Revista Em Evidência - Edição 85

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Giovanna Antonelli

UMA GRANDE EMPRESA. GRANDES MARCAS.


EDITORIAL

FOTOS: CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

O QUE FAZ UM PROCURADOR MUNICIPAL?

DR. ARMANDO DOMINGUES Presidente da APMPA


A “

Nossa mais relevante tarefa é fazer o controle da legalidade dos atos da Administração Pública. E disso decorre a conclusão de que nada acontece dentro da cidade sem que deva previamente ser analisado pela Procuradoria

pesar da importância da atividade desta Carreira, inserida pela Constituição Federal de 1988 como função essencial à Justiça, pouco se sabe além do fato de defender judicialmente o Ente Público. Os Procuradores Municipais atuam diretamente para a preservação dos Direitos Fundamentais e na defesa do Estado de Direito, assegurando os valores e os princípios constitucionais. A Procuradoria-Geral, ao contrário das Secretarias Municipais, não é um órgão de governo, mas uma Instituição de Estado e a competência da PGM se confunde com a competência dos Procuradores. Nossa mais relevante tarefa é fazer o controle da legalidade dos atos da Administração Pública. E disso decorre a conclusão de que nada acontece dentro da cidade sem que deva previamente ser analisado pela Procuradoria. Desde as questões mais simples, como a contratação de uma empresa para pavimentação de uma via até as questões mais complexas, que envolvem urbanismo, meio ambiente, licitações para grandes obras, contratos, regularização fundiária, saúde, dentre tantas outras matérias, sempre há a atuação dos Procuradores Municipais. Os Procuradores, desde 2012, atuam diretamente nas Secretarias e Autarquias, na defesa do interesse público. E vemos o resultado, por exemplo, na nova orla de Porto Alegre, na entrega de títulos de propriedades quando da regularização de loteamentos, na apresentação de soluções imediatas como quando ocorreu a paralisação do recolhimento do

lixo em outubro de 2021 e, nos últimos anos, na rápida análise de contratos para compra de equipamentos e medicamentos para o combate à Covid-19, bem como nas constantes e necessárias alterações da legislação municipal que tratou das medidas de enfrentamento da emergência da saúde pública por causa da pandemia. Fazendo uma analogia, assim como no ser humano o sangue flui no sistema circulatório oxigenando nosso corpo (sendo responsável pelo seu funcionamento) o trabalho dos Procuradores se ramifica no complexo sistema da Administração Pública, evitando danos aos cofres públicos, garantindo a ordem e o interesse público e possibilitando aos gestores que realizem suas políticas públicas dentro da legalidade. A reestruturação da PGM, por meio da Lei Orgânica da Procuradoria, em 2012, entregou à Porto Alegre o maior instrumento legal para o combate à corrupção que nossa cidade já teve. A estrita observância ao que determina a Lei Complementar 701/2012 é fator preponderante na defesa dos direitos da população e de Porto Alegre. Responder à pergunta acima exigiria inúmeras palestras, mas podemos sintetizar com uma frase que traduz a verdadeira realidade, muitas vezes oculta por nosso trabalho silencioso: ao andarmos por Porto Alegre e verificarmos as evoluções e os avanços da cidade, nada, absolutamente NADA, aconteceu sem que houvesse a análise da Procuradoria Municipal, ou seja, TUDO a sua volta tem o trabalho dos Procuradores Municipais.


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ÍNDICE E EXPEDIENTE

15 SEBASTIÃO MELO

O prefeito de Porto Alegre nos 250 anos da capital gaúcha

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FLASH Quem faz, está Em Evidência!

20 Novidade na Pampa 22 FLASH Ali Klemt brilha na TV Pampa

56 Prefeito de Gravataí anuncia R$ 200 milhões de investimento em obras até 2024

80 Conheça o Núcleo da Mulher Empreendedora

58 OAB/RS recebe apoio da Famurs em ação judicial sobre a dívida do RS

ESPECIAL FAMURS 83 Paulinho Salerno é empossado presidente da Famurs

26 Leonardo Pascoal

60 Adroaldo Conzatti homenageado

31 Patrícia Alba: um ano e seis meses de atuação destacada na Assembleia Legislativa

63 Vieira da Cunha

40 OPINIÃO - Tanani Ledur Mulheres na política

68 OPINIÃO - Andréia Fioravante Despertando mulheres

41 Mulheres na política Nádia e Nadine

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43 Comandante Nádia

76 IV Fórum Regional da ANPM celebra os 250 anos de Porto Alegre

104 Sollos promove workshop para seus representantes

78 OPINIÃO - Igor Gross Kuze Futebol e paixão... negócios à parte (ou nem tanto)

106 ÚLTIMA PALAVRA - Márcio Irion RDC TV completa quatro anos como o único veículo de TV gaúcho dedicado a geração de conteúdo regional 24 horas, 7 dias por semana

DIREÇÃO EXECUTIVA: Lucio Vaz revistaemevidencia@gmail.com

LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO: Carlos Henrique Prates

47 Nadine Anflor 52 O sucesso vem depois de trabalhar, trabalhar e trabalhar 54 Gravataí atinge nota “A” no Ranking das Contas Públicas do Tesouro Nacional

62 OPINIÃO - João Ricardo Santos Tavares Três décadas de história

Deisi Maranata, a Dama de Ferro do Rio Grande

SUPERVISÃO GERAL: Jennifer Nunes revistaemevidencia@gmail.com

ANUNCIE:

51 98444-4616

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EDIÇÃO: Jennifer Nunes, Gabriela Santos, Patrícia Poitevin revistaemevidencia@gmail.com REVISÃO: Gabriela Santos, Patrícia Poitevin

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86 Conselho Administrativo 87 FLASH A maior posse de todos os tempos 102 OPINIÃO - Rui Pires Engenharia de tráfego para a democratização do espaço urbano

DESIGN: Neo WS - neows.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL: Paulo Batimanza - MTB 15085

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FLASH

QUEM FAZ, ESTÁ EM EVIDÊNCIA! Confira quem são as pessoas que estão fazendo o Rio Grande acontecer, através das lentes do fotógrafo da Revista Em Evidência, Chico Pinheyro

FOTOS: CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

Jennifer Nunes

CONTRATO RENOVADO Márcio Irion e Lucio Vaz, durante renovação do contrato do programa Em Evidência na TV, na RDC TV

GUSTAVO VICTORINO O apresentador que está bombando no Atualidades Pampa, recebe um exemplar da Revista Em Evidência, durante coquetel promovido pela emissora

TRINCA DE ASES Edenir Simonetti, Mônica Leal e Alexandre Gadret, no lançamento do programa Aliadas, da Rede Pampa de Comunicação

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FOTOS: CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

FLASH

PRÉ-CANDIDATA AO SENADO A bela comandante Nadia, com matéria da Revista Em Evidência que cita sua candidatura

CHRISTINA GADRET A diretora-executiva da Rede Pampa de Comunicação, com exemplar 83 da Revista Em Evidência

TÁ NA MESA André Machado, Artur Lemos Jr., Eduardo Bonotto, Anderson Cardoso e Frederico Antunes, durante evento na Federasul

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FAMÍLIA CONZATTI Em homenagem in memorian, na ALRS, família Conzatti recebe Medalha do Mérito Farroupilha à Adroaldo Conzatti

FAMÍLIA MARANATA O prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata e a esposa Deisi Maranata, pré-candidata a deputada estadual

PRESENÇA ILUSTRE Onyx Lorenzoni prestigiando o aniversário do amigo, deputado federal, Giovani Cherini INSCREVA-SE

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FOTOS: CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

FLASH

ENCONTRO DE AMIGOS O presidente da APMPA, Armando Domingues e o proprietário da Masper Assessoria e do Instituto Masper, Milton Mattana

ENCONTRO DE AMIGOS Chico Pinheyro e Nadine Anflor, durante gravação do programa Em Evidência na TV

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TRABALHISMO NA VEIA O pré-candidato a deputado estadual, pelo PDT, Tanger Jardim

EM EVIDÊNCIA Vice-prefeito de São Jerônimo, Júlio Cesar Prates, e o empresário Vagson Marques

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CAPA

SEBASTIÃO MELO O prefeito de Porto Alegre nos 250 anos da capital gaúcha Introdução e entrevista: Lucio Vaz Legendas: Jennifer Nunes

C

onheci Sebastião Melo durante a comemoração de seu aniversário, quando, o ainda adolescente, Pablo o homenageou através de um vídeo caseiro, onde a música tema do filme Rocky: Um Lutador, embalava imagens aleatórias de um goiano já profundamente envolvido com as causas da nossa querida capital. Passadas mais de duas décadas, a história comprovou que o filho do prefeito estava coberto de razão. Sebastião Melo é um lutador que não desiste nunca. Sua garra contrasta com seu jeito sereno que é perceptível mesmo para aquele que o encontra pela primeira vez. Essa virtude pode ser percebida durante a campanha eleitoral, que resultou numa virada histórica nas urnas, quando as pesquisas sequer o colocavam no segundo turno. No comando da administração da Prefeitura de Porto Alegre, Melo já realizou em 18 meses mais do que a maioria de seus antecessores em mandatos inteiros. Porto Alegre está ressurgindo no mapa do turismo, do mercado imobiliário e dos eventos internacionais. Suas ruas estão mais limpas, asfaltadas, sinalizadas e seguras; e a população reconhece isso. Mesmo com tantos feitos, Melo não esconde sua inquietação com a realidade social e, uma vez por semana, visita becos e vielas, para ouvir os mais humildes e providenciar as medidas necessárias e sanar as suas básicas necessidades.

MATEUS RAUGUST/PMPA

Não é de se espantar, que o nome de Sebastião Melo tenha sido cotado para concorrer ao governo do Estado, já neste ano. Em relação a isso, o prefeito não INSCREVA-SE

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CAPA

pretende nem se manifestar, uma vez que está comprometido de corpo e alma com a comunidade que o elegeu. Em relação a outras questões, Melo responde a seguir, nesta entrevista exclusiva para a Revista Em Evidência, confira Além de entrar para a história como o prefeito dos 250 anos de Porto Alegre, quais serão os outros legados do Sebastião Melo para a cidade?

É notória a sua preocupação com a infraestrutura do município, conte-nos sobre essas realizações. O que mais o cidadão pode esperar nesse setor? Uma cidade boa para se viver, precisa ter uma boa infraestrutura. Eu cito alguns desafios que estão postos para nós hoje, começando com os alagamentos. Eles são um drama na cidade, temos 93 bairros espalhados de Sul ao Norte, Leste a Oeste, e muitos deles estão em terrenos que possuem isso. Essa é uma questão de infraestrutura necessária e que nós pretendemos enfrentar. O problema começa nas Casas de Bombas, que não têm geradores

ACERVO PESSOAL

É uma honra ser prefeito de Porto Alegre, numa data histórica como os 250 anos. O primeiro legado, que nós queremos deixar para a cidade, é fazer um governo correto. Realizar uma verdadeira melhoria nos serviços do município, que impactam a vida do cidadão. Gerar oportunidades a todos, mas especialmente aos que mais precisam, fazendo com que a Prefeitura seja mais ágil no licenciamento, não aumentando os impostos e sendo amiga do empreendedor. Nunca deixando de lado a pauta social, que é o maior desafio do governo, junto com outras questões que envolvem a mo-

bilidade urbana. A própria pandemia que não terminou, ainda traz muitos desafios e sequelas. Então, é nesse caminho, nesse diapasão, que nós estamos trabalhando a um ano e meio de governo, como numa maratona. Temos mais dois anos e meio ainda de desafios que estão próximos de nós. Nós vamos continuar nesse caminho, levantando-se cedo, dormindo tarde, trabalhando muito, com muito diálogo e com muita construção para uma cidade melhor e, consequentemente, uma vida melhor.

OS AMORES DE SEBASTIÃO Família Melo reunida, para o tradicional almoço

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próprios. Quando cai a energia, elas não funcionam. A segunda questão envolve o transporte urbano, com a melhoria na Malha Viária, consequentemente, melhora o fluxo de acesso à cidade também. Outro desafio é a questão de vias que precisam ser alargadas como, por exemplo, as Avenidas Edgar Pires de Castro e Vicente Monteggia, que já estão em fase de finalização, como essas, existem dezenas na cidade. Porto Alegre é um município que possui 500 quilômetros quadrados, portanto a sua infraestrutura é um desafio pesado. É necessário ter muito recurso, para manter ela em dia e ainda melhorar. Nós temos duas obras que, parcialmente, serão entregues neste ano. A primeira é a do Tronco Cruzeiro, que vai desafogar muito o Centro-Sul, ligando o Cristal com a Terceira Perimetral. Esta obra deve ficar 90% pronta em 2022, faltando apenas um trecho pequeno para concluir nos primeiros meses de 2023. A outra obra que também será entregue é a da Avenida Severo Dullius, que vai tirar uma boa capacidade de trânsito da Avenida Sertório. Isso ajudará muito aquela região, sob o ponto de vista econômico e social. A água é outro desafio também. A Ponta do Arado foi uma obra concebida em 2010, que só saiu do papel em 2019 e estará pronta no final de 2024. Nós ainda vamos penar um pouco na Região da Pitinga, Restinga e Lomba do Pinheiro, mas esta obra vai atender a todos, gerando muito abastecimento de água. Tem a questão do tratamento de esgoto, nós estamos na discussão da concessão do serviço do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE), se vai ser a água, o esgoto, ou a drenagem. É uma governança que nós estamos tratando desde o início. O acesso norte do Porto Seco precisa ser construído, sob pena de nós perdermos o porto. Nós vamos deixar muitas estacas fincadas para que outros governos possam terminar. Sobre a Orla do Guaíba, a cidade está deixando de virar as costas

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CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

MEDALHA DO MÉRITO FARROUPILHA Acompanhado da esposa e filhos para receber a mais alta honraria concedida pelo Parlamento Gaúcho

Talvez a virada de chave mais simbólica dos 250 anos foi esse reencontro do Rio Guaíba com a cidade, porque ela nasceu com o Rio, são 72 km de extensão. Desde o seu nascedouro, nem todos os lugares do Guaíba são acessíveis. Alguns se tornaram inacessíveis por ocupações, ao longo da Orla, que sai do Cais Navegantes até a divisa com Viamão. Eu diria que com o Trecho 1, Trecho 3 e o Pontal do Estaleiro, no Cristal, nós temos uma mostra do desejo desse reencontro. Todos os espaços que são possíveis de revitalizar devem ser feitos. Ipanema, que é nossa praia raiz, passa por uma revitalização. Tem o desafio de Belém Novo, que possui um bom trecho de praia que pode ser revitalizado, o Lami sempre precisa de infraestrutura e de

ACERVO PESSOAL

para esse cartão postal. Quais são os próximos passos, nesse novo momento em que Porto Alegre vive?

AMOR QUE NÃO SE MEDE Com o filho e herdeiro político, vereador de Porto Alegre, Pablo Melo

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CAPA

co dessa região, dando condições para que o governo do Estado licite e que tenha a atratividade de investidores. Com um licenciamento rápido, as audiências públicas foram feitas e o regime urbanístico aprovado. Essa é uma obra que é coordenada pelo governo do Estado e nós estamos ao lado dele.

Talvez a virada de chave mais simbólica dos 250 anos foi esse reencontro do Rio Guaíba com a cidade, porque ela nasceu com o Rio

A sua gestão está fortalecendo o turismo, tornando Porto Alegre a Capital Mundial do Churrasco, explique a importância desse movimento? O turismo é a maior indústria sem cha-

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revitalização. No Centro, o maior desafio é encontrar essa revitalização do Cais Mauá, um assunto discutido, no mínimo há uns 20 anos, que não saiu do papel e que nós estamos apostando muito para que finalmente aconteça. Aliás, a Prefeitura correu na frente e fez o seu dever de casa, passou na Câmara de Vereadores, com a parceria dos vereadores, o regime urbanísti-

minés do mundo, se você zapear todos os continentes, encontrará cidades em que a economia, boa parte dela, gira em torno do setor turístico. As pessoas querem viver, comer, se divertir e curtir, é isso que elas buscam no espaço urbano ou rural. A nossa cidade está bem centralizada no Mercosul, tem um bom equipamento, com o Aeroporto Salgado Filho melhorado, surge um fator de atratividade. Nessas duas a três décadas, o turista que chega aqui vai direcionado, geralmente, para a serra. Ele compra um pacote fechado. O nosso desafio é melhorar a vida da cidade e colocá-la num patamar elevado. O cidadão que vier para o Rio Grande do Sul verá que têm coisas para fazer em Porto Alegre. Os eventos têm essa capacidade, porque o sujeito que participa e gosta, pode voltar. Nós temos uma boa gastronomia, bons espaços públi-

MDB RAÍZ Melo e Simon, durante campanha que elegeu o primeiro governador da história do partido

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CESAR LOPES/PMPA

PARABÉNS PORTO ALEGRE Sebastião Melo faz a entrega oficial do Paço Municipal à Secretaria Municipal da Cultura. O prédio histórico, localizado na Praça Montevidéu, foi transformado em Museu de Arte de Porto Alegre. A solenidade fez parte das comemorações dos 250 anos da Capital cos, temos a Orla que hoje é uma maravilha. A Capital Mundial do Churrasco, nós já somos de fato, porque o Rio Grande do Sul é o estado do churrasco. O que nós vamos fazer é potencializar aquilo que somos craques. Ande pelas ruas, vielas, avenidas e becos de Porto Alegre, no domingo, só se vê fumaça. É churrasco nas churrascarias, mas também acontece nas casas, ruas e praças. Nós devemos valorizar isso, temos uma carne boa, os melhores assadores do estado estão aqui e muitas iguarias para acompanhar o churrasco, ou seja, possuímos várias qualidades para ser a Capital Mundial do Churrasco. A Prefeitura começa um movimento de mobilização da sociedade para os cuidados com a cidade. O que o senhor espera despertar no cidadão com esse plano?

Nós estamos desde a campanha e enquanto assumimos a Prefeitura, despertando diariamente essa parceria do governo com a sociedade, essa coparticipação do cidadão na vida do município. Cidade boa é aquela que funciona bem os seus serviços, seja bem cuidada, todo mundo tenha amor por ela e tenha segurança pública. Eu poderia dar vários exemplos, mas vou ficar com aquele que mais chama a atenção, nesse breve período de governo. Nós estamos com 148 prefeitos e prefeitas das praças, comentar sobre isso isoladamente, parece que não diz nada, mas ao contextualizar, você vê que está relacionado com o pertencimento da cidade. Ser prefeito de uma praça é reunir os vizinhos, no entorno daquela comunidade, dizendo que vamos cuidar desse espaço público, como se fosse a extensão da nossa casa. Eu INSCREVA-SE

sempre digo para os prefeitos de praças, que não terão nenhum privilégio, mas receberão preferência no corte de grama, na academia de rua, na poda de árvores e na manutenção da calçada da praça. Tudo para estimular que mais pessoas adotem espaços públicos. Aproveito, também, para fazer esse pedido ao porto-alegrense, que cuide do entorno de onde mora. Se mora num edifício, estimule o síndico para fazer uma pintura de vez em quando e sempre cuide da calçada. Se mora numa casa, a calçada também é responsabilidade do cidadão, com uma grade bem feita, uma casa pintada, com flores na janela, estimula os outros que façam isso também, embelezando a cidade. Esse cuidado com o município vem desde o início e, através das mídias, vamos potencializar esse chamamento do cidadão para estar do nosso lado.

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OUTRAS MÍDIAS

NOVIDADE NA PAMPA Comunicadora Ali Klemt lança o seu novo programa “Aliadas”, da TV Pampa

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Tatiana Roesler

m coquetel com diversas personalidades marcou o lançamento do “Aliadas”, novo programa da TV Pampa, no 360 POA Gastrobar, ao lado da Usina do Gasômetro. Na ocasião, a direção da Rede Pampa e a comunicadora Ali Klemt apresentaram ao público a atração, que visa debater questões relacionadas ao universo feminino e exaltar o potencial das mulheres.

podem fazer diferente, obter novas informações e ir mais longe”, explica. “Agradeço a Christina Gadret, diretora da Rede Pampa que batalhou comigo por esse espaço e a todas as Aliadas por apostarem no projeto”. O presidente da Rede Pampa, Alexandre Gadret, destacou no discurso o ineditismo do programa na televisão gaúcha. “Esse espaço é único e foi conquistado pela Ali por merecimento e pelo protagonismo desse tema

CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

Ali Klemt, integrante da bancada do

Atualidades Pampa, duas vezes consecutivas, o melhor programa de TV do estado, é a diretora-geral e apresentadora da nova exibição, a qual define como um “um hub de mulheres de sucesso na TV”: “É o momento de quebrar paredes e trazer assuntos que valem a reflexão. Ensinar, dividir e dar dicas, abordando todos os vieses e nuances das mulheres contemporâneas, que são múltiplas. Inspiração é tocar as mulheres de alguma forma para que elas saibam que também

SÓ A DIRETORIA Diretoria da Rede Pampa celebrando o lançamento: Sabrina Freitas, Marjana Vargas, Ali Klemt, Christina Gadret e Alexandre Gadret

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na TV aberta”, concluiu. O “Aliadas” irá ao ar todos os sábados. A programação contará com entrevistas sobre temas de relevância para as mulheres, além de um time

variado de colunistas, profissionais com expertise em suas áreas de atuação que vão compartilhar seus conhecimentos com os telespectadores. A primeira entrevistada especial foi a

influenciadora Claudia Bartelle, dentre outras convidadas confirmadas estão a atriz Ingra Lyberato, a jornalista Mônica Salgado e a Miss Brasil 2021, Teresa Santos. O evento ocorreu dia 07 de junho, em Porto Alegre.

