Revista TRIUNFO - Nº 74

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Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus

Província Brasileira Clélia Merloni

Publicação Semestral

Ano XXXI – nº 74

Janeiro/Junho - 2023 - Curitiba – PR

Superiora Provincial:

Ir. Marinês Tusset

Editorial e revisão:

Ir. Maria Vilma Ravazzoli

Jornalista:

Ir. Sandra Mara Ribas Machado MTB 12302/PR

Fotos:

Adobe Stock e Banco de Imagens das ASCJ

Colaboradores desta edição: Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus e Amigos

Editoração: TURBO Ideias Potentes

Impressão: Maxigrafica

Tiragem:

2.550 exemplares - Circulação dirigida impressa e digital.

Para cópia e publicação, favor entrar em contato.

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TRIUNFO do Coração de Jesus

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O SEMEADOR SAIU A SEMEAR

Ao lermos o Evangelho, podemos perce ber como Jesus vai formando seus discípulos e preparando-os para a missão. No capítulo 13 de Mateus, nos deparamos com a parábola do semeador, onde Jesus exorta sobre a importância de ouvir, acolher e fazer frutificar a Palavra do Reino.

É interessante perceber que Jesus começa dizendo que o semeador saiu a semear e as sementes caíram em terrenos diversos. Esses terrenos são o terreno de nossos corações, por isso Jesus nos convida a rever como acolhemos e ouvimos a Palavra de Deus. Uma parte caiu ao longo do caminho , ou seja, na superfície, onde o vento, os pássaros, podem levá-la ou até mesmo os transeuntes pisoteá-la. Significa que muitas vezes ouvimos a Palavra desatentos, e não dedicamos tempo para aprofundá-la e assim qualquer ideia, convite que vem do maligno nos rouba esta Palavra.

Outra parte caiu entre os espinhos . Ela até tentou nascer, mas os espinhos a sufocaram. Hoje estamos cercados de contra valores que nos enganam e se apresentam como um “Bem” e muitas vezes criam conflitos interiores. Estamos rodeados pela tentação da riqueza, de apoiarmo-nos nos bens materiais, pela mídia que quer nos introjetar inverdades, pela sedução do mais fácil e prazeroso. No entanto, a Palavra de Deus que foi semeada em nossos corações vai sendo sufocada e dando espaço para o que não nos faz felizes.

Não menos preocupante é a semente que caiu entre as pedras , quando começou a germinar, o calor do sol a atinge e a murcha. Vivemos em um tempo onde a maioria das pessoas não cultiva raízes, talvez seja o medo de confrontar-se com a verdade e comprometer-se, pois, a Palavra de Deus exige mudança e conversão a cada dia.

Mas, Jesus termina a parábola dizendo que outra parte caiu na terra boa produzindo frutos. É o coração de quem se deixa transformar, modelar, que acolhe a Palavra e cresce em sabedoria e graça. É o coração de quem não se deixa enganar pelas tentações do inimigo, que escolheu Deus acima de tudo, que se sente amado por Ele e vive segundo sua Palavra e seus ensinamentos.

Prezado(a) leitor(a), neste ano em que nosso Instituto instituiu o Ano dedicado à Evangelização, convido você a rever o terreno de seu coração para que possa acolher com alegria e gratidão a Palavra de Deus, mas também a estar atento(a) aos apelos do Senhor que lhe envia para ser semeador(a) do bem, da justiça, do amor, da fraternidade. Não tenha medo de lançar a semente. Deus quer que todos nós sejamos semeadores do seu infinito Amor. Coloque-se a caminho e semeie sempre...

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MENSAGEM - SUPERIORA PROVINCIAL

Editorial

Caros leitores, Revista Triunfo do Coração de Jesus, em sua 74ª edição, oferecelhes reflexões indicadas nas temáticas Espiritualidade, Evangelização, Vocação e Testemunhos de graças alcançadas por intercessão da Bem-Aventurada Clélia Merloni.

Inspirado pela temática do Ano Cleliano de Evangelização – Eis que o Semeador saiu a semear (Mt 13,3) – o Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus tem motivado as pessoas que compartilham da missão e do carisma da Bem-Aventurada Clélia Merloni a semearem as boas sementes onde se encontram.

Temos inúmeras ocasiões para sermos semeadores das sementes do diálogo, da tolerância, da ternura, da paz e de tantos outros dons que nossa humanidade carece para ser mais serena e feliz. Cabe-nos a coragem para escolher e perseverar nas boas ações, as quais nos desafiam para sairmos de nosso comodismo e de nossa indiferença diante de realidades que gritam por nós.

