Edição 03 – Março

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Publicação mensal Digital - Março - Distribuição gratuita - Edição 03 - Ano 01 - www.mais258.co.mz

BEM VINDO MAIS UMA VEZ A SUA MAGAZINE DIGITAL DE ELEIÇÃO

Boas noticias, A nossa equipa de colaboradores tem aumentado cada vez mais e neste mês damos as boas vindas a 2 elementos que dispensam apresentações: ARCELIO TIVANE E NELIO REMANE.

Estas individualidades abraçaram o nosso projeto, de modo a torna-lo cada vez mais forte.

E mais, o nosso departamento de pesquisa e conteúdo foi nada mais nada menos a América do Norte descobrir um talento Impar : MARCO

EDITORIAL
Aquila Chirindza 06 Laranjinha 39 Txiobullet 26 Província de Inhambane 13 Marco Rudy 18 A alimentação constitui um factor importante para o surgimento ou não de doenças. 24

RUDY, gravem esse nome. Artista e desenhador nas maiores empresas de Quadrinhos do mundo.

Uma historia de superação com ENID NKINI, que você não pode perder, e a Voz dos anjos AQUILA SERENATAS que sentou connosco para uma conversa.

Esses e muito mais conteúdo que vão lhe fazer ficar colado ao ecrã! Não se esqueça de partilhar para que cheguemos a muitos mais leitores!

Obrigado

Muhammad Esmail

Parceiro Digital: Ace Publicidade

Audiovisual: Gevel Studios

Parceiro

Edição e Direção: Muhammad Esmail Dep. Comercial: +258 872582584

E-mail: comercial@mais258.co.mz

Ficha técnica

criativa: Emerson Vidigal

Direção

Designer Gráfico: Frederico Bernardo, Helton Gale

Editor de Video: Edilson Massingue

Revisão de texto: René Moutinho

Entrevistadora: Amida Omar

Penuel Héber Madeira 48 Enid Nkini Nhantumbo 31 Gestão de finanças pessoais a melhor forma de gerir seu dinheiro 37 Apostar em Energias Renováveis A Importância da Transição Energética 46 Índice

AGENDA CULTURAL

HUMOR / MÚSICA | NO BAR COM CHEF GAF | BEIRA

02/04/2023 - 18:00

Novocine LITERATURA | TECENDO

AFROGRAFIAS | MAPUTO

04/04/2023 10:00 - 06/04/2023 18:00

Instituto Guimarães Rosa

FESTA | DIA DA MULHER

MOÇAMBICANA | BEIRA

07/04/2023 12:00

Solange Beach Club

FESTA | GALA DA MULHER | BEIRA

07/04/2023 13:00

Hotel Lunamar

FESTA | FESTA DA MULHER

MOÇAMBICANA | TETE

07/04/2023 18:00

Hotel Iglú

MÚSICA | CARNAVAL FORA

DA ÉPOCA | TETE

08/04/2023 18:00

Casa de Eventos, em frente ao Jazz Bar

GATRONOMIA | TIMBILO FOOD FESTIVAL - COM

IVANDRO | MAPUTO

22/04/2023 15:00

Localização: A Anunciar

MÚSICA | FESTIVAL PÉ NA AREIA 2A. EDIÇÃO | BEIRA

29/04/2023 14:0029/04/2023 20:30

Praia do Macuti

MÚSICA | SPRING MUSIC FESTIVAL | NAMPULA

29/04/2023 18:00

Campo do Sporting

parceria com: Abstrart
Em
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ACESSE
MAIS
www.abstrarte.com
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Aquila, gostaríamos nós de entender como surgiu esse amor pela música, até a sua descoberta para ser uma cantora de Serenatas. Como foi para si essa descoberta?

Bom, na verdade, a música nasce comigo desde pequena. Sempre gostei de cantar. Quando era mais nova, era o galo do prédio. Muito cedo, às cinco horas, eu ia para a varanda e começava a cantar. E, ao longo do tempo, fui aperfeiçoando as técnicas, comecei a cantar na igreja, depois participei num concurso ao nível nacional, ganhei o primeiro lugar. Em 2015, eu lancei meu primeiro álbum, com 16 anos de idade. Dai, não me dediquei 100% à música. Porque, logo depois, eu entrei na faculdade e tinha que me dedicar aos estudos. Por isso mesmo, aqui, por algum tempo, eu fiquei sumida.

Mas, depois, volto, mas não volto como a Aquila Chirindza cantora. Volto como a Aquila Serenatas.

Muita gente a conhecia antes como a Aquila cantora, mas de música gospel. Agora, voltou e tem-se destacado mais como sendo a Aquila que faz serenatas. Como são os preparativos para essas serenatas que tu fazes tão lindamente?

Olha, por incrível que pareça, nunca precisei de um prefácio como tal. Foi algo super aleatório. Tanto é que nunca me vi fazendo serenatas. Nunca planei fazer. Não foi algo que eu tivesse desenhado. Eu nem sabia que isso existia, pelo menos aqui na nossa cidade.

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Aquila Chirindza A Rainha das Serenatas

E, de fato, não existia na nossa cidade. Mas, pronto, de uma forma aleatória, alguém falou comigo e pediu para eu fazer. E, ainda assim, não tinha planos de trabalhar com serenatas. Quando aceitei o convite ou a proposta, foi só para agradar à pessoa e fazer o pedido. Mas também não tinha planos de viver a partir das serenatas.

Assim, a Aquila tornou-se a pioneira das serenatas. Podemos assim dizer.

Eu não sei, mas eu diria que, pelo menos aqui na cidade (Beira), sim, fui a pioneira. Mas, ao nível nacional, não sei.

E, olhando por este lado, como tu avalias o impacto das músicas que tu cantas, na vida das pessoas?

Olha, mesmo sem saber o que eu cantaria nas minhas serenatas, nas primeiras oportunidades que tive de propor algumas músicas, eu idealizei que as músicas tinham que transmitir esperança para as pessoas. A pessoa tinha que se sentir especial e amada a partir das nossas serenatas. Esse é o motivo de boa parte das vezes nós cantarmos música gospel. Porque essas músicas, com

certeza, por si só, já carregam a mensagem que eu queria estabelecer na vida das pessoas.

E acreditamos nós que também tem enfrentado vários desafios. E, principalmente, saber como é que as supera?

Bom, o único desafio, que é um desafio bom, é a pressão. Eu edito os vídeos pessoalmente. Alguém, se calhar, deve estar a perguntar por que não dá alguém para fazer, etc. Já tentei fazer isso, mas não fica aquilo que eu quero.

Quer fazer chegar à sua identidade.

Exatamente, a identidade que eu tenho transmitido também aos nossos telespectadores, né? E pronto, eu acabo mesmo preferindo fazer sozinha, e esse é o único desafio que eu tenho. Ter de fazer as serenatas, ter de editar, e quando temos muitas serenatas, a pressão é maior, não dá tempo de comer, não dá tempo de...

E pronto, o risco, não chamaria de desafio, é o fato de nós trabalharmos sempre na estrada, ou com estrada.

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Tocou agora num ponto, que estão sempre a viajar, estão sempre pela estrada, e como é que tu tens lidado com essa situação? Como é que é conciliar a tua vida profissional com a tua saúde, também a tua espiritualidade?

Bom, não é algo assim, de outro mundo, porque, graças a Deus, eu sei separar os momentos. Se eu tenho culto e o cliente quer a serenata, por exemplo, no horário das 18h às 20h, se é uma quarta-feira que eu tenho culto na igreja, eu digo que não, eu tenho culto. Eu não negoceio esse horário, porque eu já tenho uma atividade, uma atividade que significa muito para mim.

E como é que é lidar com essas emoções nesses momentos?

Olha, quando eu comecei a fazer as serenatas, primeiro dizer que... No primeiro dia em que eu fiz

serenata mesmo, eu nem sabia o que eu estava a fazer.Porque eu só fui. Porque, pronto, ligaram-me, pediram-me, eu só fui. E ainda assim não dei tanta relevância. Mas quando eu cheguei lá, eu estava a cantar para o senhor e ele ficou emocionado.

E eu fiquei assustada.O que foi? O que se passa? Eu fiquei assustada, de fato. E pronto, saí.

E aí eu enviei o vídeo para a esposa, ela gostou muito.

Mas eu depois fui percebendo a beleza da coisa.O impacto que aquilo gera na vida da pessoa que é serenatada. Mas a mim nunca me emocionou da mesma forma que emocionava quem a recebia. Mas uma vez eu fiz uma serenata para uma moça. Perdeu os pais muito cedo. Foi criada com a tia. Pronto, tia e tia. Mãe e mãe. Ela que esteve com muito sacrifício também. E pronto, foi a primeira serenata que me fez chorar por causa da história de vida dela.

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E qual é, assim, uma memória que a Aquila tem de uma serenata? Eu acredito que muitas já podem ter tocado, mas tem sempre uma que, quando lembramos, nos faz sentir especial ou nos traz um outro sentimento, não é?

E me marca de forma diferente. Então, definir uma serenata que tenha marcado, para mim é impossível, porque cada uma é uma. E cada uma significa alguma coisa, tanto para a pessoa que foi serenatada, tanto para mim que serenatei e para quem assiste. Mas nós tivemos serenatas muito virais, que viralizaram muito.

E pronto, eu acabo, dizendo que essas foram as serenatas, por serem mais virais, se calhar as mais impactantes, não é?

E foi muito especial. Quer dizer, todos choraram. Os amigos. Foi surpresa dos amigos para ela. Ela chorou. E a partir daquele dia eu comecei a ver as serenatas de uma outra forma. Eu já entendia que era algo especial. Eu passei a estimar mais o meu trabalho. A estimar mais as emoções das pessoas. E pronto, hoje poucas vezes eu me emociono. Mas passou a ser um pouco mais recorrente. Embora raro. Mas sempre tento me controlar.

E a Atila aqui mostrou também mesmo antes que era requisitada de norte ao sul.Então como é que é este processo de requisição fora?

Até aqui só conseguimos explorar quatro cidades. Que é a cidade da Beira, a cidade de Maputo, Chimoio e Tete. Temos sim recebido convites para outras províncias. Temos convite para Nampula, para Pemba, para Inhambane. Estive uma vez em Xaixai, foi muito bom também. E pronto, eu espero que neste ano a gente consiga explorar mais as nossas províncias, as nossas cidades.

