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DUBLADOR E COMEDIANTE DE SUCESSO NAS REDES SOCIAIS

Como você começou na Comédia Standup?
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A minha vida como comediante, até cá, não se difere muito de todos os jovens batalhadores. Não tenho muito a reclamar, tenho alguns contratos, tenho reconhecimento, o público tem muito respeito para a minha pessoa. Então, estou numa fase mesmo de estar a caminhar, posso definir como estável. Comecei o Stand-up mesmo por curiosidade, por assistir na internet, e também recebi algumas solicitações para o fazer em casamentos… então as pessoas iam perguntando se eu faço, e eu respondia que sim, mas na verdade não fazia. Diante dessas solicitações, fui investigando, fui aprimorando, e dei meu primeiro show em Maputo no Uptown; a casa estava cheia… daí comecei a investigar mais, então, foi mesmo por curiosidade, porque eu não sou um jovem que se limita, faço tudo, basta que esteja na minha área.
Qual é o seu processo de escrita de piadas, e como você decide quais piadas usar em seus shows?
Eu me inspiro muito no dia-adia, em situações muito comuns e reais, então, inspiro-me no momento em que estamos a viver. Se há um problema político, cultural… qualquer coisa positiva que haja no país, eu uso isso para o show, mas inspiro-me mesmo no quotidiano do moçambicano, defeitos, qualidades… inspirome muito também nas mulheres, defeitos, qualidades, tudo isso.
Quais comediantes influenciaram seu estilo de comédia?
Não tive influência, comecei com a “dublagem” de vídeos, e criei a minha própria identidade.
Como você lida com o fracasso no palco ou com piadas que não funcionam?
Quando uma piada não funciona em palco, ou as pessoas não percebem, ou não tem graça para eles; o meu segredo é rir da minha própria cara. Eu começo a rir e digo, “já essa não teve graça”. Então, aí as pessoas começam a rir-se de mim, e acaba mesmo tendo graça. Como vê, o segredo é rir e continuar, porque teu job é esse mesmo.
Qual foi o momento mais engraçado ou constrangedor que já aconteceu durante um show?
Momento mais engraçado: uma vez, num show, no Hotel Glória, uma moça começou a rir e não parava de rir. Tivemos que esperar cerca de três, quatro, cinco minutos para ela parar de rir. Inclusive outras pessoas tentaram fazê-la parar de rir; chegaram até a sugerir-me que ela devia sair, mas eu disse que não. Porque ela pagou para estar no show; as pessoas pagaram para rir, então tinham que desfrutar o máximo. Esse episódio foi muito “funny” para mim, porque a gargalhada dela punha todos também a rirem. Essa foi uma cena muito divertida!
Como você adapta seu material para diferentes públicos e culturas?
Eu limito-me um pouco quando vou aos casamentos, festas, etc., porque nesses eventos geralmente existe um público que, às vezes, não é da comédia; são pessoas que estão ali para curtir o casamento; e tu apareces como uma atracção. Então, tento seleccionar as piadas com coisas muito básicas e do dia-adia, como disse antes. Mas nos meus shows a “malta entrega” mesmo. Lá, o público que foi eu conheço, então falamos de tudo, fazemos piada com tudo, incluindo religião, sexualidade, etc. Lá ninguém leva as coisas a peito. Então, quando é um show meu, eu não seleciono tanto, mas para os shows privados, tem que ter cuidado com a questão da sexualidade, religião, etc. Existem pessoas muito reservadas, ainda, com essas cenas
Como você lida com os limites do humor, especialmente em relação a questões sensíveis como raça, género e política?
Como disse, eu normalmente não falo muito disso… raça, género, orientação sexual, etc., assim livremente, nas festas e em outros eventos privados; mas nos meus shows, a gente fala de tudo, tudo, tudo mesmo; se está um branco no palco, chamo ele de branco. Aquilo mesmo que acontece no dia-a-dia, a gente não esconde, chamo-lhe de branco, e digo, “hei, não pode me chamar de nigga!”
Está um gay, a gente brinca com ele, e as pessoas vão tirando o lado bom disso, porque a ideia é falar da realidade. Mas para postagens na internet e shows privados, não toco muito, não toco mesmo nesses assuntos, mas nos meus shows, as pessoas já sabem, falamos de tudo. E isso tem sido gratificante. Ontem mesmo estava a fazer um teste. Eu queria ver quantos “views” alcançava em 24 horas. Postei um vídeo no Instagram e em 24 horas fiz 60 mil visualizações. Então foi “bem nice”! É confortante saber que, durante esses cinco anos, as pessoas continuam a seguir-me e a página continua a crescer. Isso só me dá mais força para continuar nesta área, e dar o meu melhor.
Nesta fase, dedica-se mais ao Stand-up ou ao conteúdo para as redes sociais?
Na fase em que estou, continuo a investigar, a criar textos de qualidade para o Stand-up, mas dedico-me muito aos conteúdos nas redes sociais, porque me dão mais visibilidade para alcançar meus objectivos, que são fechar parcerias, mas também ser um artista muito conhecido. Então, dedico-me muito aos conteúdos nas redes sociais, porque esse é o meu forte.
Quais são seus planos futuros para sua carreira de comediante?

