REVISTA - COOPERBOM em campo Ed. 19

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INFORMATIVO MENSAL EDIÇÃO 19 | JUNHO 2022

INOVADOR!

Dronesimitam ainteligência coletivadas abelhase aprendemcomo produtorrural.

Cultura microbiológica doleite.

Desinfecção detetos: importânciae cuidadospara osmelhores resultados.

Gestãode estoque:mais controlee rentabilidade.

Foto:DavidFragoso

COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE BOM DESPACHO

Av. das Palmeiras, nº 180

Fone: (37) 3521-3131

Contato: secretaria@cooperbom.com.br

DIRETORIA EXECUTIVA: (Mandato 2020 até A.G.O. 2024)

Presidente - Fúlvio de Queiroz Cardoso

Neto

Diretor Administrativo - Carlos Humberto de Araújo

Diretor Comercial - Enes Custódio Fialho

CONSELHEIROS ADMINISTRATIVOS:

EFETIVOS: Elda Maria da Silva Alves

Santos, Everaldo Eustáquio Oliveira Melo, Itamar Silva, Marco Aurélio Rodrigues

Costa, Terezinha Aparecida Rangel Silva, Wilian Diniz da Silva Rezende.

SUPLENTES: Amintas Pinto da Silva, José Mauro da Silva, Maurício da Costa Cardoso.

CONSELHEIROS FISCAIS 2022/2023:

EFETIVOS: Geraldo Elias de Oliveira, Joaquim Geraldo Campos, Ricardo Luís

Campos

SUPLENTES: Custódio de Oliveira Neto, Édson Longuinho, Haroldo de Oliveira

Costa.

CONSELHO EDITORIAL:

Fúlvio de Queiroz Cardoso Neto

Carlos Humberto de Araújo

Enes Custódio Fialho

Elda Maria da Silva Alves Santos

Renato Fragoso

PALAVRADOSDIRETORES.

Avocaçãoparaoagronegócioestáemnossasraízesmais profundas. Quem nos ensina é o historiador Orlando Ferreira deFreitas(inmemoriam),emseulivro“RaízesdeBomDespacho”.“Porvoltadoanode1760,escreveprofessorTadeuAraújo Teixeira,baseadonaobradograndehistoriador,oGovernoda CapitaniadeMinasGeraistratoudeocuparasterrasvizinhas a Pitangui. O ouro havia se exaurido; nascia, então, outra atividade econômica: a agropecuária. Das barrancas orientais do rio São Francisco, passando pelo rio Picão, até as margens ocidentais do rio Lambari, estabeleceram-se grandes propriedades rurais em terras doadas pelo governo, com a obrigação de que os senhores dessas terras passassem ali a morar,plantarlavourasecriargado.BomDespachonasceue cresceusobaégidedecomunidaderuralcomsuaeconomia, suas atividades, a moral e os costumes das famílias rurais. Nos meados do século XX, em maio de 1956, essa sociedade ruraldescobriunocooperativismosuagrandeforçaderepresentação. No dia 27 de maio de 1956, fundou-se a CooperativaAgropecuáriadeBomDespacho”.

Na edição deste mês da Revista COOPERBOM em campo, destacamos a matéria histórica com o ex-presidente da cooperativa por três mandatos, Jacques Gontijo Álvares. Jacquesnosfalasobresuatrajetórianocooperativismolocal e regional. “Arrojado”, “pioneiro”, “visionário” e “competente” são apenas alguns adjetivos que lhe fazem justiça. Em sua administração, a COOPERBOM deu um salto tecnológico e de desenvolvimento.

PRODUÇÃO:

Publicação: Cidade’s.com Editora de Jornais e Revistas

CNPJ - 16.634.399/0001-00

Editor: Renato Fragoso - 17.434/MG

Fone: (37) 99856-0290

Projeto Gráfico: Central de Ideias - CCPR

Diretor de Arte: David Fragoso

Revisão: Thalita Martins

TIRAGEM: 2.000 EXEMPLARES

Impressão: RONA EDITORA

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião desta revista e são de inteira responsabilidade de seus autores.

Outros importantes assuntos também foram abordados nesta edição: veremos como drones imitam a inteligência coletiva das abelhas e abrem caminho para “ensinar” à inteligência artificial os conhecimentos do produtor rural, com um artigo de José Luiz de Almeida Costa; falaremos também a respeito da palestra sobre cultura microbiológica do leite, proferida pela médica veterinária Geisiane Gonçalves; também será assunto a desinfecção de tetos, focando a importância e os cuidados para os melhores resultados, pela professoraMônicaCerqueira,emuitomais!

