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OPINIÃO - Andréia Fioravante Despertando mulheres

DESPERTANDO MULHERES

ANDRÉIA FIORAVANTE Advogada, pastora e apresentadora do Programa Despertando Mulheres

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Quantas mulheres andam por aí sem terem despertado? Talvez você se pergunte: mas despertado para quê? Despertado para a vida, para o casamento, para os filhos, para a família, para os amigos, para a saúde, para o empreendedorismo, para a política e para tudo ao seu redor, para usufruir e fazer o melhor. Mas para isso, o mundo exige a participação de todos e de todas.

Se fala muito em empoderamento feminino, eu prefiro falar de fortalecimento feminino. Mulheres ocupando espaços de debates e de poder, mulheres valentes, corajosas, ousadas e empreendedoras, que estão desbravando caminhos, fazendo a sua história e abrindo espaços para outras.

A sociedade é machista, favorece ao homem. Às vezes, por mais que a mulher seja preparada, competente e inteligente, será preterida na disputa com um homem; seja no meio empresarial, político, religioso, cooperativo, entre tantos outros. A mulher ainda precisa provar que é capaz de produzir mais do que o homem para obter a mesma aprovação.

Somente com a participação da mulher trabalhando ao lado de homens, jovens e idosos, promovendo justiça social, é que se tornará possível viver em uma sociedade justa, harmônica e equilibrada.

É fundamental a mulher despertar para o seu papel na família e na sociedade para haver equidade de gênero e criação de ambientes saudáveis e produtivos. No seio familiar começa a cultura machista, ou feminista, que irá refletir na comunidade na qual se vive, assim, é necessário combatermos os extremismos e, desde a família e a escola, promovermos debates sobre princípios, valores, respeito e equidade.

É necessário despertar para a equidade de gênero, para que homens e mulheres possam juntos criar uma sociedade mais humana, sem discriminação, e acolhedora. Não me refiro a direitos iguais para homens e mulheres, porque homens e mulheres não são iguais, me refiro a direitos que respeitem as diferenças entre eles que garantam seus direitos promovendo igualdade de tratamento e o respeito e atenção, principalmente, às mulheres vítimas de violência doméstica e de todo o tipo de violência e abuso contra a mulher, de todas as idades.

Em um período ainda pandêmico e um ano de eleições, não podemos deixar de falar da mulher no empreendedorismo e da mulher na política.

A pandemia de Covid-19 despertou mais mulheres para o empreendedorismo. A mulher se reinventou, foi mais resiliente que o homem, empreendeu nas mais diversas áreas e criou novas formas de relações comerciais. Podemos falar do empreendedorismo colaborativo entre as mulheres, a economia circular, os agrupamentos femininos e as confrarias, que além de negócios, geram conexão e relacionamentos.

A política, ainda, permanece dominada por homens, seja nas Executivas e Diretórios dos Partidos, nos cargos Eletivos, nos cargos públicos e políticos ou em espaços de poder fora da Política Partidária.

Em períodos pré-eleitorais, partidos e seus representantes vão em busca de mulheres para comporem a nominata de candidatos às Eleições, contudo, deixam de investir a mesma energia para a formação de lideranças femininas antes do período eleitoral. Não se forma líderes mulheres nas vésperas de uma eleição. Muitos são os espaços políticos, mas poucas são as mulheres que os ocupam. De outro lado, também existem mulheres arredias à política, contudo, parte dessa resistência se dá pela falta de apoio efetivo de seus líderes políticos, seja ele partidário ou institucional.

Mas mesmo diante dos desafios, as mulheres continuam rompendo e conquistando espaços, e essa é a esperança que motiva e inspira. Contudo, todas e todos devem despertar para a saúde, e não só a física, mas em especial a emocional, pois sem equilíbrio emocional homens e mulheres tendem a fracassar e a prejudicar o meio no qual convivem, mas com saúde emocional é possível ter saúde física e espiritual e promover o bem-estar comum.

Então, mulheres e homens, despertem e vejam que a mulher não é uma ameaça, não quer competir ou tirar espaços, mas deseja ocupar os seus próprios espaços, pois somente com homens e mulheres, juntos, é possível construir uma família, uma sociedade social, econômica e politicamente humana, justa, produtiva e igualitária, respeitando as diferenças e as particularidades de cada um.

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