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VIAGEM AO MARROCOS Faço parte da geração que usou o anel-pulseira da Jade, na época da novela O Clone, e, desde aquela época, me encantei pelo Marrocos. O sonho de conhecer o país cresceu comigo e pude realizá-lo em janeiro deste ano, quando visitei Marrakech. A intenção deste texto não é falar sobre o meu roteiro, mas incentiválo a sair da zona de conforto: visitar o Marrocos foi um choque cultural e sensorial que despertou meu interesse por culturas que antes eu não pensava em conhecer. O Marrocos é um país norteafricano, islâmico e considerado o portal do Saara. Próximo à Europa (Portugal), o que possibilita um roteiro casado. Casablanca é um hub (centro de conexões) da Royal Air Maroc, por isso muitas pessoas que estão a caminho da Europa e outros países africanos passam por lá. Na verdade, eu fui uma das poucas passageiras que ficou no país.
Bita
Celebra
Fui em janeiro, mas, sabendo que faz muito calor no Marrocos, não levei tão a sério quando vi que a previsão marcava mínima de dois graus. Realmente, pela manhã e ao entardecer, o frio era intenso. Para quem gosta de frio, o fim e início do ano são épocas boas para a visita. Para os fãs do verão, entre junho e agosto faz um calor inacreditável.
ele ter sido o último proprietário do imóvel, junto com seu companheiro Pierre Bergé, ao lado do jardim, está o Museu Yves Saint Laurent, inaugurado no fim de 2017, que exibe fotos, criações e até um documentário sobre o designer, contando sua trajetória. Um programa que encanta até quem não sabe muito sobre moda. Hospedei-me em um riad, que é uma típica residência marroquina, podendo ser uma casa simples ou até um palácio. Muitas dessas residências funcionam hoje como hotéis, vale a pena conhecer! O que fiquei está localizado na Praça Jemaael-Fna, que é outra experiência em particular, com todo o exotismo que a envolve. Lá você encontra desde barraquinhas vendendo suco de laranja até encantadores de serpentes.
A culinária marroquina leva muitas especiarias e azeite de oliva. Jantei em restaurantes incríveis, como o ComptoirDarna, de comida típica, com show de dança do ventre, e o BôZin, um bar incrível de comida asiática, que é parada obrigatória. Engraçado que lá é permitido fumar dentro dos restaurantes, sobretudo os narguilés, que fazem parte dos costumes da cultura islâmica.
A pergunta que mais ouço é sobre a segurança. Em nenhum momento me senti ameaçada. Claro que os olhares masculinos infelizmente acontecem, mas eles não abordam. Acho esse tipo de assédio, no Brasil, muito pior. As mulheres precisam evitar roupas decotadas, justas e curtas, mas tenho amigas que visitaram o país em grupos só de mulheres e não tiveram nenhum problema. O importante é ter um guia.
Uma coisa que recomendo, sem dúvidas, é conhecer o JardinMajorelle. A história da casa e do jardim é muito especial e envolve um dos grandes nomes da história da moda, meu estilista preferido, Yves Saint Laurent. Por
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O Marrocos desperta todos os nossos sentidos e tudo lá é muito intenso. Os cheiros, sabores, cores e texturas ficam marcados na memória. Voltei para casa com o desejo de um dia voltar para explorar as outras cidades do país, mas viagem boa é assim! Como diriam os marroquinos, Salaam Aleikum, ou então, que a paz esteja sobre vós.