A Bem-Aventurada Clélia Merloni, em seu Diário (p. 196) se expressa “Jesus me faz compreender que o bem que recebi de Deus me é dado em empréstimo. Ele deve servir para a glória de Deus e não para a minha glória; porque a glória pertence a Ele só e é sua propriedade exclusiva [...]”. Quando temos consciência da gratuidade do amor de Deus em nossa vida, colocamo-nos à sua disposição no serviço generoso e desinteressado aos irmãos, evangelizamos com nosso testemunho, mesmo sem proferir uma só palavra. Podemos “fazer o bem sempre: com o exemplo, com a palavra e com a oração”, como nos convida Madre Clélia.

Que nosso campo de missão seja fecundo de sementes e de frutos, e que os alimentos da fé e da partilha nunca faltem em nossas relações.

Fiquemos sob as bênçãos do Sagrado Coração de Jesus e da Bem-Aventurada Clélia Merloni!

ESPIRITUALIDADE

• O Coração de Jesus, o Pão da Vida.

• Fraternidade e Fome.

EVANGELIZAÇÃO

• Ano Cleliano de Evangelização.

• Apóstolas do SCJ no Santuário Cristo Rei, em Portugal.

VOCAÇÃO

• O chamado que Deus nos faz.

• O processo de discernimento.

INTERCESSÃO DA BEM-AVENTURADA CLÉLIA MERLONI Testemunhos de graças alcançadas.

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A Sumário
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O Coração de Jesus, o pão da vida

Foi numa ceia, refeição, festa de despedida que Jesus pelo seu imenso amor por nós encontrou um jeito simples, humilde e profundo para conosco ficar. Sacramentalmente, transformou seu corpo e sangue em Eucaristia. Sim, quem ama sempre quer estar perto da pessoa amada e com a pessoa amada agradecer ao Pai do céu seu imenso amor redentor. Assim foi com Jesus!

Na sua imensa misericórdia quis resgatar-nos do pecado, se fez um de nós e ensinou-nos a amar à maneira do verdadeiro amor, infinitamente. E de tal maneira amou-nos que, não bastando como Deus, descer ao mundo, humano como nós, fez do seu corpo e sangue, sua humana divindade, alimento para a vida eterna, Pão da Vida. Entregou-se na cruz por nós e se faz presente todos os dias nos altares como Pão que nos alimenta e sustenta na caminhada rumo ao céu, Pão da Vida!

Encontramos no capítulo 6 do Evangelho de São João a afirmação de Jesus: “Eu sou o pão da vida, aquele que vem a mim não terá fome” (6,35). Compreende-se neste versículo bíblico que Jesus é essencial para nossas vidas. Somente Ele nos sacia e nos dá a vida que perdura até a eternidade, porque Ele, Jesus, Pão dado em sacrifício é quem satisfaz o espírito e a ânsia do ser humano na busca de si mesmo e de sentido para sua existência. Jesus veio trazer o alimento para a alma humana. Ele é o pão sem o qual o ser humano não pode viver.

Jesus é humilde de Coração, o Pão de Deus, criador e fonte da Vida, Ele é o Pão da Vida Eterna que sacia todas as fomes. “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim já não terá fome e quem crê em mim jamais terá sede” (Jo 6,35). Nesta expressão de Jesus temos o primeiro pronunciamento de Jesus que evoca o nome divino revelado a Moisés em Êxodo 3,14 “Eu Sou” e nos fala da ação salvadora de Jesus entre os homens. Jesus é o pão da vida, ... a ressurreição e a vida ... (Bíblia Sagrada, Vozes, 1983, p.1281). Ele é o Pão da vida, proporciona a comunhão do nosso espírito com o Salvador e desta forma, cada vez que o cristão se aproxima do banquete eucarístico, dá um passo a mais para a comunhão eterna e definitiva com o Senhor.

Naquela ceia, refeição, festa de despedida, Jesus se dá sacramentalmente, o que no dia seguinte se realizará no sacrifício da cruz – Jesus morre. Morte gloriosa e fecunda, revelação do infinito amor divino pela humanidade que nos abraça misericordiosamente, revelando-nos o Coração do Pai, o sentido redentor da misericórdia e o dinamismo da esperança, pois ao dar-se em alimento, Pão da Vida, nos dá a vida eterna gratuitamente, perdoando-nos de modo infinito e definitivo. É a maior prova de amor de um Deus apaixonado pela sua criatura, dá a vida e a sustenta no caminho da Ressurreição, da Vida Nova e Eterna.

Na perspectiva do carisma de Madre Clélia, Jesus é o Pão da vida, o “prisioneiro do amor”. Assim, Madre Clélia exclama:

“Para permanecer conosco, para te tornares nosso alimento, te condenas como prisioneiro do amor, a morar num pequeno e, às vezes, miserável sacrário! Tu te deixas carregar livremente por sacerdotes, bons ou indignos, te deixa levar onde eles querem ...”