O agronegócio não é somente o maior propulsor desenvolvimentistadeBomDespachoesustentáculodaeconomia brasileira, como também o grande produtor de alimentos paraomundo.Sim,temosorgulhoemdizer:SOMOSAGRO!

No dia 27 de maio, a COOPERBOM completou 66 anos de suafundação,e,nodia1ºdejunho,BomDespachocompletou 110 anos de emancipação política. Parabéns, Bom Despacho! Parabéns,COOPERBOM!

Boaleitura!

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JACQUES GONTIJO ÁLVARES.

Ex-Presidenteda COOPERBOM.

O engenheiro civil especialista em engenharia econômica pelo Fundação Dom Cabral e apaixonado pelo cooperativismo Jacques Gontijo Álvares iniciou sua trajetória administrativa na COOPERBOM em 1983, quando foi eleito para o Conselho de Administração. Três meses após sua eleição, foi conduzido à diretoria administrativa em substituição ao diretor Raimundo Nonato de Oliveira (Mundinho). Permaneceu no cargo até 1986. Naquele ano, elegeu-se presidente da COOPERBOM, tendo sido reeleitoem1989e1992.“Cumpriapenasumano no último mandato na cooperativa. Em 1993, fui convidado e eleito diretor da CCPR/Itambé”, informa. Na CCPR, onde permaneceu até 2017, foram cinco mandatos como diretor (vice-presidentecomercial)etrêscomopresidente.

BONSTEMPOS,BOASLEMBRANÇAS!

“É sempre agradável falar dos bons tempos. Trazem-me ótimas lembranças! Fui presidente da COOPERBOM por três mandatos consecutivos. Minha passagem pela cooperativa foi rica em experiência. Tive oportunidade de fazer um bom trabalho, juntamente com uma equipe competente de conselheiros, e mesmo aqueles que não participaram diretamente da administração me ajudaram muito. Apesar de muito jovens à época, conseguimos fazer o trabalho de unir o pessoal, informatizamos a cooperativa, implantamos os comitês educativos, aumentamos a equipe de assistência técnicaerealizamosmuitaspalestras,levando

informação aos produtores. A partir de tantas e rápidas inovações tecnológicas, um dos principais papéis da cooperativa passou a ser levar o que há de mais moderno em tecnologia aos cooperados”, relata Jacques.

“A passagem pela presidência da COOPERBOM foi um período muito bom em minha vida, no qual aprendi muito e colaborei para o desenvolvimento da entidade com iniciativas inovadoras na época, como a informatização e o estabelecimento de padrões modernos de gestão que havia aprendido na minha antiga atividade como engenheiro. Foi um período rico, fiz bons amigos, aprendi muito com eles, tenho ótimas lembranças”, conclui.

INOVADOR:

A administração de Jacques Gontijo Álvares à frente da cooperativa foi essencial para o salto de desenvolvimento administrativo, educacional, tecnológico e de assistência ao cooperado da COOPERBOM. “Sempre gostei de inovar, de novidades e suas aplicações na gestão. Em todos os meus mandatos na cooperativa, procurei seguir essa característica de minha personalidade através da implantação de várias inovações que trouxeram muitos benefícios para os cooperados – entre elas, criação e adoção de novos parâmetros para a precificação do leite, renovação interna, informatização, introdução dos primeiros computadores, reformulação da política de recursos humanos,selecionandoetreinandoaspessoas

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Foto:DavidFragoso

e recompensando-as pelos pelo desempenho, implementaçãodameritocracia,ampliaçãodo quadrodeassistênciatécnicaaoprodutorcom a contratação de veterinários e agrônomos paraintensificaraintroduçãoetransmissãode novos conhecimentos para o produtor. Através de convênio com a Universidade de Viçosa, por intermédio do professor Sebastião Teixeira Gomes, autoridade máxima no país em estudos econômicos, promovemos várias palestras sobre a formação do custo do leite. Firmamos convênio com a Esalq, cujos professores, catedráticos, vinham sempre a Bom Despacho fazer palestras sobre as principais novidades e inovaçõestecnológicasparaosprodutores.Em 1991, a COOPERBOM foi a primeira cooperativa noBrasilaimplantarumsistemadepagamento do leite que bonificava o produtor levando em conta a qualidade, as condições de exploração e o volume fornecido. Logo depois, o sistema foi implantado pela CCPR/Itambé e seguido por várias outras empresas. A COOPERBOM cresceu muito nessa época. Quando deixamos a presidência, a cooperativa era a segunda ou a terceira maior cooperativa em captação de leite de Minas Gerais e uma das maioresdoBrasil”,contaJacques.