Planos futuros não são assim tão grandes, já estou a viver o futuro, já estou a viver o que o que eu tanto rezava; então, planos é só fazer com que a minha arte seja mais conhecida em Portugal, Angola, Brasil e em todos os PALOP’s, quiçá também nos países onde existe grande número de moçambicanos, e fazer shows por aí fora. Então, é só mesmo alastrar o máximo aquilo que é a minha arte, o resto eu deixo nas mãos de Deus. Como você acha que a comédia Stand-up evoluiu ao longo do tempo, e qual é o papel da comédia na sociedade actual?
Olha, eu acho que ainda temos muito que trabalhar, porque não temos muito tempo nisso. Temos muito por trabalhar; muito por provar, porque não vale a pena dizer que, “ah, o pessoal é que não entende!”. Não; tu é que tens que entender o teu público, porque a arte é uma forma de a gente expressar as nossas emoções, expressar a nossa cultura, e, acima de tudo, expressar os nossos problemas, as nossas qualidades, os nossos defeitos. Logo, o Stand-up Comedia tem essa missão, de saber tocar nesses pontos… então, evoluiu muito sim, mas ainda falta a gente trabalhar para termos comediantes de qualidade, porque números não bastam, tem que haver aquilo que a gente chama de qualidade; falo cá, no meu país, e por aí fora. Tenho visto na internet, Brasil, por exemplo, é um sítio onde essa arte já é muito consumida, as pessoas vivem disso, então, porque não chegarmos àquele nível.
O Txiobullet disparou em audiência, com os seus shorts. Fale-nos um bocado disso.
Olha, essa ideia surge quando fiquei desempregado. Eu trabalhei três anos numa empresa de segurança, e depois perdi esse emprego. Então, fiquei desempregado e vivia sozinho. Naquele momento, via alguns vídeos na internet, etc. Mas não tinha condições para dublar, porque não tinha estúdio e tal. Então, com o tempo, surgiu um aplicativo chamado Madlibs, que disponibilizava trechos de filmes, músicas, etc. Davam-te dez, quinze segundos para expores o seu conteúdo em cima desses mesmos short videos. Foi aí que, a princípio, eu criava alguns conteúdos ao nível do bairro.

