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CAPA
fazendo a diferença no cenário municipalista Por que a população de Esteio confia tanto no Pascoal e quais os pilares da sua gestão? Essa confiança vem a partir do trabalho que realizamos no primeiro mandato, onde assumimos a gestão que vinha de um momento complicado em vários aspectos, tanto fiscal, quanto na entrega de resultados concretos para a sociedade. Nós implantamos um modelo de governança e gestão, que foi o primeiro no estado do Rio Grande do Sul, por lei municipal, para que haja uma continuidade. Com uma gestão focada em resultado, conseguimos gradativamente avançar em todas as áreas, com prioridade na saúde, educação, segurança e infraestrutura. Alcançamos avanços significativos em outras também, com cases conhecidos nacionalmente e até fora do país. Esses foram os fatores que resultaram na aceitação e confiança da comunidade. Como foi a sua trajetória de jovem vereador à prefeito? Filiei-me ao Progressistas, no dia em que completei 16 anos de idade e passei a participar de forma ativa do cenário político. Aos 17 anos, fui convocado no Concurso Público do Banco do Brasil. Naquela época, já pretendia concorrer a vereador, em razão da posse no banco acabei adiando esse projeto. Com 22 anos, fui eleito vereador por um mandato, com 26 tornei-me prefeito e fui reeleito com 30. Apesar da pouca idade tenho uma longa caminhada na vida política partidária.
ras se sustentem nessa condição até o início do processo eleitoral. Será uma eleição muito vinculada à nacional, em todos os momentos da construção das candidaturas. Teremos um número maior de candidatos. Tenho certeza, que o Progressistas através da candidatura do senador Heinze, terá bastante força, mas ao longo da campanha eleitoral é que conseguiremos definir melhor qual será a vontade do eleitor. Quais são suas metas de entrega nesse segundo mandato para a população de Esteio? Dentro do nosso modelo de governança e gestão, definimos a cada ano, um acordo de resultados em todas as Secretarias. Por ano, desenvolvemos em torno de 120 a 150 metas de gestão e projetos prioritários. Sempre temos novas entregas para fazer, além da manutenção daquilo que já avançou em outros períodos. No Hospital São Camilo, estamos fazendo uma profunda transformação e vamos inaugurar uma nova pediatria. Até o final do mandato, pretendemos pavimentar todas as ruas do município e ampliar a educação em tempo integral, porque acreditamos ser o caminho para um futuro melhor, especialmente para as comunidades mais vulneráveis. Em 2022, iniciamos a busca para acabar com a extrema pobreza na cidade, através de programas de transferência de renda e de outros mecanismos, que consigam dar suporte. Para que essas pessoas possam ascender e se emancipar para uma vida melhor. Temos ainda dois anos de mandato e pretendemos entregar muito à sociedade de Esteio.
Qual a sua análise sobre as eleições ao governo do Estado?
Na sua perspectiva, a educação no Rio Grande do Sul foi colocada em segundo plano nessa última gestão de Eduardo Leite?
É um cenário aberto, porque ainda não sabemos com convicção quais serão os candidatos na disputa, temos diversos pré-candidatos, mas não acredito que todas essas candidatu-
A educação foi a área mais negligenciada pelos últimos governos estaduais de diferentes partidos. Infelizmente, a educação é prioridade no discurso político, mas não na agenda,
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porque promover as mudanças que a educação precisa, significa comprar brigas, muitas vezes, fazer mudanças que geram desconforto e os resultados só aparecem a longo prazo. A agenda política, por muitas vezes é pautada pelo período eleitoral, de quatro em quatro anos. Essa equação não bate e a educação acaba ficando em segundo plano, governo após governo. O resultado disso são os baixos índices da educação no estado. Acredito que o próximo governador, para recuperar esses índices precisa colocar, desde o primeiro dia de governo, a educação como prioridade na agenda estratégica. Deve haver uma decisão política para a mudança, senão ficaremos para trás, vendo outros estados e o resto do mundo passando na nossa frente. Por que Esteio foi uma das primeiras cidades a implementar a Lei de Liberdade Econômica? O que ela influenciou no cenário empresarial, de empregos e na desburocratização do município? Quando o presidente encaminhou ao Congresso, a Medida Provisória da Lei de Liberdade Econômica, o deputado Jerônimo Goergen foi o relator. Conversei com ele e fiz a proposta de implantarmos a Lei de Liberdade Econômica, em Esteio. A partir dali, criamos um Comitê dentro do município, envolvendo as diferentes áreas que tem relação com o processo de licenciamento: a procuradoria, área do desenvolvimento econômico, urbanismo, meio ambiente e vigilância sanitária. Passamos a construir a nossa Lei Municipal de Liberdade Econômica e o decreto de regulamentação. Foi um trabalho intenso e em 35 dias conseguimos sancioná-la e publicar o decreto. Assim, Esteio se tornou o primeiro município do Brasil com essa lei. Apesar de ter se passado apenas dois anos da sua implantação, tivemos um crescimento bastante significativo, de mais de 40% no número de empresas abertas, mesmo com a pandemia. O saldo foi positivo, na abertura de novos negócios e sua formalização, pois redu-