Olhando assim, para a Aquila já tem uma certa expectativa para o seu futuro. Mas gostaríamos nós de perceber quais são os seus planos para a sua carreira futura.

Bom, este ano de 2023 nós temos novos projetos. Vamos explorar mais a minha carreira musical. Mas as serenatas não vão parar em nenhum momento. Tanto é que a carreira musical depende das serenatas.

Porque as serenatas agora estão a suportar a produção das músicas, o videoclipe. E pronto, vamos conciliando os dois.

O que será muito bom, porque as pessoas já pedem músicas próprias minhas.

Embora eu tenha, mas são muito antigas, são de 2014. Então é importante trazer os meus próprios conteúdos para que a identidade fique ainda mais firme e consolidada.

Se deixasse algum conselho para quem está lá em casa e gostaria, neste caso, de começar ou de engrenar nesta carreira. Quais são os conselhos que a Aquila deixa para essas pessoas?

Bom, eu diria que se te vejo um sonho, acredite neste sonho. Não existe sonho possível ou impossível.

É sempre bom tentar, se não der, não deu. Se der, graças a Deus.Não desistam nunca, façam aquilo que vocês acreditam.

Encontre a Aquila nas redes
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A província de Inhambane, no sul Moçambique, é um destino turístico popular, que oferece uma grande variedade de atracções para os visitantes. Além dos vários destinos existentes nessa província, temos a Cidade de Inhassoro, com suas praias de areia branca e fina, e águas cristalinas, ideais para a prática de mergulho e Pesca Esportiva.

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Vilanculo é outra cidade que vale a pena visitar, na província de Inhambane, sendo uma das mais movimentadas. Ela oferece uma paisagem natural incrível, com dunas vermelhas e praias com águas cristalinas. Os visitantes podem desfrutar de passeios de barco, caiaque e mergulho nessas águas cristalinas.

Outros pontos turísticos populares na província de Inhambane são a Praia do Tofo, um destino perfeito para surfistas e mergulhadores; a Barra Beach, conhecida por suas águas cristalinas e pelas condições favoráveis à prática da pesca esportiva; a Reserva de Pomene, que oferece trilhas de caminhada e oportunidades de observação da vida selvagem; e a Ilha de Bazaruto, um Parque Nacional Marinho, protegido, Património Mundial da UNESCO, cujas atracções incluem praias desertas, recifes de coral coloridos e uma exuberante fauna marinha.

Inhambane Céu

Para ajudar-vos a ter uma ideia sobre as potencialidades turísticas, suas maravilhas e principais atracções de Inhambane, vou partilhar, nesta Edição, a experiência que tive quando visitei essa província. Comecemos por Inhambane Céu: um lugar que sempre ouvi falar, cuja estadia superou todas as minhas expectativas. Fiquei particularmente impressionado pela sua beleza natural e pelas actividades incríveis e inesquecíveis que suas praias oferecem!

Eu estava super empolgado para passar as férias

de Final de Ano em Inhambane. Tinha ouvido falar que a época de Final do Ano é muito animada por lá; com muitas festas e eventos para celebrar o Ano Novo. E uma coisa interessante que eu descobri é que muitos moradores locais alugam suas casas para turistas, nessa época, o que é uma óptima opção para quem procura acomodação confortável, com preços mais acessíveis do que os hotéis da região. Eu e meus amigos encontrámos uma casa incrível, no centro da cidade; um lugar simples, mas aconchegante e bem cuidado. O proprietário deu-nos várias dicas sobre os melhores lugares para comer, os passeios imperdíveis, e as festas mais animadas.

Começámos nossa aventura na cidade histórica de Inhambane Céu, onde tivemos a oportunidade de explorar a arquitectura colonial e visitar a famosa Catedral de Nossa Senhora da Conceição, a Casa de Ferro e o Mercado Municipal. Foi uma experiência culturalmente muito rica. Depois, partimos para a Praia do Tofo, que é conhecida por suas águas cristalinas que proporcionam excelentes condições para mergulho.

Durante a nossa estadia nesse local maravilhoso, passámos a maior parte do tempo relaxando na praia, fazendo piquenique; e tivemos a oportunidade de rever muitos amigos que também estavam lá, passando férias. Vimos muitos turistas alugando pranchas de surf, e tendo aulas com instrutores locais. A praia estava lotada, com muitos turistas e moradores. Havia barracas vendendo comida típica e muitos restaurantes tocando boa música ao vivo, e, por isso, a diversão não faltava.

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De Tofo, partimos para a Praia da Barra, onde “embarcámos num barco”, na esperança de ver o tubarão-baleia, que, normalmente, se avista naquela região. Mas, infelizmente, a sorte não estava ao nosso favor, e, por isso, substituímos o tubarão-baleia pela delícia de um belo pôr de sol. Dessa visita, ficou-nos a boa impressão de que a Barra é uma das praias mais extensas e bonitas da região, e aventurar-me lá foi uma experiência incrível!

Depois da Praia da Barra, visitámos a Praia de Guinjata, que fica à uma curta distância de carro. A Praia de Guinjata é conhecida por suas piscinas naturais e pelos seus recifes de coral, tornando-se um destino ideal para a prática do snorkeling. Diante do convite irresistível que a natureza nos faz nesse local, resolvemos passar o dia explorando a praia e nadando em suas águas calmas e transparentes.

No último dia, visitámos a Praia da Rocha, uma praia isolada e pouco conhecida, que oferece uma vista deslumbrante do oceano. Acampámos próximo à praia, e passámos o dia caminhando pelas trilhas naturais, fazendo piquenique, tirando fotos, selfies… e apreciando a beleza fenomenal da paisagem; essa foi uma excelente forma de encerrar nossa experiência, com um acampamento em Inhambane. Foi uma ótima maneira de encerrar nossa experiência, com um acampamento em Inhambane.

Vilanculo

Vilanculo é uma cidade costeira, localizada na província de Inhambane, ao sul de Moçambique. É conhecida por suas praias de areia branca e águas cristalinas. Trata-se de uma das principais portas de entrada para o famoso Arquipélago de Bazaruto, que congrega várias ilhas paradisíacas, e é um destino popular para mergulho, pesca e turismo ecológico.

Depois de tanto ouvir sobre Inhambane Céu e de ter ficado impressionado com o que vivi, Vilanculo foi o próximo destino que marquei na minha agenda. Assim, para visitar esse destino turístico, escolhi uma época do ano mais calma: o mês de Janeiro.

E com poucos dias de férias para minha experiência em Vilanculo; acampar foi a opção que escolhi.

No nosso segundo dia, decidimos fazer um passeio de barco artesanal para conhecer a Ilha de Magaruque. O passeio em si foi uma aventura inesquecível, com vistas incríveis à costa, resorts e águas cristalinas do Oceano Índico. Quando chegámos à ilha, fiquei impressionado com a beleza natural da região. Fomos brindados com quilómetros de praias de areia branca, águas calmas, transparentes, e uma vegetação exuberante ao redor. Mas, com a temperatura não favorecendo, tivemos que voltar mais cedo, e tendo ainda muito por explorar, porém a alegria e satisfação do passeio estavam estampadas nos nossos rostos.

“Realismo Mágico”, foi como apelidámos a experiência de ver o pôr do sol nas dunas vermelhas de Vilanculo, e foi inesquecível. Chegámos no final da tarde, quando as dunas começam a mudar de cor pelo reflexo da luz dourada do sol que se filtra através das nuvens.

Começámos a subir as dunas, e logo ficou evidente que estávamos cercados por uma beleza natural espetacular. A paisagem era uma mistura de cores quentes e vibrantes, com o sol brilhando em tons de laranja e vermelho. A vista das dunas tornou-se ainda mais espetacular, devido a ampla vista panorâmica da costa do Oceano Índico.

À medida que o sol começava a se pôr no horizonte, o céu mudava de cor. As nuvens começaram a assumir tons de rosa e laranja, e a luz tornou-se cada vez mais suave e difusa. Foi uma visão impressionante, como se o céu estivesse literalmente em chamas!

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Sentámo-nos nas dunas e apreciámos a vista, por um longo tempo, maravilhados pela beleza do momento. O sol finalmente se pôs completamente, mergulhando o céu em tons de roxo profundo e azul escuro. Foi um momento incrível, e tenho a certeza de que nunca vou esquecer. A beleza das dunas vermelhas, combinada com a beleza do pôr do sol, foi uma experiência que aumentou minha admiração e veneração pela Natureza e pelas maravilhas do mundo que nos rodeia.

Acampar em Vilanculos foi, definitivamente, uma das melhores experiências de viagem que já tive, e mal posso esperar para voltar novamente, num futuro próximo.

Em suma, a minha aventura de acampamento em Inhambane foi uma experiência incrível e emocionante! Tive a oportunidade de explorar a costa da região, conhecer novas pessoas, fazer amizades, e experimentar a beleza natural de Moçambique. Se você está procurando por uma aventura que combina actividades emocionantes com a contemplação da beleza natural, então, Vilanculo é, definitivamente, um destino que vale a pena visitar. E se você gosta de viajar, Inhambane é, sem dúvidas, um destino perfeito a considerar.

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MARCO RUDY UM MOÇAMBICANO NA MARVEL

Quem é o Marco Rudy? Suas origens.

Nasci em Maputo, no dia 30 de Dezembro de 1982. Morei na cidade, na verdade, no bairro da COOP, até aos 12 - 14 anos, acho, quando minha família se mudou para Matola. Estive lá até aos 19 anos, até a data em que saí de Moçambique, primeiro, para Portugal, depois, para o Brasil. Durante esse tempo, estudei na Escola Primária 3 de Fevereiro e no Colégio Kitabu.

Sempre desenhei, desde pequenino. E desde muito jovem, o mundo de Banda Desenhada apresentouse para mim, primeiro, na forma do Magazine Kurika, depois em vários álbuns Franceses (Tintim, Asterix, Lucky Luke, “O Vagabundo dos Limbos” e por aí em diante); e, finalmente, aos 7 - 8 anos, li o primeiro ªComicsª Americano, uma edição do Wolverine.