Quando a equipe de futebol da zona perdia, então eu fazia uma piada que girava ali no bairro, como, por exemplo, temas sobre meninas da zona que queriam andar só com os moços da cidade; Barraca x, que não fazia promoção de 3/100, fazia uma piadinha e girava nos grupos do bairro. Mas, uma vez, no Dia dos Namorados, eu fiz um conteúdo que “viralizou”; os blogueiros postavam, alguns artistas postavam, e eu ia lá nos comentários, punha um “like”, é aí que viam que o vídeo tinha o meu nome. Assim, em uma semana, a minha página, que era pessoal, já tinha mais de 100 mil seguidores.
Foi tudo muito rápido! Dois meses, eu já estava nas televisões, cinco meses, já estava a apresentar casamentos. Foi mesmo muito rápido! Mas, nessa época, tive grande apoio do meu amigo Justino Ubaca, eu trabalhava para ele. Quando perdi o emprego, ele deu-me uma vaga na equipe dele. Então, eu trabalhava na equipe do Justino Ubaca; ajudava na segurança, ajudava a entregar o flash nos casamentos, etc. Portanto, ele ajudou-me muito mesmo, aprendi muito com ele, a ter a consciência que hoje tenho do “Game”. Então, foi mais ou menos assim que “viralizei”.
Eu via na internet, na época, algumas “dublagens” que as pessoas iam partilhando e eu sentia que podia fazer algo do género ou melhor, mas não tinha condições, não tinha estúdio…, etc. Mas não parei, porque, em pouco tempo, eu fu acumulando muitos pedidos no WhatsApp. Refiro-me a pedidos do tipo, “envia isto, envia aquilo, envia aquele vídeo, envia o vídeo X”.

Depois, através da ideia de alguns amigos, criei um grupo de WhatsApp, onde se pagava para a pessoa lá estar. Pagava-se 60,00MT mensal. A pessoa ficava lá e renovava a mensalidade. Então, os vídeos que eu fazia, lançava em primeira mão lá naquele grupo. E daí, começaram a aparecer cantores, a solicitarem-me para fazer os vídeos com suas músicas a tocarem no fundo. Eu ia cobrando, o primeiro vídeo que eu cobrei 500,00MT foi do meu grande amigo Rich Jr., da Beira. Depois apareceu a Eurídisse Jeque; daí já estava com o pessoal da Bang. Foi tudo muito rápido e em pouco tempo já estava a assinar Contratos com a 2M e depois com a Vodacom. E foi assim que aprendi a “monetizar” os vídeos.
Quem é a Enid Nhantumbo? Fale-nos um pouco de si.

Enid Nkini Niantumbo é uma mulher casada, 30 anos, mãe de um bebê de 3 anos, formada em gestão de negócios e com especialização em Finanças Internacionais na Universidade de Heriot-Watt, na Escócia. Eu sou metade moçambicana, metade tanzaniana, sou filha de um tanzaniano e filha de uma moçambicana. Tenho 3 irmãs e eu sou a terceira de 4 meninas da nossa família.
Quando é que decide entrar para o mundo do empreendedorismo?
Então eu por 6 anos trabalhei logo depois da minha formação, voltei para Moçambique e trabalhei no Standard Bank como gestora sênior.
E saí do Standard Bank numa altura em que acabava de dar parto, estava a sofrer de depressão pós-parto e não estava a lidar corretamente com este período da minha vida como mulher e por este motivo e vários outros, pressão e etc.
Decidi que queria sair do banco e empreender. No entanto, enquanto eu estava no banco eu já tinha os meus outros empreendimentos já a decorrerem, não tinha 100% da atenção neles porque eu estava dedicada a 100% na verdade no banco.
No entanto, depois da minha depressão eu achei que estava na hora que eu queria um desafio, que eu queria algo novo.
Então decidi entrar na área e focar-me nos meus empreendimentos a 100%. Não foi fácil no início, tive muitos desafios porque uma coisa é ter um patrão e que diz o que vai fazer, outra coisa é sermos o patrão e ter que guiar várias pessoas.

Neste momento eu tenho no meu leque cerca de 160 trabalhadores. Eu sou responsável por eles e 160 trabalhadores são 160 famílias.
Então a pressão de garantir o pão na mesa de cada um nunca foi mais essencial.
A pressão é ainda maior. Muita gente pensa que não, vai empreender porque o “corporate world” é mais estressante, mas quando nós saímos e eventualmente começamos a empreender descobrimos que na verdade o mundo do empreendedorismo tem muita mais pressão.