MAIORLEGADO:

“O maior legado que deixei para a COOPERBOM foi a implantação de um sistema de pagamentodeleiteconsiderandoaqualidade, ascondiçõesdeexploraçãoeovolumedeleite captado.”

Considerado visionário e com o olhar à frente de seu tempo, Jacques atribui essas características aos grandes mestres que teve ao longo de sua vida. “Em 1982, ocupei a presidência da Comissão de Leite da Faemg, presidida pelo saudoso Antônio Ernesto Salvo, líder sindicalegrandeprodutor,deideiasbrilhantes –muitasàfrentedeseutempo.Convividepois com o ministro Alysson Paolinelli, na CNA, e com Roberto Rodrigues, na OCB, com quem trabalhei na parte de leite. A convivência com essaspersonalidadesmepropiciouumavisão muito ampla do que estava acontecendo no mundo e que esperávamos que acontecesse no Brasil com a evolução dos tempos. Viajamos para o exterior em visita a países mais desenvolvidos na atividade leiteira. Em todos eleshaviatendênciadeaumentodeescalade produção do leite, fator econômico de suma importância na atividade, uma vez que o leite depende muito da produção em escala. Isso já era realidade em muitos países. Vimos o leite ser granelizado (coletado a granel), o que veio a ser uma realidade no Brasil após alguns anos. Essa oportunidade de conhecer e trabalharcomgrandeslíderesdementalidademuito evoluída ajudou-me a forjar essas ideias”, reconhece Jacques.

“Existe uma frase dita por um político – se não me falha a memória, creio que foi Benedito Valadares – que dizia: ‘É perigoso falar a verdade antes da hora!’. Eu sempre falava as coisas que acreditava e muitas vezes fui criticado por isso. Eu não sei mudar os fatos ou as realidadesenãosoupolítico.Souummaupolítico, na acepção da palavra ‘político’! Muitas vezes,fuicriticadoporfalaraverdadeantesda hora!”, admite Jacques.

Foto:DavidFragoso

EXISTEMDOISDIVISORESDEÁGUASNO SETORLEITEIRONOBRASIL:

-Em1991,comaliberaçãodepreços,quando ficamos livres das amarras do tabelamento do Governo.

- Em 1997/98, quando foi implantada a granelização.

Sobreseuprotagonismonocooperativismo decrédito,JacquesGontijodissequeacriação da Credibom “é fruto da ideia de um jovem visionário que acreditou em outro visionário, Roberto Rodrigues”.

Para Jacques, o crescimento da agricultura na região é um processo irreversível. “Já existe um grupo de jovens produtores assumindo as fazendas, em um processo de sucessão que está indo muito bem. Esses jovens são arrojados,estãopreparadosecommuitadisposição para administrar o negócio”, comemora.

O ex-presidente da CCPR e da COOPERBOM falou sobre a importância do projeto da derivação do rio São Francisco para aumento da vazão do rio Picão, do qual ele é um dos idealizadores, incentivado pelo ex-ministro Alysson

Paolinelli – maior visionário do Brasil, segundo ele,completando:“Ohomemquerevolucionou o agronegócio brasileiro!”. O projeto tem um potencialde10milhectaresevaigerarmaisde 10milempregos.“Éumprojetograndeetemos tentado viabilizá-lo”, salientou.

Sobre a COOPERBOM, Jacques disse que a atual diretoria está indo muito bem. “Tenho conversado com eles sobre a importância da cooperativa de se aproximar do produtor, ver quais são suas demandas e atendê-las”, disse. Sobre o papel da COOPERBOM no atual contexto da evolução tecnológica no agronegócio, o ex-presidente da entidade alertou: “A COOBERBOM precisa olhar para um ponto que será um diferencial para o futuro e ajudar o produtor a entrar na era digital. Em pouco tempo,oprodutordeleitequenãoestivermuitobem-estruturadoparaingressarnessenovo mundo digital estará fadado ao insucesso. A COOPERBOM, que sempre teve a missão de ajudar o produtor, certamente irá voltar seus olhos para o mundo digital e cumprir o papel de preparar e orientar o produtor para essa nova realidade”, concluiu.

