Brasil, tem já lojas querendo ter a minha marca aqui presente. Então está a
ser uma realização de sonhos um atrás do outro. Existe curiosidade la fora, sobre a moda Moçambicana? Deixe alguns conselhos para quem esta a iniciar nesta área.
Pronto, a repercussão positiva que o meu desfile teve fez as pessoas ficarem mais curiosas sobre Moçambique, sobre o país em si, sobre os estilistas moçambicanos. Acredito que tenha representado muito bem o meu país. Então, eu acho que o sucesso do desfile trouxe sim muita curiosidade para Moçambique como país para moda, para gastronomia. Tem muita gente que já marcou, está a falar comigo, que quer marcar férias para ir para Moçambique. Eu falei muito bem das praias de Moçambique, falei muito bem do nosso país, porque o nosso país realmente é muito lindo, com uma riqueza cultural e uma diversidade de riquezas enorme. Então, está a criar sim muita curiosidade dos brasileiros para Moçambique, porque nós, praticamente, nós consumimos muito os canais brasileiros e nós conhecemos muito o Brasil. Eu aqui conheço muita coisa e eles conhecem muito pouco de nós.
Então, eu acho que esse intercâmbio, esse destaque que Moçambique teve no desfile vai ser muito importante para o turismo moçambicano.
Duas estilistas brasileiras que já me pediram para participar na semana de moda aí em Moçambique, para eu fazer os contactos. Então, está a haver muito interesse positivo por Moçambique, pela moda, pela gastronomia, por toda a diversidade cultural, porque eles aqui são descendentes de africanos.
Quando eles veem uma africana, ficam curiosos, querem realmente saber como é a cultura, como é que são os nossos hábitos e costumes, e têm, sim, essa curiosidade de ter também esse intercâmbio connosco.
@taussy_
Encontre a Taússy Daniel, na rede:
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SALVADO ILUSTRE
O CONTADOR DE FILMES
uma forma de viajar no mundo preso em uma tela. Não me concentro no produto final, me interesso com back stage, como tudo é feito, os passos, pois através disso podemos criar paixão nas pessoas.
O Salvado foi um por caminho diferente dos demais criadores de conteúdo. Pegou a sua paixao pela 7ª arte e viu ai uma oportunidade. Conte -nos um pouco de como tudo começou?
A paixão pelos filmes vem desde a infância, nos tempos de VHS, na época existiam casas que funcionavam como cinema clandestino, onde podia pagar uma moeda e entrar pra ver um filme que muitas vezes não era da sua escolha, uma época em que poucas casas tinham televisores ou VHSs.
Meu pai trabalhava fora e um dia nos trouxe o VHS, agora podia consumir de casa. Mais tarde chegamos na era dos DVDs e posteriormente os computadores. Ficávamos em família, assitindo todo dia nas férias. Mas o interesse por actuar nisso começa quando em 2015 começo a trabalhar no Cinema (Lusomundo), muitos clientes/telespectadores ligavam procurando saber o que passava no cinema, se era bom.
Quem é o Salvado?
Salvado é jovem consumidor, crítico e amante de cinema, além de consumir é um jovem apresentador de televisão com um programa virado na 7ª arte.
Qual é a sua área de actuação?
Actualmente actuo na televisão, concretamente como apresentador de conteúdos cinematográficos. Sou também criador de conteúdos (escrevo ou gravo críticas de filmes).
Qual é o seu diferencial?
Diferente de muitos que olham o cinema somente como entretenimento, eu olho como arte e também
Partindo daí comecei a publicar as estreias nas minhas redes sociais, mas para alguns, um simples cartaz não bastava, precisava falar um pouco do filme, então comecei a escrever sobre filmes, pra suscitar um interesse pelo cinema, (dizer já agora que o meu objectivo é fazer com que os moçambicanos abracem e tenha a cultura de ir ao cinema, que entendam que cinema faz parte das artes, da cultura.)
Mas tudo atinge novos patamares quando em 2020 os cinemas encerram devido à Covid 19, ninguém mais podia ir ao cinema, todos se trancavam em casa e não sabiam o que assistir, e é por aí onde eu começava , quando as pessoas não sabiam o que assistir. Gosto de dizer que muita gente ama filmes mas não sabe o que de facto assistir. Pelos comentários percebia o que as pessoas gostavam e sugeria o que era do seu interesse.