Assim, Madre Clélia considerava, maravilhada, o quanto Jesus se entregava livremente, descia de sua morada, para fazer-se pequeno e humilde nas mãos do sacerdote durante a consagração. No seu diário, encontramos mais uma vez o que ela escreve:

“Por que, ó meu Divino Salvador, quiseste esconder-te sob a aparência de um pedaço de pão? Esta aniquilação à qual te quiseste reduzir, na Eucaristia, ó Jesus, tem algo de maior, de mais profundo, de inconcebível para mim. Que exemplo de profunda humildade, tu me ofereces, meu Jesus!” (Diário de Madre Clélia Merloni – Mulher do Perdão, p. 48-49).

Madre Clélia nos ensina que Jesus Eucarístico sacia a fome de todos, é o alimento para todos, até para o mais miserável ser humano. Ela diz “Tu Jesus, és o meu alimento”. A única realidade que torna irmãos todos os homens, porque na comunhão ao Corpo e ao Sangue de Cristo, tudo é assimilado e repartido. Neste sentido, a Eucaristia é o alimento para todos, sem excluir ninguém, basta querer permanecer na amizade com Jesus. É comida do banquete nupcial, ao qual, todos são convidados. (Cf. Diário, p. 50).

Assim, o Coração de Jesus é o Pão da Vida, sustenta nossa caminhada neste mundo e caminha conosco para merecermos a vida eterna junto da Trindade Santa. É o plano amoroso da redenção concluído por Jesus e oferecido a todos os que querem com Ele ficar. O Coração de Jesus é o Pão da Vida. Busquemos Nele o alimento que faz sentido no agora de nossa existência e nos conduz para a vida eterna.

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ESPIRITUALIDADE

Campanha da Fraternidade - Fome

Inicio esta reflexão citando o lema da Campanha da Fraternidade de 2023 “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt 14,16). Neste trecho do Evangelho vemos os discípulos preocupados com a multidão que está com fome e cansada, e deste modo, desejam dispensá-la para que possam encontrar alimento antes que a noite chegue. No entanto, Jesus desafia seus discípulos a saírem de si mesmos e olharem ao redor para alimentar a multidão faminta, mostrando-lhe o valor da comunhão e da comunidade. Foi graças à generosidade de um menino que o milagre da multiplicação dos pães aconteceu. Aqui, Jesus nos ensina uma importante lição sobre a solidariedade humana, pois ela permite que estejamos conectados com outras pessoas ao sentir empatia por suas dificuldades, dores e alegrias.

Quando os discípulos sugerem que a multidão seja dispensada para que possa encontrar comida, Jesus rejeita essa possibilidade e os convida a serem sensíveis para com aqueles que passam fome. Jesus os encoraja a compartilharem o pouco que têm e a serem solidários com os irmãos e irmãs em necessidade. Essa é uma mensagem poderosa que nos inspira a agir com compaixão e generosidade em nosso cotidiano. Ao pensar sobre a solidariedade, podemos refletir sobre a questão da fome, que é um tema global e está presente também em muitos lugares do Brasil, ela decorre da desigualdade de renda, que mantém muitos brasileiros em um estado de pobreza extrema, é uma condição em que a pessoa não tem acesso suficiente a alimentos nutritivos para suprir suas necessidades básicas de alimentação.

A fome, como bem sabemos, pode levar à desnutrição, que pode resultar em uma série de problemas de saúde e até mesmo levar à morte. Esse problema

biofísico-antropo-social acompanha a humanidade desde os primórdios e afeta profundamente a vida dos mais necessitados. Ao refletirmos sobre essa temática, precisamos ter em mente que a fome é uma privação do alimento necessário para a sobrevivência humana, e é um processo angustiante para quem o vivencia. Contudo, devemos ir além e reconhecer que em nossa sociedade existem outras formas de fome que afetam nossos irmãos e irmãs. A fome pode ser física, mas também pode ser emocional, espiritual ou social, manifestando-se como uma necessidade não atendida de amor, de acolhimento, de dignidade ou de justiça. Precisamos ser sensíveis a essas diversas formas de fome e trabalhar juntos para erradicá-las.

Visto que a necessidade de alimentação vai além da fome física, podemos levar em conta a fome existencial que é uma necessidade fundamental do ser humano de se sentir conectado e pertencente a uma comunidade. Ela pode ser descrita como um sentimento de solidão, isolamento e falta de significado na vida. É um estado de vazio emocional e espiritual que pode levar a sentimentos de depressão, ansiedade e desesperança. A fome existencial pode ser causada por diversos fatores, como a falta de conexão social, a discriminação e a exclusão sociais, a perda de valores e crenças significativas, entre outros. Ela é uma realidade para muitas pessoas em todo o mundo, independentemente de sua condição socioeconômica.

Pensemos ainda em um outro tipo de fome, que é a fome do saber, esta é um desejo intenso e persistente de adquirir conhecimento e compreensão sobre um determinado assunto ou área de interesse, e por vezes, esse acesso é negado a muitas pessoas por diversas razões, tais como, falta de compromisso de alguns professores e alunos, políticas públicas inadequadas ou a falta de acesso a escolas em locais distantes. É um direito básico e essencial saciar-se da fome de conhecimento, e este, deve ser garantido a todos. Devemos trabalhar juntos para enfrentar esse tipo de fome e construir

uma sociedade mais justa e igualitária para todos, pois, é de suma importância que as oportunidades de educação sejam acessíveis e oferecidas de forma equitativa, para que todos possam saciar sua fome de saber.

