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Melhor... é difícil

A sexta geração do Polo recebeu um restyling cujas maiores diferenças residem nas óticas, para-choques e interior. A gama de motores não sofre alterações, tal como a volumetria da mala. Depois há tudo o resto: conforto, qualidade e dinâmica condução.

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RENAULT CLIO 1.0 TCE LIMITED

TIPO DE MOTOR

Gasolina, 3 cilindros em linha, turbo 999 cm3 90 CV às 5.000 rpm 5,2 l/100 km (misto)

Mais divertido de conduzir que o Polo, até porque a posição de condução é superior, o Clio não tem a mesma qualidade nem é tão refinado. Tem mais falhas ao nível do amortecimento e da precisão da caixa, por exemplo.

SEAT IBIZA 1.0 TSI STYLE 95 CV

Recorre à mesma plataforma MQB-A0, mas exibe um visual mais desportivo e jovial. Na condução são muito idênticos, fruto de uma dinâmica bastante assertiva. A insonorização é inferior à do Polo, mas em compensação é bem mais barato.

Orenovado Polo traduz-se precisamente naquilo que a Volkswagen preconiza, ou seja, manter-se fiel a uma estratégia de não cortar radicalmente com o passado. E essa estratégia só muda um pouco mais quando analisamos as óticas dianteiras e traseiras. À frente encontramos novos faróis IQ Light LED

Matrix (de série nesta versão Style) unidos por uma linha em LED que transforma por completo a imagem do Polo, principalmente à noite. Na secção traseira, os farolins foram estendidos e ganham dimensão para dentro do portão da mala que, no caso, passa a ostentar a designação Polo ao centro, logo abaixo do símbolo da marca alemã.

Sem ser revolucionário em matéria de design, o novo utilitário da VW ganha corpo, um aspeto mais avantajado e uma imagem de sofisticação, graças aos vincos que atravessam as laterais da carroçaria. Assente na mesma plataforma MQB A0, mantém o ar desportivo e musculado que se traduz numa espécie de Golf em tamanho um pouco mais reduzido, não haven- do mexidas nas cotas exteriores e, consequentemente, no espaço do habitáculo e da mala.

Interior Digital

Mas, se o Polo muda do lado de fora, também muda lá dentro, ainda que as diferenças voltem a não ser grandes. O painel de instrumentos passa a ser o Digital Cockpit, mas em duas versões distintas,

PREÇO: 22.711 t uma mais avançada e outra menos elaborada, que, basicamente, permite alterar a visualização apenas da zona central (de série no Style). Do mesmo modo, estão disponíveis quatro sistemas multimédia: Composition Media (ecrã de 6,5”), Ready2Discover e Discover Media (ambos de 8”) e o Discover Pro (9,2”). O nível de entrada dos mais “simples” usa como

FICHA TÉCNICA VOLKSWAGEN POLO 1.0

Tsi 95 Cv Style

TIPO DE MOTOR Gasolina, 3 cilindros em linha, turbo CILINDRADA 999 cm3

POTÊNCIA 95 CV entre as 5.000 e as 5.500 rpm

BINÁRIO MÁXIMO 175 Nm entre as 1.600 e as 3.500 rpm

TRANSMISSÃO Dianteira, caixa manual de 5 velocidades V. MÁXIMA 187 km/h

ACELERAÇÃO 10,8 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO (WLTP) 5,2 l/100 km (misto)

EMISSÕES CO2 (WLTP) 119 g/km (misto)

DIMENSÕES (C/L/A) 4.074 / 1.751 / 1.451 mm

PNEUS 195/55 R15

PESO 1.172 kg

BAGAGEIRA 351 l

PREÇO 22.711 €

GAMA DESDE 21.179 € I.CIRCULAÇÃO (IUC) 103,12 €

LANÇAMENTO Setembro de 2021

Cruiseadaptativocontrol

Série

base a plataforma elétrica modular “MIB2”, enquanto os maiores recorrem à mais avançada “MIB3”. O volante multifunções foi redesenhado, surgindo mais ao estilo do Golf, enquanto o comando da caixa de velocidades, também com novo desenho, é agora mais ergonómico.

Apesar de, à primeira vista, parecer pequeno por dentro, a ver- dade é que não se pode considerar que o renovado Polo seja acanhado. Talvez lhe falte algum espaço ao nível das pernas de quem viaja atrás, mas é desafogado à frente e oferece uma das maiores bagageiras do segmento com 351 litros, tudo isto a somar aos reconhecidos atributos da qualidade de construção, dinâmica perfecionista e motores competentes.