Como tem sido a receção dos seus conteúdos?
Os meus conteúdos tiveram mais aceitação na quarentena, sem muitas saídas e actividades, as pessoas se envolviam mais com a 7ª arte, chegou um tempo que se passasse uma semana sem sugerir
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alguma coisa às pessoas, elas me procuravam pra saber o que assistir. Com isso quero dizer que a recepção tem sido boa, mas espero que melhore.
Como vê o desaparecimento das salas de cinema pelo País?
Com muita tristeza tenho assistido ou lido sobre salas de cinema sendo trnsformados em supermercados ou outros tipos de estabelecimentos, isto revela a pouca consideração que nós moçambicanos temos pela 7ª arte, a tratamos como se não fosse cultura ou algo nosso. Os moçambicanos gostam de filmes, e é meio absurdo dizer que em Moçambique actualmente só tem um cinema activo, em Maputo, isto é, quem estiver em Tete ou Beira deve viajar à Maputo para visitar um cinema. Enquanto isso, as restantes salas de cinema ao longo do país estão sendo transformadas em supermercados.
Dê-nos um insight de como os serviços de Streaming estão a tomar cada vez mais do bolo dos cinemas.
Sobre streamings, as famosas plataformas digitais, têm suas vantagens e desvantagens.
Foi uma grande vantagem na pandemia, foram uma grande ajuda, já que ninguém podia sair para o cinema, mas os streamings estavam lá conosco em casa, todos os dias. Nesta fase não podemos dizer que estavam comendo o bolo dos cinemas, pois os cinemas estavam inactivos. Até mesmo agora, são uma vantagem pois nem sempre queremos sair para o cinema. A desvantagem é que as pessoas se viciam e preferem assistir tudo de casa. Mas preciso aprofundar sobre este assunto: Existem filmes para cinema e filmes para streamings (Netflix, HBO, Amazon, Disney+, etc).
Os filmes lançados no cinema, geralmente não vão para streamings (pelo menos na mesma data), então, se no cinema está chegar o John Wick 4, significa que para ver o John Wick 4 terá que ser no cinema, porque aquele filme é para cinema e não streamings.
Daí chegamos a conclusão que os streamings não comem tanto do bolo do cinema, tratando de conteúdos, mas quanto ao tempo, eles roubam sim o tempo das pessoas, qie seria gasto no cinema. Espero ter sido claro.
Qual o género que lhe cativa?
Qual o seu filme favorito?
Eu assisto quase todos gêneros, só não gosto de gêneros musicais e de dança.
E minha inclinação está no drama e suspense. É no
drama que vejo o talento e as qualidade de um actor.
Difícil escolher um filme favorito, já vi milhares. Mas vou no THE REVENANT, estrelado por Leonardo Dicaprio, 2015.
Quais as tuas ambições no mundo digital?
As ambições são gigantes... Um canal no YouTube que trate de assuntos inteiramente cinematográficos. E também instalação de cinemas nas 3 zonas de Moçambique, sul, centro e norte, cinemas que contenham bibliotecas. Acredito muito que esta combinação pode melhorar a sociedade, cinema e livros.
@ilustre.37 27
Encontre o Salvado Ilustre, na rede:
ALIMENTAÇÃO INTERFERE NAS CÓLICAS MENSTRUAIS
Cólica menstrual é algo que realmente incomoda e acaba até atrapalhando os afazeres do dia.
Cada mulher tem uma táctica para amenizar o inconveniente. Durante o período menstrual são produzidos prostaglandinas, mediadores inflamatórios.
Portanto, é importante comer alimentos que reduzam o factor inflamatório do corpo e que sejam antioxidantes.
Mas como não existe milagre, não adianta a mulher seguir a alimentação recomendada apenas nos dias em que está com cólica.
É necessário haver uma melhora no padrão alimentar e, aos poucos, ela vai sentindo os benefícios.
Sardinha, salmão e atum são peixes de água fria ricos da gordura boa ômega 3 que, além de outros benefícios, age como modulador inflamatório. O nutriente ainda diminui a contracção uterina e pode ser encontrado na semente da linhaça ou da chia.