Se formos pessoas sensíveis e assimilarmos de que fome precisamos ser saciados, o mundo poderá sair dessa atmosfera cinzenta, e assim passaremos a existir de forma colorida e vibrante uns para com os outros. Nós temos a responsabilidade de alimentar as cinco mil pessoas que vivem ao nosso redor. Agora pergunte-se: você já sentou com essas pessoas para compartilhar suas experiências de vida? Já parou para ouvi-las e olhou nos olhos delas para perceber de que fome elas estão padecendo? Já entregou seus talentos e habilidades nas mãos do Senhor? Embora possa parecer pouco o que você tem, confie em Jesus e saiba que, o que você tem é suficiente para satisfazer a fome e a sede de milhares de pessoas. São Tiago em uma de suas cartas nos diz: “Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: ‘ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos’, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma” (Tg 2,15-17)

Quando somos solidários com aqueles que estão passando por dificuldades, seja doando alimentos, dinheiro ou tempo, estamos contribuindo para aliviar o sofrimento de outras pessoas. Além disso, quando ajudamos, também recebemos algo em troca: a satisfação de fazer a diferença na vida de alguém, a sensação de que estamos fazendo o bem e a consciência tranquila de que estamos cumprindo o nosso papel de construir o Reino de Deus que se faz presente entre nós.

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ESPIRITUALIDADE

Amissão de evangelizar faz parte da vida de cada pessoa que, a partir do encontro com a Palavra, se sente impelida a sair de si e dar uma resposta qualificada e generosa ao convite de Jesus que diz: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo que vos prescrevi.” (Mt 28,19-20a). Logo após fazer aos discípulos esse apelo, Cristo oferece-lhes a certeza de que sua presença não lhes faltará quando afirma: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mt 28,20b). Essa mesma certeza é que nos impulsiona nos tempos hodiernos a nos colocar no seguimento de Jesus e partilhar com Ele a missão de tornar o Reino de Deus presente nas diversas realidades que nos envolvem.

Com a presença de Jesus em nosso meio, estamos seguros de que é possível continuar semeando sua mensagem de salvação a tantos que sedentos de esperança necessitam ouvir a boa notícia de seu amor redentor. Boa notícia que deverá ser proclamada com a palavra, mas, sobretudo com o testemunho de vida. O Papa Francisco nos lembra que: “a evangelização é mais que uma simples transmissão doutrinal e moral. É antes de tudo, testemunho [...]. Testemunho do encontro pessoal com Cristo, o Verbo Encarnado no qual a salvação foi realizada.” Para que o testemunho se torne eficaz é necessário conhecer, fazer a experiência de estar com o Mestre e anunciá-lo, a exemplo das mulheres que, na manhã do dia da Páscoa, encontram-se com Cristo

(Ir. Maria Irene do Nascimento, ASCJ)

Ressuscitado e saindo às pressas, com sentimentos de temor e de alegria, correm para dar aos dis cípulos a boa notícia de que Ele está vivo, tornando-se assim as primeiras mensageiras da boa notícia. (Mt 28,8). Quem faz a experiência de um encontro pessoal com Jesus, coloca-se com alegria no caminho e vai ao encontro dos irmãos para proclamar com ardor, que Ele é a vida e a esperança que deve animar nossos corações. Será como os discípulos de Emaús que após reconhecer a presença de Jesus ao partir o pão, levanta-se na mesma hora e voltam a Jerusalém proclamando: “O Senhor ressuscitou verdadeiramente.” (Lc 24,34). É o amor que não se fecha em si mesmo, mas sai ao encontro do outro, comunicando o que viu e ouviu.

“A primeira motivação para evangelizar é o amor que recebemos de Jesus, aquela experiência de sermos salvos por Ele que nos impele a amá-lo cada vez mais.” (EG, n. 264).

Em nossa missão evangelizadora somos chamados a proclamar que Jesus é a encarnação viva do amor de Deus Pai que se fez presença humana para nos salvar. Podemos assim dizer que é através de Jesus que o horizonte da vida humana ganhou a dimensão da eternidade. Cristo é a nossa única e verdadeira esperança, a nossa salvação. Na vida de Jesus nossa vida encontra seu sentido e vocação maior. Através da pessoa de Jesus, a Igreja nos chama a viver em nós e entre nós a experiência viva do encontro pessoal com Deus Pai a quem Ele veio revelar. Nossa aspiração e busca de encontro com Deus tornam-se não apenas uma possibilidade, mas, uma promessa de salvação para todos que o amam e seguem seus passos. Da parte dele há sempre a possibilidade de um encontro pessoal. Sua ternura abraça toda criatura. Nele é possível a experiência do amor verdadeiro. São essas sementes que precisamos semear nos campos da vida por onde andamos.