Foto:DavidFragoso

JacquesGontijoeseufilhoPedro, sucessornaFazendaSãoPedro.

ENXAMEDEDRONES IMITAAINTELIGÊNCIA

COLETIVADASABELHAS

EABRECAMINHO

PARA“ENSINAR”OS CONHECIMENTOSDO PRODUTORRURALÀ INTELIGÊNCIAARTIFICIAL.

JOSÉLUIZALMEIDA

COSTA

Consultor em conhecimento transversal Cofundador do Movimento DroneLANT

Softwarescomputacionaisbioinspiradosquecopiamalógicadas abelhasservempara“ensinar”esquadrãodedronesavoarcomo enxamenacoletadedadosparageraramesmainteligênciadas colmeias.

Seguindoessatendência,chegaráomomentoemqueamilenar sabedoriadoprodutorrural“ensinará”ainteligênciaartificialacuidar daproduçãocomosefosseelepróprio.

Imagine esquadrões de drones que realizam tarefas rurais, não colidem uns com os outros e desviam de obstáculos. Inspirados nas abelhas, os “enxames de drones” são capazes de vasculhar extensas áreas à procura de alvos, como, por exemplo, localizar com precisão plantas daninhas e, assim, aspergir defensivos agrícolas diretamente nas pragas, poupando o restante da lavoura.

Para a Embrapa, “se um drone sozinho jáfoiassociadoaumfilmedeficçãocientífica,imagineumesquadrãodessesaparelhos em diferentes formas e tamanhos povoando o espaço aéreo, executando tarefas como pulverização da lavoura, numa velocidade muito maior do que seria feito apenas por um”.

Na China, enxames de microdrones adaptados para tarefas silvícolas conseguem voar entre vegetações densas e florestas. Enxames de drones podem ser úteis em vários serviços rurais. Em Israel,

umagricultordemaçã,semnenhumaespecializaçãoemrobótica,operaumenxamededronescapazdeauxiliá-lo,tantono cultivocomonacolheita.Alémdastarefas de pulverizações durante o cultivo, na colheita, os drones são equipados com sensoresebraçosmecânicosparaselecionar e colher as maçãs maduras.

Na prática, um enxame de drones age como esquadrão de robôs voadores programados com softwares que imitam a lógica das abelhas, o que lhes dá a capacidade de realizar automaticamente determinadas operações sem a interferência humana – dentre elas, a capacidade de voarem coordenadamente na busca de alvos predeterminados, além do desvio de obstáculos e colisões. Assim como as abelhas, os drones compartilham um comosoutrososdadoscaptadosdurante o voo.

A “inteligência de enxames”, um dos conceitos mais avançados na aprendiza-

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gem da máquina, é o ramo da ciência de análise de dados (“data analytics”) que cria fórmulas matemáticas (algoritmos) baseadas no comportamento coletivo de determinadosanimais(abelhas,formigas, aves,cardumesetc.),imitandoalógicade comoagemcoordenadamentenaexecução de tarefas.

As formigas, por exemplo, conseguem estabelecer rotas seguras no percurso de menor distância entre o formigueiro e a fonte de alimentos. Uma vez interrompida a rota, elas conseguem traçar novos trajetos sem abandonar o objetivo. Um instinto inteligente cuja eficiência nós, seres humanos, só conseguimos obter com a ajuda de mapas e GPS ou informações dadas por terceiros.

O Instituto de Matemática Pura e Aplicada descobriu que a abelha pode ser treinada para reconhecer imagens e até diferenciar rostos humanos. Alguns experimentos adestraram com sucesso as abelhas para tarefas lógicas que até então eram desconhecidas por elas. E, graças à capacidade de troca de dados com outras abelhas, a nova lógica aprendida é compartilhada com a colmeia, o que faz evoluir a inteligência do enxame.

Os drones não substituirão as abelhas,

mas o objetivo é a execução de tarefas rurais com a mesma eficiência delas. Hoje, cada drone é operado remotamente por um piloto. Agora, imagine um enxame de 20 drones operado somente por um piloto. O resultado é que a produtividade será multiplicada 20 vezes em uma única operação.