A diferença é que nós fazemos por nós mesmos e não por outros. E a paixão de correr e acordar todos os dias é diferente por esse motivo. Porque fazemos aquilo para o nosso proveito, se eu posso assim dizer.
A Enid tem no seu Portfolio um leque de empreendimentos. E cada um numa área completamente diferente da outra. Fale -nos um pouco deles. Qual delas podemos considerar o seu “bebé preferido”?
É verdade que os meus empreendimentos são mesmo todos diferentes.
A ProServ, por exemplo, é distribuidora de redes mosqueteiras e farmacêuticos, material farmacêutico para hospitais.
A minha paixão pela malária surge há muitos anos atrás porque a empresa ProServ na verdade foi fundada pelos meus pais em 2000.
E quando eu decidi sair do Stand Up Bank o meu pai disse olha, esta empresa nós já não estamos focadas nela, então podes ficar com ela.
Passaram a empresa para mim e hoje eu dou continuidade àquilo que eles criaram, à base que eles criaram há 20 anos atrás. Então é assim como eu fico com a ProServ.
A Fumilar é uma empresa de família na qual eu sou sócia e sou diretora financeira.
E é focada em fumigações, controle de pragas, desinfecção.
A Utopia surge quando eu estava de licença de parto.
E na altura... Até veio muito antes, mas eu comecei a levar a sério nessa altura que eu acabava de dar parto. Veio na altura em que eu…. já sofri muito de acne.
Acne severa na altura do meu casamento, por causa do stress. Então chama-se stress acne. E a minha cara ficou horrível, horrível mesmo.
E na altura tive que fazer aquela medicação dos comprimidos e etc.
E antes até de fazer a medicação, eu não sabia que tinha contraindicações muito fortes para mulheres.
E quando eu acabei o meu tratamento, procurei fazer tratamentos caseiros para cuidar da pele.
Porque muitas pessoas que fazem tratamento de comprimidos acabam por voltar a ter acne. Então comecei a procurar tratamentos mais caseiros, mais naturais, que não incluiam tímicos e etc.
E por sua vez encontrei, nesta minha vida de empreendedorismo, uma dermatologista e uma cosmetologista.

Que queriam abraçar esta causa comigo. Então nós criamos as nossas próprias fórmulas.
E que hoje são registadas em nome da Utopia aqui em Moçambique.
E assim nasceu a Utopia Cosmetics.
Então é mesmo inclinado para pessoas com a pele oleosa, com a pele acneica, com a pele mista. Que prefazem 85% da pele aqui em Moçambique devido ao nosso clima.
Então tentamos criar fórmulas que são indicadas realmente para pessoas moçambicanas.
Então esse seria o nosso ponto competitivo ou ponto diferencial a nível dos cosméticos.
Os nossos cosméticos foram feitos mesmo para o nosso clima.
E depois temos a Caluen.
A Caluen que é uma marca, que é uma empresa de procurement e de fornecimento de material de escritório.
E também faz brand strategy para várias empresas. Então brand strategy não é só identidade visual. Esta é a causa por detrás de uma marca. Então nós fazemos esse exercício de consultoria para muitas outras empresas.Começamos do zero, fazemos rebranding e tudo o que for necessário para a empresa ter a sua identidade , seu DNA corrigido e para todos poderem caminhar no mesmo sentido.
E por fim temos a Luen Chocolates.
A Luen Chocolates, nós, eu e o meu marido, tínhamos há quatro anos, se não me engano, estivemos numa sociedade de três pessoas em que surgiu a Gabarnier Chocolates.
Só que infelizmente tivemos que sair dessa sociedade. E ano passado decidimos rever este empreendimento,que achamos que com o foco correto, envolvendo as pessoas corretas, fazendo a estratégia de branding correta, teria um impacto diferente.

Então aí é que surge a Luen Chocolates. Então é Luen de Luis e Enid e muita gente associa chocolate ao amor.
Então é por isso que nós decidimos juntar os nossos nomes e criar a Luen Chocolates.