Toda missão evangelizadora necessariamente brota de um coração zeloso que não se fecha em si mesmo, mas ocupa-se em proclamar as maravilhas de Deus em sua vida para que outros também possam chegar ao conhecimento das verdades reveladas por Jesus. Encontramos na vida e escritos da Bem-Aventurada Clélia Merloni o testemunho de um coração abrasado de amor por Jesus e animado do desejo que sempre mais um número crescente de pessoas cheguem ao conhecimento desse amor. “Quando o amor divino existe verdadeiramente no coração, suscita um grande desejo de ver Deus conhecido, amado e servido.” Clélia ainda nos convida a imitar o zelo dos Apóstolos André e João que, após o encontro com o Mestre, comunicam a Simão para que também ele participasse da mesma graça que haviam recebido.

No caminho da evangelização precisamos nos pautar no exemplo do próprio Jesus que, com seu modo de anunciar, cativava o coração de muitos que o ouviam, particularmente dos pobres, daqueles que o buscavam por sentirem que Jesus era um mestre diferente dos que até então conheciam. Em seu peito pulsava um coração capaz de acolher, amar, perdoar; um coração capaz de devolver ao ser humano a alegria do reencontro com a vida.

Jesus comparou a missão como uma colheita abundante, a qual consiste em que o povo tenha

EVANGELIZAÇÃO
“Eu vim para que as ovelhas te nham a vida e para que a tenham em abundância.” (Jo 10,10).

melhores condições de vida e que seja respeitado nos seus direitos e na sua dignidade pessoal. Interpela os seus seguidores a também voltarem o olhar para a necessidade do povo e a pedir ao Pai, que é o dono da messe, que envie mais operários para sua messe. A missão que Ele confia aos seus discípulos é a mesma missão que recebeu do Pai. “[...] como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.” (Jo 20,21). É no próprio Jesus que os anunciadores da Palavra têm a fonte permanente do seu ardor, zelo e sabedoria profética para anunciar o Evangelho que conduz no caminho da vida.

O verdadeiro Reino de Deus se expressa nas relações fraternas, na justiça e na gratuidade de coração. Anunciar o Reino de Deus é inserir-se na dinâmica da gratuidade, do dom de Deus e muitas vezes, da doação da própria vida, para que assim se instaure um novo modo de relações conforme o projeto do Pai. Agindo dessa forma estaremos participando e vivenciando o projeto da missão do próprio Senhor, onde Ele nos envia.

A missão de Jesus era alimentada também por sua perfeita união com o Pai. Ele nos dá o exemplo de sua intimidade com o Pai quando antes de qualquer ação se retira ao monte e aí permanece em oração.

“Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos.” (Lc 6,12-13).

A exemplo de Jesus, também nós somos chamados a estes momentos de intimidade com o Pai para que nossa missão evangelizadora seja eficaz. Se nossa missão não for alimentada pela oração e pela Eucaristia, ela perde seu sentido e sua verdadeira identidade. Corremos assim o risco da projeção pessoal, e perdemos a possibilidade de fazer com que outros se tornem discípulos de Jesus, realizando o encontro pessoal e vivendo unidos a Ele. Que possamos todos iluminados pelo Espírito Santo e movidos pelo desejo de darmos continuidade ao projeto de Jesus de tornar o Reino de Deus conhecido, nos colocar em atitude de escuta humilde e com vontade decidida doarmos nossa vida a serviço do Reino pelo bem dos irmãos.

Fonte:

• Bíblia Sagrada. Editora Ave Maria – Edição 159.

• Lumen Gentium – Constituição Dogmática do Concílio Ecumênico Vaticano II.

• Exortação Apostólica Evangelii Gaudium – Papa Francisco.

• Exortação Apostólica Verbum Domini – Santo Padre Bento XVI.

• Documento de Aparecida – Texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino – Americano e do Caribe.

• Palavras da Madre.

Apóstolas do SCJ no Santuário

Cristo Rei, em Portugal

As Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus estão presentes em Portugal desde 2017, especificamente no Santuário de Cristo Rei – Almada. Esse Santuário é um lugar privilegiado, um ponto de encontro com Cristo e com pessoas de diversos lugares do mundo. Um encontro mediante a beleza da natureza, a majestade do “Rei Jesus” que, no alto do monumento, de braços abertos, abençoa, acolhe a todos, mostrando Seu Coração de infinito amor! Atrai os que se aproximam, sobrevoando em vista aérea; os que vislumbram sua imagem a vinte quilômetros de distância, e os que frequentam assiduamente o Santuário.

Nossa missão, nesse Santuário, é acolher a todos, acolher os grupos para os vários eventos e, além da pastoral da acolhida e escuta dos peregrinos que por aqui passam, damos também suporte às celebrações litúrgicas, encontros diocesanos, retiros e adorações eucarísticas diárias.