O Marco sai de Moçambique para estudar Arquitectura no Brasil. Como foi esse processo?

Através de uma bolsa de estudos que, na altura, levava estudantes dos PALOP’s em intercâmbio para estudarem no Brasil. Consegui as notas certas para ingressar, e, em 2002, fui para Porto Alegre, no sul do Brasil, para estudar Arquitectura. No início não foi fácil; Porto Alegre não era exactamente o que a maioria das pessoas pensa que é o Brasil. Era frio, distante, e bastante europeu. Tudo mudou, no primeiro dia de Faculdade, onde imediatamente criei fortes laços e amizades; algumas que perduram até hoje. Inclusive, foram vários os professores, na Faculdade, que me incentivaram a ingressar no mundo de Banda Desenhada como profissional.

Quando começa a paixão por desenhar / ilustrar Banda Desenhada?

Desde sempre. Desde pequeno e nunca parou. Desenhar era, e ainda é, minha melhor maneira de me expressar, de desvanecer, de lidar com

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problemas pessoais e por aí vai. Era o meu porto seguro e a minha maior fonte de alegria. E ainda é.

Quando e como se faz a sua entrada para o mundo dos Comics?

Aconteceu em dois momentos, provavelmente mais que isso, mas, essencialmente, o primeiro deriva de ter aberto uma conta no Deviantart e começado a postar arte lá. Isso atraiu atenção de vários escritores e colaboradores. Dessa interacção saíram dois títulos - ªCorrective Measuresª (que mal vendeu, mas foi bom para começar) e ‘’After the Cape’’ que foi o meu debut no mercado Americano, pela IMAGE COMICS, em 2006-07. Depois de um período, em que muita coisa se passou, mas não encontrava trabalho, conheci o artista Rafael Albuquerque (‘’Batman-Superman’’, ‘’American Vampire’’, e muitos, muitos outros títulos) que me integrou no seu estúdio e me abriu a porta para mais oportunidades, como, por exemplo, ir a um Festival de Banda Desenhada, em Belo Horizonte, onde conheci agentes e editores da DC Comics, que ao verem o meu trabalho e páginas teste, deram-me o primeiro trabalho para a DC, em 2008 - ‘’Final Crisis’’. O resto, como se diz, é história. Faz 16-17 anos que comecei, 15 anos desde o meu primeiro trabalho publicado à sério, e 14, desde que entrei na DC.

Fale-nos um bocado do seu trabalho, de todo o processo criativo...

Se for em detalhes, não iremos sair daqui. Em resumo, se não sou eu que escrevo o roteiro, eu leio o roteiro recebido, falo com o editor e o escritor sobre minhas ideias de como melhor representar o texto em imagens. Depois circulo por uma vasta gama de influências visuais (e não só) até ‘’cair’’ no tipo de linguagem visual que procuro para a história em questão. Aí é pôr lápis e pincel no papel, e ver a magia acontecer. Se o roteiro é meu, boa parte do processo visual é traduzido para escrita.

Em quantas empresas já trabalhou, e quais?

Boom Studios, DC Comics, Marvel Comics, Aftershock, Dark Horse, Riot Games, Microsoft, Image Comics, Vertigo Comics, Dynamite Comics, IDW Publications, Top Cow… há outras, provavelmente, mas não me vêm à cabeça no momento.

Fez um trajecto ascendente de sucesso, chegando até as maiores companhias, como a DC Comics e a Marvel. Sempre acreditou que fosse capaz?

Não. Eu trabalho numa indústria que nunca imaginei… com Spider-man, Batman, X-Men e muito mais. Nunca sonhei que isso seria uma realidade. Na verdade, no dia em que a Marvel me ofereceu a Mini-série do Spider-Man (numa noite de Karaoke); eu fiz um “double-take”, porque não consegui acreditar que era verdade. Viajei o mundo, e moro no Canada, tudo isso resultado de um trabalho que nunca sonhei um dia poder fazer.

É normal no estrangeiro, as pessoas optarem por profissões não convencionais (Médico, Economista, Advogado); mas em Moçambique, por exemplo, se dizes vou ser um Artista de Banda Desenhada, olham-te como se não fosse algo sério. Já passou por isso?

Passo, ainda. No início, incomodava-me um bocado, mas hoje em dia, “I couldn’t care less” (Não podia me importar menos). O “pessoal” adora julgar os outros, como se não tivesse mais nada que fazer. Tenho um penteado estranho, piercings e tatuagens; e o meu trabalho ou clientes/ superiores/editores não estão nem aí para o que eu visto ou como me apresento. Eles querem é ver o meu profissionalismo, o resto é “balela”.

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Quais os títulos mais populares em que já trabalhou?

Action Comics, Superboy, Supergirl, Final Crisis, Uncanny X-Men, Avengers, Marvel Knights: Spider-Man, Swamp Thing, entre outros.

Com a entrada da Marvel e DC no Cinema, os Comics Books alcançaram novas audiências. Como vê esta evolução?

Um bocado como uma oportunidade perdida. Com os filmes, essas companhias têm um potencial enorme de poder convidar os espectadores a lerem as histórias, e trazer mais gente para o mundo de Banda Desenhada, mas, fora uma tela; (no genérico dos filmes) dizendo ‘’Thank You!’’ aos criadores e escritores envolvidos nas histórias nas quais os filmes se baseiam, pouco se faz para ajudar a trazer Comics a mais gente. Uma pena!

Para muitos, é um sonho de infância estar a colaborar na fonte do Batman, Superman, Homem Aranha e outros. Como foi ou é para si partilhar momentos com grandes nomes como o Scott Snyder, Jim Lee, Geoff Johns, Alex Ross entre outros?

Depende. Uns são excelentes colaboradores e querem ideias para fazer a história mais concisa, entre tu e eles. Outros é mais ego e tu estás lá só pra trazer o visual que eles querem, no texto deles. No final das contas, é trabalho como qualquer outro. Tem bons e maus momentos, tem bons e menos bons colaboradores. No início, há aquele orgulho e o frio na barriga de trabalhar com estes ‘’deuses’’ da Indústria, mas rapidamente isso passa. Eles são gente. Como disse, alguns são realmente excelentes. Eu criei fortes amizades com vários; outros, nem tanto. Era trabalho; trabalho foi feito. E era isso.

Qual o seu Artista preferido, ou em quem se inspira?

Se for a comentar, são muitos. Mas se for a especificar, diria que a linguagem visual do Director Satoshi Kon é basicamente o que eu tento utilizar, à minha maneira, no meu trabalho. Adoro toda a sua Cinematografia e recomendo a todo o mundo. É ANIME, e, para muitos ‘’adultos’’,

desenho “animade” é para crianças - o que é uma maneira pateta de avaliar as coisas. Tem muita arte espetacular em ‘’coisas para crianças’’ como desenhos animados, videogames e afins.

Diferentemente de cá, o Mundo GEEK em outras partes do Mundo movimenta legiões, com Exposições, Festivais, Convenções, etc. Como é essa experiência?

Indescritível. Pessoas vêm de tudo quanto é lado, às vezes de outros países para falar contigo, sobre o teu trabalho, para tirar uma foto contigo e/ou para comprar uma peça de arte que tu fizeste. Tirando a parte imediatamente pessoal, toda a gente celebrando o que tu amas, os mundos e histórias que normalmente te inspiram, partilhando tudo isso… é realmente algo que só experimentando se pode sentir exactamente o que é.

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Para quem trabalha nestas coisas, existem acontecimentos felizes, como eu ter partilhado um elevador com um velhinho, lhe dirigir ao seu quarto de hotel, porque o seu ajudante não falava bem francês, e só para me dar conta, minutos depois de a estupefação ter passado, que o velhinho era o STAN LEE

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“Posso não ser Dr., Arquitecto ou Advogado, e não ter o ‘’respeito’’ que essas profissões inspiram, mas esta vidinha de nerd vale muito a pena.”

O Marco além de ilustrar títulos dessas companhias, lançou também um título próprio. “A RDW – A Tale of Lost Fantasy”. Fale-nos um bocado desse título e do seu processo de criação.

Em 2016, durante uma visita aos offices da Marvel, em Nova York, o “Editor in Chief” pediu-me que submetesse ideias para possíveis títulos e histórias que eu estaria interessado em trabalhar com eles. Das várias sugestões, uma saltou-me à vista, uma Mini série do Shang Chi, Master of Kung Fu. Então, eu e um amigo escritor co-escrevemos a história; eu desenhei uma short (5 páginas) como um pitch para eles, e eles adoraram. Infelizmente, na altura não havia grande interesse em se publicar Shang Chi (quem diria, com a notoriedade que o personagem ganhou, anos depois, com o filme e tal, como as coisas mudariam…) e essa “mini” foi posta em standby. Enquanto esperávamos pela resposta, eu criei um possível pitch para outra editora, a IMAGE (Spawn, Hellboy, DIE, Wicked and Divine, etc.) que focava numa sequência que teria motivado um robot a desafiar a sua programação e causar dano a um humano. A ideia era que o robot

começasse a sonhar e através disso ganhasse consciência própria. Os sonhos se passariam numa realidade fantástica, com elfos e “dragons and whatnot”.

À medida que o tempo foi passando, eu fui investindo cada vez mais no lado fantástico, e passei a focar mais em criar histórias focadas nesse setting (não me lembro de como dizer isso em Português). Isto depois de anos lendo fantasia, em especial os livros de Andrzej Sapkowski para The Witcher. Sabendo que nesses livros e histórias existem bastante comentário social, decidi buscar a minha versão disso mesmo. Assim, influenciado por tudo que falei acima, e pelo facto de ter crescido lendo Asterix e Obelix, criei uma história inspirada no uso de uma “magic potion”, que, na verdade, reflecte o uso real de drogas, num ambiente de guerra, e as consequências para quem as usa e para as pessoas ao seu redor. A intenção era, da mesma maneira como Sapkowski usa “Folkolre Polones” (ele é Polones) nos seus livros, junto com outras influências mais conhecidas, fazer

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o mesmo, só que, usando um bocado do folclore de Moçambique, África do Sul, e várias outras referências às culturas do continente Africano, do Brasil e mais. A história, à medida que se passa, mais deste mundo se dá a conhecer, mais desse folclore e histórias vão aparecendo. Por exemplo, se alguém já ouviu falar do “Sofrimento Ningore”... bom, quem sabe, algo parecido com ele apareça no livro, um dia.

