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Jogada de mestre

O icónico todo-o-terreno britânico, agora em formato SUV, adere à locomoção híbrida plug-in para conjugar eficiência com as suas reconhecidas capacidades fora de estrada. Um conjunto carregado de tecnologia com 404 CV e uma autonomia 100% elétrica de 43 km.

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Falar do Defender é falar de um modelo que nasceu em 1948. É verdade, são mais de sete décadas de atividade que lhe conferiram o título de todo-o-terreno emblemático e que nesta nova geração, apresentada em 2019, mudou radicalmente de aspeto e “abraçou”, como seria previsível, as mais recentes tendências e tecnologias do setor automóvel.

Na essência, e face ao modelo original, o novo Defender mantém apenas o nome. Sinal dos tempos…

Efici Ncia Phev

Neste sentido, e apesar de continuar a dispor de motores a gasolina e Diesel, o maior destaque mecânico recai na introdução de uma versão híbrida plug-in, designada de P400e, que lhe confere uma componente de eficiência até à data inexistente (e impensável até há meia dúzia de anos) na gama. Na prática, trata-se da união entre um motor 2.0 a gasolina de quatro cilindros da família Ingenium com 300 CV, combinado com uma unidade elétrica de 143 CV (105 kW).

O resultado? Um total de 404 CV e 605 Nm de binário, que se refletem em prestações muito próximas do desportivo V8 (5.0 de 525 CV), como provam os 5,6 segundos de aceleração dos 0 aos 100 km/h (5,2 s no V8). Um poderio que é sentido ao mais suave toque no pedal direito, com uma entrega imediata da potência, aliado às sensações inerentes a um todo-o-terreno tão carismático como o Defender.

Mais. Tratando-se de um híbrido plug-in, todo este fulgor é agora servido com uma boa dose de eficiência, já que a sua bateria de iões de lítio de 19,2 kW permite rodar de forma totalmente elétrica durante 43 km. Neste capítulo, referir que o carregamento da bateria em tomadas de CA a 7,4 kW demora cerca de duas horas para alcançar os 80% e que uma carga rápida CC a 50 kW é feita em 30 minutos (80%).

Claro está que, como em qualquer modelo com este tipo de propulsão, a autonomia sem emissões está sempre condicionada às características da condução, no entanto, o P400e tem a vantagem de poder realizar os mesmos exercícios offroad, que as outras motorizações, funcionado exclusivamente em modo elétrico, pois esta função está disponível tanto numa utilização do dia-a-dia como com as redutoras engrenadas.

Tt Por Excel Ncia

Excelente rolador sobre o asfalto, onde sobressai o conforto acima da média, é fora de estrada e na transposição de obstáculos que este Defender demonstra as suas capacidades inatas. Munido do já conhecido sistema Terrain Response 2 da marca, basta acionar o programa adequado para o tipo de terreno e, automaticamente, toda a confi-

“ABAIXO DE ZERO”

in-

Premium) que consistem em passar alguns dias em Andorra num ambiente de neve de forma a, não só, poderem desfrutar de várias atividades de inverno, como efetuar um curso de condução segura neste tipo de ambiente (no topo de uma das várias montanhas da região) e, consequentemente, conhecer a fundo as reais capacidades do Defender em cenários de condições extremas.

Drive, guração dos vários dispositivos (diferenciais, suspensão pneumática, sistema dinâmico adaptativo, etc.) e a tração integral entram em ação, permitindo que até os menos experientes consigam verdadeiras proezas para ultrapassar terrenos de dificuldade acrescida. Neste particular, e em relação à suspensão pneumática, salientar o facto de esta proporcionar uma altura ao solo até 297 mm e uma passagem a vau até 900 m (no “velhinho” Defender este valor cifrava-se nos 500 mm).

Última referência para o habitáculo, espaçoso, com acabamentos cuidados, escolha criteriosa dos materiais e bastante bem equipado, sobretudo em termos tecnológicos e ajudas à condução fora de estrada. Esta versão PHEV pode ter cinco ou sete lugares.

VOLKSWAGEN ID. BUZZ

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