É emocionante ver tão ricas expressões de fé: os que se prostram por longo tempo diante do sacrário, os que partilham as mensagens bíblicas que o santuário oferece, e particularmente deixam seus pedidos por escrito, aos pés de Nossa Senhora.

Certo dia um ateu nos relatou: “Eu não acredito, não sigo nenhuma religião, mas, aqui, algo que não sei explicar, me tocou profundamente”.

Impossível conhecer a história de tantos que por aqui passam, mas percebe-se que a alma transparece nas atitudes, na forma de ser, nas palavras, no brilho nos olhos, tudo isso é fruto do infinito amor do Coração de Jesus, que abre de par em par a porta entre Deus e os homens, conquistando corações.

Ao contemplar as obras de arte sacra, no interior da capela, com frequência ouvem-se expressões como estas: “Lindo! Precioso!” “Isto me fala muito.” “Preciso mudar.” “Não foi por aca -

so que Deus me trouxe aqui!”

Ocorre com frequência que pessoas saem da capela para convidar parentes e amigos e retornam para lhes proporcionar também esta bela experiência.

Só o amor torna possível um verdadeiro encontro com Deus e os irmãos.

É um grande privilégio estarmos no Santuário Cristo Rei.

JANEIRO - JUNHO/2023 10 EVANGELIZAÇÃO

O chamado que Deus nos faz

“Filha, você deve seguir esta proposta e vocação divina, esperando o impulso do Espírito Santo, a fim de que, decididamente, de olhos fechados, possa atirar-te no oceano da Providência divina.”

da Vitória Nogosek, Fátima Esther Martinez Fretes, Iasmim de Cássia Urbieta Gonzales e Rosiane de Morais Oliveira. Essas jovens realizam o itinerário formativo na cidade de Nova Esperança - PR, acompanhadas pela formadora Irmã Celina Souza Ramires.

A cerimônia que marcou a entrada oficial nesse tempo formativo foi precedida por um retiro espiritual, onde o silêncio e a escuta atenta à Palavra de Deus possibilitaram às jovens um clima de serenidade e de alegria nesse passo importante em sua caminhada vocacional. Inspiradas no Sim generoso de Maria e sob a proteção da Bem-Aventurada Clélia Merloni as jovens pronunciaram seu Sim e contam sempre com nossas orações.

Ochamado de Deus para uma vocação específica acontece no interior do coração humano, são necessários a oração e o silêncio para discernir a voz de Deus que nos fala ao coração (Cf. Os 2,14). O caminho para responder ao chamado de Deus, como Apóstola do seu Divino Coração, é gradual. As jovens que desejam seguir a Cristo e conhecê-lo mais profundamente são acompanhadas por meio de um processo formativo. As etapas de formação destinam-se em acompanhar as candidatas na descoberta e na resposta ao seu chamado batismal para

se tornarem Apóstolas do amor e portadoras do Carisma recebido pela fundadora, a Bem-Aventurada Clélia Merloni.

A etapa do Pré-Postulado tem como objetivo iniciar um processo dinâmico e progressivo, que ofereça à jovem um maior conhecimento de si e de suas motivações vocacionais.

Neste ano, a Província Brasileira Clélia Merloni acompanha e acolhe cinco jovens na etapa da formação inicial do Pré-Postulado: Dália Luzmila Jasmim Melida Segóvia, Eduar-

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Eduarda, Rosiane, Ir. Celina, Iasmim, Fátima e Dália.

Fone: (41) 3112-1400 | 98722-4423

Vocação e discernimento

Jesus chamou os doze apóstolos e quis que ficassem um tempo com Ele. Conforme a exortação apostólica de João Paulo II, Pastores Dabo Vobis: “Depois de tê-los chamado e antes de enviá-los a pregar, o Senhor lhes pede um ‘tempo’ de formação, destinado a desenvolver um relacionamento de comunhão e de amizade profunda com Ele mesmo. A estes, reserva uma catequese relativamente mais aprofundada que a do povo (Mt 13,11) e os quer testemunhas da sua silenciosa oração ao Pai”.

O documento preparatório Os Jovens, a Fé e o Discernimento Vocacional diz que “[...] graças à experiência de ir e ver, os discípulos experimentaram a amizade fiel de Cristo e puderam viver cotidianamente com Ele, fazer-se interrogar e inspirar pelas suas palavras [...] atingir e comover pelos seus gestos”.

Segundo as constituições das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, o Postulado é um período de preparação ao noviciado. Tem por objetivo favorecer a maturidade humana e espiritual das candidatas, permitindo-lhes tomar consciência do chamado e predispondo-as a uma passagem progressiva da vida do mundo ao noviciado, conforme o espírito do Instituto.