Como tem sido a aceitação de um novo título nas prateleiras das Comic’s Book Stores?

Eu não sei. Eu vendo pessoalmente o livro em Festivais e Convenções. Normalmente há procura e interesse, e as pessoas que financiaram a campanha de Kickstarter gostaram muito. As resenhas e críticas que li são bastante positivas também.

Quem sabe no futuro uma adaptação cinematográfica?

...Eeeeeeeeeeeh, não sei se me interesso muito por isso! O livro foi feito para ser consumido como uma BD. Se algum dia alguém pagar-me MUITO dinheiro, TALVEZ eu repense nisso. Mas não é algo que, inicialmente, me interessa.

Voltando um bocado para Moçambique, quando foi a última vez que esteve cá? E há planos para vir cá passar uma temporada?

2018. Gostaria de voltar em breve, mas depende muito de tempo, dinheiro e circunstâncias fora do meu controle. Vamos ver, como disse, em breve… espero.

Como tem sido o reconhecimento, por parte dos moçambicanos, como artista?

De novo, não sei. Os amigos e pessoal de Moçambique, que me conhecem, apreciam o trabalho que faço, e isso enche-me de orgulho. Mas como não estou em Moçambique, estou fora o círculo de pessoas que conheço, e, bom, no Social Media, não tenho ideia de quem me conhece, se conhecem ou não o meu trabalho, ou o que acham; mas espero que gostem.

Para finalizar, uma mensagem que gostaria de deixar para os moçambicanos, no geral, e para os amantes dos Comics, em particular.

Vale a pena tentar. Vale a pena dar um salto no escuro e descobrir onde se aterra. Muitas vezes dá merda. Muitas vezes há que se chafurdar nessa mesma merda. Mas perseverança, atitude, coragem e um bocado de sorte pode fazer com que sonhos, antes imaginados impossíveis, se tornem realidade. O segredo é sempre começar e continuar a tentar. Se der, deu. Se não der, ao fim do dia, a pessoa pode ir dormir com a sensação de que tentou tudo o que podia, e isso já vale muito. A sorte protege os audazes né? Mbora fazer a sua própria sorte!

ENCONTRE OS TRABALHOS DO MARCO RUDY EM: www.linktr.ee/marco_rudy

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A ALIMENTAÇÃO CONSTITUI UM FACTOR IMPORTANTE PARA O SURGIMENTO OU NÃO DE DOENÇAS.

De que forma uma má alimentação pode contribuir para o surgimento do cancro próstata ?

Uma má alimentação é uma dieta desequilibrada carente em ingestão de frutas, verduras, legumes, cereais, além de ter o consumo excessivo das gorduras Trans, sódio e açúcar. A alimentação é uma necessidade vital do ser humano, mas a má alimentação é responsável por diversas doenças, como por exemplo, o aparecimento de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, cancro, osteoporose, obesidade.

O consumo exagerado de alguns alimentos e bebidas alcoolicas podem gerar diversos problemas e até matar aos poucos.

Que tipo de alimentos contribui para o desenvolvimento do cancro da próstata ?

Gorduras saturadas e de gordura trans, que estão principalmente presentes em carnes vermelhas, embutidos, como salsicha, Vorse Alimentos industrializados, como lasanhas, pizzas, Fast Food.

O consumo Elevado de açúcar e alimentos que o contenha, como refrescos, sumos de mistura, Bolos, Sorvetes.

Para pessoas em fase de tratamento, qual é o tipo ideal de alimentação para a rápida recuperação ?

Nao Recomendo Apenas Habitos Alimentares mas Sim Mudar o Estilo de Vida:

* Consumir cinco refeicoes por dia entre frutas, verduras e legumes;

Pequeno Almoco 7h, Lanche 10h, Almoco 12h, Lanche 16h, Jantar 20h

Tente variar o cardápio sempre, deixando o prato o mais colorido possível.

Beber 4 Litros de agua por Dia (1 Copo de hora em Hora) Evitar o consumo em excesso de bebidas alcoólicas, Refrescos e Sumos de Mistura.

Fazer Exercicios Fisicos, no Minimo 30 minutos 3x por Semana

Tomate, Castanhas, Cha Verde Peixes ricos em Omega 3 (Salmao, Sardinha)

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Sao alimentos que contem nutrientes com o maior poder antioxidante para proteger as células da próstata contra alterações maléficas, como as multiplicações sem controle que ocorrem no crescimento do tumor.

Pacientes com cancro deparam-se com queda de cabelo durante o processo de quimioterapia. Quais são os alimentos a consumir de modo a recuperar ou manter forte os fios de cabelo?

Evitar a queda de cabelos durante o tratamento é Muito Dificil

Opcao 1: Atualmente, já existe no Brasil uma tecnologia que faz uso do frio.

O paciente coloca uma touca gelada na cabeça durante as sessões de químioterapia, o que diminui o fluxo de sangue na região. Com isso, a quantidade de medicação que chega até a raiz do cabelo é menor, preservando as células germinativas do couro cabeludo.

Opcao 2:

E a base de Suplementos Vitaminicos que vao ajudar a minimizar a Queda: Vitamina B7, Vitamina D3, Vitamina C, Omega 3.

ESTE ARTIGO É ASSINADO POR:

NELIO REMANE

FISIOCULTURISTA - NUTRICIONISTA - PERSONAL TRAINER CRIADOR DO PROGRAMA CORPO SARADO

NOME DE REFERENCIA NO MUNDO FITNESS.

E CONSIDERADO UM DOS MELHORES A NIVEL NACIONAL.

Nelio Remane @nelioremane1 87 08 84 888 www.nelioremane.com
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Meu nome é Ângelo Marcos

Machaya, a.k.a. Txiobullet.

Este ano, em Dezembro, completo 35 anos.

Sou natural de Tete, Cahora Bassa.

TXIOBULLET

DUBLADOR E COMEDIANTE DE SUCESSO NAS REDES SOCIAIS

Como você começou na Comédia Standup?

A minha vida como comediante, até cá, não se difere muito de todos os jovens batalhadores. Não tenho muito a reclamar, tenho alguns contratos, tenho reconhecimento, o público tem muito respeito para a minha pessoa. Então, estou numa fase mesmo de estar a caminhar, posso definir como estável. Comecei o Stand-up mesmo por curiosidade, por assistir na internet, e também recebi algumas solicitações para o fazer em casamentos… então as pessoas iam perguntando se eu faço, e eu respondia que sim, mas na verdade não fazia. Diante dessas solicitações, fui investigando, fui aprimorando, e dei meu primeiro show em Maputo no Uptown; a casa estava cheia… daí comecei a investigar mais, então, foi mesmo por curiosidade, porque eu não sou um jovem que se limita, faço tudo, basta que esteja na minha área.

Qual é o seu processo de escrita de piadas, e como você decide quais piadas usar em seus shows?

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Eu me inspiro muito no dia-adia, em situações muito comuns e reais, então, inspiro-me no momento em que estamos a viver. Se há um problema político, cultural… qualquer coisa positiva que haja no país, eu uso isso para o show, mas inspiro-me mesmo no quotidiano do moçambicano, defeitos, qualidades… inspirome muito também nas mulheres, defeitos, qualidades, tudo isso.

Quais comediantes influenciaram seu estilo de comédia?

Não tive influência, comecei com a “dublagem” de vídeos, e criei a minha própria identidade.

Como você lida com o fracasso no palco ou com piadas que não funcionam?

Quando uma piada não funciona em palco, ou as pessoas não percebem, ou não tem graça para eles; o meu segredo é rir da minha própria cara. Eu começo a rir e digo, “já essa não teve graça”. Então, aí as pessoas começam a rir-se de mim, e acaba mesmo tendo graça. Como vê, o segredo é rir e continuar, porque teu job é esse mesmo.

Qual foi o momento mais engraçado ou constrangedor que já aconteceu durante um show?

Momento mais engraçado: uma vez, num show, no Hotel Glória, uma moça começou a rir e não parava de rir. Tivemos que esperar cerca de três, quatro, cinco minutos para ela parar de rir. Inclusive outras pessoas tentaram fazê-la parar de rir; chegaram até a sugerir-me que ela devia sair, mas eu disse que não. Porque ela pagou para estar no show; as pessoas pagaram para rir, então tinham que desfrutar o máximo. Esse episódio foi muito “funny” para mim, porque a gargalhada dela punha todos também a rirem. Essa foi uma cena muito divertida!

Como você adapta seu material para diferentes públicos e culturas?

Eu limito-me um pouco quando vou aos casamentos, festas, etc., porque nesses eventos geralmente existe um público que, às vezes, não é da comédia; são pessoas que estão ali para curtir o casamento; e tu apareces como uma atracção. Então,

tento seleccionar as piadas com coisas muito básicas e do dia-adia, como disse antes. Mas nos meus shows a “malta entrega” mesmo. Lá, o público que foi eu conheço, então falamos de tudo, fazemos piada com tudo, incluindo religião, sexualidade, etc. Lá ninguém leva as coisas a peito. Então, quando é um show meu, eu não seleciono tanto, mas para os shows privados, tem que ter cuidado com a questão da sexualidade, religião, etc. Existem pessoas muito reservadas, ainda, com essas cenas

Como você lida com os limites do humor, especialmente em relação a questões sensíveis como raça, género e política?

Como disse, eu normalmente não falo muito disso… raça, género, orientação sexual, etc., assim livremente, nas festas e em outros eventos privados; mas nos meus shows, a gente fala de tudo, tudo, tudo mesmo; se está um branco no palco, chamo ele de branco. Aquilo mesmo que acontece no dia-a-dia, a gente não esconde, chamo-lhe de branco, e digo, “hei, não pode me chamar de nigga!”