SOBRE ALI KLEMT

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SUCESSO GARANTIDO Ali Klemt, integrante da bancada do Atualidades Pampa é a diretora-geral e apresentadora da nova exibição, a qual define como um “um hub de mulheres de sucesso na TV”

Ali Klemt é apresentadora de TV, comunicadora da Rede Pampa, podcaster e influenciadora. Integra a bancada do Atualidades Pampa, eleito o melhor programa de TV do RS pelo Prêmio Press (prêmio esse do qual foi finalista como melhor

Apresentadora de TV em 2019). Em sua carreira realizou mais de 1.200 entrevistas, incluindo celebridades do Brasil e do mundo. Atualmente, atua também como correspondente local e entrevistas

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com celebridades para o TV Fama, da Rede TV. É advogada de formação e mestre em cultura.

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@aliadascomaliklemt youtube.com/c/TVPampa

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FLASH

OUTRAS MÍDIAS

ALI KLEMT BRILHA NA TV PAMPA Confira algumas imagens do coquetel de lançamento do programa “Aliadas”, na Rede Pampa de Comunicação

FOTOS: CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

Jennifer Nunes

ELEGÂNCIA E ESTILO Miss Brasil 2012, Gabriela Markus, é uma das Aliadas - colunista fixa do programa, e irá falar sobre elegância e estilo

ALIADAS DE SUCESSO Cláudia Bartelle foi a entrevistada especial do programa de estreia, e esteve no lançamento com Cynthia Requena

SIMONE SIMON Simone Simon, autora do best-seller “Faça ser fácil”, é uma das Aliadas e abordará temas de negociação e liderança

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PRESTÍGIO A empresária Suellen Ribeiro prestigiando o evento


GUSTAVO VICTORINO O colega de bancada no Atualidades, Gustavo Victorino

APOIO IRRESTRITO Ali Klemt e o marido Patrick Klemt

ENTRE AMIGOS A apresentadora com os amigos Airton Ruschel e Cadu Oliveira

AQUELE ABRAÇO A nutricionista Géli Vida Leve terá um quadro fixo no programa, para falar de alimentação e bem-estar

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rdctv.com.br

eleIções 2022

Aqui nÃo tem fake,tem news. Os próximos quatro anos começam por aqui. Na RDC TV, você acompanha a cobertura completa das eleições, com debates, notícias e muita informação de verdade para você.

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EM EVIDÊNCIA NA TV

CAPA CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

LEONARDO PASCOAL Prefeito de Esteio

L

eonardo Pascoal é um dos prefeitos mais celebrados do Rio Grande do Sul. Reeleito em Esteio com mais de 85% dos votos válidos, reestruturou o município em todas

Introdução: Lucio Vaz Entrevista: Lucio Vaz e Voltaire Santos Edição: Patrícia Poitevin

as áreas, além de inovar com projetos inéditos na história do municipalismo gaúcho. Mesmo com todos os pré-requisitos preenchidos, Leonardo abriu mão de uma eleição praticamente garantida ao INSCREVA-SE

Parlamento Gaúcho para cumprir a palavra de que não abriria mão daquilo que prometeu ao seu eleitorado: cumprir seu mandato até o final. Conheça estas e outras nuances deste personagem que está

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EM EVIDÊNCIA NA TV

CAPA

fazendo a diferença no cenário municipalista Por que a população de Esteio confia tanto no Pascoal e quais os pilares da sua gestão? Essa confiança vem a partir do trabalho que realizamos no primeiro mandato, onde assumimos a gestão que vinha de um momento complicado em vários aspectos, tanto fiscal, quanto na entrega de resultados concretos para a sociedade. Nós implantamos um modelo de governança e gestão, que foi o primeiro no estado do Rio Grande do Sul, por lei municipal, para que haja uma continuidade. Com uma gestão focada em resultado, conseguimos gradativamente avançar em todas as áreas, com prioridade na saúde, educação, segurança e infraestrutura. Alcançamos avanços significativos em outras também, com cases conhecidos nacionalmente e até fora do país. Esses foram os fatores que resultaram na aceitação e confiança da comunidade. Como foi a sua trajetória de jovem vereador à prefeito? Filiei-me ao Progressistas, no dia em que completei 16 anos de idade e passei a participar de forma ativa do cenário político. Aos 17 anos, fui convocado no Concurso Público do Banco do Brasil. Naquela época, já pretendia concorrer a vereador, em razão da posse no banco acabei adiando esse projeto. Com 22 anos, fui eleito vereador por um mandato, com 26 tornei-me prefeito e fui reeleito com 30. Apesar da pouca idade tenho uma longa caminhada na vida política partidária.

ras se sustentem nessa condição até o início do processo eleitoral. Será uma eleição muito vinculada à nacional, em todos os momentos da construção das candidaturas. Teremos um número maior de candidatos. Tenho certeza, que o Progressistas através da candidatura do senador Heinze, terá bastante força, mas ao longo da campanha eleitoral é que conseguiremos definir melhor qual será a vontade do eleitor. Quais são suas metas de entrega nesse segundo mandato para a população de Esteio? Dentro do nosso modelo de governança e gestão, definimos a cada ano, um acordo de resultados em todas as Secretarias. Por ano, desenvolvemos em torno de 120 a 150 metas de gestão e projetos prioritários. Sempre temos novas entregas para fazer, além da manutenção daquilo que já avançou em outros períodos. No Hospital São Camilo, estamos fazendo uma profunda transformação e vamos inaugurar uma nova pediatria. Até o final do mandato, pretendemos pavimentar todas as ruas do município e ampliar a educação em tempo integral, porque acreditamos ser o caminho para um futuro melhor, especialmente para as comunidades mais vulneráveis. Em 2022, iniciamos a busca para acabar com a extrema pobreza na cidade, através de programas de transferência de renda e de outros mecanismos, que consigam dar suporte. Para que essas pessoas possam ascender e se emancipar para uma vida melhor. Temos ainda dois anos de mandato e pretendemos entregar muito à sociedade de Esteio.

Qual a sua análise sobre as eleições ao governo do Estado?

Na sua perspectiva, a educação no Rio Grande do Sul foi colocada em segundo plano nessa última gestão de Eduardo Leite?

É um cenário aberto, porque ainda não sabemos com convicção quais serão os candidatos na disputa, temos diversos pré-candidatos, mas não acredito que todas essas candidatu-

A educação foi a área mais negligenciada pelos últimos governos estaduais de diferentes partidos. Infelizmente, a educação é prioridade no discurso político, mas não na agenda,

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porque promover as mudanças que a educação precisa, significa comprar brigas, muitas vezes, fazer mudanças que geram desconforto e os resultados só aparecem a longo prazo. A agenda política, por muitas vezes é pautada pelo período eleitoral, de quatro em quatro anos. Essa equação não bate e a educação acaba ficando em segundo plano, governo após governo. O resultado disso são os baixos índices da educação no estado. Acredito que o próximo governador, para recuperar esses índices precisa colocar, desde o primeiro dia de governo, a educação como prioridade na agenda estratégica. Deve haver uma decisão política para a mudança, senão ficaremos para trás, vendo outros estados e o resto do mundo passando na nossa frente. Por que Esteio foi uma das primeiras cidades a implementar a Lei de Liberdade Econômica? O que ela influenciou no cenário empresarial, de empregos e na desburocratização do município? Quando o presidente encaminhou ao Congresso, a Medida Provisória da Lei de Liberdade Econômica, o deputado Jerônimo Goergen foi o relator. Conversei com ele e fiz a proposta de implantarmos a Lei de Liberdade Econômica, em Esteio. A partir dali, criamos um Comitê dentro do município, envolvendo as diferentes áreas que tem relação com o processo de licenciamento: a procuradoria, área do desenvolvimento econômico, urbanismo, meio ambiente e vigilância sanitária. Passamos a construir a nossa Lei Municipal de Liberdade Econômica e o decreto de regulamentação. Foi um trabalho intenso e em 35 dias conseguimos sancioná-la e publicar o decreto. Assim, Esteio se tornou o primeiro município do Brasil com essa lei. Apesar de ter se passado apenas dois anos da sua implantação, tivemos um crescimento bastante significativo, de mais de 40% no número de empresas abertas, mesmo com a pandemia. O saldo foi positivo, na abertura de novos negócios e sua formalização, pois redu-


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zimos e extinguimos algumas taxas cobradas de pequenas empresas. O que permitiu que levássemos a experiência de Esteio para várias cidades do estado e do país. Como funciona a política de apoio a imigrantes e refugiados no município? A agenda de acolhimento de refugiados e imigrantes, não foi pensada no programa de governo, mas acabou acontecendo. O então ministro Alberto Beltrame, ligou dizendo que iniciaria um processo de interiorização dos refugiados venezuelanos, em razão da situação crítica no estado de Roraima. Ele gostaria de iniciar o programa pelo Rio Grande do Sul, nos convidando a fazer parte do projeto. Tivemos de nos preparar. Fui a Roraima conhecer o trabalho da Operação Acolhida e voltamos com o primeiro grupo de venezuelanos, 224 pessoas, num voo da Força Aérea Brasileira (FAB). Foi uma força tarefa intensa que durou seis meses. Nesse tempo, todos saíram do abrigo e foram para suas casas, consequentemente, eles se emanciparam. Então, percebemos que era possível fazer esse trabalho e isso se tornou uma pauta do município. Inclusive, outros refugiados vieram para Esteio, ou por vínculo familiar ou pela estrutura de acolhimento da cidade. Hoje, temos mais de 800 refugiados, de diferentes nacionalidades. Entendemos que essa política precisa avançar para que se torne permanente. Então, implantamos a política municipal de acolhimento a refugiados e imigrantes. Mais recentemente, inauguramos o Centro de Acolhimento, onde temos uma estrutura em que sempre receberemos esses grupos de diferentes nacionalidades. A ideia é que com o tempo essas pessoas vão se emancipando e dando espaço a outros imigrantes e refugiados, em um processo de rotatividade. Na sua opinião, como está a pauta do municipalismo, ou seja, a união e a luta dos prefeitos em torno do avanço, nas políticas de desenvolvimento dos municípios?

EXEMPLO Leonardo abriu mão de uma eleição praticamente garantida ao Parlamento Gaúcho para cumprir a palavra de que não abriria mão daquilo que prometeu ao seu eleitorado: cumprir seu mandato até o final Sou um otimista. Acredito que, embora com todas as dificuldades, avançamos a passos lentos, para dar maior protagonismo aos municípios. Também, tenho um grau de realismo acentuado, no que diz respeito ao Congresso Nacional e Governo FedeINSCREVA-SE

ral. Para falarmos de pacto federativo e na melhor distribuição de recursos, teremos que mexer com os repasses, o que ficam na União, Estados e Municípios. Para isso, é preciso ter uma situação fiscal equilibrada, que hoje não temos. Atualmente, o que a União

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EM EVIDÊNCIA NA TV

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tem para distribuir é déficit. Antes de termos a possibilidade de pactuar de maneira adequada, que os Municípios e os Estados tenham mais recursos, precisamos resolver o problema fiscal da União. Resolvido isso, com reformas, entre elas a Administrativa, passamos a ter espaço fiscal para gradativamente transferir mais recursos para os executores das políticas públicas, que são os Municípios. Agora, acreditar que haverá pacto federativo em um cenário de déficit fiscal, é vender ilusão. O que vemos, são ganhos pontuais e medidas populistas sendo aprovadas, por iniciativa do Governo ou do Congresso Nacional, que acabam onerando na ponta, sem que haja a devida contrapartida. Temos inúmeros exemplos, por isso, é importante a aprovação da PEC 122, determinando que para cada novo gasto, despesa ou programa de responsabilidade dos municípios, será criada uma contrapartida para a sua execução.

Esteio se tornou o primeiro município do Brasil com essa lei (Lei Municipal de Liberdade Econômica). Apesar de ter se passado apenas dois anos da sua implantação, tivemos um crescimento bastante significativo, de mais de 40% no número de empresas abertas, mesmo com a pandemia

No Rio Grande do Sul haverá dois palanques para Bolsonaro, o do candidato Heinze e o de Onyx. Na sua perspectiva, isso pode criar alguma confusão na cabeça do eleitor ou é possível construir esses dois palanques? Não vejo problema na existência de dois palanques, seja do presidente

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Bolsonaro ou de outro candidato. Não será uma situação inédita no nosso estado. É algo bastante comum e legítimo. O eleitor optará pelo projeto que entender melhor o Estado. É natural que tenha a vinculação do voto para presidente da República ou para governador, embora isso não tenha sido sempre o que pautou nossas eleições estaduais nos últimos anos. O eleitor escolhe aquilo que entende ser melhor no momento, nesse sentido, é preciso muito mais do que um mero apoio ou imagem vinculada a determinado candidato, pois isso não resolverá por si só os problemas da região. É necessário que essa candidatura tenha um programa de governo e que apresente soluções para o futuro do Rio Grande do Sul. É isso que o eleitor espera e que o Estado precisa. Tivemos dois governos reformistas, do José Ivo Sartori e do Eduardo Leite, agora é preciso uma nova agenda. Preservar as conquistas e os avanços importantes que foram feitos no estado, mas também apontar para frente, em um novo cenário de crescimento do Rio Grande do Sul. No caso da pré-candidatura do senador Luis Carlos Heinze, a aproximação e vinculação com o presidente da República, é um elemento importante, mas não é o principal. Sua trajetória, bagagem e programa de governo serão ainda mais valiosos, para que o eleitor faça sua definição de voto.

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Acredita que a partir das primeiras pesquisas para governo do Estado já se consiga definir algo? Acredito que toda pesquisa feita cientificamente tem seu valor, mas retrata

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o momento. Em um cenário tão aberto quanto o do Rio Grande do Sul, de indefinição das candidaturas, não acredito que as pesquisas realizadas até agora tragam informações mais relevantes para uma melhor definição. Apesar de estar atrás nas pesquisas, o candidato Heinze já disputou sete eleições e não perdeu nenhuma. Ele é alguém muito credenciado para desbancar pesquisas. No decorrer do processo eleitoral, com a definição das chapas que disputarão, conseguiremos observar melhor o resultado das pesquisas. Na eleição em que o Heinze fez uma grande votação ao Senado, o senhor acredita que o Progressistas perdeu a oportunidade de governar o Rio Grande do Sul? Não dá para chorar o leite derramado. As circunstâncias naquele momento levaram a isso. Podemos fazer uma análise e dizer que sim. Naquela eleição, o Progressistas poderia sair vitorioso com a eleição do Heinze a governador, mas era outro momento e outro cenário. Agora, temos que olhar para frente e trabalhar nessa candidatura, que tenho certeza, que possui condições de ser muito competitiva nessas eleições. A eleição nacional, sendo muito polarizada entre a esquerda e a direita, poderá contaminar a eleição ao governo do Estado? É natural que a eleição nacional traga reflexos para o governo do Estado, mas se observarmos, em 2018, já havia um grau de polarização, que vem desde as eleições de 2014, onde houve um acirramento maior, naquela época entre PT e PSDB. Em 2018, aqui no estado tínhamos duas candidaturas com agendas parecidas que foram juntas ao segundo turno, apesar da eleição nacional estar muito polarizada. Embora, as eleições nacionais tenham reflexo aqui, não temos a mesma polarização, pois os gaúchos conseguem identificar as candidaturas que propõem uma evolução do que temos até agora.


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INOVAÇÃO Reeleito em Esteio com mais de 85% dos votos válidos, reestruturou o município em todas as áreas, além de inovar com projetos inéditos na história do municipalismo gaúcho Na sua visão, o presidente Bolsonaro merece um segundo mandato, apesar das declarações polêmicas feitas no seu primeiro governo? Acredito que as declarações foram o real motivo de desgaste da gestão, mais do que os resultados do governo. Atravessamos um período muito turbulento, não só no Brasil, como no mundo por conta da pandemia. Desde que existe eleição no país, todos os presidentes foram reeleitos até aqui, então creio que a candidatura de Bolsonaro tenha um potencial muito grande de reeleição. Não tenho dúvidas de que o presidente tem condições de fazer um melhor mandato que o PT e uma melhor gestão que a sua primeira. Precisamos de um programa de governo que aponte para a correção dos erros no país. Mais importante do que a personificação, que é o que pauta muitas vezes a eleição no Brasil, precisamos discutir as decisões concretas para os problemas do país. Necessitamos de uma agenda sustentável, que perdure para que possamos melhorar a qualidade de vida da população de forma consistente e continuada. Não

devemos atacar as pessoas, e sim, os problemas.

uma candidatura que merece a atenção dos gaúchos.

Qual sua opinião sobre a eleição ao Senado?

Quais são seus planos futuros na política?

Talvez seja a eleição com o cenário mais aberto das últimas décadas, porque a eleição do Senado é a última a ser definida. Muitas pesquisas mostram que o último voto, que o eleitor decide na eleição geral, é o do Senado. Temos uma situação interessante das candidaturas postas até aqui, que indicam um grau de acirramento na disputa bastante elevado, mas claro, que pode acontecer na fase final da campanha um processo de afunilamento, com a migração do voto útil, porque é uma eleição majoritária de um turno. O Progressistas já tem definida sua pré-candidatura com a Comandante Nádia, que tem uma biografia admirável. Ela foi a primeira mulher a comandar um Batalhão da Brigada Militar, no Rio Grande do Sul. Nádia criou a Patrulha Maria da Penha, que tem uma folha de serviços prestados à sociedade gaúcha muito relevante. Por isso, acreditamos ser

Quero continuar o trabalho, em Esteio, até o final de 2024. Fui eleito e dedico todas as minhas energias, diariamente, para conseguir entregar um legado bastante positivo como o que construímos até hoje. Não tenho vaidade ou apego de impor qualquer candidatura que seja, acredito que temos que estar na política enquanto temos a possibilidade de dar uma contribuição efetiva para a sociedade. Então, ao encerrar meu mandato de prefeito, se as circunstâncias me demandarem para outra missão, não vou hesitar em colocar meu nome à disposição. Temos que seguir dando nossa contribuição, e essa não se dá apenas no exercício de funções públicas, pode se dar em qualquer outro espaço. Não tenho a política como uma profissão, então sou tranquilo em relação a isso. Se precisar seguir na vida pública, vou continuar contribuindo da melhor forma.

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CAPA FOTOS: ACERVO PESSOAL

PATRÍCIA ALBA: UM ANO E SEIS MESES DE ATUAÇÃO DESTACADA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Ao tomar posse em dezembro de 2020, parlamentar tem se dedicado na defesa dos interesses de Gravataí e Região Metropolitana e de um Estado eficiente na entrega dos serviços para os gaúchos Leonardo Ozório Edição e legendas: Lucio Vaz

INSPIRAÇÃO Deputada Patrícia Alba com o esposo, ex-prefeito de Gravataí (2013-2020) e sua inspiração política, Marco Alba, na inauguração da Escola Municipal de Ensino Fundamental Suely Silveira Soares

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e um dos princípios do Poder Legislativo é representar a sua população, podemos dizer que Gravataí, hoje a 4ª maior economia do Estado do Rio Grande do Sul, recuperou a voz que há alguns anos já não tinha na Assembleia Legislativa. E pela primeira vez na história, na figura de uma mulher: a deputada estadual Patrícia Alba.

Com apenas um ano e seis meses de mandato, a parlamentar se tornou conhecida pelas posições firmes em Plenário e, principalmente, pelos resultados já obtidos em favor da população gaúcha, fatos que provocam duas reflexões importantes: primeiramente, sobre a importância de alguém que é da cidade e da Região Metropolitana reivindicando os interesses locais junto ao governo do Estado. Em segundo lugar, quan-

to aos prejuízos que foram causados justamente pela ausência desta representatividade em momentos de fundamental importância para o desenvolvimento de Gravataí. “Se eu já estivesse na Assembleia, com toda a certeza o Mercado Livre não teria sido mandado embora pelo governador”, afirma Patrícia. A declaração faz referência a uma das

EM EVIDÊNCIA Deputada Patrícia Alba discursa no ato de instalação da Comissão Externa sobre o Programa Assistir. Iniciativa atuou para impedir que hospitais da Grande Metropolitana perdessem mais de R$ 205 milhões

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CONTRA O ICMS Depois de anunciar voto contrário ao aumento de ICMS, deputada Patrícia instalou a Frente Parlamentar do Comércio de Bens e Serviços na Assembleia, em parceria com o Sistema Fecomércio, para estimular o crescimento do setor, a geração de emprego e desonerar o cidadão dos altos impostos

Se eu já estivesse na Assembleia, com toda a certeza o Mercado Livre não teria sido mandado embora pelo governador

reviravoltas mais lamentáveis para a economia do município e do Estado. O caso ocorreu em junho de 2019 – 18 meses antes de Patrícia tomar posse como deputada. Naquela ocasião, uma das maiores empresas de e-commerce do mundo, atraída pelo poten-

cial logístico de Gravataí, instalava o seu centro de distribuição para atender aos novos mercados.

