Distribuição 44
A maior diversão…
...e os maiores lucros Cinema é uma das bolas da vez no universo dos direitos autorais, com grandes oportunidades para emplacar uma trilha sonora; veja como é feito o cálculo dos valores distribuídos aos titulares
As crescentes oportunidades de inserção de canções em filmes, séries e novelas, o anúncio de editais federais da ordem de R$ 700 milhões para fomentar produções nacionais e o acordo com a associação das redes multiplex que permitiu a recente distribuição de R$ 50 milhões a titulares de trilhas sonoras falam por si: a música para cinema vive um grande momento.
do_ Rio
Se você conseguir emplacar uma canção sua num filme, terá algo para receber pela sua execução pública. E os direitos autorais de músicas inseridas nas trilhas sonoras de filmes exibidos em salas comerciais têm sempre distribuição direta, ou seja, todas as obras executadas são contempladas. Mas, para saber quais músicas estão sincronizadas nos filmes, um instrumento é fundamental: uma folha de cadastro chamada cue-sheet. Nos últimos tempos,
a UBC tem realizado um grande esforço — inclusive participando de um grupo de trabalho na Agência Nacional do Cinema, a Ancine — para conscientizar os produtores cinematográficos, responsáveis por tal documento, sobre a necessidade de entregá-lo corretamente. Isso permite que os direitos autorais e conexos das músicas cheguem efetivamente aos titulares.
A parte autoral, aliás, recebe 2/3 do valor distribuído para uma música, no caso de o uso dela no filme ser mecânico (ou seja, não ao vivo). A parte conexa (intérprete e produtor fonográfico) fica com o 1/3 restante. O tempo em que a música aparece também conta, bem como a categoria de uso. Por exemplo, temas de abertura e encerramento têm o peso mais alto, 12/12, temas de personagens têm peso 8/12, performances ao vivo representam 6/12, e assim por diante. A categoria com menor peso é a de tema de fundo, 1/12.