Via de mão dupla Por: Natália Freire de Aguiar
A
popularização da internet transformou muita coisa no mundo, aproximou pessoas, expandiu negócios e, principalmente, facilitou a nossa vida. Nessa realidade, as relações de trabalho estão sempre mudando e, mais ainda, quando se fala do relacionamento entre marcas e clientes. Não basta vender bons produtos, você precisa cativar o seu consumidor. A especialista em Relacionamento com o Cliente
se destacam no mercado”, explica. Fala-se em focar 80% na entrega de conteúdo informativo e 20% na oferta. Assim, uma pessoa que começou a acompanhar uma marca por um produto específico tende a continuar o relacionamento quando recebe uma entrega de valor. Segundo a pesquisa Put Your Trust in Hyper-Relevance, realizada em 2018 pela Accenture, 33% dos consumidores cortam relações com marcas que falham na personalização. O profissional de Marketing, apontado pela Forbes entre
do SEBRAE-BA, Tai Jambeiro, conta que as gerações
os 10 melhores, Neil Patel, afirma em sua plataforma
anteriores tinham relações mais duradouras com as
digital que hoje os clientes não aceitam ser tratados
marcas e se mantinham fiéis a produtos e serviços que lhes
como números, e esperam que a empresa valorize sua
agradassem, independentemente do que acontecesse. Já
confiança. Para isso, afirma que é preciso uma relação de
as gerações Y e Z, nascidas entre 1980 a 2010, buscam se
continuidade, estratégias de pós-venda, ou seja, garantir a
relacionar com empresas que têm ideais parecidos com os
permanência do cliente na sua marca acompanhando seus
seus, que defendem as mesmas causas, tornando a escolha
passos, respondendo dúvidas, ouvindo críticas e mantendo
pela marca muito mais influenciada pela experiência. “A
sempre um contato próximo, para que esse cliente vire fã e
proximidade do consumidor que as redes sociais trouxeram
acabe se tornando um parceiro que confia e promove seus
tem bastante impacto nessa relação. Se, por algum motivo,
produtos e serviços.
a marca “vacila”, os consumidores reagem prontamente
Hoje, as marcas são cobradas por se posicionarem
e trocam a marca por outra. Mais do que nunca, é
sobre assuntos importantes da sociedade, mesmo que não
extremamente importante cuidar do posicionamento na
tenham relações com seus produtos ou serviços. E esse é
internet”, destaca.
um caminho para se tomar cuidado, você precisa entender
As redes sociais são pontos chaves dessa relação. Tai diz que é necessário manter uma frequência e incentivar
seu público para saber qual posição o agradará. Em todas as ações e posicionamentos, uma marca
interações para ampliar a entrega dos conteúdos. “Além
precisa pensar bem no que vai divulgar. Tai Jambeiro
disso, a entrega de conteúdo relevante e personalizado
explica que um erro gravíssimo é publicar ou enviar
conforme a persona, dentro dos canais ideais para cada
mensagens que podem ser ofensivas a qualquer tipo de
tipo de público, também é um diferencial das empresas que
pessoa, mas, se houver qualquer problema, o primeiro
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O BERRO