A Prefeitura, de pronto e sob a gestão do então prefeito Marco Alba (20132020), concedeu todos os incentivos necessários e expediu o alvará de funcionamento. Mas para a surpresa da comunidade, o governo do Estado deixou de fazer a sua parte e o empreendimento rumou para Santa Catarina. INSCREVA-SE

“O governador teria que me ouvir, e eu não deixaria a cidade perder mais de dois mil empregos, dos quais cerca de 500 já estavam pré-contratados. Inclusive, o Mercado Livre estava até com prédio alugado e só foi embora por falta de vontade política do governo do Estado em resolver essa situação”, lamenta a deputada. Patrícia também se recorda de responsabilidades do Estado que o município assumiu, como a duplicação das Pontes do Parque, da ERS-020 (trecho Morada do Vale II – Parque dos Eucaliptos) e da ERS-030 (entre a Av. Antônio Gomes Corrêa e a Prometeon), obras que só saíram do papel porque foram assumidas pelo ex-

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SEM PEDÁGIO Acompanhada de empresários e representantes do Movimento RS 118 Sem Pedágio, deputada Patrícia foi uma das vozes mais críticas ao plano de concessão do Estado para a rodovia -prefeito Marco Alba. “Hoje, Gravataí é uma cidade com autoestima renovada. E tudo isso graças a um modelo de gestão que, desde 2013, tem sido responsável com as contas públicas, com a atração de novos investimentos e com a entrega de serviços para o cidadão. E aqui na Assembleia, tenho buscado ser a voz para que esse projeto de cidade seja cada vez mais fortalecido”, explica a parlamentar. AS PRINCIPAIS PAUTAS E CONQUISTAS DO MANDATO Contra o aumento de ICMS: mesmo antes de ingressar na Assembleia, Patrícia já alertava ser fiel aos seus princípios. Mal sabia o governo do

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Estado que um deles viria a ofuscar os planos de obter uma tranquila aprovação da majoração de ICMS por mais um ano: ela é contrária ao aumento de impostos. Para a deputada Patrícia, a retomada da economia e a geração de emprego e renda passam pela modernização do sistema tributário, com redução real da carga. Caso contrário, o Estado perde em competitividade e desestimula o fortalecimento do setor produtivo, enquanto o cidadão segue pagando mais no pão, leite, carne, combustível e demais itens essenciais de consumo. No final de 2020, o governo do Estado aprovou o texto que manteve as alíquotas de ICMS majoradas por mais

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EM DEFESA DO TRABALHADOR RURAL Deputada Patrícia coordenando audiência pública para debater a crise dos fertilizantes, em defesa do trabalhador rural e de medidas que garantam a autossuficiência do RS em relação ao insumo

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COMISSÃO ESPECIAL DO TRANSPORTE PÚBLICO METROPOLITANO Na Assembleia, Patrícia propôs a Comissão Especial do Transporte Público Metropolitano, em busca de uma tarifa justa e acessível para o cidadão gaúcho. um ano. No entanto, para que o Poder Executivo obtivesse os votos necessários, foi preciso afastar Patrícia do mandato, à época suplente, convocando o retorno do titular licenciado. Agora, como titular, Patrícia quer rediscutir o assunto na Casa e aliviar o cidadão gaúcho dos altos tributos.

Foi com esse espírito que a parlamentar liderou uma mobilização na Assembleia, com o apoio da FAMURS, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e representantes municipais, para garantir a histórica indenização de R$ 804 milhões da CEEE e do Estado com os municípios.

Ocorre que, mesmo ciente do passivo, o governo estadual anunciou o perdão fiscal de R$ 2,8 bilhões da dívida para viabilizar a privatização da CEEE. No entanto, conforme determina a Constituição Federal, 25% de tudo o que é arrecadado em ICMS pertence aos municípios.

Em defesa dos recursos para os municípios: “O município é a parte mais fraca. E, ao mesmo tempo, o ente responsável por colocar o país nas costas e o lugar onde a vida das pessoas acontece”, opina Patrícia.

O montante provinha das dívidas de ICMS acumuladas pela empresa de energia elétrica, ainda enquanto estatal, que durante anos recolheu o imposto das contas de luz do cidadão sem repassar ao tesouro do Estado.

Com a realização de audiência pública no início de maio, Patrícia reivindicou ao Executivo que os pagamentos fossem cumpridos antes do repasse da CEEE-D (braço de distribuição da empresa) ao novo grupo acionista.

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Contra o pedágio na ERS-118: considerada uma das principais lutas da Região Metropolitana de Porto Alegre, a instalação de uma praça de pedágio na ERS-118 foi fortemente contestada pela deputada Patrícia, que somou esforços junto às entidades empresariais, reivindicando ao governo do Estado a suspensão do plano de concessão da rodovia. O recuo foi confirmado pelo Palácio Piratini ao final do mês de maio e, inclusive, comunicado pessoalmente à deputada Patrícia Alba pelo governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior.

SOBRE PATRÍCIA ALBA Patrícia Bazotti Alba tem 46 anos, é advogada com atuação em Direito Eleitoral e está no seu primeiro mandato como deputada estadual. Casada com o ex-prefeito de Gravataí Marco Alba, sua grande inspiração política, foi primeira-dama do município entre 2013 e 2020, quando participou ativamente das gestões e, em especial, dos projetos de cidadania, ação social e cuidados com o meio ambiente. É mãe do Lorenzo e do Vitor.

“Não seria nada justo com o cidadão, depois de passar por uma pandemia e pelo aumento de impostos, ter que arcar com mais essa. No caso da ERS118, estamos falando de uma rodovia que passou 14 anos sendo duplicada com impostos pagos pelo contribuinte”, destaca Patrícia, atribuindo este recuo a uma “vitória de toda a sociedade gaúcha”.

Também é vice-presidente do MDB RS. Desde 2019, está na presidência do MDB Mulher RS e na vicepresidência do MDB Mulher Nacional. Sua gestão é pautada na prospecção de quadros e de uma maior representatividade feminina na política, elevando em 20% o número de vereadoras emedebistas nas câmaras municipais em 2020 – de 193 para 232. No ano de 2020, assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa. No Parlamento Gaúcho, preside a Frente Parlamentar do Comércio de Bens e Serviços, visando o fortalecimento do setor terciário no Rio Grande do Sul e um ambiente de negócios mais competitivo para o Estado, com a redução da carga tributária. Em seu mandato, tem como pilares o compromisso com as políticas públicas para a população gaúcha e o desenvolvimento econômico, sobretudo em busca de um RS mais empreendedor, capaz de gerar emprego e renda para a nossa gente, e eficiente na entrega dos serviços públicos.

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VOZ DAS MULHERES E A VOZ DE GRAVATAÍ Se um dos princípios do Poder Legislativo é representar a sua população, podemos dizer que Gravataí, hoje a 4a maior economia do Estado do Rio Grande do Sul, recuperou a voz que há alguns anos já não tinha na Assembleia Legislativa. E pela primeira vez na história, na figura de uma mulher: a deputada estadual Patrícia Alba Transporte público com tarifa justa e acessível para o cidadão: outro assunto pertinente ao desenvolvimento econômico e social da Grande Porto Alegre, a crise que atinge o transporte público metropolitano e prejudica diretamente o usuário do sistema foi tratado em Comissão Especial coordenada pela deputada Patrícia. Entre as medidas sugeridas pela parlamentar ao Governo do Estado, destaca-se a criação de um fundo estadual para o transporte metropolitano, capaz de subsidiar a tarifa para o cidadão, a exemplo do que fizeram os municípios com os seus sistemas de transporte. “A solução passa por trazermos a população de volta para o transporte coletivo. E só vamos fazer isso pro-

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porcionando um serviço de qualidade, atrativo, com tarifas acessíveis e dignidade para quem mais precisa”, defende a deputada Patrícia. Contra a retirada de recursos dos hospitais: motivo de preocupação entre prefeitos e gestores hospitalares, o Programa Assistir também foi alvo de Comissão liderada e presidida pela deputada Patrícia Alba. A iniciativa reorganizaria a distribuição dos chamados incentivos hospitalares – recursos repassados mensalmente pelo Estado aos hospitais –, gerando uma perda de R$ 205 milhões aos hospitais da Região Metropolitana. Em março de 2022, a reivindicação dos municípios metropolitanos garantiu uma revisão dos valores inicialmente previstos. O desconto foi

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reduzido de forma significativa para R$ 34,8 milhões/ano. Embora reconheça o avanço, a deputada Patrícia segue trabalhando para que os hospitais não recebam um real a menos. Estiagem e crise dos fertilizantes: atenta aos impactos da guerra entre Ucrânia e Rússia – sendo este o principal fornecedor do insumo ao agro gaúcho e brasileiro –, a deputada Patrícia Alba promoveu audiência pública sobre o tema no mês de maio. O debate reuniu lideranças políticas e especialistas técnicos, encaminhando ao Ministério da Agricultura uma reivindicação sobre a importância de efetivar a autossuficiência do país em relação aos fertilizantes e de garantir o cumprimento dos acordos internacionais, mesmo diante das sanções econômicas impostas ao país russo.


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OPINIÃO

MULHERES NA POLÍTICA

S TANANI LEDUR Psicopedagoga

Ao apontarmos que dentre os eleitores no Brasil as mulheres são maioria, certamente este é um aspecto explorado pelos candidatos (ou candidatas) na tentativa de arregimentar esse voto feminino. Mais do que isso, é um indício de que há a necessidade de atenção para essa parcela considerável da população(...)

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im, as mulheres estão ganhando espaços! Mas e na política, ainda temos um espaço fechado entre os homens? Não, isso vem mudando, e a participação das mulheres na política é prova disso, seja como eleitoras (desde a década de 1930), seja como candidatas a cargos públicos, embora tal mudança ocorra a passos lentos. Porém, mesmo que ainda tímida, a presença cada vez maior de candidatas é algo fundamental para o fortalecimento da democracia, afinal, a representatividade feminina é extremamente necessária quando pensamos nas lutas pelos direitos das mulheres em um contexto no qual, como se sabe, ainda há muito preconceito, exclusão e violência contra elas. Ao apontarmos que dentre os eleitores no Brasil as mulheres são maioria, certamente este é um aspecto explorado pelos candidatos (ou candidatas) na tentativa de arregimentar esse voto feminino. Mais do que isso, é um indício de que há a necessidade de atenção para essa parcela considerável da população, ainda mais em se tratando de uma sociedade que busca se fortalecer enquanto democracia. Esta, por sua vez, já há algum tempo vem se consolidando, e uma participação maior das mulheres vai ao encontro disso. Na década de 70 do século passado, as mulheres representavam 35% do eleitorado, ultrapassando a marca dos 50% no ano de 2006, quebrando a hegemonia do eleitorado masculino.

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No entanto, uma pergunta vem à tona: esse aumento na participação do voto pelas mulheres é a confirmação de que elas estão conquistando seu espaço? Podemos dizer que sim, embora os desafios encontrados pelas mulheres tanto na política quanto na sociedade de modo geral (e um bom exemplo são as dificuldades no mercado de trabalho) ainda são consideráveis. No entanto, mesmo que possamos dizer que as mulheres estão conquistando seu espaço, é preciso considerar que, por conta das chamadas cotas, fruto de políticas afirmativas para ampliar a participação feminina, os partidos são obrigados a reservarem uma participação de, no mínimo, 30% para cada sexo. Dessa forma, a ampliação da participação das mulheres, em termos dos registros de candidaturas, não está ligada apenas a uma maior sensibilização quanto à importância da política entre elas ou à revolução da mulher (do feminismo) desencadeada na década de 1960 ou, ainda, à ampliação da politização da sociedade civil de modo geral, tal crescimento pode ser associado à obrigatoriedade do cumprimento de uma lei eleitoral. Obviamente, a própria instituição dessa lei foi resultado de uma luta pela maior participação feminina, o que pode ser considerado um avanço. Contudo, vale ressaltar que leis e as normas por si só possuem um poder relativo (embora sejam importantes instrumentos) na luta contra o preconceito, seja ele de qualquer natureza.


MULHERES NA POLÍTICA

NÁDIA E NADINE Paralelas que se cruzam

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uas mulheres que decidiram combater o crime e colocar suas vidas em risco em prol da segurança de desconhecidos. Nádia e Nadine: duas linhas paralelas que eventualmente se cruzam. Nádia foi a primeira mulher a

Lucio Vaz

comandar um batalhão em toda a história da Brigada Militar, e Nadine a primeira e única chefe de polícia no RS. Fizeram história, fizeram a diferença. Em mais um encontro improvável de paralelas, tentam alçar novos céus no complexo cenário da política.

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Querem ser a voz de duas categorias tão negligenciadas por todos nós . A revista Em Evidência e o programa Em Evidência na TV, trazem a vocês, o que pensam, o que realizaram e o que querem essa heroínas. Confira nas páginas a seguir

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Vitalidade, Saúde e Bem-estar

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ermas omanas   ecanto aestro estinga êca 

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COMANDANTE NÁDIA O que pensa e quais os anseios da primeira mulher a se tornar Comandante no RS Entrevista: Lucio Vaz e Voltaire Santos Edição: Patrícia Poitevin

A última notícia, que sacudiu o tabuleiro da corrida ao Senado, foi que a Manuela d’Ávila não seria mais candidata, como isso modifica o cenário? Todas as peças ainda não estão colocadas e ainda tem muita mudança

para acontecer, que é o último dia das convenções. Os partidos estão tentando se organizar em coligações, com os seus candidatos à majoritária, uma vez que os candidatos das proporcionais estão postos. Ainda temos algumas lacunas, seja para INSCREVA-SE

vice-governador, vice-presidente da República e até mesmo para o Senado, que tem muita especulação, em nome de várias pessoas. A desistência de Manuela d’Ávila era algo que já vinha sido conversado, uma vez que o PCdoB tem interesse em formar ban-

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cada e isso significa ter um puxador de votos. Se ela for candidata à deputada federal ou estadual, a tendência é de que traga outros candidatos a serem eleitos. É sempre bom lembrarmos, que a Manuela nunca teve êxito em uma eleição majoritária. Ela não está em nenhum cargo eletivo e muito tempo fora dos mandatos, isso também deixa um candidato mais fragilizado, a partir do momento em que não tem um trabalho contínuo dentro da política. Sob o ponto de vista de ter candidaturas no mesmo campo ideológico, por exemplo, a sua candidatura junto com a do atual vice-presidente Hamilton Mourão. Como comunicar para o eleitor que já é identificado contigo, mas que também se identifica com o Mourão, a sua opção ao seu Senado? São muitos compromissos, nós temos andado mais do que nunca pelo Rio Grande do Sul, conversando com as pessoas, sentindo as dores delas e nos colocando em seus lugares, como sempre fiz na Brigada Militar. Sou a criadora da Patrulha Maria da Penha, fui diretora de Justiça do nosso estado e secretária Municipal de Desenvolvimento Social de Porto Alegre. A política apenas fez com que desse continuidade ao trabalho de proteção do povo gaúcho, do combate à criminalidade, com um outro olhar e outra perspectiva. Eu concordo que o General Mourão está no mesmo campo ideológico, mas nós temos características totalmente diferentes. Eu sou gaúcha raiz, nascida, criada e vivida. Trabalho, casei-me, tive os meus filhos no Rio Grande do Sul, minha vida toda é aqui. Sou contra o aborto e armamentista. Eu tenho convicção de que as pessoas de bem, o cidadão que preenche todos os pré-requisitos de estar de acordo com a lei, deve ter o seu armamento, é um direito constitucional de nos defender a si, a família e a propriedade. Tenho certeza que a partir dos debates, conversas e quando os programas eleitorais começarem a ir para a TV, cada eleitor poderá fazer a sua melhor opção.

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DE VEREADORA À SENADORA? Na disputa considerada mais acirrada, a Comandante Nádia conta com a força do Progressista no interior, somada ao seu patrimônio eleitoral na Região Metropolitana

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O Progressistas é um partido municipalista, hoje ele é o que mais elegeu prefeitos e vice-prefeitos aqui no RS. O PP acerta justamente ao fazer esse casamento entre o fortalecimento do interior com nomes extremamente relevantes na capital, que é o caso da senhora. Isso pode trazer ao partido uma popularidade maior aqui em Porto Alegre?

num local muito simples, onde a rua não era asfaltada, no morro perto da Intendente Alfredo Azevedo. Estudei em escola particular, mas porque eu era bolsista, senão meu pai, sargento da Brigada Militar, e a minha mãe funcionária da CEEE, não teriam condições de pagar um estudo particular para mim. No ensino médio fui para uma escola do Estado, ou seja, vivi a minha vida toda aqui. A experiência que a Brigada Militar me deu, em poder conhecer os municípios do interior, não tem preço, porque isso te mostra o quanto de potencial tem cada região do nosso estado.

Eu sou gaúcha raiz, nascida, criada e vivida. Trabalho, casei-me, tive os meus filhos no Rio Grande do Sul, minha vida toda é aqui. Sou contra o aborto e armamentista

O Progressistas é um dos maiores partidos aqui do RS, conta com 147 prefeitos, mais de 120 vice-prefeitos, em torno de 1.200 vereadores espalhados pelo estado. Desde sempre foi de direita. Apoiou o Bolsonaro, foi a favor da família, polícias, armamento, liberdades, empresários e do trabalho digno para o cidadão. Ele efetivamente tem raízes fortes no interior. Eu tenho falado bastante, em alguns vídeos, que não gosto do nome cidade, gosto de município. O Município é aquela coisa mais acolhedora. Quando nós falamos neles, falamos exatamente naquilo que o Bolsonaro tentou e ainda está tentando fazer, que é “mais Brasil e menos Brasília”. Naquela ideia de que o que é produzido dentro do município, tributos e impostos não podem ir todos para Brasília. Depois os prefeitos ficam passando o chapeuzinho para retornar com migalhas daquilo lhes é de direito. Então, é importante fazer esse casamento com o Heinze, que é uma pessoa muitíssimo ligada ao agronegócio e reconhecido no interior do estado, com uma vereadora da capital, que é o meu caso. Nasci no Beneficência Portuguesa, morei a minha vida toda no bairro da Glória,

Quais são as vantagens e desvantagens da polarização? As pessoas dizem que agora está tendo polarização, acredito que sim, porque nesses 14 anos, em que o PT esteve no governo do Brasil, a direita aceitou a democracia, não ficava fazendo comícios nas ruas, brigas, disputas e xingamentos. A direita aceitou que a democracia havia colocado pessoas de esquerda no governo federal. A partir do momento que é colocado um presidente de direita, começou a polarização, porque a esquerda não aceita que alguém de direita esteja no poder. A eleição ainda vai ser polarizada, não acredito em terceira via, as pessoas não estão mais em cima do muro. Eu me lembro de uma pequena história, que retrata o momento atual. Um homem em cima do muro, olhando para um lado onde tinha um anjo chamando e do outro um demônio, com o bracinho cruzado e parado. Chega uma quarta pessoa e pergunta para o demônio, porque ele está parado, enquanto o anjo está fazendo campanha. O demônio olha e diz: “Eu não preciso fazer nada, porque o muro já é meu”.

