o que era o meu maior medo, ou seja, o medo de não conseguir levar nos diálogos os sentimentos e a compreensão que o tema do trabalho precisava. Depois de gravarmos todo o projeto, iniciamos a fase final, que é a edição. Realizei a montagem junto com a Isabela, o que foi um pouco complicado por estar sendo feito online por chamada de vídeo, mas conseguimos realizar e acompanhar o Airton, que fez toda a ambientação e sonoplastia. As orientações com o professor Alexandre Henrique nos ajudaram muito na execução do áudio. Todas as dicas, sugestões e confiança que ele nos deu foram imprescindíveis para tudo correr bem. Por fim, concluo que o “Qualquer Coisa me Liga!” foi o projeto mais desafiador que realizei na minha graduação, porém foi o mais gratificante e o que me trouxe mais ensinamentos.
Isabela Soares (Roteiro, Produtora Executiva, Montadora e Sonoplasta). Chega a reta final da graduação, o último e mais desafiador momento desses
quatro anos. Ao longo desses anos, houve diversos altos e baixos, e, no processo da execução do TCC, me vi acompanhada pelo Airton e a Gabrielly, as melhores pessoas que eu poderia ter escolhido para produzir esse audiodrama. Sou extremamente grata por ter eles na produtora porque, sem eles, o “Qualquer Coisa Me Liga” não seria o mesmo. Uma das primeiras funções pelas quais fui responsável foi a de roteirista. Já que foi decidido que eu elaboraria o roteiro, durante a concepção da fundamentação teórica, fiquei encarregada com a pesquisa do tema de abuso psicológico para que pudesse entender melhor e me aprofundar no assunto. Com isso, pesquisei diversos artigos de psiquiatras especialistas no assunto, além de procurar projetos do audiovisual que retratassem o abuso psicológico para entender como era representado o tema em filmes e podcasts. No processo de escrita, quis criar o ponto de vista da Alice desconfiando do relacionamento de sua amiga, Lívia, com o Enzo por não considerá-lo saudável, com Lívia não percebendo isso por conta de estar apaixonada. Com essa ideia em mente, comecei a criar situações de abuso psicológico que começavam mais sutis e escalavam de intensidade gradualmente. Mas eu ainda tinha dificuldade de escrever os personagens e suas personalidades, 103