Prepare o ambiente da celebração contendo: uma mesa com toalha, uma jarra de água, uma bacia.
Acolhida: No ano de 2024, o Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus vive o Ano Cleliano da Humildade e Caridade.
Leitor: Mas, afinal, o que é a caridade?
Dirigente: A Bem-Aventurada Clélia Merloni, em um dos seus escritos, diz: “Eis uma belíssima ocasião que Jesus te oferece para imitares a caridade do seu amorosíssimo Coração... Ele te diz: Filha(o), prova que me amas usando de doçura e benignidade para qualquer criatura, pois o bem que fizerdes ao teu próximo o terei como feito a mim mesmo” (PM, p.49).
Todos: Senhor, dai-nos um coração capaz de realizar o bem a toda criatura, como se estivéssemos fazendo a Vós mesmo.
Canto: Conheço um coração tão manso, humilde e sereno; que louva o Pai por revelar seu nome aos pequenos; que tem o dom de amar; que sabe perdoar e deu a vida para nos salvar. Jesus, manda Teu Espírito para transformar meu coração (2X)
Dirigente: Na certeza de que somos convidados a viver a caridade que brota do lado aberto de Cristo e que se dá a conhecer no bem que realizamos na vida do próximo, como uma extensão da ressurreição de Cristo, iniciemos a nossa celebração com o Sinal da Cruz.
Todos: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Leitor: No tempo de Jesus, aceitar alguém na própria mesa de refeição tinha um sentido muito profundo: implicava uma comunhão de ideias, de mentalidade, de fraternidade, de forma de agir, de sentimentos acerca de coisas e pessoas.
Dirigente: O ritual da mesa rompe as distâncias e garante a proximidade, estabelece o estreitamento dos vínculos com o diferente.
Leitor: Junto à mesa, cada um se coloca diante do outro, humildemente, na mesma finitude, na necessidade básica, não importando as diferenças de vida, opções, modos de ser. O simples gesto de passar ao outro um pedaço de pão, um pouco de água, é uma manifestação de despojamento de poder, de segundas intenções, e revela a caridade e humildade de coração.
Escuta da Palavra de Deus
Dirigente: Ouçamos a Palavra de Deus que nos revela a Páscoa do Senhor.
Leitor: A Última Ceia (Lucas 22,7-14.17-20).
Dirigente: “Chegou o dia dos Ázimos, no qual se devia imolar o Cordeiro Pascal. Jesus enviou Pedro e João, dizendo: ‘Ide e preparai-nos a Páscoa para a comermos’. Perguntaram-lhe eles: ‘Onde queres que a preparemos?’ Respondeu-lhes: ‘Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem carregando um cântaro de água. Segui-o até a casa onde entrar e dizei ao dono da casa: «O Mestre lhe manda perguntar: onde está a sala em que poderei comer a Páscoa com meus discípulos?» Ele vos mostrará uma grande sala mobiliada, no andar de cima. Fazei lá os preparativos’. Eles foram, encontraram tudo como Jesus lhes dissera e prepararam a Páscoa. Chegada a hora, ele se pôs à mesa e, com ele, os apóstolos. Tomando um cálice, deu graças a Deus e disse: ‘Tomai-o e reparti entre vós; pois eu vos digo: doravante não beberei mais do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus’. Depois, tomando um pão e dando graças a Deus, partiu-o e deu-o a eles, dizendo: ‘Isto é meu corpo, dado por vós: fazei isto em memória de mim’. Do mesmo modo, no fim da ceia, tomou o cálice, dizendo: ‘Este cálice é a nova aliança em meu sangue, derramado por vós’” Palavra da Salvação.
Todos: Glória a Vós, Senhor!
Dirigente: Esta foi a prática de Jesus que mais causou espanto e escândalo: a partilha nas mesas, com pobres
e pecadores. Literalmente, Jesus foi Aquele que “virou mesas” de muitas pessoas e fundou uma outra mesa: a mesa da partilha, da festa, da renovação de vida, da humildade, da caridade, mesa da fraternidade, onde todos se sentem iguais; mesa da Vida, da Renovação!
Leitor: Diante da mesa que preparamos em família, hoje, queremos pedir a Jesus que Ele esteja sentado ao nosso lado nesse momento, sendo nosso amigo, nosso hóspede.
Dirigente: Pensemos por alguns instantes: quais são nossas fragilidades, as fraquezas individuais que nos enfraquecem, que machucam as pessoas que fazem parte da nossa família?
Leitor: Num instante de silêncio, reconheçamos essas fragilidades e peçamos ao Senhor que, nessa Páscoa, Ele possa encontrar espaço em nossos lares, em nossos corações, em nossas vidas, para bem vivermos a caridade e a humildade, sendo transformados e renovados pela força da ressurreição de Cristo.
Dirigente: Enquanto ouvimos o canto, poderemos pegar a toalha, a jarra com água e a bacia, e lavarmos as mãos uns dos outros como gesto concreto de humildade, assim como fez e nos ensinou Jesus.
Canto: Jesus, erguendo-se da ceia, jarro e bacia tomou, lavou os pés dos discípulos, este exemplo nos deixou. Aos pés de Pedro inclinou-se: “Ó, Mestre, não, por quem és”. “Não terás parte comigo se não lavar os meus pés”.
Dirigente: Sempre teremos, em família, “mãos” para lavar, mãos estendidas para acolher, situações delicadas a serem enfrentadas, pessoas que nos esperam, sentimentos a serem acolhidos e aceitos por cada um de nós.
Leitor: Queremos viver a humildade e a caridade que Cristo nos ensinou.
Todos: Senhor, fazei de nós pessoas renovadas no seu amor.
Leitor: Pela força da ressurreição de Cristo, queremos viver, em família, o amor, a união, a fraternidade e o perdão.
Todos: Senhor, fazei de nós pessoas renovadas no seu amor.
Leitor: Pela força da ressurreição de Cristo, sejamos sinais da presença viva e real de Jesus em nossos lares, em nossas comunidades, sendo testemunhas do Reino de Deus.
Todos: Senhor, fazei de nós pessoas renovadas no seu amor.
Canto: Por sua morte, a morte viu um fim; do sangue derramado, a vida renasceu; seu pé ferido, nova estrada, abriu; e neste Homem, o homem, enfim, se descobriu. Meu coração me diz: “O Amor me amou e se entregou por mim: Jesus ressuscitou! Passou a escuridão, o Sol nasceu, a Vida triunfou. Jesus ressuscitou”.
Bênção e despedida
Dirigente: Senhor, que nos convidais à comunhão na Vossa Palavra, dai-nos permanecer fiéis aos Vossos ensinamentos e a vivermos a humildade e caridade. Abençoai-nos hoje e sempre. Seja a Páscoa do Senhor, para nós, uma renovação espiritual, sinal de vida eterna. Amém.
Todos: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.