Oleaginosas Alimentos que são fontes de vitaminas do complexo B e que contêm magnésio atuam no relaxamento da musculatura, o que alivia a cólica. Nozes, amêndoas, castanhas e
outros representantes do grupo das oleaginosas suprem esta necessidade Sementes de linhaça, girassol ou de gergelim, sementes ricas em Magnesio, Uma dica é fazer um mix com elas (incluindo, também, linhaça ou chia, por conta do ômega 3)
NOTAS:
Para quem Gosta de Café
A cafeína estimula os movimentos peristálticos, acentuando as contracções dos músculos do baixo-ventre e, portanto, intensificando as cólicas menstruais.
Para piorar, a bebida também pode deixar a mulher mais irritada.
Diminua café, chá-preto e Coca Cola.
Doces
Por conta das mudanças hormonais, como queda da serotonina, a mulher fica com mais vontade de consumir carboidratos durante a menstruação e, principalmente, na TPM (tensão pré-menstrual). Fique atenta com os excessos nessa fase
Suplementos: O magnésio, Zinco, Complexo B, Vitamina E são suplementos essenciais para aliviar as Cólicas
Nelio Remane @nelioremane1 87 08 84 888 www.nelioremane.com NELIO REMANE FISIOCULTURISTA - NUTRICIONISTA - PERSONAL TRAINER CRIADOR DO PROGRAMA CORPO SARADO NOME DE REFERENCIA NO MUNDO FITNESS. E CONSIDERADO UM DOS MELHORES A NIVEL NACIONAL. ESTE ARTIGO É ASSINADO POR:
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COMO INICIAR UM NEGÓCIO?
Esta é provavelmente a pergunta mais frequente no seio da nossa sociedade, principalmente na juventude, mas infelizmente poucos possuem a resposta, razão pela qual temos muitos jovens a abrir negócios e a falir numa velocidade muito grande e outros se quer conseguem iniciar por falta de capital e\ou instrução. Até aqui podemos dizer que os grandes vilões são dois, ausência de capital e falta de instrução, isto é o que maioria das pessoas pensa, mas na verdade o vilão é apenas um, a falta de instrução, é pela falta de conhecimento que muitos jovens não conseguem iniciar os seus negócios, pois só não tem dinheiro quem não sabe o que fazer para ter dinheiro, se tivesse o conhecimento necessário certamente já teria o dinheiro que precisa para iniciar o negócio, e enquanto não souber o que deve fazer não terá dinheiro, por isso eu gostaria de neste artigo deixar instruções claras para que todo jovem aprenda como fazer dinheiro e assim ter como financiar o seu próprio negócio.
Antes de aplicar as técnicas que irei deixar aqui, é importante que os jovem abram a sua mente e se permitam fazer uma reprogramação, pois não adianta ter o dinheiro necessário sem a mentalidade certa, nenhum negócio irá sobreviver, será apenas mais um negócio nas estatisticas dos que faliram em pouco tempo, não conseguiram sobreviver, o que irá resultar em grande frustação para o dono, frustração essa que pode levá-lo a desistir de tudo e simplesmente conformar-se com as circustâncias, daí a grande importância da reprogramação.
Quando se trata de mudança de mentalidade, existe uma frase que não pode ser ignorada: Não
ARCÉLIO TIVANE
ESCRITOR, COACH, PALESTRANTE, EDUCADOR, EMPRESÁRIO.MAIOR DEFENSOR DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA
EM MOÇAMBIQUE, COACH FORMADO EM GESTÃO, PELA UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE, E EM MASTER COACH EM FINANÇAS PESSOAIS, PELO INSTITUTO INTERNACIONAL DE COACHING, NOS EUA. COACH FORMADO EM GESTÃO, PELA UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE, E EM MASTER COACH EM FINANÇAS PESSOAIS, PELO INSTITUTO INTERNACIONAL DE COACHING, NOS EUA. A SUA PÁGINA DO FACEBOOK
É, INDISCUTIVELMENTE, UMA DAS MAIORES PÁGINAS EM MOÇAMBIQUE SOBRE EMPREENDEDORISMO E EDUCAÇÃO FINANCEIRA.
existe mudança de mentalidade sem mudança de ambiente, ou seja, você precisa mudar as suas relações, trocar as suas amizades e começar a conectar-se com pessoas que desejam alcançar ou que já possuam os mesmos resultados que você deseja, ou seja, pessoas que queiram iniciar seus negócios ou já possuam negócios sólidos, esta acção por si só já ajuda a ampliar a sua visão e também ajuda a aumentar a nossa base de conhecimento, de forma que antes mesmo de montar o seu negócio você já tenha noção das coisas que deve ou não fazer.