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Está um gay, a gente brinca com ele, e as pessoas vão tirando o lado bom disso, porque a ideia é falar da realidade. Mas para postagens na internet e shows privados, não toco muito, não toco mesmo nesses assuntos, mas nos meus shows, as pessoas já sabem, falamos de tudo. E isso tem sido gratificante. Ontem mesmo estava a fazer um teste. Eu queria ver quantos “views” alcançava em 24 horas. Postei um vídeo no Instagram e em 24 horas fiz 60 mil visualizações. Então foi “bem nice”! É confortante saber que, durante esses cinco anos, as pessoas continuam a seguir-me e a página continua a crescer. Isso só me dá mais força para continuar nesta área, e dar o meu melhor.

Nesta fase, dedica-se mais ao Stand-up ou ao conteúdo para as redes sociais?

Na fase em que estou, continuo a investigar, a criar textos de qualidade para o Stand-up, mas dedico-me muito aos conteúdos

nas redes sociais, porque me dão mais visibilidade para alcançar meus objectivos, que são fechar parcerias, mas também ser um artista muito conhecido. Então, dedico-me muito aos conteúdos nas redes sociais, porque esse é o meu forte.

Quais são seus planos futuros para sua carreira de comediante?

Planos futuros não são assim tão grandes, já estou a viver o futuro, já estou a viver o que o que eu tanto rezava; então, planos é só fazer com que a minha arte seja mais conhecida em Portugal, Angola, Brasil e em todos os PALOP’s, quiçá também nos países onde existe grande número de moçambicanos, e fazer shows por aí fora. Então, é só mesmo alastrar o máximo aquilo que é a minha arte, o resto eu deixo nas mãos de Deus. Como você acha que a comédia Stand-up evoluiu ao longo do tempo, e qual é o papel da comédia na sociedade actual?

Olha, eu acho que ainda temos muito que trabalhar, porque não temos muito tempo nisso. Temos muito por trabalhar; muito por provar, porque não vale a pena dizer que, “ah, o pessoal é que não entende!”. Não; tu é que tens que entender o teu público, porque a arte é uma forma de a gente expressar as nossas emoções, expressar a nossa cultura, e, acima de tudo, expressar os nossos problemas, as nossas qualidades, os nossos defeitos. Logo, o Stand-up Comedia tem essa missão, de saber tocar nesses pontos… então, evoluiu muito sim, mas ainda falta a gente trabalhar para termos comediantes de qualidade, porque números não bastam, tem que haver aquilo que a gente chama de qualidade; falo cá, no meu país, e por aí fora. Tenho visto na internet, Brasil, por exemplo, é um sítio onde essa arte já é muito consumida, as pessoas vivem disso, então, porque não chegarmos àquele nível.

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O Txiobullet disparou em audiência, com os seus shorts. Fale-nos um bocado disso.

Olha, essa ideia surge quando fiquei desempregado. Eu trabalhei três anos numa empresa de segurança, e depois perdi esse emprego. Então, fiquei desempregado e vivia sozinho. Naquele momento, via alguns vídeos na internet, etc. Mas não tinha condições para dublar, porque não tinha estúdio e tal. Então, com o tempo, surgiu um aplicativo chamado Madlibs, que disponibilizava trechos de filmes, músicas, etc. Davam-te dez, quinze segundos para expores o seu conteúdo em cima desses mesmos short videos. Foi aí que, a princípio, eu criava alguns conteúdos ao nível do bairro.

Quando a equipe de futebol da zona perdia, então eu fazia uma piada que girava ali no bairro, como, por exemplo, temas sobre meninas da zona que queriam andar só com os moços da cidade; Barraca x, que não fazia promoção de 3/100, fazia uma piadinha e girava nos grupos do bairro. Mas, uma vez, no Dia dos Namorados, eu fiz um conteúdo que “viralizou”; os blogueiros postavam, alguns artistas postavam, e eu ia lá nos comentários, punha um “like”, é aí que viam que o vídeo tinha o meu nome. Assim, em uma semana, a minha página, que era pessoal, já tinha mais de 100 mil seguidores.

Foi tudo muito rápido! Dois meses, eu já estava nas televisões, cinco meses, já estava a apresentar casamentos. Foi mesmo muito rápido! Mas, nessa época, tive grande apoio do meu amigo Justino Ubaca, eu trabalhava para ele. Quando perdi o emprego, ele deu-me uma vaga na equipe dele. Então, eu trabalhava na equipe do Justino Ubaca; ajudava na segurança, ajudava a entregar o flash nos casamentos, etc. Portanto, ele ajudou-me muito mesmo, aprendi muito com ele, a ter a consciência que hoje tenho do “Game”. Então, foi mais ou menos assim que “viralizei”.

Eu via na internet, na época, algumas “dublagens” que as pessoas iam partilhando e eu sentia que podia fazer algo do género ou melhor, mas não tinha condições, não tinha estúdio…, etc. Mas não parei, porque, em pouco tempo, eu fu acumulando muitos pedidos no WhatsApp. Refiro-me a pedidos do tipo, “envia isto, envia aquilo, envia aquele vídeo, envia o vídeo X”.

Depois, através da ideia de alguns amigos, criei um grupo de WhatsApp, onde se pagava para a pessoa lá estar. Pagava-se 60,00MT mensal. A pessoa ficava lá e renovava a mensalidade. Então, os vídeos que eu fazia, lançava em primeira mão lá naquele grupo. E daí, começaram a aparecer cantores, a solicitarem-me para fazer os vídeos com suas músicas a tocarem no fundo. Eu ia cobrando, o primeiro vídeo que eu cobrei 500,00MT foi do meu grande amigo Rich Jr., da Beira. Depois apareceu a Eurídisse Jeque; daí já estava com o pessoal da Bang. Foi tudo muito rápido e em pouco tempo já estava a assinar Contratos com a 2M e depois com a Vodacom. E foi assim que aprendi a “monetizar” os vídeos.

Encontre o Txiobullet nas redes: Txiobullet Marrandzo @txiobullet_madlipz

Quem é a Enid Nhantumbo? Fale-nos um pouco de si.

Enid Nkini Niantumbo é uma mulher casada, 30 anos, mãe de um bebê de 3 anos, formada em gestão de negócios e com especialização em Finanças Internacionais na Universidade de Heriot-Watt, na Escócia. Eu sou metade moçambicana, metade tanzaniana, sou filha de um tanzaniano e filha de uma moçambicana. Tenho 3 irmãs e eu sou a terceira de 4 meninas da nossa família.

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Quando é que decide entrar para o mundo do empreendedorismo?

Então eu por 6 anos trabalhei logo depois da minha formação, voltei para Moçambique e trabalhei no Standard Bank como gestora sênior.

E saí do Standard Bank numa altura em que acabava de dar parto, estava a sofrer de depressão pós-parto e não estava a lidar corretamente com este período da minha vida como mulher e por este motivo e vários outros, pressão e etc.

Decidi que queria sair do banco e empreender. No entanto, enquanto eu estava no banco eu já tinha os meus outros empreendimentos já a decorrerem, não tinha 100% da atenção neles porque eu estava dedicada a 100% na verdade no banco.

No entanto, depois da minha depressão eu achei que estava na hora que eu queria um desafio, que eu queria algo novo.

Então decidi entrar na área e focar-me nos meus empreendimentos a 100%. Não foi fácil no início, tive muitos desafios porque uma coisa é ter um patrão e que diz o que vai fazer, outra coisa é sermos o patrão e ter que guiar várias pessoas.

Neste momento eu tenho no meu leque cerca de 160 trabalhadores. Eu sou responsável por eles e 160 trabalhadores são 160 famílias.

Então a pressão de garantir o pão na mesa de cada um nunca foi mais essencial.

A pressão é ainda maior. Muita gente pensa que não, vai empreender porque o “corporate world” é mais estressante, mas quando nós saímos e eventualmente começamos a empreender descobrimos que na verdade o mundo do empreendedorismo tem muita mais pressão.

A diferença é que nós fazemos por nós mesmos e não por outros. E a paixão de correr e acordar todos os dias é diferente por esse motivo. Porque fazemos aquilo para o nosso proveito, se eu posso assim dizer.

A Enid tem no seu Portfolio um leque de empreendimentos. E cada um numa área completamente diferente da outra. Fale -nos um pouco deles. Qual delas podemos considerar o seu “bebé preferido”?

É verdade que os meus empreendimentos são mesmo todos diferentes.

A ProServ, por exemplo, é distribuidora de redes mosqueteiras e farmacêuticos, material farmacêutico para hospitais.

A minha paixão pela malária surge há muitos anos atrás porque a empresa ProServ na verdade foi fundada pelos meus pais em 2000.

E quando eu decidi sair do Stand Up Bank o meu pai disse olha, esta empresa nós já não estamos focadas nela, então podes ficar com ela.

Passaram a empresa para mim e hoje eu dou continuidade àquilo que eles criaram, à base que eles criaram há 20 anos atrás. Então é assim como eu fico com a ProServ.

A Fumilar é uma empresa de família na qual eu sou sócia e sou diretora financeira.

E é focada em fumigações, controle de pragas, desinfecção.

A Utopia surge quando eu estava de licença de parto.

E na altura... Até veio muito antes, mas eu comecei a levar a sério nessa altura que eu acabava de dar parto. Veio na altura em que eu…. já sofri muito de acne.

Acne severa na altura do meu casamento, por causa do stress. Então chama-se stress acne. E a minha cara ficou horrível, horrível mesmo.

E na altura tive que fazer aquela medicação dos comprimidos e etc.

E antes até de fazer a medicação, eu não sabia que tinha contraindicações muito fortes para mulheres.

E quando eu acabei o meu tratamento, procurei fazer tratamentos caseiros para cuidar da pele.

Porque muitas pessoas que fazem tratamento de comprimidos acabam por voltar a ter acne. Então comecei a procurar tratamentos mais caseiros, mais naturais, que não incluiam tímicos e etc.

E por sua vez encontrei, nesta minha vida de empreendedorismo, uma dermatologista e uma cosmetologista.

Que queriam abraçar esta causa comigo. Então nós criamos as

nossas próprias fórmulas.

E que hoje são registadas em nome da Utopia aqui em Moçambique.

E assim nasceu a Utopia Cosmetics.

Então é mesmo inclinado para pessoas com a pele oleosa, com a pele acneica, com a pele mista. Que prefazem 85% da pele aqui em Moçambique devido ao nosso clima.

Então tentamos criar fórmulas que são indicadas realmente para pessoas moçambicanas.

