Meu Itinerário Espiritual, vol 2 - Plinio Corrêa de Oliveira

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inferno estremecerão, e quando transpusermos os umbrais celestes, nessa imensa sala do trono que é o Céu, onde a Rainha do Céu e da Terra afavelmente nos acolherá, possamos ouvir: “Meu filho, lutastes por mim, entra na glória de Deus!”297 “Pater et dux” dos contra-revolucionários Santo Elias foi um homem inteiramente fiel à velha tradição hebraica e completamente rompido com o reino de Israel no seu tempo. Neste reino de Israel havia, ao pé da letra, os judeus revolucionários, que eram aqueles que adoravam Baal – um ídolo, um demônio – e seguiam os seus sacerdotes. E seguiam também aqueles reis péssimos, prevaricadores. Havia, depois, os judeus que eram semi-contra-revolucionários, e que se deixavam influenciar pela tonitruância totalmente contra-revolucionária de Elias. Não havia, entretanto, um sinal sequer de uma corrente de opinião pública a favor de Elias. Ele aparecia de vez em quando, tonitruava, e uma parte daqueles que não estavam completamente na mão do demônio recuavam e melhoravam. Mas uma corrente organizada não havia. Ele recrutou discípulos para saírem com ele de dentro desse contexto e agir de fora para dentro no contexto, tais como Eliseu e os discípulos que vieram depois dele, até São João Batista. Eram da escola eliática, cujas características são: Primeiro, ser diferente do ambiente revolucionário; segundo: ser tão diferente, que não se identifica com nenhuma outra corrente; terceiro: por causa disso, sair do contexto; quarto: por causa disso, também, tonitruar e evitar a derrocada final; quinto: igualmente por causa disso, fazer uma instituição dos que saíram com ele e agir de fora para dentro. Essas são as características de Santo Elias. É só reler a vida dele para constatar. É tão parecido com a TFP, que a diversidade é só num ponto: a missão de Elias não era salvar a nação de Israel, foi de salvar alguns para que se conservasse o mínimo de fiéis para que Nosso Senhor pudesse nascer da nação de Israel e houvesse alguns que O seguissem depois. Conosco é de algum modo uma coisa diferente, porque a sinagoga ia morrer e a Igreja é imortal. Portanto, servimos a Igreja sabendo que Ela não morre, e que Ela continuará, salvando-se aqueles que os castigos previstos em Fátima pouparão, e que vão constituir as pedras vivas do Reino de Maria. Essa é a enorme analogia. 297 SD 20/7/91 122

MEU ITINERÁRIO ESPIRITUAL


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“As vozes não mentiram”

12min
pages 238-254

A graça de Genazzano

7min
pages 234-237

O temor martirizante de não estar correspondendo ao chamado de Nossa Senhora

5min
pages 228-230

A paternidade espiritual do fundador

8min
pages 222-227

O receio de ter seguido uma via não desejada por Nossa Senhora

6min
pages 231-233

Consagração a Nossa Senhora nas mãos do fundador Adendo do compilador

3min
pages 220-221

Os discípulos devem discernir o “unum” do espírito do fundador

8min
pages 215-219

O fundador deve ser um símbolo vivo de sua obra

3min
pages 213-214

Pela originalidade de seu carisma, o fundador tem que ser seu próprio formador

5min
pages 210-212

O modo de fazer a ação de graças após a recepção da Sagrada Comunhão

6min
pages 206-209

A desconfiança e a severidade em relação a si mesmo

5min
pages 186-188

O espírito de sacrifício até o holocausto e o desejo de reparação

7min
pages 189-192

a combatividade contra-revolucionárias

16min
pages 177-185

O modo de rezar e pedir

1min
page 201

A atitude diante de Deus e de Nossa Senhora

8min
pages 202-205

O amigo da Cruz que se prepara para carregá-la prevendo a dor

9min
pages 193-197

O senso da honra católica

5min
pages 174-176

A reversibilidade do “tal enquanto tal”

5min
pages 171-173

A procura do sublime e do sacral

13min
pages 164-170

O espírito aristocrático

3min
pages 147-148

A “luz primordial” resumitiva

3min
pages 160-161

A combatividade cavalheiresca

6min
pages 149-152

Os componentes essenciais desse “unum”

3min
pages 139-140

A castidade

1min
page 146

A robustez da Fé

9min
pages 141-145

A pedra angular do amor à grandeza

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pages 157-159

A identificação com a Contra-Revolução

7min
pages 134-137

O “unum” da alma de quem foi chamado a simbolizar a Contra-Revolução

1min
page 138

Papel do filão “eliático” na história

3min
pages 125-126

O reconhecimento do caráter profético dessa missão

8min
pages 127-131

“Pater et dux” dos contra-revolucionários

3min
pages 123-124

Entusiasmo pelo Profeta Elias e o zelo pela causa de Deus

10min
pages 118-122

Devoção a Nossa Senhora do Carmo

1min
page 117

O receio de ter que assumir a liderança da Contra-Revolução

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page 111

Uma vocação contra-revolucionária

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O lírio nascido do lodo, durante a noite e sob a tempestade

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pages 104-107

O anseio por um líder contra-revolucionário

3min
pages 109-110

Novamente escrúpulos e a provação axiológica

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pages 101-103

A pior provação: ser perseguido por aqueles mesmos que se quis servir

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pages 98-100

O “grupinho do Plinio”: Jó em cima do monturo

2min
page 97

A degringolada como vingança pelo livro “Em Defesa da Ação Católica”

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pages 94-96

da Ação Católica de São Paulo

3min
pages 92-93

O encontro do equilíbrio

1min
page 89

Um lenitivo: a leitura do “Livro da Confiança”

9min
pages 84-88

Um novo e elevado patamar após a leitura do “Tratado da Verdadeira Devoção” e a consagração a Nossa Senhora como escravo de amor

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pages 69-73

Firma-se o ideal de dedicação integral pela opção do celibato – Choque com um veio de mediocridade no seio das Congregações Marianas

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pages 74-77

O combate ao orgulho

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pages 66-68

Os frutos da leitura do livro “A alma de todo apostolado”

5min
pages 63-65

Um quiproquó a partir da leitura da “História de uma alma”

2min
page 83

A leitura da “História de uma alma” e a aspiração à santidade

3min
pages 61-62

A provação de crer-se obrigado a abandonar, por obediência ao Papa, as convicções monárquicas e ter que aliar-se à República

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pages 55-58

Algumas consolações que sustentaram Dr. Plinio nesta travessia

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page 28

com a superficialidade e a brincadeira

6min
pages 17-19

A ruptura definitiva com o mundo revolucionário

9min
pages 38-42

Algumas renúncias fundamentais

1min
page 46

A terrível cruz da incompreensão e do isolamento total

12min
pages 20-26

A ascese para afirmar sua varonilidade sem transformar-se num “Esaú”

2min
page 27

Desenvolvimento da vida de piedade

4min
pages 44-45
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