O segundo passo é desenhar um plano para o seu negócio, sem sem esquecer de ser objectivo
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e colocar lá a visão do seu negócio. Feito isto é hora de buscar o financeiamento para o seu negócio, acredito que neste momento o leitor deve estar a achar que estou a falar de fazer cartas e endireiçar a instituições de apoio a pequenos empresários, ou coisa parecida, mas não é disso que estou a falar, estou a falar de você fazer o dinheiro que precisa e auto-financiar o seu negócio, ninguém investe em algo que não vê retorno e o dinheiro é atraído por dinheiro, neste caso, você só irá atrair dinheiro se tiver dinheiro. Não se trata de ter muito dinheiro, mas trata-se de ter pouco e almejar ter muito, tomar decisões certas com o pouco para poder maximizá-lo e tornar muito, é preciso começar a poupar para investir, retirar alguma percentagem do salário, mesada ou qualquer outro ganho e guardar para investir, separar para plantar hoje e amanhã colher.
Para além desses metódos você pode usar outras técnicas, como as que deixarei já a seguir:
1. Você pode identificar um produto já existente, montar a estratégia de vendas e vender, com isso você irá receber uma comissão no final de cada venda, valor este que deve
ser bem guardado para iniciar o seu negócio, recomendo a usar as técnicas de poupança;
2. Monte uma loja virtual, coloque lá vários produtos e negocie com fornecedores, assim você será intermediario dessas vendas e irá ganhar por isso;
3. Você pode aplicar a técnica do desapego, esta é uma técnica que consiste em vender todos os bens que você já não usa, bem aplicada esta técnica pode render muito dinheiro, eu digo isso porque a maioria das pessoas possui diversos bens guardados em casa, coisas que nunca mais serão usadas e que muitas vezes acaba por jogar fora, então ao invés de jogar fora didpesdiçar dinheiro, é possível fazer dinheiro que esses bens que estão cheios em sua casa;
4. A outra forma é começar a poupar do valor que você já ganha, mas atenção é preciso muita disciplina e fazer do jeito certo.
Estes são apenas alguns exemplos do que você pode fazer, mais existem muitas outras coisas, o mais importante é que você edsteja sempre atento e saiba aproveitar as oportunidades e acima de tudo estar no ambiente certo e com as pessoas certas.
ESTE ARTIGO É ASSINADO POR: Arcelio Tivane Arcelio Tivane @arceliotivane @ArcelioTivane www.arceliotivane.com 31
SOFIA ALVES ARQUITECTA
de Maputo, como o condomínio Orion, condomínio Diamond e condomínio Massala.
Uma de suas características marcantes de é a habilidade em criar arranjos funcionais para os espaços, além de coordenar eficientemente a equipe na elaboração dos mais diversos projectos. Sua carreira na arquitetura é um exemplo inspirador para outros jovens provenientes de famílias humildes, que lutam por um futuro melhor. Seus passos representam uma nova geração de profissionais destemidos e comprometidos com a mudança e o impacto social.
Como é ser arquitecta nos dias de hoje?
Arquitetura é uma profissão altamente respeitada, admirada e amplamente reconhecida por sua contribuição para o bem-estar social.
Quem é a Sofia Alves? Breve historial, onde formou-se?
Sofia Alves é uma jovem arquiteta moçambicana, apaixonada pela sua profissão, altamente competente e habilidosa como líder. Ela encontrou no empreendedorismo uma forma de exercer sua profissão com liberdade, autonomia, criatividade
e independência, criando uma marca no mercado nacional e internacional.
Formou-se em 2015 pela Universidade Eduardo Mondlane em Maputo. É co-fundadora da empresa Alves & Arquitectos, onde é responsável pela concepção de diversos projectos renomados, incluindo condomínios de alto padrão no coração da cidade
Ser arquiteto nos dias de hoje é desafiador e intrigante. A profissão requer responsabilidade, pois você cria espaços e edifícios que terão impacto direto na vida das pessoas. Devemos estar sempre atentos às novas tendências e novidades do mercado, o que requerer muita pesquisa, aprendizado constante, criatividade e inovação.
Por outro lado, precisamos de desenvolver a habilidade para trabalhar em equipe, sendo que a obra final é produto de vários
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profissionais que unem forças para entregar uma construção sólida, pensando sempre no utilizador final.