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Quem fica em cima do muro não escolhe um lado e tu tens que escolher um. Ter alguém que te represente, naquelas pautas que te são mais caras. Ficar em cima do muro, é como deixar um cheque em branco para outras pessoas decidirem por ti. Aí vai uma dica, não vote em branco, não anule o teu voto, porque ele é muito importante. Para aquelas pessoas que dizem que não gostam de política, eu digo para começar a gostar ontem, porque ela muda a tua vida pessoal e profissional. A política tirou a possibilidade de as pessoas terem os seus armamentos, mesmo com o referendo, em que os brasileiros disseram que não queriam entregar as suas armas. Num governo que era dito popular e democrático, do Lula e da Dilma, mas que iniciou com Fernando Henrique Cardoso. Mesmo com a maioria democraticamente, dizendo não, por uma decisão política, as armas foram retiradas do cidadão de bem. Então, a política deve ser tratada como algo muito sério, porque a propriedade privada das pessoas podem também estar correndo risco e clubes de tiro também. Tem candidato à presidência, que está dizendo que vai acabar com os clubes de tiro, porque quer fazer mais clubes de livros. Eu também quero mais clubes de livros, mas uma coisa não é excludente da outra. Como a senhora vê a participação da mulher na política para a eleição deste ano? Em 2016, eu assumi pela primeira vez, como a primeira mulher, um Batalhão da Polícia Militar no nosso estado, que também foi uma referência, assim como na política. A mulher tem estado em locais diferenciados e isso é importante. Outro dia, eu estava lendo um artigo pelos 250 anos de Porto Alegre, que fazia uma menção muito dura e crítica de que existiam poucas ruas e praças com nomes femininos na capital. Hoje como vereadora, eu sei que nome de praça ou rua tem que ser de uma pessoa que morreu e independente se for mulher, homem, branco ou negro, que tenha realizado um trabalho

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EM EVIDÊNCIA NA TV

HÁ TEMPOS EM EVIDÊNCIA Apresentador do Em Evidência na TV mostra matéria da Revista Em Evidência que entrevistou a primeira Comandante da BM no RS de destaque público. Nós vemos que ao longo dos anos, as mulheres não se envolveram tanto com o público, mais com o privado e por isso não temos tantos nomes de mulheres, em ruas. Daqui pra frente vai mudar, porque ela está se envolvendo com o público e isso não é um demérito, é uma realidade de construção. Não sou nenhum pouquinho feminista, daquelas que acham que tem que ter mulher a todo pano, só porque é mulher. Eu sou pela pessoa, que trabalha, tem conhecimento, se qualifica e que chega em espaços de administração, presidência e poder, pelo seu trabalho. A mulher está abrindo o seu espaço na política, um pouco tímido, ainda por conta da proporcionalidade, desse quociente de 30%. Eu sou contrária a essa cota, porque nós mulheres não precisamos de cotas e negros também não. Eu acredito que a cota faz um preconceito muito maior. Eu estou eleita na Câmara de Vereadores, com 11.172 votos, a quarta mais votada de 36 e tenho certeza que não

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é por ser mulher, mas é pela minha competência, história e trabalho que tenho desenvolvido até então. Se nós tirássemos essa obrigatoriedade dos 30%, tenho certeza que menos mulheres estariam na política, mas essas seriam muito mais valorizadas pelos partidos, porque acaba vindo mulher que, infelizmente, é laranja. Eu sou totalmente contra isso, para colocar o seu nome num pleito eleitoral, tem que efetivamente querer representar alguma pauta, segmento, comunidade ou município. Como tem sido a pré-campanha, junto com o Luis Carlos Heinze? Tem sido um prazer e um aprendizado diário andar com Luis Carlos Heinze, pelo interior do estado. Nós temos também a vice-governadora Tanise Sabino, minha colega na Câmara de Vereadores. Ela é voltada para a área da saúde e tem uma fala maravilhosa, principalmente pós-pandemia. A pandemia não fez bem para ninguém,

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se queriam terminar com a crise pandêmica, criaram uma crise econômica em que as pessoas se desesperaram, porque não tinham mais o seu trabalho para levar o pão para dentro de casa. Isso eu vivenciei diretamente, porque fui contra o “fecha e abre”. O Luis Carlos Heinze é um homem muito leve e verdadeiro, um alemão que fala pouco, mas faz muito. Tem sido uma experiência muito importante, porque a cada dia que nós caminhamos, conquistamos outras pessoas. Para mim, política é uma construção coletiva, não é para o seu umbigo, é pela busca do bem comum. Eu não estou aqui pré-candidata ao Senado pelo meu ego, mas é por aquilo que nós podemos fazer e construir juntos, conhecendo realmente o que cada município precisa. Eu conheço muito bem, porque a Brigada Militar, através da farda me legitimou a conhecer, o que as pessoas mais precisam e eu não tenho dúvida nenhuma, que o nosso pré-candidato ao governo, Luis Carlos Heinze, tem muito a dar nessa construção coletiva.


EM EVIDÊNCIA NA TV CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

NADINE ANFLOR A mulher que comandou as maiores vitórias na Segurança Pública do RS Entrevista: Lucio Vaz e Voltaire Santos Edição: Patrícia Poitevin

O machismo existe dentro da polícia, ou tu sempre trabalhou com essa questão de forma indiferente e focou na tua competência, superando esses obstáculos que a sociedade infelizmente ainda nos impõe? É evidente que o machismo existe,

que a diferença entre os homens e mulheres também, mas sou muito tranquila em falar sobre isso, porque em todos os lugares que passei, sempre tive aquele espírito de dizer que a mulher precisa ir por técnica e profissionalismo. Precisa chegar lá, porque INSCREVA-SE

é competente, não pelo fato simplesmente de ser mulher. Eu sempre me coloquei assim, dentro de todos os meus desafios, dentro da própria instituição e fui costurando o feminino no universo masculino. Sim, a Polícia até pouco tempo atrás, era um uni-

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EM EVIDÊNCIA NA TV verso completamente masculino. Em 2004, quando eu assumi a Delegacia de Santo Antônio da Patrulha, que foi a minha primeira lotação, me lembro de ter atendido um senhor no balcão, onde expliquei como é que seria a investigação e ele me disse: “Muito bem moça, agora eu quero falar com o delegado de Polícia”. Isso acontecia muitas vezes, a própria população também enxergava a Polícia como algo que precisava de força e que essa força só vinha do universo masculino. Como chefe de Polícia procurei aproximar a Polícia da população, por isso que eu quero ir para a política, para aproximar também e fazer essas quebras de barreiras. A Polícia hoje, já não posso mais dizer que ela seja machista. Nela, 40% são mulheres. Nós ocupamos esse espaço de forma natural, sem nenhuma imposição. Cheguei como a primeira mulher e a única a liderar esses mais de 5.300 homens e mulheres dentro da instituição, sempre muito tranquilamente. Eu me lembro que quando assumi, em janeiro de 2019, como chefe de Polícia, fui a capa de muitos jornais e entrevistada por 15 dias. Eu percebi que a sociedade ainda é machista. Quando me enxerguei em várias capas e jornais, percebi que nem eu havia me dado conta desta quebra de paradigmas que estava acontecendo dentro do estado do Rio Grande Sul. Eu percebi que essa notícia foi muito mais externa, explorada e impactada do que dentro da instituição. Nós já éramos chefes de investigação e cartório, mas quando uma mulher as-

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cende a um posto de comando, temos por obrigação levar outras mulheres. Eu consegui fazer uma gestão em que tinha 12 diretores, a metade eram homens e a outra, mulheres. Coloquei mulheres também em direções de departamentos completamente operacionais, que nós não havíamos chegado e deu certo, tanto que elas continuaram. Nós conseguimos reduzir todos os indicadores de criminalidade. Isso é um sucesso, saber trabalhar juntos, homens e mulheres. Não há espaço somente para o homem ou somente para a mulher, tem que ter uma sintonia, uma simbiose e é assim que dá certo. Como a senhora avalia esta questão de que o Brasil se tornou um país tão polarizado? Eu fico triste, porque a Delegada Nadine gosta do equilíbrio e como policial, eu sempre digo que o bom é aquele que tem equilíbrio, não gosto daquele policial raivoso, ele tem que representar este equilíbrio para a sociedade, agir firmemente só no momento que precisa. Na política está faltando isso, esse equilíbrio, hoje nós infelizmente estamos discutindo pessoas e não discutindo projetos. Nós estamos com essa polarização bastante arraigada, por isso me coloco no centro, num partido democrático. Te confesso que nunca pensei em ser política, eu nunca tive nenhuma filiação partidária. Ter escolhido o PSDB me traz tranquilidade. Fui convidada por oito partidos políticos, confesso que foi muito difícil essa escolha. A minha opção pelo PSDB foi por questão de afinidade e aquilo que trago de casa, que para mim é a palavra essencial da vida, a gratidão. Quem me deu a oportunidade de mostrar o meu

O que nós deveríamos estar discutindo não era o armamento, mas em outras armas sendo colocadas na mão do cidadão, como a carteira de trabalho, comida e educação

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trabalho como mulher, como delegada, como primeira chefe de Polícia foi o governador Eduardo Leite e o governador Delegado Ranolfo. Por gratidão, não devendo nada a eles, porque sempre tive muita liberdade de atuar e agir como delegada e como chefe de Polícia. Eu tenho vontade de ser uma das deputadas dos 55 deputados do Estado, para fazer diferente, uma nova política e tentar ajudar mais. Qual é a sua opinião sobre o armamento para a população em geral e essa facilidade que o governo Bolsonaro proporcionou, com a abertura de clube de tiros e com mais pessoas tendo armas? Não tem como dizer que a Delegada Nadine é contra as armas. Eu jamais me posicionaria assim, acho que a arma, quando utilizada para a defesa, é extremamente fundamental. A arma muitas vezes traz este equilíbrio entre homens e mulheres. Nós temos menos força do que os homens, uma mulher armada, se equipara a um homem também armado. Eu sou favorável que as pessoas que morem, por exemplo, nas zonas rurais, tenham uma arma para a sua própria defesa. Para que fique bem claro, a Delegada Nadine não é a favor, nem contra. Em determinadas ocasiões é a favor, como por exemplo, nas áreas rurais, mas liberar indiscriminadamente não é legal. Isso me incomoda e inquieta, faz com que eu queira entrar no mundo da política. O que nós deveríamos estar discutindo não era o armamento, mas em outras armas sendo colocadas na mão do cidadão, como a carteira de trabalho, comida e educação. Nós ficamos nessa polarização, discutindo o armamento e não olhamos o que realmente precisa. As pessoas estão desempregadas e sem oportunidades. Os adolescentes, que vejo, porque convivo muito, eu tenho um filho de 12 anos e fico preocupada. Por isso, que me coloco nesse novo projeto, não quero que um filho me diga que queira morar fora do país, ou do estado do Rio Grande do Sul, porque faltam oportunidades.


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Quando me enxerguei em várias capas e jornais, percebi que nem eu havia me dado conta desta quebra de paradigmas que estava acontecendo dentro do estado do Rio Grande Sul

Isso nós temos dentro de casa, a falta de oportunidades, acho que é isso que a população precisa discutir, que o país deveria estar discutindo. A senhora sempre sonhou em ser policial ou isso foi acontecendo ao longo do tempo? Não, isso foi acontecendo ao longo da minha jornada. Eu sou natural de Getúlio Vargas, um município do interior do estado. A família continua lá, eu sigo de alguma forma muito conectada. Saí de casa aos 16 anos de idade, fui morar em Passo Fundo para fazer o segundo grau, depois a faculdade. Sou formada na Universidade de Passo Fundo. Eu me recordo que tinha um namorado que queria ter filhos e se casar. O meu pai me disse: “Não. Nadine, a primeira coisa que tem que ter é a tua independência financeira, a partir do momento em que tiveres ela, tu voa, casa, faz o que quiser”. Vim para Porto Alegre, tentar um Concurso Público. Fui assessora do Ministério Público, por dois anos. Dentro da Vara do Júri de Porto Alegre, trabalhando com in-

quéritos policiais de homicídios. Eu comecei a observar, que teriam coisas que o delegado e a Polícia poderiam ter feito. O promotor com o qual eu trabalhava, me disse que eu tinha que fazer o Concurso Público para a Polícia. Eu gostava muito de trabalhar com aqueles inquéritos policiais. Fiz estágio em vários outros órgãos e escritórios de advocacia, nunca tinha pensado na Polícia e foi trabalhando dentro do Ministério Público, que me descobri como policial. Fui fazer o Concurso para delegada de Polícia e quem faz Concurso sabe, que ele muitas vezes nos escolhe, porque nós estudamos o edital, nos preparamos e as coisas começam a dar certo, quando aquilo é efetivamente para ti. Eu confio muito nisso, eu tenho um feeling, nós precisamos acreditar quando os caminhos começam a abrir. Eu tenho plena convicção que escolhi a profissão certa. Eu sou, há 18 anos, delegada de Polícia no Rio Grande do Sul, de uma turma que para mim é muito simbólica, de 50 delegados, 50% eram homens e 50% mulheres. Talvez não seja à toa, que desta turma saiu a primeira delegada chefe da

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Polícia Civil. Eu sou muito inquieta, acho que a inquietude faz com que nós nos movimentemos e mudemos o mundo. Eu sou sonhadora, acredito num mundo mais igual, justo e humanitário. Tento fazer isso todos os dias, onde quer que eu esteja sempre quero fazer diferente. Se cada um fizer um pouquinho, nós vamos ter um mundo muito mais legal do que estamos tendo nos últimos tempos. Durante a sua atuação na Polícia Civil, um tema ganhou muito destaque, foi justamente o combate à violência contra a mulher, que infelizmente ainda é uma realidade. Nos conte como foi e os resultados colhidos neste período de trabalho? Eu estive sete anos como delegada titular da 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Porto Alegre. É uma delegacia em que passam 40 mulheres por dia, pedindo atendimento, acolhimento e orientação. Muitos não compreendem e acham que a mulher volta, porque gosta de apanhar. Nenhuma mulher gosta, há um contexto e eu lembro daquela fala

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do meu pai, sobre a independência financeira. Se esta mulher não tiver independência financeira ficará muito difícil romper o ciclo da violência. Dentro da violência doméstica, quando nós pegamos indicadores de criminalidade, por exemplo do ano passado, 96 mulheres morreram vítimas de feminicídio, mortas pelos maridos, companheiros e ex-namorados. Nós começamos a ouvir e interrogar os autores e eles simplesmente diziam: “Delegada, eu matei e mataria de novo, porque se ela não quer ser minha, ela não será de mais ninguém”. Um sentimento de posse mesmo nos tempos atuais, em relação à figura feminina. Nós defendemos desde o início, a Lei Maria da Penha, que prende muitos agressores e antigamente isso não acontecia. Temos que mostrar para essas mulheres quais são os seus direitos e alcançar as medidas protetivas de urgência. No ano passado, no estado do RS, 90% dessas mulheres mortas não tinham uma medida protetiva de urgência em vigor, ou um registro de ocorrência. Nós criamos as Salas das Margaridas, que são salas de acolhimento nos plantões policiais, porque começamos a observar os dados, as mulheres morrem aos finais-de-semanas e durante a noite. As 41 Delegacias de Pronto Atendimento, no estado do RS, funcionam 24 horas. Então, é lá que tem que ter esse acolhimento e trabalho diferenciado. Foram criados esses espaços para que ela se sinta mais segura e para que o policial também capacitado faça uma virada de chave, não pode o atendimento ser o mesmo, isso foi um dos pontos da nossa gestão, a qualificação do atendimento ao cidadão. Quando chega uma mulher vítima de violência tem que respirar, ter muita resiliência e compreender que a história dela não é igual a todas as outras, porque cada uma tem a sua história. A Segurança Pública não vai resolver esta questão, ela é cultural, de educação, mudanças e oportunidades, porque se não estimularmos o empreendedorismo feminino, vamos continuar com mulheres submissas, que têm que se colocar naquela situação. Nós reduzimos a

HISTÓRIA Sob o comando da chefe de Polícia Nadine Anflor, a Segurança Pública do RS protagonizou um dos momentos de maiores avanços no combate à criminalidade do RS

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FAZENDO A DIFERENÇA "O meu objetivo é continuar servindo, isto é o que me move, continuar fazendo a diferença. Eu acho que eu consegui aproximar a Polícia das pessoas e a política precisa se aproximar ainda mais" ameaça contra a mulher, lesão corporal, tentativas de feminicídio, mas o feminicídio continua sendo o grande gargalo. Nós temos que pensar no macro, nas oportunidades que estamos dando para essas mulheres. Qual o conselho que a senhora daria para essa mulher que está sofrendo algum tipo de violência? Que denuncie e não desista, quando sofrer qualquer tipo de violência, seja patrimonial, moral, física e sexual. As pessoas que estão próximas delas, muitas vezes não enxergam ou fazem que não estão enxergando. Nós temos que pensar que aquele velho ditado: “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”, não existe mais e não pode existir. Todos nós, de alguma forma, somos responsáveis por ajudar essa família que como um todo está pedindo ajuda. Que a mulher não tenha medo, nem vergonha de denunciar e procure as Delegacias de Polícia, os órgãos, desde o Poder Judiciário, como o Ministério Público e a Defensoria Pública, até a própria

Brigada Militar, que tem projetos excelentes, como a Patrulha Maria da Penha. A busca e o pedido de socorro salva vidas. Muitas mulheres, às vezes, dizem: “Delegada, eu não vou registrar, porque vai ficar muito pior”. Os números demonstram o contrário, após um registro, há uma intervenção do Estado. Infelizmente, as que morrem, ao longo dos últimos cinco anos, em que fizemos essa análise no estado do RS, são aquelas que não tiveram coragem de denunciar. Ao longo da pandemia, as mulheres sofreram mais, até pela falta de emprego. Elas vivem numa informalidade muito maior do que os homens. Dentro da Polícia abrimos a possibilidade de fazer o registro na Delegacia on-line, nos aplicativos também, como o PC Alerta e o WhatsApp. Nós temos que ajudar ainda mais, precisamos ter política pública, que traga uma efetividade e faça com que mude a cultura. Se nós não mudarmos a cultura, nós não protegeremos essas mulheres. Quais são as suas considerações finais? INSCREVA-SE

Estou extremamente feliz nessa nova jornada, realmente continuo sendo delegada de Polícia, concursada, não deixarei de ser delegada, mas eu estou querendo me doar mais. Cheguei no topo da carreira, que é o topo mais alto em que nós podemos ocupar dentro da instituição. O meu objetivo é continuar servindo, isto é o que me move, continuar fazendo a diferença. Eu acho que eu consegui aproximar a Polícia das pessoas e a política precisa se aproximar ainda mais, o deputado e a deputada são esse elo de ligação. Eu estou acostumada, há 20 anos como servidora, servir e ajudar. Isso que eu estou me propondo, como pré-candidata a deputada estadual, fazer mais pela segurança pública, mas também ampliar esta disponibilidade a mais pessoas. Nós temos uma Assembleia que é formada por 55 deputados, somente 10 são mulheres, quando olhamos a população gaúcha, vemos que mais de 50% da população é composta por mulheres. Então, isso também me move, colocar as mulheres em espaços de decisão.

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FEDERASUL

" O SUCESSO VEM DEPOIS DE TRABALHAR, TRABALHAR E TRABALHAR" Foi o que disse o empresário Roberto Argenta no Tá na Mesa da Federasul

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Secom/Federasul

omo empreender com sucesso” foi o tema da palestra do empresário Roberto Argenta no Tá na Mesa da Federasul. Presidente da Calçados Beira Rio, que fechará o ano com aproximadamente R$ 5 bilhões de faturamento e 9.500 empregos diretos, Argenta contou um pouco da sua trajetória como empreendedor que teve início há 47 anos. “Eu nunca desisti do Rio Grande do Sul. Todas as nossas fábricas estão aqui, afirmou ao acrescentar que os gaúchos trabalham bem, só precisam de oportunidades”.

bilidade social e focar na sustentabilidade. Relatou que em suas viagens, tem como rotina analisar o mercado. Informou também que admira as pessoas bem sucedidas e aprende com os melhores clientes, sempre com foco constante no negócio.

Ao apresentar o convidado, o presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, disse que Argenta é um empreendedor de sucesso que dá grandes contribuições ao Rio Grande do Sul. Citou que na Federasul “trabalhamos cotidianamente para tornar o caminho do empreendedor mais simples”. Tanto que os gargalos identificados pelos empresários gaúchos, especialmente em infraestrutura, foram apresentados pela Federasul ao governo do Estado e, “felizmente, começamos a avançar no enfrentamento dessas pautas”, explicou.

Para ele, “sucesso só é sucesso quando faz bem para todos à sua volta”. Enfatizou que os empresários têm um grande compromisso para ajudar o Rio Grande do Sul dar certo. “Gerar mais empregos, incentivar novas indústrias e agroindústrias, estimular novas culturas e investimentos em educação fundamental e técnica.

Em sua palestra, o empresário apontou cinco princípios que considera fundamentais para empreender com sucesso: conhecer o negócio, amar o que faz, formar pessoas, ter responsa-

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Ao citar como exemplo a Beira Rio, apontada como a maior empresa das Américas, disse que foi preciso muito trabalho, investimento, formação de pessoas, produto de qualidade, foco no cliente, competitividade, unidade de ação, equipe dirigente e sustentabilidade para atingir o patamar atual.

Lembrou da filosofia de amar o seu negócio, a equipe e os clientes também e ensinou: “trabalhe, trabalhe, trabalhe. E somente assim terá como resultado sucesso, alegria e felicidade” Além da Calçados Beira Rio, Roberto Argenta é também proprietário das Termas Romanas, Hotel Recanto Business Center e Azeite Recanto Maestro. Dia 22 de junho, na sede da entidade.