Vamos focar na Luen Chocolates. Onde são produzidos? De onde nasce a ideia de apostar num segmento pouco convencional?
Quem, na verdade, nos incentivou a revermos este empreendimento dos chocolates artesanais foi a minha mãe, porque ela ama demasiadamente os chocolates e gostava muito dos nossos chocolates na altura e quando não tinha disponível, porque nós já tínhamos fechado a empresa, ela ficou muito triste, então ela sempre nos puxava, abro, abro, voltei a abrir, voltei a abrir, voltei a abrir e por fim cedemos, né? E foi assim que ressurgiu a Luen Chocolates.
A Luen Chocolates são produzidas cá em Moçambique, no entanto importamos todos os nossos materiais, alguns da África do Sul, alguns da Bélgica, por exemplo o chocolate puro que importamos da Bélgica, mas temos profissionais cá em Moçambique que produzem os chocolates para nós, que fazem parte da nossa equipe..
Então temos alguém que é específico para chocolate de leite, a leite.
Temos alguém que é específico para chocolate vegano e sem glucose, então chocolate para diabéticos também
Então tentamos olhar a Luen Chocolates de uma maneira mais abrangente, né?
E foi assim como surgiu.
Esta satisfeita com a resposta do Mercado? Onde podemos encontrar ? Planeia expandir o mercado?
Se estou satisfeita com a resposta do mercado, posso dizer que conforme foi uma fase inicial, eu acredito que sim, pode ter boa aceitação e temos muitos pedidos.
Nós temos a nossa loja, a Luen Chocolates é a loja fixa na Rua de Castelenda, número 265.
Então pode-se encontrar todos os chocolates lá e também temos o nosso Instagram e o WhatsApp onde podem fazer encomendas que o delivery é gratuito.
Planeamos um dia poder ter os nossos chocolates nos supermercados mas porque são artesanais e não têm conser- vantes, o tempo de chocolate é muito restrito. Então isso limita-nos em termos de poder deixar nos supermercados. O tempo de venda, o tempo de expiry date é muito curto.
Então a conservação dos chocolates artesanais requer muita mais sensibilidade do que os chocolates comerciais.
A marca de Skin care, UTOPIA já é uma referência. Que desafios enfrenta para poder sempre entregar um produto de qualidade?
Os maiores desafios que encontro a nível da Utópia é a importação dos produtos porque a Utópia é testada a nível dos Estados Unidos, é testada a nível da África do Sul e para a importação dos ingredientes ativos dos nossos produtos temos tido al- gum tipo de dificuldade. O nosso laboratório fica na África do Sul e não aqui porque na África do Sul tem uma entidade reguladora para a quantidade de produtos, tem uma entidade reguladora para cosméticos. Então dá-nos maior segurança poder ter o nosso laboratório na África do Sul embora todos os produtos são registados em Mocambique.

Então a produção toda é feita no nosso laboratório na África do Sul. E um dos maiores desafios realmente que nós temos é poder explicar aos nossos clientes que até tem diminuído mais e mais essa dificuldade porque já temos, por exemplo, clientes que vêm até nós e dizem que usavam produtos europeus que já não estão a fazer efeito e queriam algo que fosse de fácil acesso porque os outros produtos têm que importar e etc.
E hoje em dia já fazem muito imitação ou pirataria de muitos produtos especialmente cosméticos. Então temos esta confiança dos nossos clientes em relação a isso.