Nós não desenhamos projectos. Representamos no papel os sonhos e desejos dos nossos clientes, com base no nosso conhecimento, experiência e consultoria técnica.
É de conhecimento geral que os recursos no planeta estão a escassear, e a arquitetura está cada vez mais integrada a temática da sustentabilidade. Para mim, isso significa que, como arquiteta, tenho a oportunidade de fazer escolhas que ajudam a proteger o meio ambiente e reduzir o impacto que as construções causam ao planeta. As pessoas também já têm essa consciência, pois nos últimos anos observamos uma crescente demanda e solicitação por projectos e por espaços construídos mais sustentáveis e amigos da natureza.
Um arquitecto precisa de ser criativo para ultrapassar os desafios e se distanciar da
concorrência, prestando serviços com o qual o cliente se sinta representado a cada escolha do projecto e o público se identifique. Como empreendedora, tenho, constantemente, me desafiado e trabalhado para aprimorar minhas habilidades de liderança. Com uma equipe de 12 profissionais para gerir e encaminhar no meu dia-a-dia na empresa, trabalhamos para aprimorar a gestão e a comunicação efetiva, fundamentais para alcançar as nossas metas conjuntas, “um por todos e todos por um”. É uma carreira desafiadora, mas muito recompensadora.
De onde surge a necessidade de abrir uma empresa de arquitetura?
A necessidade de abrir uma empresa de arquitetura surge a partir do desejo de atuar livremente na profissão, com autonomia criativa e independência para gerir projectos.
Quando terminei o curso, e, face à crise econômica no país, as empresas de arquitectura não
estavam a contratar. Como jovem recém-formada e vindo de uma família humilde, se quisesse me sustentar, teria de o fazer com meios próprios. Porque enquanto estudante já desenvolvia projectos e participava em concursos de arquitetura, percebi que poderia ter sucesso no negócio se unisse a minha criatividade com o empreendedorismo.
Conheci o meu sócio e marido na faculdade, trilhamos juntos o percurso acadêmico e ele sempre foi uma inspiração para o empreendedorismo. Juntos, olhamos para o mercado moçambicano e desenhamos uma empresa que pudesse:
(1) oferecer uma abordagem exclusiva a cada projecto, com uma equipe altamente qualificada e comprometida, (2) conceber design de ponta com atenção aos mínimos detalhes, que busquem alcançar funcionalidade, sustentabilidade e identidade do cliente, e (3) colaborar em projectos que tenham impacto positivo na cidade, contribuindo para o seu desenvolvimento e transformação.
Na altura, nossa preocupação era o que foi mencionado acima, e o que conseguimos e colhemos hoje foi consequência do investimento nos objetivos acima mencionados. Noto em muitos jovens no país o desejo de empreender no pensamento de, primeiramente, poderem ganhar dinheiro e sucesso. Todavia, esses dois devem ser consequência da dedicação, paixão e impacto que vão gerar na mudança de vida das pessoas e a habilidade de solucionar problemas. Ser empreendedor é também ser um solucionador de problemas e questões sociais.
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Quais os desafios que enfrentaste no mercado?
Em mais de cinco anos de Alves & Arquitectos, o que nos motiva a nunca desistir são os feedbacks dos nossos clientes.
Assim como em qualquer empreendimento, enfrentamos vários desafios em nossa trajetória no mercado de arquitetura. Entre as dificuldades iniciais, a falta de capital financeiro para implantar o nosso negócio, criamos tudo com fundos próprios fruto de trabalhos que prestávamos ainda como estudantes para outras empresas e profissionais. A demais, o desafio
de conquistar a confiança dos clientes, visto que éramos jovens, o que gerava dúvida e ‘pontos de interrogação’ em que muitos não acreditavam que os projectos eram desenvolvidos por nós.
Não tivemos desafios na captação de clientes, pois o nosso portfólio chamava bastante atenção, e o nome da empresa era bastante sugestivo: Alves & Arquitetos. Muitos associavam a uma empresa de um ‘velho arquiteto super experiente’ de nome Alves, mas isso nunca chegou a incomodarnos.
Estivemos sempre focados em gerir
a empresa, organizar processos, estratégias de venda e os custos de manutenção, sem deixar de lado a inovação necessária para a manter a relevância da marca no meio empresarial do mercado de arquitetura.