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COMPROMISSO Para Argenta, “sucesso só é sucesso quando faz bem para todos à sua volta”. Enfatizou que os empresários têm um grande compromisso para ajudar o Rio Grande do Sul dar certo


MARCOS ROBERTO PEREIRA DA SILVA/REVISTA EM EVIDÊNCIA

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GESTÃO PÚBLICA

GRAVATAÍ ATINGE NOTA “A” NO RANKING DAS CONTAS PÚBLICAS DO TESOURO NACIONAL Classificação é reconhecimento a um modelo de gestão que prioriza o equilíbrio das contas

A

Luiz Fernando Aquino

Prefeitura de Gravataí tem se destacado pelos resultados em gestão fiscal e transparência dos dados, obtendo classificações que a colocam em evidência no cenário nacional, como município de excelência em administração. A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), por meio do Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), divulgou o Ranking das Contas Públicas do Tesouro Nacional. Gravataí obteve nota A, 96,5% de aproveitamento, e está entre os 368 melhores municípios do país – ao todo são 5.568. O Siconfi foi desenvolvido como um instrumento para, dentre outros objetivos, facilitar a produção e análise de informações contábeis e fiscais, padronizar os mecanismos de consolidação e aumentar a qualidade e confiabilidade das informações contábeis, financeiras e de estatísticas fiscais recebidas dos municípios, estados, Distrito Federal e União. Para o Ranking de 2021, que analisa os dados de 2020, foram consideradas as declarações homologadas no Siconfi até o dia 03 de junho de 2021. Por sua vez, para o Ranking de 2022, que analisa dados de 2021, foram consideradas as declarações homologadas no Siconfi até o dia 24 de maio de 2022. Em maio último, a administração municipal de Gravataí já havia entrado para o seleto grupo de municípios com conceito “A” no ranking de Capacidade de

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Pagamento (Capag) da STN que mede a saúde financeira dos municípios e suas condições para obter garantias da União e taxas de juros mais acessíveis. Durante o anúncio de investimento de R$ 200 milhões em obras até 2024, o prefeito Luiz Zaffalon destacou o fato de a prefeitura estar pagando uma das menores taxas de juro (7% + CDI), justamente por conta da pontuação no Capag. “Nosso desempenho conjuga dois fatores cruciais para a administração pública, que é a eficiência, com gerenciamento sério e responsável dos recursos públicos, e modernização da estrutura administrativa”, reitera Zaffalon. Conforme o secretário municipal da Fazenda, Planejamento e Orçamento, Davi Severgnini, o desempenho de Gravataí no ranking publicado pelo Tesouro Nacional quanto à qualidade da informação contábil e fiscal no exercício de 2021 indica o aperfeiçoamento das rotinas adotadas pela contabilidade do município, a partir da adoção de processos que aproveitam a qualidade dos profissionais de contabilidade da prefeitura e o sistema informatizado contratado pelo município. “Várias boas práticas vêm sendo implementadas ao longo dos últimos anos, de maneira a primar pela correção e tempestividade dos atos contábeis. Atingimos a marca de 96,5% de desempenho, mas, ao contrário de nos acomodarmos, estamos nos desafiando a atingir os 100% já no próximo levantamento."

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ACERVO/PMG

RANKING DAS CONTAS PÚBLICAS DO TESOURO NACIONAL Gravataí obteve nota A, 96,5% de aproveitamento, e está entre os 368 melhores municípios do país – ao todo são 5.568


GRAVATAÍ

PREFEITO DE GRAVATAÍ ANUNCIA R$ 200 MILHÕES DE INVESTIMENTO EM OBRAS ATÉ 2024 Verbas serão aplicadas na construção de novas escolas, postos de saúde e asfaltamento de vias Luiz Fernando Aquino

O

prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon, anunciou um conjunto de investimentos de R$ 200 milhões, até 2024, em áreas prioritárias: saúde, educação, infraestrutura viária (reestruturação asfáltica, pavimentação e duplicação de vias) e praças. Deste montante, R$ 120 milhões serão destinados à mobilidade urbana e R$ 30 milhões em saúde, ainda neste ano. "São obras fundamentais que melhoram a vida dos moradores e também, reforçam a condição do município como uma das melhores cidades para empreender no Rio Grande do Sul, pelas excelentes condições em infraestrutura”, comentou Zaffalon.

A maior parte dos recursos, que corresponde a R$ 120 milhões, será aplicada em mobilidade, dentro do programa Pavimentaí. Já estão em andamento obras de reestruturação e pavimentação asfáltica, além de duplicação de vias. Serão 20 quilômetros de pavimentação, em regiões como Rincão da Madalena, Nova Conquista, Santa Cecília, Passo das Pedras, Itacolomi, Neópolis, Morungava, Santa Cruz, Sagrada Família e Jardim das Acácias. Outros seis quilômetros serão repavimentados, em áreas como Parque dos Anjos, Cohab A e Santa Fé. Está prevista, ainda, uma obra na intersecção da ERS-020, entre as estradas Vânius Abílio dos Santos e Isabel Rosa. Ao todo, 57 vias passarão por revitalização. Trabalhos de sinalização viária, faixas elevadas e redutores de velocidade complementam as melhorias.

São obras fundamentais que melhoram a vida dos moradores e também, reforçam a condição do município como uma das melhores cidades para empreender no Rio Grande do Sul, pelas excelentes condições em infraestrutura Luiz Zaffalon Prefeito de Gravataí

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Na educação, o município projeta construir quatro novas escolas, além da ampliação

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PRIORIDADES Segundo o prefeito, a administração municipal tem colocado as entregas para a sociedade no centro das decisões. "Quando investimos na cidade, proporcionamos um sentimento de pertencimento dos gravataienses, que mobilizados com as mudanças, nos ajudam a cuidar e a viver Gravataí”, destacou Zaffalon de outras sete, sendo que uma será integrante do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares. Os investimentos chegam a R$ 17,2 milhões. Para a saúde, o cronograma prevê verbas para qualificar o atendimento à população com a implementação de dez unidades básicas de saúde até 2024, sendo quatro esse ano, quatro em 2023 e outras duas em 2024. Está


DOUGLAS ROSA

no cronograma, ainda, a nova Central do Samu. Nessa área, os recursos totalizam R$ 30 milhões. Atualmente, um total de 70 obras estão em andamento, nas mais diferentes áreas, devendo chegar a 100 obras. Segundo o prefeito, a administração municipal tem colocado as entregas para a sociedade no centro das deci-

sões. "Quando investimos na cidade, proporcionamos um sentimento de pertencimento dos gravataienses, que mobilizados com as mudanças, nos ajudam a cuidar e a viver Gravataí”, destacou Zaffalon. O gestor lembrou que quando a administração municipal investe em melhorias e modernização cria um ambiente para que a iniciativa pri-

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vada acredite e, também, invista, citando as empresas que estão sendo atraídas para o município. Estiveram presentes ao anúncio, o vice-prefeito Dr. Levi, a deputada estadual Patrícia Alba, o ex-prefeito Marco Alba, o presidente da Câmara de Vereadores, Roger Corrêa, vereadores, secretários municipais e dirigentes empresariais.

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OAB-RS

OAB/RS RECEBE APOIO DA FAMURS EM AÇÃO JUDICIAL SOBRE A DÍVIDA DO RS Encontro entre presidentes das entidades ocorreu na sede da OAB-RS

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Ascom/OAB-RS questiona os valores devidos pelo estado à União no Supremo Tribunal Federal (STF). O ato ocorreu no gabinete da sede da Ordem gaúcha e foi a primeira agenda oficial dos dirigentes da Famurs após ocuparem os cargos. A audiência pública convocada pela OAB/RS, em abril de 2022, ratificou a importância do debate acerca da dí-

vida gaúcha, questionada desde 2012 pela Ação Civil Ordinária (ACO 2059). Ao ingressar na condição de amicus curiae, amigo da causa, a Famurs manifesta o apoio oficial dos 497 municípios do Rio Grande do Sul para a ação da OAB/RS, que já conta com a corroboração de mais de quarenta autoridades e entidades da sociedade civil.

ASCOM/OAB-RS

presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia, recebeu o presidente e o vice-presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Paulinho Salerno e Mário Augusto de Freire Gonçalves, respectivamente. Durante a reunião, os prefeitos oficializaram o apoio da entidade à Ação Judicial da Ordem gaúcha que

APOIO Lamachia destacou a importância do tema e do apoio da sociedade: “A revisão dos termos da dívida é urgente. O apoio da Famurs representa o interesse dos moradores dos 497 municípios do Rio Grande do Sul e reforça ainda mais o nosso pleito. Esta é uma pauta muito significativa para a sociedade gaúcha e a união de esforços demonstra isso”, disse

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ASCOM/OAB-RS

DE ACORDO Para o presidente da Famurs e prefeito de Restinga Sêca, Paulinho Salerno (esquerda), a dívida impacta diretamente a cidadania gaúcha. “Trata-se de tema relevante para a sociedade e para os municípios gaúchos, pois o impacto da dívida nas contas públicas do estado, e, por consequência, para todos os cidadãos e municípios, é prejudicial às finanças de todos”, ressaltou Lamachia destacou a importância do tema e do apoio da sociedade: “A revisão dos termos da dívida é urgente. O apoio da Famurs representa o interesse dos moradores dos 497 municípios do Rio Grande do Sul e reforça ainda mais o nosso pleito. Esta é uma pauta muito significativa para a sociedade gaúcha e a união de esforços demonstra isso”, disse. Para o presidente da Famurs e prefeito de Restinga Sêca, Paulinho Sa-

lerno, a dívida impacta diretamente a cidadania gaúcha. “Trata-se de tema relevante para a sociedade e para os municípios gaúchos, pois o impacto da dívida nas contas públicas do Estado, e, por consequência, para todos os cidadãos e municípios, é prejudicial às finanças de todos”, ressaltou. Ainda, conforme o vice-presidente da Famurs e prefeito de Dom Pedrito, Mário Augusto de Freire Gonçalves, a temática é fundamental para toda

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população gaúcha. “A OAB/RS é firme quando tem que ser, ponderada quando necessário, e lidera o processo com muita competência. Além dos aspectos sociais e econômicos que afetam os cidadãos e que a todos importam, os municípios assumem obrigações financeiras do Estado, que nem sempre cumpre com os seus compromissos legais por absoluta falta de recursos. Agradecemos a Ordem gaúcha por liderar este movimento e por nos permitir ingressar na ação”, mencionou.

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MÉRITO FARROUPILHA

ADROALDO CONZATTI HOMENAGEADO Assembleia concede Medalha do Mérito Farroupilha in memorian a mentor do Cristo Protetor Agência de Notícias ALRS

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Assembleia Legislativa concedeu in memorian, a Medalha do Mérito Farroupilha, ao ex-prefeito de Encantado Adroaldo Conzatti, falecido em 2021 aos 81 anos. A iniciativa foi do deputado Edson Brum (MDB), que junto com o presidente do Parlamento gaúcho, Valdeci Oliveira (PT), entregou a distinção aos filhos do homenageado, Gilson, Rogério e Luiz Henrique Conzatti.

A ideia do ex-prefeito de construir uma imagem maior do que a do Cristo Redentor, do Rio de Janeiro, sem dinheiro público e com a participação da comunidade, ganhou impulso com a doação

CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

O ex-prefeito foi o mentor da construção do Cristo Protetor de Encantado, projeto que tem 37,5 metros de altura e foi erguido no Morro das Antenas, a 436 metros acima do nível do mar. Escolhido em quatro eleições para comandar o mu-

nicípio, Conzatti foi vereador, suplente de deputado estadual e federal, diretor do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) e presidente do Esporte Clube Encantado. Além disso, fundou em 1971 o Escritório Contábil Conzatti, maior rede de escritórios de contabilidade do Rio Grande do Sul, com 18 unidades instaladas nas Regiões dos Vales e Metropolitana de Porto Alegre. Presidiu o MDB em Encantado e, em 2014, fundou o PSDB no município.

JUSTA HOMENAGEM Família Conzatti e o proponente, Edson Brum

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da área de terras, em 2019, e com a criação da Associação Amigos de Cristo, no mesmo ano. Conzatti foi o primeiro a fazer uma doação, além de ter sido, juntamente com outras oito pessoas, avalista em um empréstimo bancário de R$ 1,5 milhão para tornar a obra um destaque mundial. O homenageado deixou também como legado um conjunto de obras em diversas áreas, como pavilhões comunitários, eletrificação rural e abastecimento de água em comunidades do interior, asfaltamento de 70% das ruas da cidade, implantação de escolas em turno integral, a Casa de Cultura Dr. Pedro José Lahude e o Centro de Logística e Ope-


CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

EMOÇÃO Presidente da União dos Vereadores do Brasil, e filho de Adroaldo, Gilson discursa emocionado com a imagem do pai ao fundo rações de Encantado (CEOPE). VISIONÁRIO A homenagem póstuma ao político de Encantado foi a última ação de Edson Brum no Parlamento gaúcho. Após a cerimônia, ele ocupou o Grande Expediente da sessão plenária para se despedir dos colegas e anunciar, oficialmente, sua ida para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Discursando de improviso, Brum lembrou que Conzatti foi um líder visionário, que administrava Encantado pensando 20 anos na frente e sem medo de ousar. “Ele idealizou, levou seu plano adiante e colocou o Cristo de pé, a despeito de críticas e de quem duvida. O primeiro encontro com o escultor foi no meu gabinete”, contou. A visão de futuro do ex-prefeito, conforme o deputado, trouxe novos investimentos e a ampliação de empreendimentos que já existiam. O município foi colocado na rota de grandes destinos do Rio Grande do Sul e já recebe turistas de

diferentes estados e, inclusive, de outros países, reflexo observado em toda a região. “Hoje, a obra é reconhecida internacionalmente”, acrescentou. O Cristo foi concluído pouco mais de um ano após a morte de Conzatti. O monumento fará parte de um complexo turístico que contará com lojas, praça de alimentação e mirantes. A estátua, feita pelo artista Markus Moura, terá elevadores, plataforma panorâmica e acesso asfaltado.

seu principal legado é o “espírito público e a concepção de que o bem coletivo está acima do bem individual”. O presidente do Parlamento gaúcho, deputado Valdeci Oliveira (PT) encerrou a cerimônia, elogiando a iniciativa do deputado peemedebista de homenagear uma figura pública “com um extraordinário legado de trabalho por sua comunidade, empatia e compreensão da necessidade de se olhar para o futuro”.

Conzatti deixou em andamento mais de 60 obras e outras dezenas no plano de governo da sua coligação, entre as quais, projetos de asfaltamento comunitário, internet na área rural e incentivos em inovações e tecnologia.

Valdeci afirmou ainda que, “neste momento de precarização dos espaços públicos e de criminalização da atividade política, o exemplo de Conzatti é uma luz apontando para um caminho diferente e possível, movido pela solidariedade e pelo bem comum.”

AGRADECIMENTOS Em nome dos familiares, Gilson Conzatti agradeceu a homenagem que, segundo ele, é importante não apenas para os mais próximos, mas para toda a comunidade de Encantado. Ele falou sobre a trajetória política do pai e ressaltou que

A deputada Zilá Breitenbach (PSDB) e os deputados Mateus Wesp (PSDB), Juvir Costella (MDB) e Vilmar Lourenço (PP), além do presidente do TCE, Alexandre Postal, e do chefe interino da Casa Civil, Bruno Pinto de Freitas, prestigiaram o evento.

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OPINIÃO

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JOÃO RICARDO SANTOS TAVARES Presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul

Após dois anos de impossibilidade de sua realização em razão da pandemia, retornaremos com o evento que, ao longo de três décadas, consolidou-se como um lugar de vanguarda...

TRÊS DÉCADAS DE HISTÓRIA

o dia 29 de junho, celebramos o Dia Estadual do Ministério Público. Uma data para homenagear a trajetória desta Instituição, essencial para a sociedade e para a democracia. Também é dia para refletir sobre o seu papel, sobre seus rumos e, sobretudo, sobre sua atuação em prol de todos os cidadãos e cidadãs, representando os seus interesses nas mais diversas áreas. Nada melhor do que comemorar esta data com a perspectiva de retomada de um dos principais eventos da história da Associação do Ministério Público gaúcho. Com uma tradição marcada pela discussão de temas fundamentais à Instituição, o Congresso Estadual do Ministério Público ressurge para a sua 15ª edição, em Gramado, de 10 a 13 de agosto, com o tema "30 Anos Construindo História".

Com uma tradição marcada pela discussão de temas fundamentais à Instituição, o Congresso Estadual do Ministério Público ressurge para a sua 15a edição

Após dois anos de impossibilidade de sua realização em razão da pandemia, retornaremos com o evento que, ao longo de três décadas, consolidou-se como um lugar de vanguarda, palco de discussões que pautaram o aperfeiçoamento do Ministério Público e da atuação de seus membros.

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Temos a convicção de que, mais uma vez, muito além de formar um ambiente de confraternização entre promotores, promotoras, procuradores e procuradoras de Justiça, teremos um espaço de construção coletiva, com a participação de renomados palestrantes locais e nacionais, das mais diversas áreas de conhecimento, voltado para o debate propositivo e qualificado sobre questões atuais e que impactam diariamente no exercício do nosso papel constitucional.

Que possamos valorizar o nosso Ministério Público, não somente hoje, mas em todos os dias. Seja através do trabalho incansável de cada pessoa que o compõe, seja por meio de iniciativas que nos preparem para os desafios futuros, buscando soluções para uma Instituição cada vez melhor. Afinal, um Ministério Público fortalecido e atualizado refletirá em um atendimento cada vez mais qualificado e eficiente para toda a sociedade.


EM EVIDÊNCIA NA TV FOTOS: CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

VIEIRA DA CUNHA Pré-candidato ao governo do RS

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eria o nome de Vieira da Cunha, a terceira via no Rio Grande do Sul? Tido como um nome que paira acima das diferenças ideológicas, Vieira da Cunha é uma figura ca-

Entrevista: Lucio Vaz e Voltaire Santos Introdução e legendas: Jennifer Nunes Edição: Patrícia Poitevin

rismática, querido por todos os outros personagens do teatro público rio-grandense. Nesta entrevista exclusiva ao programa Em Evidência na TV (RDC TV sábados e domingos, às 19 horas), o pré-canINSCREVA-SE

didato ao governo do RS, soltou o verbo e num discurso contundente foi incisivo em relação à postura de oposição do seu partido aqui no sul, Confira a seguir, alguns momentos desta entrevista reveladora

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EM EVIDÊNCIA NA TV Por que o senhor escolheu o PDT para trilhar o seu caminho na política? Eu sou um trabalhista, quando decidi o meu caminho era ainda muito jovem. Eu tinha 21 anos de idade, quando me filiei ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), meu primeiro e único partido, são mais de 40 anos de filiação. Resolvi tomar esse caminho pela identidade com um líder gaúcho, chamado de Leonel de Moura Brizola. Eu gosto de história, de ler e conhecer o que aconteceu no nosso estado. Aquele episódio da Legalidade, em 1961, sempre me chamou a atenção, porque foi o momento em que o Rio Grande se uniu em defesa daquilo que temos de mais precioso, que é a democracia. Brizola se preparava para voos mais altos, quando veio a ditadura militar, em 1964. Ele passou 15 anos no exílio, quando retornou, eu era presidente do Centro Acadêmico André da Rocha da Faculdade de Direito da UFRGS. O Brizola veio ao nosso convite, falar num Seminário, promovido pelos

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estudantes e eu era o coordenador deste evento. Ele contou que tinha a missão de refundar o PTB e que gostaria que os jovens assumissem o protagonismo no partido. Nos convidou para ingressar no então PTB, depois PDT. Houve o episódio da sigla do PTB, que foi para a Ivete Vargas, portanto ele fundou o PDT. Naquela palestra do Brizola, eu me identifiquei plenamente com o trabalhismo, tudo o que ele falava, era o que eu acreditava, começando pela prioridade à educação. O senhor defende que a educação é a base para todas as mudanças que o Estado precisa enfrentar. Quais os planos para o setor? Esse é o caminho, todos os países do mundo que deram um salto de desenvolvimento foi porque investiram numa educação pública de qualidade. É isso que eu quero para o nosso Rio Grande, um estado que já foi referência nacional em educação. Hoje, todos

Nós temos que fazer Concurso Público, porque só através dele, que nós podemos recrutar na sociedade de maneira democrática, as melhores cabeças para a missão de ensinar

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os indicadores o colocam numa posição vergonhosa, no que diz respeito aos índices educacionais. Eu fui secretário de Educação, no governo José Ivo Sartori e conheço essa realidade, sei o que fazer e como fazer. As pessoas me perguntam, porque que não fiz, quando fui secretário. Primeiro, porque o governo não era nosso, nós estávamos participando de um governo que tinha as suas prioridades. Segundo, foi que fiquei apenas um ano e meio. Em terceiro, a situação que o Estado atravessava na época era de uma profunda crise financeira e o governo colocou o equilíbrio financeiro como sua prioridade. Fizeram com que eu deixasse precocemente o cargo, exatamente porque não encontrei o ambiente necessário para que nós pudéssemos implementar as políticas públicas na área da educação. Mesmo assim, nós elevamos o número de estudantes em tempo integral, no estado do Rio Grande do Sul, de 9.900 para 20.000. Quando eu assumi, em janeiro de


