Revista Dourados Edição 20

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PERSONALIDADE

BRUNA VIOLA A PAIXÃO PELO INSTRUMENTO E SUA SIMPATIA SÃO A MARCA REGISTRADA DA VIOLEIRA.

A flor mato-grossense desabrochou no meio sertanejo. Bruna Villas Bôas Kamphorst, popularmente conhecida como Bruna Viola, cresceu em ambiente musical. Sua família, marcada por gerações musicais, deixa no sangue da artista a herança que se tornou sua maior paixão: a música. Qual foi o primeiro instrumento que você aprendeu a tocar? O primeiro instrumento que eu aprendi, na verdade, foi o violão. Antes da viola caipira – risos. O meu avô materno era guitarrista, tocava cavaquinho, violão. A minha avó era percussionista e cantava. Então minha família materna toda tem o dom de tocar, cantar. E então comecei no violão com 9-10 anos. Eu tinha pedido uma viola caipira para minha mãe, mas ela não sabia a diferença na época – risos, e aí ela me deu um violão de presente. Quando eu reclamei que não era o que eu tinha pedido, ela me disse para aprender mesmo assim – ela achou que seria fogo de palha, sabe? Que eu ia tocar um pouquinho e logo abandonar. Mas aí eu aprendi com meu avô materno e continuei esperando a viola. Depois de um ano fui cobrar, né – risos. Quando eu ganhei a tão esperada viola comecei a tirar de ouvido as músicas que eu queria. E assim foi indo, fui me aperfeiçoando.

Como começaram a surgir os convites para se apresentar em rádios? Como minha família já era conhecida no meio musical lá em Cuiabá, começaram a surgir os convites – “Traz a Bruninha para cantar aqui para nós, para se apresentar”. Tanto no rádio como em barzinhos também. As coisas foram acontecendo naturalmente, degrau por degrau, sabe? Foram surgindo mais orçamentos de shows, mais convites para eu cantar. Era eu, minha mãe, com um segurança andando num golzinho, viajando pelo estado – risos. E a sua mãe sempre esteve ao seu lado nesse início? Com certeza. À medida que as coisas iam crescendo, com mais shows na agenda e mais convites surgindo, minha mãe se desdobrava em várias. Era minha empresária, cuidava da equipe, montava o cenário de palco, fazia a pré-produção, ela me arrumava para os shows – eu não sabia me maquiar, né... Ela dirigia ônibus, van, micro-ônibus, carro, tudo que você pensar. Ela era mil funcionários em uma pessoa – risos. Tivemos muitos tombos, aprendemos com eles, né? Dos meus primeiros shows, o cachê era todo dividido entre as pessoas, sabe? Esses dias ela veio me contar que algumas vezes eu tocava de graça e era ela que me “pagava”. Para me incentivar, né? Tudo isso serviu de aprendizado, se eu passei por isso foi porque Deus quis.


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