Ainda no processo de crescimento, optamos por determinar as responsabilidades de cada um dos sócios da empresa, visto que eu e meu marido somos ambos arquitetos e sócios na empresa. Isso trouxe benefícios como uma divisão mais equitativa das tarefas, o que contribui para ninguém invadir o espaço do outro, haver
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“Desde que iniciamos nossas atividades, já elaboramos mais de 200 projetos”
confiança e apoio nas decisões que compete a cada um. No entanto, a administração de uma relação/ parceria conjugal para gerir uma empresa não deixa de ser uma tarefa que exige muita maturidade.
É necessário lidar com desafios implícitos aos arranjos colocados sobre a vida do casal no ambiente produtivo da empresa. No nosso caso, fomos trabalhando essas diferenças e, nos dias de hoje, fortificou a nossa relação conjugal em que a cada dia eleva a admiração que um tem pelo outro.
Como mulher, o estigma ainda existe nos dias de hoje, concretamente na sua área de profissão?
A presença feminina na arquitetura vem crescendo nos últimos anos e mais mulheres estão ganhando espaço na profissão. Porém, ainda há muito a ser feito para mudar a percepção machista na sociedade em relação ao trabalho desempenhado pelas mulheres, cenário que se observa também neste campo. Minha experiência enquanto mulher arquiteta com mais de sete anos na profissão não tem sido marcada por casos de preconceito diretos.
Concentrei-me em fazer meu trabalho de forma dedicada e competente, sem deixar que outros se sobreponham na questão gênero. Assim, acredito que a melhor forma de combater o estigma e representar outras mulheres é esforçarmos para mostrar o máximo de nossas habilidades, mantendo um padrão elevado de competência.
Devemos estar confiantes em nossa capacidade e trabalhar incansavelmente para fazer a diferença na nossa área de atuação, contribuindo para valorizar ainda mais a presença feminina em áreas historicamente dominadas pelos homens. Sobretudo, na atualidade é evidente que essa composição palpável da mão-de-obra a meu ver agrega um resultado positivo no ambiente corporativo pois as mulheres são vistas como mais detalhistas e atenciosas e esse estigma muitas delas usam-no como combustível para provar suas habilidades postas em dúvida e modesta parte têm se saído brilhantes.
Como tem sido a repercussão do seu trabalho?
Apostar na diferenciação do produto oferecido e na satisfação do cliente é o segredo. Muitas vezes fomos confundidos como um escritório internacional o que para nos foi motivo de orgulho uma vez que demostra a forma como o publico aprecia o nosso trabalho, e isso não tem preço. Sinto que a repercussão do nosso trabalho tem sido muito positiva ao longo desses 5 anos de existência da nossa empresa. Desde que iniciamos nossas atividades, já elaboramos mais de 200 projetos que foram muito bem recebidos pelo público e pela crítica.
Acredito que esse sucesso se deve ao nosso comprometimento em oferecer soluções personalizadas e de alta qualidade aos nossos clientes, procurando sempre estar afrente das tendências do mercado.
O arquitecto deve perceber que o espaço projectado não e para si, mas sim para o utilizador. Sua função é prestar consultoria técnica de modo a entender suas necessidades, desejos e expectativas em relação à obra - 50% e a nossa assistência técnica e 50% as necessidades do utilizador final.
Acredito que a repercussão de um negócio bem-sucedido no mundo da arquitetura é resultado do esforço e dedicação de uma equipa. São as pessoas que fazem a empresa, por isso, é importante desenvolver a cultura de trabalho em equipa no qual cada membro se reconhece parte importante da empresa. Nisto resulta a capacidade de gerar boas experiências e resultados satisfatórios aos clientes,
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contruindo assim uma marca reconhecida e de grande valor de mercado.
Quais são as tuas ambições no mundo arquitectónico?
Minhas ambições no momento estão ligadas ao lado empreendedor. Poder inspirar jovens moçambicanos que já descobriram a sua “paixão de vida” e não sabem por onde começar, mas estão comprometidos com a mudança e impacto social. Outra ambição inclui obter conhecimento e compartilhar com a minha equipe e outros profissionais no mercado, pois defendo muito que quem ensina aprende 1000 vezes mais e que duas pessoas pensam melhor do que uma. Transmito esta mensagem todos os dias aos meus colaboradores no escritório.