TERCEIRAS VIAS Assim como Ciro Gomes, Vieira da Cunha aposta sua candidatura numa maioria que ainda não se decidiu no RS 2015, havia um pouco mais de 40 escolas funcionando em tempo integral. Quando eu deixei o cargo eram mais de 100 escolas. Mesmo com todas as dificuldades, nós implementamos a política para que houvesse essa escola revolucionária. Agora mesmo, saiu um estudo dizendo que reduziu a violência nas regiões onde foram implantadas as escolas de tempo integral, em Pernambuco. Foi feita uma pesquisa, ao longo de 15 anos, acompanhando o Índice de Violência, que diminuiu muito nessas comunidades, porque a criança que fica o dia inteiro na escola vai ter toda a assistência. A proposta do Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) não é só uma educação formal, mas toda uma proposta pedagógica, para que a criança tenha:

esporte, lazer, recreação, dentista, médico e o segundo professor. Eles implementaram essa escola que eu quero implantar aqui no Rio Grande, começando pelos nossos bolsões de pobreza, que existem no nosso estado, porque cada CIEP é uma escola que tem capacidade de mil alunos, são mil crianças que eu tiro do caminho do crime, do mundo das drogas e resgato socialmente. Claro, que a pandemia fez com que o abismo que existe entre aqueles que podem estudar numa escola particular e os que estão na rede pública. Esse abismo é muito profundo, nós temos um desafio de fazer com que a qualidade do ensino da escola pública seja tão boa, ou melhor do que na rede privada. Isso é possível, porque os países que investem em educaINSCREVA-SE

ção pública mostram que a diferença é muito pouca. Qual a importância de fazer Concurso Público no Estado? Uma das causas, para que deixasse a Secretaria precocemente no governo Sartori, é que o governador não autorizou realizar Concurso Público. Não é possível que o governador todos os anos vá à Assembleia Legislativa para pedir a autorização para fazer contrato emergencial. Nós temos que fazer Concurso Público, porque só através dele, que nós podemos recrutar na sociedade de maneira democrática, as melhores cabeças para a missão de ensinar. Poucas missões são mais importantes do que a do Magistério, porque o professor na sala

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EM EVIDÊNCIA NA TV

PARA RESGATAR O PROTAGONISMO TRABALHISTA Além de almejar o Piratini, Vieira carrega consigo a missão de recolocar o PDT no protagonismo político gaúcho. Para isso conta com a retomada de cadeiras no Parlamento Gaúcho de aula está preparando as futuras gerações. Nós temos que ter um professor valorizado, respeitado e bem remunerado. Quando eu fui secretário, a relação com o CPERS foi de muito respeito e diálogo, enfrentei uma greve que terminou com um aperto de mão, porque realmente valorizamos e res-

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peitamos a carreira do professor. Nós precisamos fazer Concursos Públicos, para professor e servidor de escola inclusive. Com isso, vamos oxigenar os recursos humanos e fazer com que o professor tenha uma identidade com a instituição. Nós queremos que ele possa fazer uma carreira, ter pers-

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pectiva de ascensão, abrace a escola e a comunidade se envolva. Qual a sua posição, quanto às privatizações? O governo Britto vendeu um terço da área de distribuição da Companhia


Estadual de Energia Elétrica (CEEE), arrecadou bilhões e o dinheiro não resolveu absolutamente nada dos problemas financeiros do Estado. Nós ficamos com uma CEEE inviável, porque ele privatizou e as empresas privadas que assumiram ficaram com o filé. A parte pública que restou é como uma carne de pescoço, ou seja, todas as dívidas trabalhistas ficaram com ela. O governo atual, quando vendeu, disse que ela é inviável e deficitária. Lá atrás, quando privatizaram, entregaram dois terços para a iniciativa privada e deixaram todos os ônus para a pública. O Banrisul é outro exemplo, deu agora no primeiro trimestre 164 milhões de reais de lucro. Para onde vai esse lucro se o banco é público? Vai para o Estado que é o acionista majoritário, para que ele possa investir nas necessidades da população. Então o que justifica essa sanha privatista? Não é porque a empresa é privada que funciona sempre bem e a pública mal. A empresa pública funciona mal, com governos incompetentes, que colocam gestores que não sabem administrar. Modéstia à parte, quando eu presidi a CEEE, ela se transformou numa empresa superavitária, porque administramos de uma maneira eficiente e a empresa apresentou resultado. Agora, venderam a CEEE e assumiu um grupo privado. No primeiro temporal, as pessoas não tinham nem para quem reclamar. A tarifa foi para cima e o serviço piorou de qualidade. É o que nós estamos testemunhando na área de energia e não queremos que isso aconteça na área de saneamento, por isso que também a minha opinião é contrária, água e energia são bens públicos essenciais e eles são monopólio pela própria natureza. Muito se fala sobre o endividamento da máquina pública, comente sobre o endividamento do Estado. Esse é um dos temas chaves da nossa campanha. Será pela simples razão de que o atual governo resolveu assinar um acordo com a União, que particularmente considero altamente lesivo aos interesses do Estado.

Nós estamos comprometendo os dois próximos governos, sem saber qual será a visão dos futuros governantes sobre o tema. Eu assino no apagar das luzes do meu período um acordo, que vai comprometer os próximos nove anos, isso não é ético, para começar. Se fosse um bom acordo ainda vai, mas foi um mau acordo, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), secção do RS. A dez anos atrás, ela entrou com uma ação na Justiça, contestando o montante da dívida. Faz dez anos que essa ação tramita, há inclusive um estudo técnico nos autos desse processo, cuja relatora no Supremo Tribunal Federal é a ministra Rosa Weber. Esse parecer técnico diz que se a dívida não está paga, resta um saldo pequeno a pagar, foram impostas taxas de juros inaceitáveis e indexadores draconianos. No primeiro minuto, eu contestarei, se necessário judicialmente. Não é possível que se pratique contra o Estado do RS como se fez, um juro maior que se impõe a um empresário privado, quando vai tomar um financiamento no BNDES, por exemplo. Está tudo errado, nós vamos contestar e não é bravata. Tu tens que defender os interesses do teu Estado. As pesquisas mostram que 80% da população ainda não decidiu quem será o seu candidato ao governo do Estado. Como o senhor analisa o cenário eleitoral? As convenções sequer foram realizadas, a lei eleitoral diz que o período da Convenção ocorre entre 20 de julho e 05 de agosto. Ali os candidatos são escolhidos. Então, muita água vai rolar debaixo dessa ponte. Claro, que as pesquisas neste momento são um retrato de um determinado momento da disputa, mas a maioria do povo ainda não está ligado na eleição, vai se ligar quando começarem as propagandas eleitorais no rádio e televisão, na segunda quinzena de agosto. Eu não me assusto com esses primeiros índices das pesquisas, pois a nossa rejeição felizmente é muito baixa. Além disso, todas as pesquisas mos-

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tram que de cada dez entrevistados, oito não têm candidato escolhido ainda. Vamos para a luta e para o debate. Eu me sinto preparado para disputar essas eleições, já fui candidato em 2014, não é novidade para mim essa disputa. Eu espero que seja um debate qualificado, que nós possamos evitar ofensas pessoais, porque a nossa política hoje está muito polarizada, há muito radicalismo. As pessoas não estão abertas para ouvir, raciocinar, interagir e respeitar o pensamento do outro, isso é democracia. Eu também tenho um propósito, governar com todos e todas as forças políticas serão chamadas, independentemente de opção ideológica. Eu construí ao longo da minha vida relações em todos os campos, de respeito recíproco, tanto na esquerda, quanto na direita e acho que o nosso Estado está precisando de uma união de forças, que nós coloquemos nossas divergências num segundo plano e como foco vamos recuperar nosso Estado. Precisamos de um governo que não atrapalhe, pelo contrário, que exerça o seu papel de indutor do processo de desenvolvimento tanto econômico quanto social. Quais são as suas considerações finais? Eu estou preparado para exercer essa honrosa missão de governar o Rio Grande do Sul. Estou encarando essa eleição com uma grande oportunidade para que nós possamos fazer no Estado do RS, aquilo que precisa ser feito, qualificando a nossa educação, os nossos serviços de saúde e de segurança. Constituímos um grupo de trabalho com técnicos preparados, que são coordenados por um professor e doutor da UFRGS, Christian Velloso Kuhn e estamos aprofundando o diagnóstico dos problemas do Estado e estaremos oportunamente, ao longo da campanha eleitoral, apresentando as nossas propostas para que o nosso RS possa crescer, se desenvolver e voltar a ser aquele Estado que sempre foi motivo de orgulho para todos nós gaúchos.

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OPINIÃO

JOHN PETER

DESPERTANDO MULHERES

ANDRÉIA FIORAVANTE Advogada, pastora e apresentadora do Programa Despertando Mulheres

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Q

uantas mulheres andam por aí sem terem despertado? Talvez você se pergunte: mas despertado para quê? Despertado para a vida, para o casamento, para os filhos, para a família, para os amigos, para a saúde, para o empreendedorismo, para a política e para tudo ao seu redor, para usufruir e fazer o melhor. Mas para isso, o mundo exige a participação de todos e de todas. Se fala muito em empoderamento feminino, eu prefiro falar de fortalecimento feminino. Mulheres ocupando espaços de debates e de poder, mulheres valentes, corajosas, ousadas e empreendedoras, que estão desbravando caminhos, fazendo a sua história e abrindo espaços para outras. A sociedade é machista, favorece ao homem. Às vezes, por mais que a mulher seja preparada, competente e inteligente, será preterida na disputa com um homem; seja no meio empresarial, político, religioso, cooperativo, entre tantos outros. A mulher ainda precisa provar que é capaz de produzir mais do que o homem para obter a mesma aprovação. Somente com a participação da mulher trabalhando ao lado de homens, jovens e idosos, promovendo justiça social, é que se tornará possível viver em uma sociedade justa, harmônica e equilibrada. É fundamental a mulher despertar para o seu papel na família e na sociedade para haver equidade de gênero e criação de ambientes saudáveis e produtivos. No seio familiar começa a cultura machista, ou feminista, que

irá refletir na comunidade na qual se vive, assim, é necessário combatermos os extremismos e, desde a família e a escola, promovermos debates sobre princípios, valores, respeito e equidade. É necessário despertar para a equidade de gênero, para que homens e mulheres possam juntos criar uma sociedade mais humana, sem discriminação, e acolhedora. Não me refiro a direitos iguais para homens e mulheres, porque homens e mulheres não são iguais, me refiro a direitos que respeitem as diferenças entre eles que garantam seus direitos promovendo igualdade de tratamento e o respeito e atenção, principalmente, às mulheres vítimas de violência doméstica e de todo o tipo de violência e abuso contra a mulher, de todas as idades. Em um período ainda pandêmico e um ano de eleições, não podemos deixar de falar da mulher no empreendedorismo e da mulher na política. A pandemia de Covid-19 despertou mais mulheres para o empreendedorismo. A mulher se reinventou, foi mais resiliente que o homem, empreendeu nas mais diversas áreas e criou novas formas de relações comerciais. Podemos falar do empreendedorismo colaborativo entre as mulheres, a economia circular, os agrupamentos femininos e as confrarias, que além de negócios, geram conexão e relacionamentos. A política, ainda, permanece dominada por homens, seja nas Executivas e Diretórios dos Partidos, nos cargos Eletivos, nos cargos públicos e polí-

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ticos ou em espaços de poder fora da Política Partidária. Em períodos pré-eleitorais, partidos e seus representantes vão em busca de mulheres para comporem a nominata de candidatos às Eleições, contudo, deixam de investir a mesma energia para a formação de lideranças femininas antes do período eleitoral. Não se forma líderes mulheres nas vésperas de uma eleição. Muitos são os espaços políticos, mas poucas são as mulheres que os ocupam. De outro lado, também existem mulheres arredias à política, contudo, parte dessa resistência se dá pela falta de apoio efetivo de seus líderes políticos, seja ele partidário ou institucional. Mas mesmo diante dos desafios, as mulheres continuam rompendo e conquistando espaços, e essa é a esperança que motiva e inspira. Contudo, todas e todos devem despertar para a saúde, e não só a física, mas em especial a emocional, pois sem equilíbrio emocional homens e mulheres tendem a fracassar e a prejudicar o meio no qual convivem, mas com saúde emocional é possível ter saúde física e espiritual e promover o bem-estar comum. Então, mulheres e homens, despertem e vejam que a mulher não é uma ameaça, não quer competir ou tirar espaços, mas deseja ocupar os seus próprios espaços, pois somente com homens e mulheres, juntos, é possível construir uma família, uma sociedade social, econômica e politicamente humana, justa, produtiva e igualitária, respeitando as diferenças e as particularidades de cada um.

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PRIMEIRA PESSOA

CAPA FOTOS: MARCOS QUEROTTI

DEISI MARANATA, A DAMA DE FERRO DO RIO GRANDE Com força e coragem, a primeira-dama de Guaíba se destaca como liderança política desenvolvendo projetos sociais e políticas públicas que impactam a vida de milhares de famílias Jennifer Nunes

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PRIMEIRA PESSOA

O

CAPA

ferro é um metal importante, presente em nosso dia a dia nos mais diversos equipamentos que utilizamos e nas estruturas de prédios, pontes e cidades. É duro e resistente, mas também é maleável e dúctil (elástico, flexível, moldável).

Margareth Thatcher foi uma importante liderança política e figura representativa do que chamamos de empoderamento feminino. Ex-primeira-ministra do Reino Unido, foi a primeira mulher a receber a alcunha de “Dama de Ferro” e até hoje inspira outras mulheres a buscarem o seu espaço e a manifestarem a sua voz no cenário político. Margareth e Deisi não são iguais, mas possuem muitas semelhanças: a energia para conquistar o espaço ainda predominantemente masculino; a coragem de manifestar com força a sua voz para construir políticas públicas que signifiquem melhorias concretas na vida das pessoas; o trabalho incansável e destemido para proteger aqueles que mais precisam. Certamente, o ferro pode ser utilizado para descrever a personalidade desta mulher verdadeiramente empoderada, que coloca a sua vida à disposição para transformar a vida de milhares de pessoas. Deisi Maranata nos ensina através da sua trajetória de vida a importância de se adaptar às diferentes situações, sendo protagonista nos desafios que a vida apresenta, mantendo a força e a dureza ao lado do brilho, da suavidade e do afeto que lhes são peculiares. QUEM É DEISI MARANATA? Nas redes sociais, Deisi se apresenta nesta ordem: Primeira-dama do Município de Guaíba/RS; Casada com Marcelo Maranata; Mãe de Marcelly, Marjorie e Davi; Advogada; Empresária; Cristã. A ordem pouco importa, pois para todos estes papéis Deisi entrega o que tem de melhor. Para iniciarmos a apresentação desta

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RESPALDO Após a formação em Direito, Deisi se tornou uma advogada atuante e é especialista em Direito do Trabalho. Ao lado da sócia Scheila Stachlewski possui o escritório Silveira e Stachlewski Advocacia em Camaquã e em Guaíba. A banca de advogadas atende empresas da região e tem se destacado em âmbito estadual e nacional, colecionando títulos e premiações que respaldam o profissionalismo

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“multi-mulher” nos diversos cenários de sua vida, vamos começar falando sobre a sua verdadeira e profunda ligação com Deus. Foi na igreja, com o estudo da Palavra de Deus, que Deisi Maranata encontrou forças para ressignificar a sua história e entender o seu propósito de vida. “Deus é o alicerce de tudo. É por Ele que estamos aqui, que somos abençoados a ser agentes de transformação na vida das pessoas”, revela Deisi Maranata, que faz questão de manter a família unida através do cristianismo. Desde os 17 anos de idade, Deisi atua no Ministério da Criança na igreja que frequenta, sendo professora da classe bíblica. “A minha ligação com as crianças é muito especial e me inspira a ser uma pessoa melhor a cada dia. Quando uma criança recebe amor, acesso à educação e à saúde, ensino sobre Deus e princípios morais, estamos proporcionando a formação de um cidadão pleno, pois é na infância que iniciamos a construção do nosso caminho individual. Como reflexo colhemos uma sociedade melhor, com uma geração de mulheres e de homens preparados para serem boas pessoas e para contribuírem de forma positiva com o mundo. No entanto, para que as crianças tenham toda esta atenção, precisamos de políticas públicas realmente alinhadas ao fortalecimento das famílias e de atenção ao cidadão, entregando serviços de excelência para nossas comunidades”, defende Deisi Maranata. Não à toa iniciamos a apresentação da Deisi sob a ótica da espiritualidade. O amor e a devoção a Deus estão presentes em tudo o que faz e nos ajudam a entender o seu esforço e dedicação, especialmente como pessoa pública: “Deus é amor. O plano de Deus para nós é que tenhamos uma vida abundante, abençoada ao seu lado. Por isso levo comigo os valores e princípios da minha fé em tudo o que faço, para ser instrumento real de mudança na vida das pessoas”, conta Deisi.

PRIMEIRA-DAMA Com o gabinete aberto à comunidade, Deisi sempre está à disposição para escutar as pessoas que lhe procuram e acompanhá-las até que a sua situação seja resolvida: “As pessoas precisam de atenção e de carinho. As pessoas batem na porta de um político porque precisam de ajuda. Servir às pessoas é o que existe de mais valioso no papel de um líder. Ser líder é saber servir ao próximo, é dar solução”, conclui Deisi INSCREVA-SE

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PRIMEIRA PESSOA

CAPA

Há 23 anos casada com Marcelo Maranata (PDT), atual prefeito de Guaíba, é mãe de três filhos, Marcelly (17), Marjorie (14) e Davi (10). Perguntamos a Deisi o que significa ser mãe e esposa e o silêncio de um olhar emocionado paralisou por alguns segundos a entrevista. Ainda sensibilizada, Deisi continuou: “A minha família é o meu maior patrimônio. É onde encontro e me conecto com Deus todos os dias. Marcelo e eu somos muito unidos, entendemos que Deus nos colocou um na vida do outro para construirmos juntos um legado. E nossos filhos são uma grande benção, um amor incondicional”.

“A vida de empreendedora me ensinou na prática muitas coisas. Eu sei o que é estar atrás do balcão, pensando nos diversos problemas que precisam ser resolvidos da empresa, e ainda assim atender cada cliente com carinho e com atenção. Também aprendi desde cedo a entender o quanto os empreendedores são afetados pela política. Empreender no Brasil sempre foi tarefa difícil, nos exige além de disciplina, muita flexibilidade e criatividade para enfrentar uma economia instável e uma legislação que não contribui com o desenvolvimento dos negócios”, afirma Deisi Maranata.

Deus é o alicerce de tudo. É por Ele que estamos aqui, que somos abençoados a ser agentes de transformação na vida das pessoas

Apesar de terem uma vida agitada e uma agenda de compromissos nos três turnos, Deisi faz questão de afirmar sobre a importância da presença dos pais na vida dos filhos: “Ser mãe e ser pai é um compromisso de amor que firmamos com Deus. Fazemos questão de estarmos juntos de nossos filhos, acompanhando o desenvolvimento deles como pessoas e cidadãos. Dedicamos os sábados às nossas atividades na igreja e à família, é o nosso dia especial”. Deisi e Marcelo são naturais de Camaquã, onde se conheceram ainda na escola e enlaçaram um romance de juventude que até hoje gera frutos. Juntos se mudaram para Guaíba para cursarem o Bacharelado em Direito na Ulbra. Para se manterem independentes na nova cidade abriram uma filial da Maranata Livraria e Papelaria, empresa já estabelecida e conceituada em Camaquã, empreendimento dos pais de Marcelo. Além da papelaria, Deisi e

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Marcelo também são proprietários do Maranata Shopping, galeria de lojas comerciais no Centro de Guaíba.

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Após a formação em Direito, Deisi se tornou uma advogada atuante e é especialista em Direito do Trabalho. Ao lado da sócia Scheila Stachlewski possui o escritório Silveira e Stachlewski Advocacia em Camaquã e em Guaíba. A banca de advogadas atende empresas da região e tem se destacado no âmbito estadual e nacional, colecionando títulos e premiações que respaldam o profissionalismo da “Dama de Ferro”. E foi nas eleições de 2020 que Deisi Maranata se tornou a primeira-dama de Guaíba. Deisi nos revela como se desenvolveu a construção deste projeto que elegeu seu marido prefeito da cidade: “Lutamos muito para chegarmos ao Executivo Municipal porque queríamos devolver a Guaíba tudo o que essa terra nos proporcionou. Aqui construímos família, empreendimentos e a nossa história. Temos uma ligação de muito afeto e amor com essa cidade. Este projeto nunca foi uma vaidade ou fruto do ego, sempre foi estruturado com o compromisso de levar qualidade de vida para as pes-

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soas, gerando oportunidade de empregos e serviços públicos de qualidade. Sabemos o tamanho do desafio. Temos urgências em Guaíba que são fruto de décadas, problemas que não foram enfrentados por governos anteriores. Somos uma das dez maiores economias do Rio Grande do Sul e o nosso compromisso é de transformar a nossa Guaíba para também sermos uma das dez melhores cidades para se viver no estado. Assumi com responsabilidade e comprometimento o desafio de ser primeira-dama de Guaíba e tenho atenção especial com os projetos sociais para cuidar das famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social, com o empreendedorismo feminino e o combate à violência contra a mulher”. Com o gabinete aberto à comunidade, Deisi sempre está à disposição para escutar as pessoas que lhe procuram e acompanhá-las até que a sua situação seja resolvida: “As pessoas precisam de atenção e de carinho. As pessoas batem na porta de um político porque precisam de ajuda. Servir às pessoas é o que existe de mais valioso no papel de um líder. Ser líder é saber servir ao próximo, é dar solução”, conclui Deisi. Ao Gabinete da Primeira-dama de Guaíba estão ligados dois importantes equipamentos da Prefeitura de Guaíba: a Casa Solidária, que realiza doações de roupas e alimentos para famílias carentes, e a Coordenadoria da Mulher, que atende mulheres vítimas de violência, realiza ações de conscientização e de combate à violência doméstica e trabalha para a construção de um Centro de Referência em Atendimento à Mulher, onde as mulheres vítimas de violência terão acesso a uma série de serviços que lhes permitam reconstruir a sua história. POLÍTICA FEITA POR MULHERES Como primeira-dama de Guaíba, Deisi Maranata sugeriu ao Prefeito De Porto Alegre, Sebastião Melo, na época presidente da Granpal (Asso-


ciação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre), a criação da Coordenadoria Metropolitana das Primeiras-damas, para promover uma integração destas mulheres que são agentes sociais e desenvolvem importantes serviços em seus respectivos municípios. O fórum é atualmente presidido por Deisi Maranata, que nos conta um pouco mais do trabalho desenvolvido: “Temos uma troca significativa e importante. Em nossos encontros não falamos de problemas e sim de soluções. Trazemos convidados especiais ligados sobretudo à assistência social, à educação e à saúde. Cada município possui uma realidade, mas estamos conectadas e podemos desenvolver juntas ações e políticas públicas que impactem a vida das milhares de pessoas que vivem na Região Metropolitana de Porto Alegre”.