Então esse seria o nosso ponto competitivo ou ponto diferencial a nível dos cosméticos.

Os nossos cosméticos foram feitos mesmo para o nosso clima.

E depois temos a Caluen.

A Caluen que é uma marca, que é uma empresa de procurement e de fornecimento de material de escritório.

E também faz brand strategy para várias empresas. Então brand strategy não é só identidade visual. Esta é a causa por detrás de uma marca. Então nós fazemos esse exercício de consultoria para muitas outras empresas.Começamos do zero, fazemos rebranding e tudo o que for necessário para a empresa ter a sua identidade , seu DNA corrigido e para todos poderem caminhar no mesmo sentido.

E por fim temos a Luen Chocolates.

A Luen Chocolates, nós, eu e o meu marido, tínhamos há quatro anos, se não me engano, estivemos numa sociedade de três pessoas em que surgiu a Gabarnier Chocolates.

Só que infelizmente tivemos que sair dessa sociedade. E ano passado decidimos rever este empreendimento,que achamos que com o foco correto, envolvendo as pessoas corretas, fazendo a estratégia de branding correta, teria um impacto diferente.

Então aí é que surge a Luen Chocolates. Então é Luen de Luis e Enid e muita gente associa chocolate ao amor.

Então é por isso que nós decidimos juntar os nossos nomes e criar a Luen Chocolates.

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Vamos focar na Luen Chocolates. Onde são produzidos? De onde nasce a ideia de apostar num segmento pouco convencional?

Quem, na verdade, nos incentivou a revermos este empreendimento dos chocolates artesanais foi a minha mãe, porque ela ama demasiadamente os chocolates e gostava muito dos nossos chocolates

na altura e quando não tinha disponível, porque nós já tínhamos fechado a empresa, ela ficou muito triste, então ela sempre nos puxava, abro, abro, voltei a abrir, voltei a abrir, voltei a abrir e por fim cedemos, né? E foi assim que ressurgiu a Luen Chocolates.

A Luen Chocolates são produzidas cá em Moçambique, no entanto importamos todos os nossos materiais, alguns da África do Sul, alguns da Bélgica, por exemplo o chocolate puro que importamos da Bélgica, mas temos profissionais cá em Moçambique que produzem os chocolates para nós, que fazem parte da nossa equipe..

Então temos alguém que é específico para chocolate de leite, a leite.

Temos alguém que é específico para chocolate vegano e sem glucose, então chocolate para diabéticos também

Então tentamos olhar a Luen Chocolates de uma maneira mais abrangente, né?

E foi assim como surgiu.

Esta satisfeita com a resposta do Mercado? Onde podemos encontrar ? Planeia expandir o mercado?

Se estou satisfeita com a resposta do mercado, posso dizer que conforme foi uma fase inicial, eu acredito que sim, pode ter boa aceitação e temos muitos pedidos.

Nós temos a nossa loja, a Luen Chocolates é a loja fixa na Rua de Castelenda, número 265.

Então pode-se encontrar todos os chocolates lá e também temos o nosso Instagram e o WhatsApp onde podem fazer encomendas que o delivery é gratuito.

Planeamos um dia poder ter os nossos chocolates nos supermercados mas porque são artesanais e não têm conser-

vantes, o tempo de chocolate é muito restrito. Então isso limita-nos em termos de poder deixar nos supermercados. O tempo de venda, o tempo de expiry date é muito curto.

Então a conservação dos chocolates artesanais requer muita mais sensibilidade do que os chocolates comerciais.

A marca de Skin care, UTOPIA já é uma referência. Que desafios enfrenta para poder sempre entregar um produto de qualidade?

Os maiores desafios que encontro a nível da Utópia é a importação dos produtos porque a Utópia é testada a nível dos Estados Unidos, é testada a nível da África do Sul e para a importação dos ingredientes ativos dos nossos produtos temos tido al- gum tipo de dificuldade. O nosso laboratório fica na África do Sul e não aqui porque na África do Sul tem uma entidade reguladora para a quantidade de produtos, tem uma entidade reguladora para cosméticos. Então dá-nos maior segurança poder ter o nosso laboratório na África do Sul embora todos os produtos são registados em Mocambique.

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Então a produção toda é feita no nosso laboratório na África do Sul. E um dos maiores desafios realmente que nós temos é poder explicar aos nossos clientes que até tem diminuído mais e mais essa dificuldade porque já temos, por exemplo, clientes que vêm até nós e dizem que usavam produtos europeus que já não estão a fazer efeito e queriam algo que fosse de fácil acesso porque os outros produtos têm que importar e etc.

E hoje em dia já fazem muito imitação ou pirataria de muitos produtos especialmente cosméticos. Então temos esta confiança dos nossos clientes

em relação a isso.

O que nós sempre presamos é a qualidade dos nossos produtos, qualidade, qualidade, qualidade Não lançamos nada antes de ter os devidos testes feitos, os devidos samples.

Então, por exemplo, o processo de lançamento de novos produtos leva por aí seis meses, que eventualmente nós disponibilizamos no mercado. Então, não é fácil, mas é uma aventura bastante satisfatória quando se faz com paixão

Você pode compartilhar uma experiência ou projeto que tenha sido particularmente desafiador e como você lidou com isso?

Olha, um projeto que eu já fiz, que foi desafiador e que não deu certo.

Na altura eu ainda trabalhava no Standard Bank e eu abri um centro técnico.

Na verdade na Europa chama-se Manny Center

Que é um centro onde tem várias babás e o centro é usado para os pais deixarem os seus filhos lá Enquanto eles têm os seus afazeres e depois no final do dia vêm buscar

E este conceito na Europa funciona muito porque muitos dos pais são independentes

Então não tem avó, não tem tia para ir deixar as crianças enquanto eles querem que eles virem cinema e etc. Eu tentei implementar aqui, mas não deu certo,Porque o Ministério da Ação Social não reconhecia essa atividade e não tinha um alvará específico para isso.

Ficamos abertos por um ano, porque na verdade o Centro Recreacional do Campo dos Vejinhos

Chamava-se Campo dos Vejinhos

Então tinha também um salão, então nós atuavamos assim com forma de salão

Enquanto esperávamos o alvará específico para o Manny Center

Então, por problemas, dificuldades legislativas, este empreendimento não teve como florir

Então foi dolorido passar por essa experiência

Mas foi o que me tornou uma empreendedora que eu sou hoje, posso assim afirmar.

Como você equilibra as demandas de seu trabalho com outras responsabilidades em sua vida pessoal?

Olha, é muito difícil ser esposa, ser mãe, ser irmã, ser nora

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“...Depois da minha depressão, eu queria um novo desafio”

E ainda assim ser líder de vários empreendimentos que dependem 100% de mim

Ou das minhas decisões finais.Eu dependo muito das pessoas que trabalham ao meu redor

Então sempre que eu faço um recrutamento eu tenho a certeza que eu estou a recrutar os melhores

E as pessoas que vão realmente dar andamento às coisas, aos trabalhos

Porque o empenho dos nossos trabalhadores é o que fortifica os nossos empreendimentos

Não somos nós como donos

São as pessoas que trabalham conosco, que fazem com que nós sejamos aquilo que somos nós

E pode ser difícil esse reconhecimento para muitos empreendedores, mas é uma realidade

O fato de eu ter que recrutar uma nova pessoa

Implica começar do zero os valores, a estratégia e etc.

E explicar quem eventualmente é a Enid e como é que a Enid funciona, começar do zero é realmente muito, muito, muito dispendioso.

Então eu sou muito grata às pessoas que trabalham comigo, às pessoas que estão ao meu redor, porque eles é que auxiliam-me neste processo, que é ser várias pessoas numa só.

Então isto não só a nível das empresas, mas tam bém da casa, temos a babá, temos o cozinheiro, então tenho vários auxiliares para poder facilitar o meu processo.

Como você se mantém atualizada sobre as tendên cias e desenvolvimentos nas suas áreas de atu ação?

Então, porque eu trabalho muito de madrugada, como dizem, eu sou uma coruja, trabalho mais de noite do que de dia.

De noite eu fico muito tempo a investigar o que está a acontecer, a investigar as novidades do merca do, a investigar as tendênciasm, a investigar quais são os melhores produtos, quais são os melhores fornecedores.

E é por esse motivo que eu consigo me manter na frente das tendências e ter uma vantagem com petitiva no mercado.

Quais conselhos você daria para mulheres que estão começando suas carreiras ?

Um conselho que eu iria dar para as mulheres que estão no mundo corporativo é, por exemplo, o que me destacava como trabalhadora era o fato de eu entregar 100% de mim, Infelizmente, muita gen te faz o mínimo, não consegue se dar a 100%, não consegue cuidar das coisas como se fossem delas, então, eu não sei se é um defeito, mas eu quando pego uma coisa eu corro a 100%.

E eu acho que é por isso que acabo me destacando nas áreas em que me insiro Então, este é o meu conselho ao nível corporativo.

Para as empreendedoras que por aí surgem. Muita gente diz que temos que inovar, mas eu não acredito nisso, acredito que nós podemos, sim, se destacar fazendo o que já existe. O maior problema do mercado é fazer a diferença.

Então, sejam diferentes. Tentem não imitar as tendências.

Encontre a Enid nas redes:

Enid Nkini @mrs.nhantumbo

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GESTÃO DE FINANÇAS PESSOAIS A MELHOR FORMA DE GERIR SEU DINHEIRO

Gerir suas finanças pessoais é uma tarefa importante que pode parecer complicada, mas com algumas dicas e estratégias simples, você pode começar a administrar seu dinheiro de forma eficiente. Quando você toma controle de suas finanças, você pode se sentir mais confiante em relação ao seu futuro financeiro e evitar situações de endividamento ou crise financeira. Eu sei que embora esse seja o desejo da maioria (ter as finanças organizadas, evitar dívidas e alcançar liberdade financeira), muitas vezes não é uma tarefa fácil, isso porque há falta de instrução de como proceder quando o assunto é dinheiro, por isso, preparei algumas dicas importantes:

Tenha uma planilha de orçamento doméstico

Uma das principais dificuldades na gestão de finanças pessoais é a falta de orçamento. Muitas pessoas não sabem quanto dinheiro estão gastando em cada categoria e, portanto, não conseguem controlar seus gastos.