Trata-se de uma etapa de crescimento em nível humano e espiritual, em que a jovem, atraída pelo fascínio da pessoa de Jesus e pela beleza do dom total de si

à causa do Evangelho, faz de sua vocação uma história de amizade crescente com o Senhor.

No diálogo interpessoal e na convivência entre as jovens, a postulante é auxiliada no autoconhecimento e na aceitação de si mesma, a nutrir a vida espiritual na Palavra e na Eucaristia, a construir na comunidade relacionamentos interpessoais cordiais e sinceros, favorecendo um clima de serenidade e acolhida, fundamentado na estima e confiança recíproca. É despertada à reflexão pessoal com temas privilegiados e um suficiente conhecimento do carisma e espiritualidade do Instituto.

É preciso uma atitude de abertura, disponibilidade interior e empenho na purificação das motivações para fazer um sincero e livre processo de discernimento, ou seja, perceber o chamado de Deus para sua vida. Isso requer da jovem, dos que a acompanham e de toda a comunidade, uma atitude de oração permanente, de silêncio interior para escutar a voz de Deus, e assim, com docilidade e disponibilidade, responder ao seu chamado, a fim de segui-lo mais de perto, descobrindo e confrontando suas capacidades nas várias formas de serviço na Igreja e aderindo aos autênticos valores. O lema: “Caritas Christi urget nos” convida e impulsiona a agir com zelo pela difusão do Reino do Coração de Jesus, tornando-o conhecido, amado e servido, como exorta a querida Clélia Merloni, nossa Madre Fundadora.

JANEIRO - JUNHO/2023 12 VOCAÇÃO
Província Brasileira Clélia Merloni Rafaela, Kaylane, Ana Rafaela, Ir. Elisabete, Anelise e Fiama.

Testemunho de graças alcançadas por intercessão da Bem-Aventurada Clélia Merloni

Uma conhecida da nossa família (Terezinha) e amiga da pessoa que ajuda na limpeza da minha casa (Eliane) adoeceu de forma repentina. Ao chegar no hospital, foi internada na UTI. Os médicos não conseguiram diagnosticar ao certo o que estava acontecendo. Se era um câncer na região da cabeça ou se era consequência de outra doença. Vários exames foram realizados e outros ainda esperam o laudo definitivo.

No décimo dia de internamento da Terezinha, ainda na UTI, a Eliane estava na minha casa e, recebeu um telefonema do marido da Terezinha, dizendo que o estado de saúde da esposa tinha agravado. Vendo a preocupação, a dor e o sentimento de angústia que se abatiam sobre aquela família e também na Eliane, lembrei instantaneamente da relíquia que havia ganhado da minha amada tia, Ir. Marinez Milani. Por umas cinco vezes hesitei em dar a relíquia de Madre Clélia para que fosse levada a Terezinha. Afinal era minha, mas em meu coração sabia que Terezinha precisava e, não fazia sentido deixá-la guardada. Então, entreguei-a para Eliane, que

fosse levada para Terezinha. E que naquele mesmo dia fizemos a coroinha ao Sagrado Coração de Jesus e uma oração à Madre Clélia.

No outro dia, uma das noras da Terezinha foi visitá-la e colocou a relíquia próxima à boca da Terezinha e pediu que ela apenas ficasse com ela.

Nós e mais algumas pessoas, continuamos a rezar. Como uma novena. Naquela noite, a Terezinha, testemunhou a Eliane que ela recebeu a visita da Santa, recebeu a visita de Madre Clélia, trazendo a esperança da vida.

No dia de hoje, ela está de alta hospitalar, em casa! Com a graça de Deus e intercessão de Madre Clélia.

A família ainda aguarda os resultados dos exames. Mas Madre Clélia a visitou e trouxe esperança! O que houver daqui para frente estão nos planos de Deus, mas a fé trouxe esse milagre.

Em meu coração sinto uma grande alegria, sinto a grandeza da graça e saber que, de alguma forma, pude ser instrumento de Deus pelas mãos in -

Terezinha do Rocio Betinardi, Cidade de Colombo - PR. tercessoras da Bem-Aventurada Madre Clélia Merloni.

Gratidão a Deus, ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria. Relato de Lucelia Taverna.

Meu nome e Manoel José de Oliveira, tenho 64 anos, resido há quatro anos na Cidade de Floresta-PR. Sou membro/coordenador do Grupo da GFASC – Grande Família do Sagrado Coração - de nossa cidade e estou, desde maio de 2022, como presidente executivo da Obra de Assistência Social Papa João XXIII.

Recentemente obtive uma grande graça a qual tenho prazer em relatar: no dia 15 do mês de março deste ano fui acometido de fortes dores renais, pois o meu organismo produz, há muitos anos, cálculos. Achei que iria expeli-los com muito sofrimento, como sempre foi até então. Isto porém não aconteceu! Após cinco dias de intensa dor e

por insistência de minha esposa, aceitei ir ao pronto socorro de um hospital de nossa referência.