FAMÍLIA Há 23 anos casada com Marcelo Maranata (PDT), atual prefeito de Guaíba, é mãe de três filhos, Marcelly (17), Marjorie (14) e Davi (10): “A minha família é o meu maior patrimônio. É onde encontro e me conecto com Deus todos os dias. Marcelo e eu somos muito unidos, entendemos que Deus nos colocou um na vida do outro para construirmos juntos um legado. E nossos filhos são uma grande benção, um amor incondicional”, afirma a primeira-dama de Guaíba INSCREVA-SE

O protagonismo de Deisi Maranata chamou a atenção de importantes lideranças partidárias, que já lhe convidaram para participar de voos mais altos na política:“Eu entendo que as mulheres precisam ser representadas por outras mulheres. Nós sabemos os desafios de ser mulher em nosso Estado e em nosso País, os desafios da maternidade, as preocupações e problemas comuns que carregamos em nossas vidas. Especialmente me preocupo com os altos índices de feminicídio e de violência doméstica, e com os desafios que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho. Problemas que devem ser enfrentados por todos e não apenas pelas mulheres. Me sinto feliz pelo reconhecimento e pela lembrança de meu nome para outros desafios na política, pois é sinal que estamos lutando pelo bom combate e construindo melhorias na vida das pessoas. Estou sempre disposta para os projetos que Deus apresenta para a minha vida e creio que se Ele nos chama para a missão, Ele vai nos capacitar e nos guiar pelo melhor caminho”, finaliza Deisi Maranata, com a força do ferro, com a ternura que brilha de seus olhos e com a esperança revelada no sorriso.

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APMPA

IV FÓRUM REGIONAL DA ANPM CELEBRA OS 250 ANOS DE PORTO ALEGRE Evento, promovido pela APMPA, contou com grandes nomes do Direito Público Jennifer Nunes

P

orto Alegre recebeu, nos dias 2 e 3 de junho, o IV Fórum Regional Sul da Associação Nacional dos Procuradores Municipais (ANPM). Realizado pela Associação dos Procuradores do Município de Porto Alegre (APMPA) e organizado pela Escola Superior de Direito Municipal (ESDM), o evento jurídico comemorou os 250 anos da capital gaúcha. Ocorrendo no formato híbrido e direcionado a agentes de diferentes segmentos do Direito público, o encontro reuniu 150 pessoas, entre eles procuradores, assessores, gestores públicos, promotores de Justiça, juízes e demais interessados, abrangendo membros dos três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, prestigiou o encontro, presencialmente, na OAB Cubo. Tratando-se de um evento preparatório para o Congresso Brasileiro de Procuradores e Procuradoras Municipais de 2023, previsto para ocorrer em Porto Alegre, o IV Fórum Regional Sul da ANPM contou com renomados palestrantes. Conduzido no sentido de promover debates ligados ao Combate à Corrupção, a Reforma da Lei de Improbidade Administrativa e Acordos de Não Persecução Cível, sobre as Regras e Instrumentos para o Governo Digital - Lei nº 14.129/2021, Precedentes Judiciais e Administrativos e a Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos, destaque para os palestrantes (por ordem de conferência): Marçal Justen

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ENCONTRO ENALTECIDO O presidente da APMPA, Armando Domingues, enalteceu o significado de encontros como o realizado em Porto Alegre, pois a permanente evolução do Direito Público, decorrente destes debates jurídicos e trocas de experiências, tem como principal beneficiado o cidadão e o município

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APOIADORES O IV Fórum contou com o patrocínio da Procuradoria-Geral do Município de Porto Alegre (PGM-POA), Associação de Procuradores da Administração Direta e Indireta do Município de Canoas (APADIMC), Editora Fórum e Kia Sun Motors, e com o apoio da Associação Nacional de Procuradores Municipais (ANPM), Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Associação dos Procuradores do Município de Novo Hamburgo/RS (APMNH) e Escola Superior de Advocacia Pública da Associação dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul (ESAPERGS). Filho – Doutor e Mestre em Direito do Estado pela PUC-SP; Miguel Reale Júnior – Doutor em Direito pela Universidade de São Paulo; Douglas Fis-

cher – Procurador Regional da República na 4ª Região; Gustavo Justino de Oliveira – Doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo; Alice Voronoff – Mestre e Doutora em Direito público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Juarez Freitas – Jurista, Professor Titular aposentado de Direito Administrativo da UFRGS; Vanice Regina Lírio do Valle – Pós-doutorada em Administração pela EBAPE/ FGV; Bruno Miragem – Doutor e Mestre em Direito. Professor Associado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Alexandre Marder – Doutor em Direito Processual Civil pela UFRGS; Juliano Heinen – Doutor em Direito público pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Joel Niebuhr – Doutor em Direito Administrativo pela PUC/SP.

virtuais. Então, aos poucos, estamos retomando os encontros presenciais, o que é algo muito significativo para a troca de experiências entre os colegas. Ao mesmo tempo, desfrutamos da presença de alguns dos principais nomes do Direito público brasileiro. Além da oportunidade de discutirmos sobre temas relevantes no Direto e bastante atuais. Enfim, prestigiamos um evento muito proveitoso e também preparatório para o Congresso Brasileiro que ocorrerá no próximo ano”, ponderou Rafael Ramos. Em ocasião da cerimônia de encerramento do IV Fórum Regional Sul da ANPM, os procuradores Armando Domingues e Alexandre Marder – presidente da Associação dos Procuradores do Município de Porto Alegre (APMPA) e diretor-geral da Escola Superior de Direito Municipal (ESDM), respectivamente –, reforçando a potência e alcance do Fórum, fizeram questão de agradecer a comissão organizadora do evento pela entrega e dedicação no sentido que a oportunidade viesse a alcançar pleno êxito.

(...) prestigiamos um evento muito proveitoso e também preparatório para o Congresso Brasileiro que ocorrerá no próximo ano

Conforme salientou o coordenador do Centro de Estudos da Procuradoria-Geral do Município de Rafael Ramos Porto Alegre, procuProcurador Municipal na PGM - Procuradoria-Geral rador Rafael Ramos, do Município de Porto Alegre a realização do IV Fórum Regional Sul da ANPM foi muito importante, especialmente, por ser o O presidente da APMPA, Armando Doprimeiro grande evento que a APMPA mingues, enalteceu o significado de promove de forma presencial desde o encontros como o realizado em Porto início da pandemia. O IV Fórum oporAlegre, pois a permanente evolução tunizou o encontro de Procuradores do Direito Público, decorrente destes Municipais de várias partes do Brasil, debates jurídicos e trocas de experiênem sua maioria oriundos das cidades cias, tem como principal beneficiado o da Região Sul do país. “É sempre algo cidadão e o município, diante do fato muito relevante esse contato presende que a atuação dos Procuradores Mucial, visto que desde o início da pandenicipais se reflete em tudo que acontemia contamos com inúmeros eventos ce nas cidades.

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OPINIÃO

JOHN PETER

FUTEBOL E PAIXÃO... NEGÓCIOS À PARTE (OU NEM TANTO)

IGOR GROSS KUZE Head of Tax and Legal na Irion Advogados

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C

onfrontos, palpites, ir ao estádio... A paixão e emoção de assistir o seu time e todas essas situações que rodeiam a partida de futebol é o que mais encanta os torcedores. Agora, é preciso lembrar que, obviamente, por trás disso, há uma (enorme) estrutura a ser mantida e gerenciada para que o espetáculo possa acontecer. Recentemente, em 2021, foi aprovada a Lei n.º 14.193/2021, que introduziu a figura da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Trata-se de um tipo societário específico, que traz consigo um tratamento tributário diferenciado denominado Regime de Tributação Específica do Futebol (RTEF). Na sua essência, os clubes de futebol são associações civis sem fins lucrativos. Agora, com a introdução dessa importantíssima Lei que trouxe o instituto da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), poderá ocorrer a transformação em “clube-empresa”. Veja, com essa transformação, os clubes poderão dispor de instrumentos que uma associação sem fins lucrativos jamais desfrutaria, tais como atração de fundos de investimento e abertura de capital na bolsa de valores. Ou seja, optando pela SAF, tipo societário específico, o clube possui o objetivo de fazer, de sua atividade, um negócio lucrativo. Cabe citar o exemplo do Cruzeiro, que em dezembro de 2021, aprovou alteração no estatuto para autorizar a venda de até 90% das ações do Cruzeiro — SAF. Poucos meses depois, o ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno, concluiu a compra do Cruzeiro — SAF e se tornou dono de 90% das ações do clube. No nosso Estado, não é raro ouvir no-

tícias de clubes do interior que passam sérias dificuldades. Como é possível visualizar na consulta pública na PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional), o total da dívida dos clubes brasileiros — só perante à Procuradoria da Fazenda Nacional — já assusta. O Brasil de Pelotas, que atualmente disputa a Série C do Campeonato Brasileiro, consta com diversas dívidas em aberto com a União, as quais totalizam quantia milionária. O Lajeadense, que atualmente disputa a Divisão de acesso do Gauchão, em razão de dívidas trabalhistas, chegou a ter o leilão de seu estádio determinado pela Justiça do Trabalho (2020), para que pudesse pagar os débitos. No mesmo sentido, o Cerâmica de Gravataí, campeão da Recopa Sul-Brasileira de 2010, também teve leilão do estádio determinado e anunciado(2019), para saldar suas dívidas. Tanto o Lajeadense, como o Cerâmica, obtiveram liminar na justiça para suspender os respectivos leilões.

É claro que a SAF não é sinônimo de recuperação econômica dos clubes. Mas sim, uma opção que — se viável e bem explorado o modelo de gestão — o clube seja uma empresa lucrativa. Em verdade, é uma maneira de tornar o clube com uma gestão mais profissionalizada, diminuindo passivos, angariando recursos e estipulando visão de longo prazo. Embora não possa afirmar que um clube com altos recursos e investimentos não é sinônimo de conquistas e títulos, não se pode discordar que quando há uma boa estrutura e gestão, a tendência é acontecer bons resultados dentro de campo.

(...) é necessário que os clubes tenham um olhar atento à sua atual condição e como gerir da maneira mais eficiente para que situações como a possibilidade de ter o seu estádio leiloado para pagar dívidas possam ser evitadas

Agora, diante da situação frágil econômica de boa parte dos clubes do interior, bem como observando a possibilidade da opção pela SAF (Sociedade Anônima do Futebol), é necessário que os clubes tenham um olhar atento à sua atual condição e como gerir da maneira mais eficiente para que situações como a possibilidade de ter o seu estádio leiloado para pagar dívidas

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possam ser evitadas.

Como qualquer empresa, é fundamental que a gestão do clube — ao decidir transformar a entidade em SAF — procure estar assessorada para elaboração do plano de viabilidade econômica e jurídica, pois existem aspectos técnicos que devem ser observados para que a transição da entidade para SAF gere todos os resultados pretendidos.

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ACPA

CONHEÇA O NÚCLEO DA MULHER EMPREENDEDORA Empresárias e profissionais liberais formam um grupo que está fazendo a diferença na ACPA Jennifer Nunes

I

mulheres empresárias e uma facilitadora. O núcleo segue a metodologia do Empreender (programa da CACB em parceria com o Sebrae), e acompanha as revoluções que estão mu-

dando completamente o dia a dia das empresas, em ritmo e abrangência inéditos. As nucleadas são estrategistas, ino-

LUIS VENTURA

niciando as atividades 26 de outubro de 2017, o NuME é guiado pelo Regimento Interno elaborado pela Associação Comercial. Atualmente tem um quadro composto por

MULHERES EMPREENDEDORAS O NuME surgiu com o propósito de auxiliar no desenvolvimento de negócios das integrantes (nucleadas), e também contribuir no fomento da reflexão de melhores práticas de empreendedorismo no município

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FOTO: CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

vadoras e, acima de tudo, inquietas. O pilar principal do núcleo é o apoio a empresas e empreendedores, fazendo com que evoluam na gestão dos seus negócios, com olhar sistêmico e autossustentável através do associativismo. PRINCIPAIS REALIZAÇÕES: • Projeto “Fiquei mocinha e agora”, agora de âmbito nacional e arrecadamos mais de 5.000 absorventes para a campanha. • Realização do Evento Conexões e, anteriormente, o Giro Empreendedor que reúne mais de 50 empresárias de diversos segmentos.

LIDERANÇAS Patrícia Moura, autora do livro Gestão Estratégica Sindical Patronal e Diretora Executiva na Confederação Nacional de Serviços (CNS), também faz parte do NuME • Atuação na Campanha do Agasalho 2021 da ACPA. • Implementação do projeto de capacitações on-line em 2020 e seguindo, ao longo de 2021, oferecendo e compartilhando a expertise das nucleadas ao público, gerando desenvolvimento aos interessados e MISSÃO: Incentivar empreendedoras a se desenvolverem e potencializarem seus negócios. VISÃO: Ser referência no empreendedorismo, explorando o potencial e a expertise de cada nucleada. VALORES: Comprometimento, Ética, Transparência, Integridade, Liberdade de Expressão, Crescimento Coletivo, Responsabilidade Social, Prosperidade.

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visibilidade à ACPA. • Participação ativa em eventos ligados ao mundo dos negócios, em especial ao empreendedorismo. • Representa a ACPA nas reuniões do Conselho da Mulher da Federasul como seu Núcleo de empreendedorismo. Atualmente, o NuME é coordenado por Janaína Crespo, com a participação das seguintes integrantes: Fabiane Heinrich, Gabriela Gonçalves da Silva, Idah Teixeira da Silva, Joice Garcia, Joseane Schmitt, Karen Argenta, Kaká Cerutti, Lorilene Correa Quevedo, Lúcia Oliveira de Andrade, Lusiani Borba, Maria do Carmo Dal Pizzol, Morgana Arnhold da Rocha, Pamela Krüger, Patrícia Moura, Paula Zavareze e Samantha Flach, como facilitadora.

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Siga o NuME no Instagram: @numedaacpa

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CADERNO ESPECIAL FAMURS

GUILHERME PEDROTTI

PAULINHO SALERNO É EMPOSSADO PRESIDENTE DA FAMURS Prefeito de Restinga Sêca assume a presidência da entidade para o anuênio 2022/2023 Secom Famurs

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CADERNO ESPECIAL FAMURS

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prefeito de Restinga Sêca, Paulinho Salerno, foi empossado como presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Recebendo o cargo do prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, Salerno estará à frente da entidade durante a gestão 2022/2023, dando continuidade ao acordo firmado entre os partidos políticos.

GUILHERME PEDROTTI

Em seu primeiro discurso como presidente da Famurs, Paulinho Salerno reforçou que a inovação é um dos temas centrais de sua atuação e, acima de tudo, da gestão pública que acredita. Ele, que presidiu no último ano a Câmara Temática de Inovação da Famurs, lembrou que inovação é ferramenta de estratégia, de política, de investimento e é um instrumento aliado da boa governança. Segundo o presidente empossado, o

tema estará também na bússola de sua atuação na Casa Municipalista gaúcha. O prefeito de Restinga Sêca declarou que, assim como o trabalho realizado pela gestão anterior, a Famurs, através da Escola de Gestão Pública, irá promover as melhores ferramentas de goverDESPEDIDA DE EDUARDO BONOTTO Em seu último discurso, Eduardo Bonotto iniciou sua fala exaltando a importância do encontro para o fortalecimento do municipalismo gaúcho. Para Bonotto, este é um momento que demonstra que os gestores estão no caminho certo, trabalhando unidos e de forma respeitosa. Bonotto aproveitou a ocasião para agradecer a oportunidade de liderar a Famurs, atuando ao lado de todos os gestores e construindo em conjunto importantes pautas, mesmo diante dos desafios da retomada após uma pandemia global. Afirmou que vai

nança na gestão municipal, conferindo às prefeituras processos eficientes e transparentes. De acordo com Salerno, seu objetivo é dar continuidade ao trabalho de muito diálogo com os prefeitos e prefeitas gaúchos, tal como fez Eduardo Bonotto, com quem estabeleceu uma parceria e amizade. “As bandeiras partivoltar de cabeça erguida para São Borja, pois sabe que buscou fazer o melhor para auxiliar cada município. “Volto com um amadurecimento político e pessoal gigantesco para continuar contribuindo com a população do meu município, mas também sempre à disposição dos 497 municípios do RS e de todos os Poderes constituídos”, avaliou. Bonotto finalizou seu discurso afirmando estar feliz em passar o cargo para uma pessoa com perspicácia e capacidade para fazer um trabalho talvez muito maior do que o realizado em sua gestão.

PRESENÇA ILUSTRE A solenidade de posse foi encerrada com as explanações do governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior. Na oportunidade, o governador destacou a importância do diálogo e parceria com a Famurs e com os prefeitos gaúchos. Na foto, entre os presidentes e as respectivas esposas

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GUILHERME PEDROTTI

dárias e as diferenças ideológicas ficam para as disputas eleitorais. Na Famurs, seguiremos na busca incessante por diálogos e consensos”, afirmou. MANIFESTAÇÕES A solenidade de posse contou com importantes nomes e representações de peso para a pauta municipalista gaúcha. O primeiro a realizar sua saudação foi o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, que registrou a importância da Famurs na defesa das pautas federais e desejou uma boa gestão e continuação da parceria entre as entidades. O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), conselheiro Alexandre Postal, afirmou que o presidente Bonotto cumpriu sua missão e que Salerno terá um desafio pela frente para igualar sua gestão. Postal enfatizou que o TCE é parceiro, mas irá fiscalizar sempre que necessário e orientou os municípios para buscarem o órgão sempre quando houver dúvidas. Também se colocou à disposição para dar continuidade na parceria com a Famurs. Presente na solenidade, o defensor público-geral do Estado, Antônio Flávio de Oliveira, declarou que a partir de hoje o RS e a Famurs ficarão engrandecidos com o trabalho que será desenvolvido por Paulinho Salerno, assim como faz com Restinga Sêca. Declarou que a Defensoria Pública quer estreitar, cada vez mais, os laços com a entidade, para alargar ações, projetos e programas, oferecendo a melhor entrega, serviço qualificado e eficiente, e mudando a vida das pessoas. Também se colocando à disposição da nova presidência, o promotor de Justiça Sandro Marones enfatizou a forma republicana e democrática com que os gestores estão fazendo política, especialmente em momentos que se criam discursos contra a democracia e contra a política. Orientou Paulinho a carregar sempre os princípios da administração pública, visando a moralidade, a legalidade, a eficiência e a finalidade pública.

GOVERNANÇA O prefeito de Restinga Sêca declarou que, assim como o trabalho realizado pela gestão anterior, a Famurs, através da Escola de Gestão Pública, irá promover as melhores ferramentas de governança na gestão municipal, conferindo às prefeituras processos eficientes e transparentes A juíza-diretora do Foro da Comarca de Restinga Sêca, Juliana Tronco Cardoso, manifestou que os desafios são imensos, mas o encontro é símbolo de comprometimento dos gestores municipais com a busca responsável pela realização do interesse público. Depositou confiança na expectativa de uma excelente gestão e desejou a Salerno força, coragem e sucesso frente à Famurs. Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Valdeci Oliveira, lembrou aos presentes que já foi prefeito e sabe o quanto é importante uma gestão com oportunidades de recursos. Enfatizou serem os prefeitos que recebem cada vez mais uma carga maior de responsabilidades e menor de recursos. O deputado afirmou ser defensor do municipalismo e, em nome do Parlamento gaúcho, deseja êxito e sucesso à Salerno e à equipe. Representando a Câmara dos Deputados, o deputado federal Márcio Biolchi INSCREVA-SE

afirmou que só será possível mudar o país quando houver condições para que os prefeitos, que tratam da realidade das pessoas, tenham condições de fazer algo por elas. Declarou que está ao lado de Salerno para dar condições e ser possível atingir os objetivos em comum dos municípios gaúchos. Ainda, Biolchi afirmou que, se existe uma raiz do municipalismo brasileiro, ela está nas mãos e na história da Famurs, ao qual Salerno fará parte. A solenidade de posse foi encerrada com as explanações do governador do Estado, Ranolfo Vieira Júnior. Na oportunidade, o governador destacou a importância do diálogo e parceria com a Famurs e com os prefeitos gaúchos; fez uma breve prestação de contas, detalhando aspectos do Regime de Recuperação Fiscal e ressaltou o aporte de R$ 6,5 bilhões em investimentos com o Programa Avançar. Segundo Ranolfo, hoje o RS tem 99% de conveniamento com os municípios através do Avançar.