O primeiro passo para gerir suas finanças pessoais é um orçamento. Isso envolve avaliar seus gastos mensais e receita para determinar quanto dinheiro você tem disponível para gastar e poupar. Se você não tem um orçamento, é fácil gastar mais do que ganha e contrair dívidas. Use planilhas de finanças pessoais para ajudar a organizar seus gastos e receitas.

Identifique seus gastos desnecessários

Olhe para seus gastos e identifique onde você pode cortar despesas desnecessárias. Talvez você esteja a gastar muito em alimentação fora de casa ou compras online. Faça uma lista de seus gastos e priorize as despesas que são essenciais. Reduzir seus gastos desnecessários pode ajudar a poupar dinheiro e reduzir sua carga financeira.

Aqui você precisa ter disciplina e controle emocional para reduzir os gastos e seguir o orçamento, muitas pessoas não têm a disciplina necessária para seguir um orçamento ou para evitar compras desnecessárias.

ARCÉLIO TIVANE

ESCRITOR, COACH, PALESTRANTE, EDUCADOR, EMPRESÁRIO. MAIOR DEFENSOR DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA EM MOÇAMBIQUE, COACH FORMADO EM GESTÃO, PELA UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE, E EM MASTER COACH EM FINANÇAS PESSOAIS, PELO INSTITUTO INTERNACIONAL DE COACHING, NOS EUA. COACH FORMADO EM GESTÃO, PELA UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE, E EM MASTER COACH EM FINANÇAS PESSOAIS, PELO INSTITUTO INTERNACIONAL DE COACHING, NOS EUA. A SUA PÁGINA DO FACEBOOK É, INDISCUTIVELMENTE, UMA DAS MAIORES PÁGINAS EM MOÇAMBIQUE SOBRE EMPREENDEDORISMO E EDUCAÇÃO FINANCEIRA.

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Poupe dinheiro regularmente

Estabeleça uma meta de poupança e comece a poupar dinheiro regularmente. Isso pode ser um desafio no início, mas com o tempo, poupar pode tornar-se um hábito. Você pode fazer poupanças a curto prazo para objetivos específicos ou mesmo uma poupança a longo prazo para aposentadoria por exemplo.

Evite dívidas

As dívidas podem ser uma grande fonte de stress financeiro. Tente evitar fazer empréstimos desnecessários ou usar cartões de crédito para gastos que você não pode pagar no prazo. Se você já tem dívidas, faça um plano de pagamento para reduzi-las o mais rápido possível, e na hora de pagar, priorize o pagamento das dívidas com taxas de juros mais altas.

Invista na sua educação financeira

A educação financeira pode ajudá-lo a tomar decisões melhores e mais informadas sobre seu dinheiro. Existem muitos recursos disponíveis, incluindo livros, e cursos online, que podem ajudálo a aprender mais sobre finanças pessoais e como administrar seu dinheiro com sucesso.

No próximo artigo, vamos falar sobre empreendedorismo e como você iniciar um negócio mesmo sem ter muito dinheiro. Até lá, comece a implementar essas estratégias de gestão de finanças pessoais e fique no controle de suas finanças.

ESTE ARTIGO É ASSINADO POR: Arcelio Tivane

@arceliotivane @ArclioTivane
Arcelio Tivane
www.arceliotivane.com

HÉDITO MARCELINO

O REI DOS COCKTAILS

Hédito Inácio Marcelino, 32 anos de idade, Natural de Chimoio província de Manica.

Fale-nos da “Laranjinha”, surgimento e crescimento?

A Laranjinha Cocktails surge em 2013, quando um amigo meu veio a Maputo, e ele trabalhava com um Bar na Cidade da Beira, Ele já tinha umas noções do mundo de cocktails. Ele vinha para tentar novas oportunidades aqui em Maputo, e, na altura, veio viver comigo. Nesse tempo, ele insistia-me para que ambos aprendêssemos mais a preparar cocktails, ou, mais especificamente, para eu aprender essa “arte” de fazer cocktails. Porém, na altura, eu estava focado na Faculdade, e não tinha muito tempo para tal, e, na verdade, não achava ser uma área que eu realmente precisasse, pois não apreciava.

Um mês depois, surgiu a oportunidade para podermos preparar cocktails no FEIMA, que é uma Feira de Gastronomia, que acontecia, na altura, em Maputo. Os organizadores deram-nos a possibilidade de abrir o nosso próprio “stand”, onde fizemos uma junção dos nomes para poder a fazer a nossa primeira marca, que era “ML Cocktails”, uma junção do “M” do Mike e “L” do Laranjinha. Foi um começo muito fixe; muitos dos amigos que nos conheciam, na altura, deram-nos algum apoio: vinham fazer a compra com o pessoal.Então, fui fazendo pesquisas, inclusive acabei comprando alguns livros, fui pesquisando, estudando… quatro meses depois, o meu amigo teve que voltar à Beira, porque teve uma outra oportunidade. Para nós, foi muito bom sabermos que ele tinha que voltar à Cidade da Beira, numa posição melhor, em termos de trabalho.

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Diante disso, tivemos que romper a nossa parceria, porque eu sem ele não poderia conseguir, poia ele tinha mais experiência. Nesse tempo, fiquei um pouco “parado”, e decidi ir à Cidade de Chimoio, de férias da Faculdade. Para o meu espanto, deparo-me com o facto de a mãe de um amigo meu possuir um Restaurante lá na Cidade de Chimoio, de nome “Xeirinho”. E, como ela já sabia que eu já estava no mundo dos cocktails, propôsme algo da seguinte forma: “olha que tal tu poderes fazer aqui uns cocktails numa sexta-feira?” Mas eu não tinha nem o material, acredita!. Mas antes fiz uma pesquisa na cidade de Chimoio, para ver onde é que eu poderia encontrar algum material, e, na altura, se a memória não me falha, encontrei um shaker na Sena Centro, e foi o único material que eu encontrei; não tinha mais nada, mas esse material eu usei durante sete anos, só que, infelizmente, quando a empresa foi crescendo, fui partilhando o mesmo material com outros colegas, que trabalham comigo até hoje, e, como sabes, quando o material é usado por várias pessoas não dura muito.

Qual tem sido a demanda pelos vossos serviços?

A demanda foi sempre crescendo, desde que conseguimos abrir o nosso Escritório; porque além dos eventos privados, como

casamentos, aniversários, baptizados, noivados, por aí em diante, começámos a atacar também o lado mais corporativo, que são as Empresas. O negócio foi crescendo, que, em 2016, concluí meu primeiro Curso de Bartender Internacional, que é o “Cash Selecta”, que é o meu ídolo até hoje. Portanto, tive a primeira formação, que, na altura foi ministrada pela Pernod Ricard, que o título era “Bar Stars Academy”, reservado só para os Restaurantes de alto nível em Maputo, e alguns hotéis, como Dolce Vita, Silk, na altura, Hotel Polana, News Café.

Confesso que eu tive a sorte de ser o único, como privado, a ser chamado para essa formação. Acredito que foi pela qualidade de trabalho e pela qualidade de serviço que estávamos a oferecer na altura. Acho que eles olharam para nós e disseram que “Bom, eles estão a trabalhar com isto, e porquê não os formar também?” Então, aquela formação despertou-me muito, ou seja, abriu a minha mente em termos do “Mundo de Coquetelaria

Em que cidades presta ou já prestou esses serviços?

Prestamos serviços em todo o Moçambique, mas neste momento temos escritórios em Maputo e Chimoio. Dependendo da localização do cliente, vemos qual das equipes está mais próxima para evitar que o cliente gaste muito com a logística. E já prestamos serviços em Durban e Krüger Park, na África de Sul.

Como você se tornou um mestre em Coquetelaria?

Tornei-me mestre através das formações que fui fazendo. A primeira foi através do meu amigo, foi uma formação cá. A segunda foi através da internet, através de pesquisas. A terceira foi em 2016, quando tive a oportunidade de ter uma formação com o meu

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ídolo, que até hoje é o Karl Schlatter, um dos melhores Bartenders do mundo, que já ganhou três competições mundiais. Depois, em 2017, fiz o meu curso nas Cidades do Porto e Amsterdam. Em 2018, consegui ganhar o prémio de melhor Bartender da África Austral, competindo com os bartenders da África do Sul, Zâmbia, Namíbia, Botsuana, Malawi e Zimbábwe. Este concurso decorreu em Lusaka, na Zâmbia.

Competir com pessoas que estão em países mais desenvolvidos que nós, como a África do Sul, por exemplo, que têm mais ferramentas à sua disposição do que nós, e, mesmo assim, vencê-los, é algo que me fez sentir muito, muito, muito importante nesta área, e como um mestre; tanto que, a partir daí, comecei já a usar a sigla de Mixólogo e não de um normal Bartender.

Quais são as principais habilidades que você acredita que um bom mestre de Coquetelaria deve ter?

As principais habilidades que um bom mestre tem que ter é basicamente olhar para um produto, seja em qualquer categoria das bebidas, poder apreciar, sentir o cheiro e tentar decifrar o que pode criar como receita. É o primeiro ponto.

O segundo ponto é olhar para aquilo que é a apresentação da tua bebida, o “look and feel”, ou seja, como é que o cocktail vai apresentar-se.

O terceiro ponto é ter o equilíbrio das misturas que tu vais fazer; e o quarto ponto é a decoração que tu vais implementar neste copo. Então esses são os aspectos ideais para tu basicamente teres uma abordagem de Mestre de Coquetelaria. A partir daí tu consegues criar novas receitas e, acima de tudo, os bons Bartenders, os Mixólogos ou Mestres de Coquetelaria devem saber usar conteúdos locais para poderem impulsionar mais aquilo que é do seu país para o mundo lá fora.

Qual é a sua abordagem para criar novos cocktails? O que inspira suas criações?

E o que é que me inspira nas criações é mesmo aquilo que eu acabei de dizer. É olhar para aquilo que é o nosso, local, porque tudo o que nós aprendemos no mundo de cocktail vem de fora, é tudo internacional. Então, porque é que não levarmos também aquilo que é nosso lá para fora? Acrescentando mais um ponto: para eu poder ter vencido o prémio de “Melhor Bartender da África Austral”, em Lusaka, deveu-se ao facto de ter usado um fruto local, num cocktail, que é a maçanica. Eu venci com o “Jameson Maçanica”, o prémio do melhor Bartender da África Austral.