Após a realização de uma tomografia, foi constatado a existência de um calculo renal de mais de 9,5 milímetros que estava obstruindo o canal que antecede a bexiga. Constatou-se ainda que o rim esquerdo estava bem dilatado em função desse cálculo, e não havia possibilidade que o mesmo fosse expelido naturalmente devido ao seu tamanho.

Eu e minha esposa tínhamos feito uma proposta de oração do santo Rosário todos os dias às 05 horas da manhã em nossa paróquia, durante o tempo da quaresma. Na quarta-feira, estando o

grupo rezando na intenção dos enfermos, nossa amiga Lidiane, membro da GFASC, que conduzia a reza disse que Nossa Senhora havia revelado que eu estava sendo curado e convidou a todos os presentes para rezar aos pês do Santíssimo exposto junto ao altar, conforme orientação de Nossa Mãe Santíssima. E, ao final da oração, entregou muito emocionada à minha esposa seu lindo terço e pediu que o entregasse a mim no hospital. Nesse mesmo dia, minha esposa chegou ao hospital emocionada e me disse: você foi curado, “Nossa Senhora revelou a Lidiane que o milagre aconteceu, e me entregou o Rosário”.

Nessa mesma tarde foi solicitado o exame de ultrassom para confirmação do

JANEIRO - JUNHO/2023 13 INTERCESSÃO DA BEM-AVENTURADA CLÉLIA MERLONI

procedimento cirúrgico. Minha esposa estava ao meu lado e grande foi nossa alegria quando a médica que realizou o ultrassom e procurou insistentemente o grande cálculo e não mais o visualizou. Insistiu procurando na bexiga e nada foi encontrado.

Nessa mesma noite eu pedi que suspendesse a medicação que tirava a dor. E amanheci (dia 23, quinta-feira) completamente sem dor alguma. No entanto, nessa mesma manhã, bem cedo, confiante em receber alta, vieram três médicas no quarto e me informaram que o procedimento cirúrgico estava marcado para o período da tarde. Fiquei apavorado e disse que eu já não estava com dor e que achava que iria embora para casa. Elas disseram que não seria possível eu ter perdido aquele grande cálculo sem ter percebido. Foram embora e disseram que já iriam dar entrada nos papéis para a cirurgia.

Nesse momento recebi uma mensagem de uma amiga a Irmã Elizangela Martins, que trabalha junto na Obra Assistencial Papa João XXIII, da qual sou presidente, perguntando como eu estava. Relatei a ela que fui comunicado da possibilidade da minha cirurgia e da minha angústia, pois achava que já estaria indo para casa nesse momento. Ela de imediato disse que já estava acendendo uma vela para Madre Clélia e que ela iria interceder por minha cura e que tudo ficaria bem. Agradeci a ela pelas orações, e sem saber o porquê fui tomado por um sono profundo.

Duas horas depois fui acordado pelas mesmas médicas que me disseram: “Nós viemos te informar que você está recebendo

No centro, segurando o quadro de Jesus e de Maria - Manoel José de Oliveira. Cidade de Floresta – PR.

alta, pois ao vermos seu exame de ultrassonografia, não entendemos como isso aconteceu, mas foi constatada a inexistência de qualquer cálculo em todo seu sistema urinário.”

Meu filho Thomas me levou para casa; e no dia seguinte, como ele já havia programado uma viagem em família para o litoral do Paraná, saímos bem cedo e curtimos o final de semana na Ilha do Mel com minha esposa Lucélia, meu filho Thomas e meu neto João Miguel. Desde então, até a presente data, não mais sofri com cólicas renais.

Atribuo esse milagre graças ao Sagrado Coração de Jesus, pela intercessão da nossa Mãe Santíssima e de Madre Clélia, meus grandes Protetores.

Manoel José de Oliveira

ORAÇÃO PARA PEDIR GRAÇAS POR INTERCESSÃO DA BEM-AVENTURADA CLÉLIA MERLONI

Eu vos louvo, Pai misericordioso, porque revelastes aos pequenos os tesouros infinitos do Coração do vosso Filho.

Suplico-vos que, por intercessão da Bem-Aventurada Clélia Merloni, confiante no Coração de Jesus, operosa na caridade, paciente nas adversidades e heroica no perdão, eu possa obter a graça que agora vos peço.

Sagrado Coração de Jesus, confio em vós!

Bem-Aventurada Clélia Merloni, rogai por nós!

A pessoa que receber graças por intercessão da Bem-Aventurada Clélia Merloni poderá comunicar-se com as Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus – e-mail: sec@apostolas-pr.org.br – fone: (41) 3112-1424

Envie seu pedido de oração para as Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus rezarem na sua intenção.

Entre em contato:

www.apostolas-pr.org.br/capela-virtual/pedidos-de-oracao

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INTERCESSÃO DA BEM-AVENTURADA CLÉLIA MERLONI
““Lancemo-nos, com confiança filial, naquele divino Coração que tudo pode.”
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