Meu Itinerário Espiritual, vol 2 - Plinio Corrêa de Oliveira

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como “escravos de amor”, dentre os sócios e cooperadores da TFP de então. Tais considerações levaram, em 1967, certo número de sócios e cooperadores da TFP, que habitualmente renovavam sua consagração de “escravos de amor à Santíssima Virgem”, a pedir ao Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, insigne fundador da entidade e exímio presidente do seu Conselho Nacional, a aceitar que nas mãos dele se consagrassem à Mãe de Deus. Por este modo entendiam razoavelmente afirmar que todos os labores e sacrifícios que o mais alto dirigente da pugna anticomunista lhes indicasse como necessários para seu crescimento na devoção à Santíssima Virgem, e no serviço d’Ela, na atuação desenvolvida pela TFP contra a Revolução igualitária e gnóstica e comunista, eram para eles decorrência da sua consagração segundo os escritos de São Luís Maria Grignion de Montfort. Tratava-se, portanto, de uma consagração como escravos de Maria Santíssima, feita nas mãos do Dr. Plinio. Escravidão, já se vê, toda ela substancialmente no sentido religioso e espiritual em que o Santo francês emprega o termo. Por analogia a esta escravidão – obviamente toda ela religiosa e espiritual, convém talvez repetir – a consagração como escravo de Maria nas mãos de Dr. Plinio importava em constituir entre ele e quem se consagrava a Maria nas mãos dele, uma situação que, na perspectiva do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” de São Luís Maria Grignion de Montfort, podia denominar-se de senhor-escravo. Mas esta escravidão importava numa suma liberdade. Foi o que aliás salientou, com clareza e precisão, S.S. João Paulo II, o qual, interrogado a respeito pelo conhecido escritor André Frossard, assim se exprimiu sobre a “sagrada escravidão” a Maria Santíssima: “Escravidão: a palavra pode chocar nossos contemporâneos. Por mim, não vejo nela nenhuma dificuldade. Penso que se trata de uma espécie de paradoxo, como frequentemente se encontra nos Evangelhos, significando as palavras ‘santa escravidão’ que nós não poderíamos realizar mais profundamente nossa liberdade, o maior dos dons que Deus nos tenha feito. Porque a liberdade se mede pelo amor do qual somos capazes. Continua na próxima página

5ª PARTE – FUNDADOR DE UMA FAMÍLIA DE ALMAS ... 219


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“As vozes não mentiram”

12min
pages 238-254

A graça de Genazzano

7min
pages 234-237

O temor martirizante de não estar correspondendo ao chamado de Nossa Senhora

5min
pages 228-230

A paternidade espiritual do fundador

8min
pages 222-227

O receio de ter seguido uma via não desejada por Nossa Senhora

6min
pages 231-233

Consagração a Nossa Senhora nas mãos do fundador Adendo do compilador

3min
pages 220-221

Os discípulos devem discernir o “unum” do espírito do fundador

8min
pages 215-219

O fundador deve ser um símbolo vivo de sua obra

3min
pages 213-214

Pela originalidade de seu carisma, o fundador tem que ser seu próprio formador

5min
pages 210-212

O modo de fazer a ação de graças após a recepção da Sagrada Comunhão

6min
pages 206-209

A desconfiança e a severidade em relação a si mesmo

5min
pages 186-188

O espírito de sacrifício até o holocausto e o desejo de reparação

7min
pages 189-192

a combatividade contra-revolucionárias

16min
pages 177-185

O modo de rezar e pedir

1min
page 201

A atitude diante de Deus e de Nossa Senhora

8min
pages 202-205

O amigo da Cruz que se prepara para carregá-la prevendo a dor

9min
pages 193-197

O senso da honra católica

5min
pages 174-176

A reversibilidade do “tal enquanto tal”

5min
pages 171-173

A procura do sublime e do sacral

13min
pages 164-170

O espírito aristocrático

3min
pages 147-148

A “luz primordial” resumitiva

3min
pages 160-161

A combatividade cavalheiresca

6min
pages 149-152

Os componentes essenciais desse “unum”

3min
pages 139-140

A castidade

1min
page 146

A robustez da Fé

9min
pages 141-145

A pedra angular do amor à grandeza

5min
pages 157-159

A identificação com a Contra-Revolução

7min
pages 134-137

O “unum” da alma de quem foi chamado a simbolizar a Contra-Revolução

1min
page 138

Papel do filão “eliático” na história

3min
pages 125-126

O reconhecimento do caráter profético dessa missão

8min
pages 127-131

“Pater et dux” dos contra-revolucionários

3min
pages 123-124

Entusiasmo pelo Profeta Elias e o zelo pela causa de Deus

10min
pages 118-122

Devoção a Nossa Senhora do Carmo

1min
page 117

O receio de ter que assumir a liderança da Contra-Revolução

1min
page 111

Uma vocação contra-revolucionária

1min
page 108

O lírio nascido do lodo, durante a noite e sob a tempestade

7min
pages 104-107

O anseio por um líder contra-revolucionário

3min
pages 109-110

Novamente escrúpulos e a provação axiológica

5min
pages 101-103

A pior provação: ser perseguido por aqueles mesmos que se quis servir

5min
pages 98-100

O “grupinho do Plinio”: Jó em cima do monturo

2min
page 97

A degringolada como vingança pelo livro “Em Defesa da Ação Católica”

5min
pages 94-96

da Ação Católica de São Paulo

3min
pages 92-93

O encontro do equilíbrio

1min
page 89

Um lenitivo: a leitura do “Livro da Confiança”

9min
pages 84-88

Um novo e elevado patamar após a leitura do “Tratado da Verdadeira Devoção” e a consagração a Nossa Senhora como escravo de amor

8min
pages 69-73

Firma-se o ideal de dedicação integral pela opção do celibato – Choque com um veio de mediocridade no seio das Congregações Marianas

6min
pages 74-77

O combate ao orgulho

5min
pages 66-68

Os frutos da leitura do livro “A alma de todo apostolado”

5min
pages 63-65

Um quiproquó a partir da leitura da “História de uma alma”

2min
page 83

A leitura da “História de uma alma” e a aspiração à santidade

3min
pages 61-62

A provação de crer-se obrigado a abandonar, por obediência ao Papa, as convicções monárquicas e ter que aliar-se à República

8min
pages 55-58

Algumas consolações que sustentaram Dr. Plinio nesta travessia

1min
page 28

com a superficialidade e a brincadeira

6min
pages 17-19

A ruptura definitiva com o mundo revolucionário

9min
pages 38-42

Algumas renúncias fundamentais

1min
page 46

A terrível cruz da incompreensão e do isolamento total

12min
pages 20-26

A ascese para afirmar sua varonilidade sem transformar-se num “Esaú”

2min
page 27

Desenvolvimento da vida de piedade

4min
pages 44-45
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