O que nós sempre presamos é a qualidade dos nossos produtos, qualidade, qualidade, qualidade Não lançamos nada antes de ter os devidos testes feitos, os devidos samples.
Então, por exemplo, o processo de lançamento de novos produtos leva por aí seis meses, que eventualmente nós disponibilizamos no mercado. Então, não é fácil, mas é uma aventura bastante satisfatória quando se faz com paixão
Você pode compartilhar uma experiência ou projeto que tenha sido particularmente desafiador e como você lidou com isso?
Olha, um projeto que eu já fiz, que foi desafiador e que não deu certo.
Na altura eu ainda trabalhava no Standard Bank e eu abri um centro técnico.
Na verdade na Europa chama-se Manny Center
Que é um centro onde tem várias babás e o centro é usado para os pais deixarem os seus filhos lá Enquanto eles têm os seus afazeres e depois no final do dia vêm buscar
E este conceito na Europa funciona muito porque muitos dos pais são independentes
Então não tem avó, não tem tia para ir deixar as crianças enquanto eles querem que eles virem cinema e etc. Eu tentei implementar aqui, mas não deu certo,Porque o Ministério da Ação Social não reconhecia essa atividade e não tinha um alvará específico para isso.
Ficamos abertos por um ano, porque na verdade o Centro Recreacional do Campo dos Vejinhos
Chamava-se Campo dos Vejinhos
Então tinha também um salão, então nós atuavamos assim com forma de salão
Enquanto esperávamos o alvará específico para o Manny Center
Então, por problemas, dificuldades legislativas, este empreendimento não teve como florir
Então foi dolorido passar por essa experiência
Mas foi o que me tornou uma empreendedora que eu sou hoje, posso assim afirmar.
Como você equilibra as demandas de seu trabalho com outras responsabilidades em sua vida pessoal?
Olha, é muito difícil ser esposa, ser mãe, ser irmã, ser nora
E ainda assim ser líder de vários empreendimentos que dependem 100% de mim
Ou das minhas decisões finais.Eu dependo muito das pessoas que trabalham ao meu redor
Então sempre que eu faço um recrutamento eu tenho a certeza que eu estou a recrutar os melhores
E as pessoas que vão realmente dar andamento às coisas, aos trabalhos
Porque o empenho dos nossos trabalhadores é o que fortifica os nossos empreendimentos
Não somos nós como donos
São as pessoas que trabalham conosco, que fazem com que nós sejamos aquilo que somos nós
E pode ser difícil esse reconhecimento para muitos empreendedores, mas é uma realidade
O fato de eu ter que recrutar uma nova pessoa
Implica começar do zero os valores, a estratégia e etc.
E explicar quem eventualmente é a Enid e como é que a Enid funciona, começar do zero é realmente muito, muito, muito dispendioso.
Então eu sou muito grata às pessoas que trabalham comigo, às pessoas que estão ao meu redor, porque eles é que auxiliam-me neste processo, que é ser várias pessoas numa só.
Então isto não só a nível das empresas, mas tam bém da casa, temos a babá, temos o cozinheiro, então tenho vários auxiliares para poder facilitar o meu processo.
Como você se mantém atualizada sobre as tendên cias e desenvolvimentos nas suas áreas de atu ação?
Então, porque eu trabalho muito de madrugada, como dizem, eu sou uma coruja, trabalho mais de noite do que de dia.
De noite eu fico muito tempo a investigar o que está a acontecer, a investigar as novidades do merca do, a investigar as tendênciasm, a investigar quais são os melhores produtos, quais são os melhores fornecedores.
E é por esse motivo que eu consigo me manter na frente das tendências e ter uma vantagem com petitiva no mercado.
Quais conselhos você daria para mulheres que estão começando suas carreiras ?
Um conselho que eu iria dar para as mulheres que estão no mundo corporativo é, por exemplo, o que me destacava como trabalhadora era o fato de eu entregar 100% de mim, Infelizmente, muita gen te faz o mínimo, não consegue se dar a 100%, não consegue cuidar das coisas como se fossem delas, então, eu não sei se é um defeito, mas eu quando pego uma coisa eu corro a 100%.
E eu acho que é por isso que acabo me destacando nas áreas em que me insiro Então, este é o meu conselho ao nível corporativo.
Para as empreendedoras que por aí surgem. Muita gente diz que temos que inovar, mas eu não acredito nisso, acredito que nós podemos, sim, se destacar fazendo o que já existe. O maior problema do mercado é fazer a diferença.
Então, sejam diferentes. Tentem não imitar as tendências.
Encontrte a Enid nas redes:
Enid Nkini @mrs.nhantumbo
