pessoa consiga o que deseja. O entrechoque de vontades, as posições contrárias são o que movem uma história. A tensão surge das forças opostas e a peça mostra como esse conflito é vivido e eventualmente resolvido. (SCHEFFLER, 2018, p. 34).
O gênero dramático foi escolhido, pois era o que melhor se encaixa na narrativa do nosso tema, como iremos tratar um tema muito deliciado, iremos incorporar nas falas dos personagens uma linguagem mais dramática e incisiva para demostrar aos ouvintes que um bom drama não é só algo que conseguimos ver pela linguagem corporal e sim algo que podemos sentir apenas ouvindo. O drama está em nossas vidas todos os dias, não é algo que somente vemos e ouvimos em palcos, áudios e vídeos, é algo que já foi incorporado em nosso cotidiano.
2.2.
AUDIODRAMA
Como diz Guarinos (2009), o termo audiodrama vem sendo adotado no sentido em que atualmente muitos formatos de ficção são emitidos pela internet, não apenas pelo rádio. Audiodrama também é conhecido como drama radiofônico ou radiodramaturgia, visto que o formato se originou por este meio. A radiodramaturgia nasce já nos primeiros anos que o rádio se estabelece como um meio de comunicação de grande importância, pois é nele que temos umas das principais características fundamentais do rádio, a sensibilidade, uma vez que transmitimos histórias que podem aumentar a imaginação dos ouvintes (ANTÓN, 2011) e, consequentemente, é onde temos a capacidade de captar o rádio mais expressivo. Assim como Balsebre define a linguagem radiofônico como: O conjunto de formas sonoras e não sonoras representadas pelos sistemas expressivos da palavra, da música, dos efeitos sonoros e do silêncio, cuja assinatura vem fornecida pelo conjunto dos recursos técnicos / expressivos da reprodução sonora e o conjunto de fatores que caracterizam o projeto de percepção sonora e imaginativo-visual do ouvinte (BALSEBRE, 2005, p.329).
O drama radiofônico propagou-se como sendo um radioteatro que "pode ser definido como uma série de cenas e sequências, com diálogos, descrições e elementos radiofônicos que contam uma história" (UDO, 2013, p.2), e tem em linguagem radiofônica a predominância de redundâncias, ruídos, efeitos, silêncio, trilhas sonoras, com uma locução bem estruturada e equilibrada (UDO, 2013). Ambos os meios portanto, tem a ação como mote de sua realização. Resta encontrar uma especificidade de cada um. Podemos começar a definir a ação sonora como aquela que resulta em um acontecimento sonoro.
24