TRUNFO ‘CHAMADO’

1.0 TSI

Por falar em motores, a gama “portuguesa” é composta apenas por blocos a gasolina de 3 cilindros. Destes, a grande aposta do importador recai neste 1.0 TSI, cuja sonoridade, embora controlada, denuncia claramente a sua arquitetura. Nesta variante, de 95 CV (a menos potente, com injeção direta e turbo), são raras as situações em que sentimos a necessidade de recorrer à bem escalonada caixa manual de 5 relações para apurar regimes de motor. Com facilidade rodamos a velocidades de cruzeiro elevadas, ao mesmo tempo que demonstra celeridade e segurança na maioria das situações de ultrapassagem. Especialmente desembaraçada é, também, a condução em ambiente urbano, com o tricilíndrico a revelar boa resposta logo acima das 1.500 rpm, ganhando maior pujança antes das 2.000 rpm. Para rematar, um consumo médio que não ultrapassa os 7 l/100 km em nenhuma circunstância. Aliás, em autoestrada a uma média de 120 km/h, o valor é de 6,4 l/100 km.

Em estrada, o Polo mantém-se um automóvel estável, que se conduz com confiança e enorme equilíbrio, mesmo quando o “atiramos” de forma mais acelerada para o interior de uma curva. Todavia, o maior destaque da condução é a forma aveludada como pisa a estrada, aqui sim já muito próximo do desempenho do ir- mão Golf, com ligações ao solo que tratam o piso de forma excecional. Para este conforto, muito contribui a qualidade geral, com um rigor de construção que nasce de um boa escolha de materiais e que se reflete em superfícies de desenho simples, mas suaves ao toque.

Em suma, um utilitário quase perfeito e muito equilibrado em todos os aspetos, sempre difícil de bater pela concorrência a não ser no preço. É que, apesar de tudo, o Polo continua a ser um dos utilitários mais caros da nossa “praça”.

Conclus O

É um dos melhores carros do segmento. Não é barato, mas é difícil apontar-lhe uma falha. Refinado, senhor de uma dinâmica acima da média e com um motor que, apesar dos 95 CV, não falha e é económico, surgindo acompanhado de uma direção e caixa de velocidades precisas. Um Golf em ponto pequeno com um aspeto resistente e no qual se pode confiar.

1. O painel de instrumento Digital Cockpit é de série, mas para ter o que vê na imagem, o Digital Cockpit Pro, terá de pagar mais 326 €. Vale bem a pena. 2. O sistema multimédia Ready 2 Discover recorre a ecrã tátil de 8,0’’. A navegação é opcional.

3. Podiam existir espaços de arrumação maiores. Há vários, mas de dimensões reduzidas.

Equipamento

SÉRIE Airbags frontais, laterais (dianteiros) e de cortina; controlos de estabilidade e tração; sistema Front Assist; sistema de monitorização dos peões; ajuda à manutenção na faixa de rodagem Lane Assist; sistema de deteção de fadiga; sistema Travel Assist com cruise control adaptativo; ajuda ao arranque em subidas; sensor de pressão dos pneus; faróis IQ Light LED Matrix com luzes de curva dinâmicas; faróis de nevoeiro; farolins em LED; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; ar condicionado manual; retrovisores elétricos aquecidos; bancos dianteiros com regulação em altura; volante multifunções em couro com regulações em altura e profundidade; apoio de braços dianteiro com 2 entradas USB-C; painel de instrumentos Digital Cockpit; sistema multimédia Ready 2 Discover com ecrã tátil de 8,0”, 4 entradas USB-C, Bluetooth, App Connect Wireless com Apple CarPlay e Android Auto e Streaming & Internet; sistema de chamada de emergência e-Call; e jantes em liga leve de 15 polegadas.

OPCIONAIS Pintura metalizada (517 €); alarme (280 €); jantes em liga leve de 16” (326 €); ar condicionado automático (358 €); carregamento por indução para smartphone (115 €); câmara traseira Rear Assist (269 €); Digital Cockpit Pro (326 €); Pacote Driver Assistance (527 €); sistema de navegação Discovery Media (563 €); suspensão desportiva (383 €); Teto panorâmico com abertura elétrica (865 €).

SEAT ARONA 1.0 TSI 110 CV DSG FR VS. TOYOTA

YARIS CROSS 1.5 HDF PREMIER EDITION

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