E, por fim, conquistar clientes para novos projectos deixando a nossa marca no nosso país e no mundo. Foco, determinação, etc.… muitos de nós já estamos cansados de ouvir essas palavras e acreditar que, na verdade, são ‘conversa fiada’.
No entanto, ser empreendedor ou mesmo um bom profissional em qualquer área passa primeiro por conseguir fazer o básico bem feito. Ser consistente e trabalhar para materializar, nunca perdendo o foco dos objetivos e nunca comparando o nosso ritmo ao do outro.
Quais são as suas principais fontes de inspiração ao projetar um novo edifício ou espaço?
Como arquiteta, a minha principal fonte de inspiração são as
pessoas. Procuro extrair inspiração da natureza, da cultura e de estudos sobre as necessidades das pessoas que vão usufruir do espaço construído. Acredito que a arquitetura deve ser pensada em função das pessoas, e não o contrário. Tenho paixão por viajar e em cada viagem que faço, busco na cultura dos diferentes povos inspiração para meus projectos. Gosto sempre de pensar além da moda ou convenções atuais.
Não opto por apenas seguir a moda ou as tendências, pois elas são passageiras e podem criar soluções pouco efetivas a longo prazo. Um exemplo concreto foi a utilização excessiva de elementos decorativos e revestimentos de parede, tetos e pisos, o que tornava os espaços cheios de informação. Esse estilo veio a cair em desuso e deu espaço ao estilo minimalista. Para quem quiser saber mais, pode pesquisar sobre a transição do estilo Art Deco até ao Minimalismo. Preocupo-me em criar espaços atemporais com boa qualidade.
A arquitetura não é apenas uma questão visual, mas um compromisso com a qualidade de vida dos usuários. A validação pelos meus clientes das minhas ideias torna o trabalho substancialmente mais confiante.
Quais são os desafios mais comuns que você encontra ao trabalhar em projectos arquitetônicos e como você os supera?
Quando cultivamos o hábito de olhar para os desafios como lições de aprendizado, torna-se mais fácil encontrarmos as soluções necessárias para superá-los. Um dos desafios mais comuns ocorre: (1) pela falta de materiais de acabamento disponíveis para aquisição imediata no nosso país, (2) Atrasos e contratempos na construção ligados a questões, por vezes, climáticas ou de gestão
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de mão-de-obra, (3) problemas na eficiência da comunicação com a equipe envolvida (arquitetos, engenheiros e mestres de obra) e (4) questões regulatórias impostas pelos órgãos fiscalizadores.
A ocorrência desses desafios pode gerar atrasos na execução e conclusão da obra e causar frustrações ao cliente e ao profissional responsável. Para superar esses desafios, temos promovido reuniões com os principais intervenientes para desenhar um bom plano de trabalho, no qual cada parte entende quais são as suas
responsabilidades. Tentamos antecipar possíveis obstáculos com base em experiências passadas e formamos assim uma equipe que consegue trabalhar de forma integrada. Em resumo, superamos desafios quando arregaçamos as mangas e colocamos os pratos na mesa com diálogo eficiente.
Poderia descrever um projecto desafiador em que tenha trabalhado recentemente? Como você abordou os desafios e quais foram os resultados?
Um projecto desafiador foi um
condomínio habitacional em terreno super irregular e com declive muito acentuado. O terreno está localizado em zona nobre. Nosso desafio principal foi fazer jus ao investimento do cliente, valorizando cada metro quadrado do terreno e desenvolver moradias que facilmente são apreciadas e respondem às exigências do mercado. Aliado a esse desafio, o dono de obra optou por escolher uma empresa de construção chinesa, e com esta escolha veio o desafio da língua.
Não há limites para uma equipe sonhadora e um cliente que se permite envolver no processo.
O que poderias partilhar como uma lição para quem tem o objetivo de ser arquitecta?
Uma lição importante para quem deseja ser arquiteta é estimular constantemente a atualização profissional através de estudos e cursos. É também importante entender o mercado e ficar por dentro das novidades tecnológicas. Tente sempre ser criativo, flexível e adaptável às mudanças. Não se preocupe com o ritmo do outro e não se compare com os colegas da profissão.
