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2.6.3. Assédio Moral No Relacionamento
Situação mais habitual. Trata-se de um comportamento no qual a pessoa que detém o poder, através de depreciação, falsas acusações, insultos e ofensas, mina a esfera psicológica do trabalhador assediado para se destacar frente a seus subordinados, para manter sua posição hierárquica. Pode também tratar-se simplesmente de uma estratégia empresarial cujo objetivo e forcar o abandono “voluntario” de uma determinada pessoa sem recorrer a sua demissão legal, já que não haveria justificativa objetiva para tal, o que acarretaria custos econômicos para a empresa. (GUIMARÃES, RIMOLI, 2006, p.187).
No drama biográfico “O Escândalo” (2019), é possível ver um exemplo de assédio moral praticado por chefes da empresa para tirar vantagem das funcionárias por estarem em menores níveis hierárquicos. No drama, são retratados casos de abuso que ocorreram na emissora Fox e a manipulação dos superiores para que os funcionários não sujassem a imagem da empresa. Situações assim são extremamente frequentes no mercado de trabalho, e isso pode ser visto na pesquisa feita pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (NUBE), onde, entre 4.909 entrevistados com as idades entre 15 e 26 anos, 49,52% deles já passaram por hostilidades no ambiente de trabalho, sendo que 9,7% afirmam que o mobbing ocorre principalmente entre os colegas mais próximos. O mobbing é algo que sempre esteve muito presente no ambiente de trabalho, mas que só está recebendo a devida atenção sobre sua gravidade nos últimos anos, principalmente com a ascensão do movimento Times Up/ Me Too, que trouxe conscientização para o assunto que infesta diversos ambientes laborais.
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2.6.3. Assédio Moral No Relacionamento
Como parte do ciclo da vida das pessoas, temos a necessidade sentimental de afeto e nisso precisamos nos relacionar romanticamente com outra pessoa, mas ás vezes, o relacionamento com outro individuo pode ser tóxico, assim caracterizando o abuso psicológico no relacionamento. O abuso moral no relacionamento é o tipo de assédio que ocorre de forma sutil, por não se apresentar por meio de atitudes muito explícitas. O abusador possui a tendência de empurrar a culpa de suas ações para a vítima e fazer com que ela se sinta inferior e insignificante se não estiver com ele no relacionamento. Ele costuma transferir a responsabilidade de suas ações para a parceira, além de aumentar a gravidade dos erros que ela possa cometer, e nunca sentir remorso pelo que faz.
...Assim, as mulheres tendem a estar menos satisfeitas junto de companheiros com padrão de vinculação “evitante”, porque estes denegam 42