Como você escolhe os ingredientes para seus cocktails? Quais são seus ingredientes favoritos?

Essa pergunta é um bocadinho... um bocadinho assim, estranha, porque, normalmente, eu escolho os ingredientes mediante aquilo que são as necessidades que nós temos. Se, por exemplo, chega uma nova marca de bebida, ou se aparece um cliente que quer um serviço, e ele diz olha, eu gostava de ter a base de manga ou a base de toranja ou a base de qualquer um ingrediente ou qualquer bebida; aí eu vou tentando juntar aquilo que é a necessidade do cliente com a nossa realidade moçambicana. Como vês, não temos uma base fixa de escolha de ingredientes. Pois nosso foco é satisfazer e agradar as necessidades dos clientes. Então, aquilo que o cliente pede é aquilo que nós oferecemos.

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Qual é a sua opinião sobre a importância da apresentação de um Cocktail? Como você trabalha a apresentação dos seus cocktails?

A importância da apresentação dos cocktails é algo que todo o Bartender tem que olhar como uma prioridade, porque é o “look”, a imagem, que vende o produto todo. Não basta tu teres um copo com um cocktail muito saboroso, mas a sua apresentação ser muito fraca. Eu acho que no mundo de hoje as pessoas não fazem decorações muito, muito trabalhadas.

Digo muito trabalhadas em que sentido? Em encher o copo de muitas coisas. Vou dar um exemplo muito prático. Hoje em dia vejo muita gente a preparar Gin, ou seja, “Gin and Tonic” com frutos vermelhos. E tu vês um copo tão cheio de frutos vermelhos que até parece uma salada de frutas. Aquilo estraga o sabor da bebida

Como você lida com clientes que têm gostos e preferências diferentes? Como você adapta seus cocktails às necessidades dos clientes?

Bom, conforme eu disse antes, cada cliente é um cliente, e cada cliente tem os seus gostos e preferências. No entanto, eu vou de acordo com aquilo que é a necessidade do cliente, mas vou sempre aconselhar quando for uma mistura que

eu sei que não faz bem. Porque não basta só tu misturares qualquer bebida e já tens um cocktail. Não! Isso tudo requer uma base de formação, de conhecimento, porque nem todas as misturas são corretas, posso assim dizer.

Por exemplo, nunca podes misturar uma Coca-Cola e um Jameson. As pessoas normalmente têm essa tendência de um “whisky cola”, mas faz mal por causa da cafeína, por causa do açúcar. O mesmo posso dizer a tendência de misturar um Jameson com uma Red Bull. Na hora que tu estás a consumir, sabe muito bem, mas tem efeitos a posteriores, como AVCs, problemas de coração… então, é sempre importante podermos dar aquilo que é a nossa opinião, mas, acima de tudo, seguir a linha das necessidades do cliente.

Qual é o seu processo de treinamento para Bartenders iniciantes? Como você os ensina a criar cocktails e servir seus clientes?

Bom, o processo de treinamento para Bartenders iniciantes é algo que eu adoro e gosto muito de fazer formações para novos aprendizados, porque conforme eu disse, a ideia é de unificar a qualidade de um cocktail desde o Rovuma ao Maputo, e para os iniciantes eu sempre digo uma coisa antes da formação: façam o trabalho com amor e não pelo dinheiro. Digo isto porque se tu fazes pelo dinheiro, tu não vais ter uma paixão pela área que estás a exercer. Não vais conseguir dar o que o cliente precisa, tu vais fazer porque sabes que no final do evento ou no final do mês tens o teu ordenado e a tua vida está a andar. Isto é extremamente errado, primeiro nós temos que amar aquilo que fazemos e depois é que vêm os bónus Temos que nos inspirar nos outros, e nós temos que ensinar os outros; essa é a nossa missão. Queremos desenvolver esta “arte” magnífica em Moçambique, mas ainda não há muita valorização, desde os proprietários das casas aos próprios clientes, porém acredito que em breve vamos conseguir dominar isso

Qual é a sua opinião sobre a utilização de ingredi entes locais e sazonais em cocktails? Como você incorpora esses ingredientes em suas criações?

A minha opinião em relação ao uso de ingredientes locais e sazonais é algo muito importante. Primeiro, ingredientes sazonais são ingredientes que agregam mais lucros ao seu bar. Isto porque nós sabemos que, nas épocas de certas frutas, o custo

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é mais reduzido e automaticamente nós podemos criar várias receitas com o mesmo ingrediente em diversas categorias de bebidas, e aí o nosso custo de produção é mais baixo e conseguimos ter mais “profit” nisso tudo.

E, mais, a utilização dos ingredientes locais é bom, porque valorizamos aquilo que é nosso; o famoso “Made in Mozambique” serve para ajudar as comunidades locais, que têm produzido estes mesmos produtos. E além de valorizar, estamos a publicitar o nosso produto ao nível internacional.

Qual é o seu cocktail favorito e por quê?

O meu cocktail favorito? Uauh! Essa questão é um bocadinho complicada de responder, porque dos cocktails que eu fui aprendendo e dos que eu criei... Perdão, dos que eu criei, porque eu até acho que devo ter por aí uns 93 ou 90 e tal cocktails criados por mim; então, é difícil eu dizer que o meu favorito é este, porque cada criação envolve um sabor

diferente um do outro; e garanto-lhe a 200% que os cocktails que a Laranjinha cria, são os melhores de Moçambique. Isto não há dúvidas, mas olhando para a questão, eu se calhar diria que o HERI 16, que é o cocktail que eu criei com o nome da minha filha, é um dos favoritos. Porquê? Primeiro, porque tem o nome da minha filha, segundo, porque em comparação mesmo, parte de duas cores, e ao longo do tempo que tu vais consumindo ele vai mudando de cor, então posso assumir que é um cocktail favorito nesse sentido. É um bocadinho “sweet”. em termos de sabor, e é mais aconselhável para mulheres, alguns homens podem consumir, para quem não gosta de coisas mais ácidas, mais cítricas, mais amargas, por aí em diante; mas eu posso dizer que HERI 16.

Encontre o Hédito nas redes:

hedito_marcelino @laranjinhacocktailsmoz

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APOSTAR EM ENERGIAS RENOVÁVEIS A Importância da Transição Energética

A transição para fontes de energia renováveis é uma das mudanças mais significativas que a humanidade precisa fazer para mitigar as mudanças climáticas e reduzir a poluição ambiental.

A crescente preocupação com o aquecimento global e o aumento da demanda de energia fazem com que as fontes de energia renováveis sejam uma alternativa cada vez mais viável e necessária.

Apostar em energias renováveis é importante não apenas para o meio ambiente, mas também para a economia global. A transição energética para fontes renováveis pode criar empregos, reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis e criar novas oportunidades de negócios. Além disso, a energia renovável pode ajudar a reduzir os custos de energia e melhorar a segurança energética.

A energia renovável inclui fontes como a energia solar, eólica, hidrelétrica, geotérmica e biomassa. Essas fontes de energia são renováveis porque são naturalmente reabastecidas, ao contrário das fontes de energia não renováveis, como petróleo, carvão e gás natural, que são esgotáveis.

A energia solar é uma das fontes de energia renovável mais promissoras. A tecnologia de painéis solares está se tornando cada vez mais eficiente e acessível, o que significa que mais pessoas e empresas podem se beneficiar do uso da energia solar. Além disso, a energia solar é uma fonte de energia limpa e não emite gases de efeito estufa.

A energia eólica é outra fonte de energia renovável promissora. Os parques eólicos são capazes de gerar grandes quantidades de eletricidade a partir do vento e podem ser construídos em terra ou no mar. A energia eólica também é uma fonte de energia limpa e não emite gases de efeito estufa. A energia hidrelétrica é uma das formas mais antigas de energia renovável e é responsável por uma grande parte da energia renovável produzida em todo o mundo. A energia hidrelétrica é gerada a partir do movimento da água em rios e represas. Embora a energia hidrelétrica seja uma fonte de energia renovável, sua construção pode ter impactos ambientais significativos.

A energia geotérmica é outra fonte de energia renovável que utiliza o calor da Terra para gerar eletricidade. A energia geotérmica é uma fonte de energia limpa e pode ser uma opção viável para locais com atividade vulcânica e geotérmica.

Por fim, a biomassa é uma fonte de energia renovável que utiliza resíduos orgânicos, como madeira e resíduos agrícolas, para gerar eletricidade. A biomassa é uma fonte de energia renovável, mas é importante garantir que a produção de biomassa seja sustentável e não cause desmatamento ou outros impactos ambientais negativos.

Em conclusão, apostar em energias renováveis é crucial para o futuro do planeta e da economia global. A transição para fontes de energia renováveis pode criar empregos, reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis e melhorar a segurança energética.

Enganam-se porque

eu sou da geração da liderança. Daqueles que perde a vida, e só depois a esperança...

- Azagaia

RIP 1984 - 2023

Penuel Héber Madeira, 27 anos de idade, nascido à 2 de Dezembro de 1995. Artista plástico, especializado em desenho realista, trabalhando com lápis de carvão, e, por vezes, lápis de cor sobre o papel. “A minha paixão pela Arte do Realismo começou aos 5 anos de idade, pois eu me interessava em poder imitar rostos que via ao vivo e nas fotografias. No início, usava qualquer papel, caneta ou lápis que encontrava pela

frente, e tentava esboçar os rostos de “fotografias tipo passe” ou cadernos de estudo. Com o passar do tempo, fui evoluindo nos materiais e vendo quais melhor se adaptavam para o meu trabalho artístico. É o que faço até hoje, procurar pelos materiais que possam me trazer melhor resultado. Actualmente, desenho, querendo, sobretudo, transmitir alguma mensagem, pois a arte é um meio de comunicação, e pretendo desenvolver esta parte e com isso levar a minha arte para o mundo.”

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UMA
TODOS
ART BY MARCO RUDY
MARCA TRENDING LDA.
OS DIREITOS RESERVADOS

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