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CADERNO ESPECIAL FAMURS

CONSELHO ADMINISTRATIVO Confira quem são os nomes que formarão a nova diretoria da Famurs Jennifer Nunes

Paulo Ricardo Salerno MDB | Restinga Sêca

João Rudinei Sehnem MDB | Boa Vista do Buricá Amufron

Marcelo Soares Reinaldo PDT | Guaíba Granpal

Carlos Alberto Bohn PSDB | Mato Leitão Amvarp

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Sergio Antônio Lasch PTB | Lagoa dos Três Cantos Amaja

Evandro Massing

PT | Palmeira das Missões Amzop @revistaemevidencia

Mário Augusto de Freire Gonçalves PP | Dom Pedrito Assudoeste

Gilson Adriano Becker PSB | Vera Cruz Amvarp


A MAIOR POSSE DE TODOS OS TEMPOS Confira as principais imagens da posse que agitou as instalações do Recanto Maestro, em Restinga Sêca Jennifer Nunes

FOTOS: CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

PRIMEIRA FILA Vice-presidentes da Diretoria 2022/2023 aguardam a posse

TERMO DE POSSE Depois de presidir CIRC e Amcentro, Paulo Salerno chega ao seu maior momento como representante dos 497 prefeitos do RS

PRESENÇA ILUSTRE I Governador Ranolfo Vieira Jr.; presidente eleito da Famurs, Paulo Salerno; e a primeira-dama, Naiane Dotto INSCREVA-SE

PRESENÇA ILUSTRE II O diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, localizado na Cidade do Porto, António Ponte @revistaemevidencia

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FOTOS: CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

CADERNO ESPECIAL FAMURS

TRINCA DE ASES I Marco Alba, Paulo Salerno e Patrícia Alba

TRINCA DE ASES II Dra. Tânia Grigorieff; prefeito de São João do Polêsine e presidente da Amcentro, Matione Sonego; e diretora-executiva da Amcentro, Nereida Giacomini

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NO AUGE Ao lado da esposa Naiane Dotto, o prefeito de Restinga Sêca, Paulinho Salerno canta o Hino Nacional. Depois de presidir um consórcio intermunicipal e uma associação municipalista, Salerno chega ao auge de sua carreira, frente à maior associação municipalista do RS

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TODOS EM EVIDÊNCIA Da esquerda: Tiago Bock, Wilson Ferrarin, Márcio Espindola, Paulo Sérgio Pinto, Júlio Cesar Prates e Anderson Mantei

GOV RS Secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild

CNN PRESENTE Paulo Ziulkoski, presidente da entidade

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FOTOS: CHICO PINHEYRO/REVISTA EM EVIDÊNCIA

CADERNO ESPECIAL FAMURS

FAMURS EM EVIDÊNCIA Paulo Salerno e o superintendente da Famurs, Aícaro Umberto Ferrari, durante o coquetel da posse

ANA AMÉLIA LEMOS A pré-candidata ao Senado recebe o carinho do presidente da Famurs, Paulo Salerno

ENTRE AMIGOS Da esquerda: Prefeito de Marcelino Ramos, Vannei Mafissoni; primeira-dama, Silvana Mafissoni; vice-prefeito de São Jerônimo, Júlio Cesar Prates; pré-candidato ao governo do Estado, Roberto Argenta; prefeito de São Jerônimo, Evandro Heberle, e diretor da Revista Em Evidência, Lucio Vaz

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GOVERNADOR EM EVIDÊNCIA Diretor-executivo da Revista Em Evidência e do Programa Em Evidência na TV, Lucio Vaz, com o governador Ranolfo Vieira Jr.

CULTURA EM EVIDÊNCIA Mariane Marangon, diretora de Cultura de Fortaleza dos Valos; prefeita de Fortaleza dos Valos, Marcia Rossatto Fredi; e Aline Torres, secretária de Cultura da Cidade de São Paulo MDB EM EVIDÊNCIA O pré-candidato ao governo do Estado, Gabriel Souza

PAMPA DEBATES Durante a gravação do programa, realizada in loco, Paulo Sérgio Pinto e o presidente da Famurs, Paulo Salerno INSCREVA-SE

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CADERNO ESPECIAL FAMURS

SOLLOS E GUAÍBA Da esquerda: diretora da Sollos, Helen Cantelli; prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata; representante comercial da Sollos, Caroline Acosta; e primeira-dama de Guaíba, Deisi Maranata

IURA KURTZ O prefeito reeleito de Marau, que já presidiu a Ampla, recebe exemplar da Revista Em Evidência

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IBIAÇÁ EM EVIDÊNCIA O prefeito do município, Ulisses Cecchin

FAMURS EM EVIDÊNCIA Paulo Salerno, logo após assumir a entidade, visita stand da Revista Em Evidência

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BAGÉ EM EVIDÊNCIA O diretor-executivo da Revista Em Evidência e o Programa em Evidência na TV, Lucio Vaz, e o prefeito de Bagé, Divaldo Lara

PARCERIAS A secretária de Educação de Santiago, Mara Rebelo com os empresários Cristiano (gerente comercial da INCA) e Vagson Marques, da EloPontoCom

AGUDO EM EVIDÊNCIA O prefeito de Agudo, Luís Henrique Kittel; e a primeira-dama, Tanusa Dumke

ALBA E ABEL O casal Marco e Patrícia Alba, com o prefeito de Ibirubá, Abel Grave

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FAMURS EM EVIDÊNCIA I Justine Roesler, assessora administrativa, responsável pela área de eventos. Há 16 anos trabalhando na Famurs

VICE-PRESIDÊNCIA EM EVIDÊNCIA Lucio Vaz e Gilberto Batista, assessoria General Mourão

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FAMURS EM EVIDÊNCIA II Fernando Adams, assessor administrativo, há 19 anos na Famurs e há dois anos na CNM

DIRETORIA EM EVIDÊNCIA Diretor-executivo da Revista Em Evidência, Lucio Vaz; primeiradama de Mato Leitão, Vera Bohn; e o prefeito do município e vice-presidente da Famurs, Carlos Alberto Bohn @revistaemevidencia


ENCONTRO DE PRESIDENTES Paulo Salerno reencontra os ex-presidentes da Famurs, Luiz Carlos Folador e Dudu Freire

AMESNE EM EVIDÊNCIA O prefeito de Nova Prata e presidente da poderosa Amesne, Alcione Grazziotin, recebe uma edição da Revista Em Evidência das mãos de Lucio Vaz

ECONOMIA EM EVIDÊNCIA Milton Mattana, diretor-executivo da Masper Assessoria e do Instituto Masper, também palestrou no evento

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EMATER EM EVIDÊNCIA Lucio Vaz e o presidente da entidade, Edmilson Pedro Pelizari PORTO ALEGRE PRESENTE Dr. Roberto Rocha, procurador do município de Porto Alegre, prestigiando o evento

ENCONTRO DE ESTRELAS O apresentador do Em Evidência na TV, Voltaire Santos, e o apresentador do Pampa Debates, Paulo Sérgio Pinto

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ESSE CARA SOU EU? Flavio Lammel, vice-presidente e diretor de Operações e Inovação do Badesul confere matéria em que foi destaque na Revista Em Evidência


AMCSERRA Comitiva de prefeitos da Associação, prestigiando a posse dos colegas

ENCONTRO DE AMIGOS Dr. Marcos Rogério e Darlan Santos, também fizeram parte da história da Famurs

CAMPO BOM EM EVIDÊNCIA Prefeito Luciano Orsi, que já presidiu a poderosa AMVARS, prestigia a maior posse de todos os tempos na Famurs INSCREVA-SE

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CADERNO ESPECIAL FAMURS

ENTRE AMIGOS O prefeito de Dom Pedrito, Mário Augusto de Freire Gonçalves, entre o casal Patrícia e Marco Alba

MONTE BELO DO SUL O prefeito reeleito, Adenir José Dallé, que já presidiu o Cisga e Amasbi, abrilhantando o evento

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GUAPORÉ EM EVIDÊNCIA O prefeito reeleito de Guaporé, Valdir Fabris, com o diretor-executivo da Revista Em Evidência, Lucio Vaz

BARRA DO RIO AZUL O prefeito do município, Marcelo Arruda, assinante da Revista Em Evidência


CASAL DE SUCESSO Salmo Dias de Oliveira e a esposa e prefeita de Nonoai, Adriane Perin de Oliveira

PREFEITOS EM EVIDÊNCIA Prefeito do município de Lagoa dos Três Cantos e vicepresidente da Famurs, Sergio Antônio Lasch; presidente dos prefeitos emedbistas e prefeito de XV de Novembro, Guto Stolte; e o diretor-executivo da Revista Em Evidência, Lucio Vaz

TCE-RS O presidente do TCE-RS, Alexandre Postal, com os amigos Marco e Patrícia Alba INSCREVA-SE

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CADERNO ESPECIAL FAMURS

SUCESSO O programa Pampa Debates, transmitido direto do evento, foi um sucesso!

CERRO BRANCO O prefeito do município, Edson Joel, e o diretor-executivo da Revista Em Evidência, Lucio Vaz

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ASSINANTES Os assinantes da Revista Em Evidência, Paulo Sérgio Pinto e a deputada estadual, Patrícia Alba


ILUSTRES Da esquerda: presidente da Famurs e prefeito de Restinga Sêca, Paulo Salerno; primeira-dama de Restinga Sêca, Naiane Dotto; diretor comercial do Banrisul, Fernando Postal; presidente do Banrisul, Cláudio Coutinho; ex-presidente da Famurs e prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto; e a primeira-dama de São Borja, Fernanda Bonotto

MISSÕES EM EVIDÊNCIA O prefeito de São Miguel das Missões, José Roberto, e o amigo Lucio Vaz INSCREVA-SE

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OPINIÃO

ENGENHARIA DE TRÁFEGO PARA A DEMOCRATIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO

RUI PIRES CEO da RVP Tecnologia em Engenharia Ltda

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A

Precisamos repensar as questões relacionadas ao trânsito do Município para que este acompanhe o desenvolvimento tanto urbano como industrial, sem causar prejuízos a circulação e a logística, além de ser mais seguro e de acordo com as necessidades dos usuários

maioria dos municípios vem apresentando um crescimento industrial e urbano amplo, por sediar grandes fábricas e empresas. Diariamente, as cidades recebem pessoas vindas de diversas regiões, o que aumenta ainda mais o fluxo de veículos e pessoas. Realizamos diversos estudos sobre o trânsito municipal para melhorar a segurança viária. Entendemos que melhorar a sinalização viária como um todo, facilita a circulação dos usuários com mais segurança, buscando um ordenamento e reduzindo os sinistros.

intempestivas, elaboramos um trabalho técnico e especializado para realizar estudos nessa área. Queremos que as alterações, modificações e medidas sugeridas, tenham base em números reais e experiências de outros municípios. Importante é levar em conta o que é melhor para a cidade, não se preocupando com pressões ou interesses pessoais.

Importante é pensar a cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade para Pedestres

Nestes estudos que executamos com profissionais legalmente habilitados e com experiência, realizamos uma vistoria minuciosa nos diversos pontos críticos das cidades, objetivando identificar e localizar os conflitos bem como minimizar os sinistros de trânsito e a sua severidade. Faz-se necessário pensar na preservação do patrimônio tanto Municipal como também zelar pela conservação das vias urbanas, criando áreas com limitação de peso, pensando inclusive na possível construção de alternativas para o transbordo das cargas. Destacamos a importância da engenharia de tráfego para a democratização do espaço urbano e aumentar a fluidez do perímetro urbano, além de pensar na segurança dos pedestres e condutores. Precisamos repensar as questões relacionadas ao trânsito do Município para que este acompanhe o desenvolvimento tanto urbano como industrial, sem causar prejuízos a circulação e a logística, além de ser mais seguro e de acordo com as necessidades dos usuários.

As atividades propostas são diversas para elaborar um diagnóstico da realidade do trânsito urbano, tais como: coletar dados de acidentalidade nas principais vias do município; calcular a severidade dos sinistros e os custos; a velocidade de 85% dos veículos; verificar as possibilidades de implantação de ciclovias ou ciclofaixas; definição do quadrilátero central para carga e descarga; projetos de sinalização viária horizontal e vertical, traffic calming, medidas moderadoras, espaços compartilhados, estudos de impacto de vizinhança- EIV, entre outros. Importante é pensar a cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade para Pedestres. Sugerimos implantação de travessias elevadas, faixas de segurança, sinalização viária, redução da velocidade sem causar impactos, espaços compartilhados, traffic calming (tranquilização do tráfego), medidas de planejamento urbano e de tráfego, melhoria da geometria das vias, ciclovias e bicicletários, tudo para manter a boa convivência entre os usuários das vias urbanas.

Quando se trata de alterações no trânsito de uma cidade, as opiniões são divergentes e nem sempre levam em conta soluções de longo prazo. Para evitar mudanças constantes ou decisões

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@ruivoldinei, @ tecnologialtda e @ruivpiresq linkedin.com/in/rupires @ruivoldineipir1 rui pires e rui voldinei pires

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EMPRESAS RS

SOLLOS PROMOVE WORKSHOP PARA SEUS REPRESENTANTES A Sollos realizou no Plaza São Rafael, na Capital Gaúcha, o Workshop 2022 para seus representantes que irão representar os produtos do grupo em todo o Brasil

N

Jennifer Nunes

duto de alta qualidade, conferindo ainda mais segurança para os Representantes levarem um ótimo produto aos alunos das redes municipais. Depois da visita a fábrica, o grupo se direcionou ao Plaza para conhecer mais a fundo os principais produtos do Grupo Sollos. O evento foi dirigido pelo empresário Marcio Espíndola, Diretor Geral

da empresa e idealizador do evento, Segundo Marcio,” A Sollos sempre teve preocupação de levar não só apenas bons produtos, mas também propósito no seu trabalho de proporcionar soluções para a Administração Pública”. Marcio ainda agradeceu sua equipe de apoio, com destaque para a sócia do Grupo, Helen Cantelli e toda uma eficiente equipe que trabalha no escritório central em Porto Alegre.

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o mesmo modelo do que já foi realizado em 2021, a versão deste ano ganhou um dia a mais e começou com uma visita na Fábrica da NKS em Sapiranga/RS. A Sollos levou os representantes no começo da manhã para visitarem a fábrica de tênis escolar. O grupo foi muito bem recebido pelo Sr. Jorge Klein, um dos proprietários da fábrica, que apresentou pessoalmente o método de fabricação de um pro-

TUDO O QUE AS PREFEITURAS PRECISAM EM UM SÓ LUGAR Os dois dias de evento contaram com a presença e apresentação de empresários que levaram seus produtos totalmente diferenciados, oriundos das mais diversas regiões do Brasil

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MARCIO ESPÍNDOLA Modelo de negócio criado pelo empresário tem agilizado de forma exponencial, a forma de aquisição de produtos e serviços da gestão pública PARCEIRAS EM TODO O BRASIL Os dois dias de evento contaram com a presença e apresentação de empresários que levaram seus produtos totalmente diferenciados como a Budny, fábrica de Máquinas pesadas; a Digital Way com a Tela Interativa Digital, uma evolução para a Educação: Mobkits com a Robótica; 1DOC com o eficiente sistema Prefeitura sem Papel; Lanci com o mobiliário urbano em Madeira Plástica 100% ecológica; Licitocon com Assessoria Jurídica em Termos de Referência; Faculdade Polis Civita graduações, pós-graduações e extensão para

servidores públicos; Apa Business levando diversas tipos de bibliotecas para Educação Infantil e Ensino Fundamental; Dlegis um sistema para as Câmaras de Vereadores; Cidepe levou os fantásticos laboratórios de Ciências e Matemática; Elisil com os uniformes escolares e; Ecotimber que apresentou os brinquedos de madeira com base no Método Montessoriano. Entre os representantes que se somaram à equipe da Sollos, estavam presentes profissionais de diversas regiões do estado e também de fora do INSCREVA-SE

estado, como Santa Catarina, Roraima, Paraná e Amazonas. Importante ressaltar que nesse momento, foi oficializado a parceria entre a Sollos e a Phoenix que atende o setor público na região Norte do Brasil representado por Jair Neres, Renato Espirito e Weyler Melo. A Sollos segue com seu trabalho, agora com um time ainda maior, a nova equipe de representantes já estão visitando as Prefeituras munidos com materiais do que há de melhor no mercado, em se tratando de produtos para atender os municípios.

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ÚLTIMA PALAVRA

RDC TV: HÁ QUATRO ANOS CADA VEZ MAIS PERTO DE VOCÊ

E

dos por todos os meios de distribuição do nosso conteúdo.

MARCIO IRION Diretor-executivo da RDC TV

ra inverno, quando no dia 2 de julho de 2018, colocamos no ar a RDC TV, aquela que seria a primeira emissora de TV, multiplataforma e multicanal do Brasil, geradora de conteúdo regional, feita de gaúcho para gaúcho, mas com o objetivo de mostrar ao mundo tudo que o Rio Grande do Sul tem de melhor. Empreender no Brasil exige muita resiliência, foco, sabedoria e acima de tudo saúde. Foram estas características que me fizeram superar todos os desafios que se apresentaram ao longo destes quatro anos. Muitas noites sem dormir, dia após dia batendo de porta em porta para convencer empresários, diretores de agências de propaganda, gestores públicos, prefeitos, governadores e líderes empresariais que a RDC TV veio para se consolidar como um veículo relevante na produção de conteúdo televisivo e de jornalismo local. Desde o primeiro dia tracei com meu time um plano de metas claro, definimos nossos propósitos, acreditando que a RDC TV se tornará o principal player de comunicação do Rio Grande do Sul. Sabíamos que o primeiro ano seria o mais desafiador, que o segundo seria o ano para preparar e arrumar a casa, o terceiro para definir e estruturar o formato da nossa programação, e no quarto ano, a consolidação do nosso propósito com o reconhecimento do mercado e dos espectadores e seguidores espalha-

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Hoje tenho a clara percepção de que tudo que fizemos, nossos acertos e erros, serviram para nos solidificar como um Player relevante no contexto da comunicação gaúcha. Nossa empresa contribuiu com milhares de pessoas que foram convidadas a participar da nossa programação mostrando talentos da música gaúcha, artistas em geral, empreendedores de todos os setores, transmissão de eventos locais, e a mais ampla e completa cobertura dos processos eleitorais, tanto no âmbito das eleições para Governo do Estado, como para eleição dos prefeitos gaúchos. Meu maior orgulho está nas pessoas que ajudaram fazer tudo isto se tornar realidade, todos os profissionais que passaram, e que ainda estão conosco, fizeram com que um sonho se tornasse realidade, e mais, são elas as responsáveis por manter aceso o sonho de milhares de pessoas que passam pela nossa telinha. A RDC TV, é muito mais que um veículo de comunicação, é uma empresa catalisadora do bem-estar social e da cooperação solidária, e é isto que nos move. Nestes quatro anos, doamos mais de 2,5 milhões de reais e mídia para entidades como a LBV, Educandário São João Batista, Instituto da Criança com Diabetes – ICD, entre outros, tão importantes para o acolhimento de adultos e crianças necessitadas. Nosso jornalismo abordou questões de interesse público, fomos respon-

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sáveis por consolidar uma janela de debates, opinião e notícias focadas na prestação de contas dos mandatos parlamentares. Nossa emissora se consagrou por diariamente abrir espaços para que todos os representantes políticos, governadores, prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, senadores e ministros de Estado pudessem apresentar à população suas opiniões sobre temas de impacto para a população gaúcha. Nestes quatro anos, impactamos mais de cinquenta milhões de pessoas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, em mais de 90 países, pessoas que consumiram nosso conteúdo por todos os nossos canais de distribuição. Apreendemos muito, desenvolvemos e investimos na ampliação da distribuição do nosso conteúdo, potencializando nossa parceria com a Claro Brasil, em especial a Claro Net TV, Claro GPON, bem como a ampliação da nossa presença nos agregadores de programação dos ISP’s, distribuídos pelo Rio Grande do Sul. Por fim, posso afirmar que nestes quatro anos, aprendi que um veículo de comunicação entrega muito mais que retorno de vendas para nossos clientes, parceiros e anunciantes, entrega um conjunto de ações e de responsabilidade social que contribuem para o fortalecimento da sociedade, ajuda a lapidar a pedra bruta na busca de mais igualdade, e acima de tudo cria uma corrente de investimento social capitaneada pela iniciativa privada em sinergia com o poder público. E como diria Mahatma Gandhi “Quem não vive para servir, não serve para viver”.


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