Costumo dizer que, de forma geral, usamos muito a “Teoria do Mas” para acomodarmo-nos na zona de conforto, travar nossos sonhos e acolher nossos medos de agir, tirando o mérito dos outros. Por exemplo: “O João abriu uma empresa, mas o pai dele foi quem deu o dinheiro”. Ao pensarmos que os outros conseguem porque tiveram uma ajuda ou facilidade, acabamos por limitar nossos próprios sonhos e ficamos na zona de conforto, acreditando que não somos capazes.
A palavra de ordem é ser ousado e ter coragem para perseguir seus sonhos.
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“Concentrei-me em fazer meu trabalho de forma dedicada e competente, sem deixar que outros se sobreponham na questão gênero. Assim, acredito que a melhor forma de combater o estigma e representar outras mulheres é esforçarmos para mostrar o máximo de nossas habilidades”
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AGENDA CULTURAL
FESTA | KID ZONE | NAMPULA
03/03/2023
09:00 – 18:00
Piscina do Ferroviário de Nampula
FESTA | OS SALTIBANCOS | MAPUTO
03/06/2023
10:30 e 15:00
Centro Cultural Franco-Moçambicano
Em parceria com: Abstrart
FESTIVAL | LUSO FESTIVAL – com Pedro Abrunhosa | MAPUTO
03/06/2023
18:00
Centro Hípico de Maputo
FESTIVAL | MACUTI FESTIVAL | NAMPULA
23/06 - 24/06/2023
18:00
Fortaleza de São Sebastião (Ilha de Moçambique)
MÚSICA | ANSELMO RALPH | NAMPULA
25/06/2023
20:00
Centro de Conferências Joaquim Chissano
MÚSICA | FUTURO DAS GERAÇÕES – com VALETE | MAPUTO 30/06/2023
20:00
Coconuts Club
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WIJECLINY BRITNNEY
MODELO
Fale-nos da Wijecliny Britnney? Onde nasceu?
A Wijecliny Britnney é uma mulher diligente e focada, com suas exigências, experiências e diversidades. Entretanto, com uma visão muito sólida sobre os seus sonhos, suas lutas e seus princípios no que se refere ao mundo da moda! Nascida em Moçambique, na cidade da Beira aos 20 de Junho de 1997.
Quando notaste a tua paixão pelas passarelas?
Desde a minha infância notei que tenho uma paixão enorme pela passarela, e isso era notório nas minhas brincadeiras.
Qual é a sua inspiração?
A minha maior inspiração é a modelo Naomi Campbell.
Quais foram os desafios para chegar até aqui?
Foram vários desafios que tive de enfrentar até cá chegar, e vários que ainda tenho enfrentado! Mas, dentre os quais o que mais me marcou foi a situação de ter que conciliar a passarela com o meu trabalho na área de Engenharia Civil, o que não foi fácil porém exigiu muito do meu esforço. Tive de me abster de muita coisa, para poder me focar apenas nos meus trabalhos pois são eles que me fazem ser a Britnney que sou hoje.
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Conte-nos as suas experiências profissionais no mundo das passarelas?
Dentre as várias experiências no mundo das passarelas tenho a realçar que foram todas um grande aprendizado tive a oportunidade de desfilar em Mozambique fashion week; Beira Fashion ; Africa Fashion week; Top Model Europe. Etc.
Quais são as maiores exigências que uma modelo passa?
As maiores exigências que uma modelo passa, é basicamente ter muito cuidado com a imagem, profissionalismo e postura.
Em relação ao peso, ao teu ver, é o factor principal na seleção de uma modelo?
No caso de peso, depende muito de que tipo de modelo se está referir! Entretanto na área da passarela depende sim do peso mesmo…
Quais os principais requisitos para se tornar uma modelo?
No caso das passarelas, o que se exige de forma geral é que a altura da modelo esteja acima de 1.75 m, Para o busto,
recomenda-se algo em torno de 86, assim como uma cintura na faixa dos 60 e quadril também 86.
Qual é a tua visão quanto a mundo da moda em Moçambique?
O mundo da moda em Moçambique ainda encontra-se com muitos desafios porém percebo que a cada tempo que passa a muita coisa que tem melhorado e os artistas nessa área tem evidenciado muito esforço de forma a levar a nossa moda até ao mais alto nível Mundial.
Quais as tuas ambições como modelo?
Dentre as maiores são desfilar em várias passarelas internacionais e representar várias marcas.
Encontre a Wijecliny Britnney, na rede: @Wijecliny_Britnney_official
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