pessoal como na esfera profissional (entre colegas; gerentes, funcionários e clientes; pacientes e profissionais da saúde, professores e alunos, patrões e empregados). Além das razões já mencionadas acima, encontramos também uma demanda cada vez mais forte pelo respeito aos direitos individuais, à liberdade de expressão e à crítica das figuras de autoridade tradicionais. Todo mundo quer ser ouvido, respeitado, levado em consideração e exige a exemplaridade das elites. Cada um tem agora acesso fácil a todas as informações (e, por vezes, a toda desinformação!) do mundo e considera ter tanta legitimidade quanto os profissionais para expressar sua opinião sobre diferentes assuntos da atualidade. Outro (macro)fator importante é a aceleração social do tempo8 que gera ansiedade e impaciência generalizadas, provocando condições adversas a uma gestão apaziguada dos conflitos. De certa forma, isso tudo é positivo e ao mesmo tempo, preocupante: não existe mais verdades estabelecidas e definitivas. No entanto, esses fenômenos geram um novo tipo de sociedade onde a angústia e o estresse afetam significativamente os sujeitos e onde situações tensas e rivalidades surgem, que podem se tornar conflitantes. Se não forem bem tratadas, essas situações podem enfraquecer, ou mesmo prejudicar, a convivência e os vínculos entre as pessoas, gerando uma perda de respeito mútuo, de comprometimento e confiança, aumentando ainda mais o desânimo e até o desespero. É preciso agir! E existem propostas para isso!
8
Estudada e teorizada pelo sociólogo alemão Hartmut Rosa (2019).
11