Os enxames de robôs poderão, por exemplo,executartarefaseserviçosrurais emáreassemhabitatsdeabelhasouque colocariam em risco a vida delas, como, por exemplo, terrenos com uso intenso de pesticidas, áreas contaminadas ou degradadas, lixões, áreas verdes urbanas próximo a poluição provocada por veículos a combustão.

Há milênios o produtor rural se inspira na natureza, cuja sabedoria, agora, também é utilizada pela computação bioinspirada.Nãosesabequandoainteligência artificial será plenamente incorporada às tarefas rurais, mas é certo que a sabedoria bioinspirada do produtor rural é um dos quesitos para ensinar a máquina a pensar (“machine learning”).

Segundo previsões, a geração de futuros produtores rurais que irá usufruir da inteligência artificial já nasceu.

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CULTURA MICROBIOLÓGICA DOLEITE.

A COOPERBOM, em parceria com o Laboratório MSD Saúde Animal, promoveu, no dia 26 de maio, no auditório da COOPERBOM, palestra direcionada a cooperados. A temática tecnológicafoi:“Culturamicrobiológica do leite”.

A palestrante e médica veterinária Geisiane Gonçalves, também

consultora em pecuária pela MSD Saúde Animal, falou sobre melhorias na qualidade do leite com foco na mastite. Abordou-se também a temática sobre cultura de amostras de leite para diagnosticar qual agente bacteriano está dentro da fazenda. “É um tema bastante importante na pecuárialeiteira,considerando-seser um grande desafio para o produtor

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JULIANASANTOS SILVA Médica veterinária

de leite. A falta de controle da mastite traz perdas financeiras bastante relevantes ao sistema, não somente por esse lado, mas também perdas no potencial produtivo da vaca, incluindo o descarte e a redução na produção de leite”, ressalta Geisiane Gonçalves.

Juliana Santos, médica veterinária da COOPERBOM, explica que o exame permite identificar na fazenda, em tempo real, qual bactéria está causando mastite nos animais e alterando a qualidade do leite produzido.

Entre os dias 30 de maio e 3 de junho, aconteceu atendimento pela equipe técnica da MSD Saúde Animal na loja agroveterinária do bairro Ana Rosa, em Bom Despacho (MG). “Essa

parceria, através do Programa Rota do Leite, oferece ao cooperado oportunidade para conhecer a ferramenta e realizar análises na propriedade, sem custos com o exame. O cooperado pode receber o resultado em até 24 horas”, observa Juliana Santos.

O projeto está sendo realizado sob orientação da médica veterinária Geisiane Gonçalves, consultora da MSD Saúde Animal, em parceria com a COOPERBOM.

Saibamaisindoatéumadenossas lojas ou ao Departamento Técnico da COOPERBOM. Juliana Santos convida você, cooperado: “Venha participar da Rota do Leite e ser um produtor de sucesso com qualidade, segurança e maior rentabilidade!”.

DESINFECÇÃODETETOS:

Importânciaecuidadosparaosmelhoresresultados.

A desinfecção de tetos antes (predipping) e após a ordenha (postdipping) é uma etapa importante para garantir a obtenção de leite com qualidade.

Ela atua na descontaminação da pele dos tetos evitando que bactérias contagiosas e ambientais invadam a glândula. Quando realizada de forma correta, há eliminação das bactérias ambientais que contaminaram a pele dos tetos antes da ordenha pela ação do predipping. No caso das bactérias contagiosas que contaminam a pele dos tetos principalmente durante a ordenha, a etapa do postdipping é extremamente importante.

Por que, então, realizar corretamente a desinfecção dos tetos? Quais as consequências de uma desinfecção incorreta

antes e após a ordenha?

Quando o procedimento é falho e o desinfetante não é de boa qualidade, as bactérias não são eliminadas, podem invadir a glândula mamária e causar um quadro de mastite subclínica com aumento da contagem de células somáticas (CCS). É importante lembrar que a mastite subclínica diminui a produção de leite e altera a sua qualidade. Além disto, dependendo da bactéria que invadir a glândula mamária, podemos ter, também, aumento da contagem padrão em placas (CPP), ou seja, do número de bactérias no leite do tanque. Isto ocorre, quando por exemplo, no caso de uma bactéria altamente contagiosa, chamada Streptococcus agalactiae.

O pre e postdipping impedem que estas bactérias entrem na glândula mamária e causem a mastite.

Figura1.Desenhoesquemático combactérias(pontosazuise vermelhos)presentesnapelee extremidadedostetosinvadindo aglândulamamáriaecausando mastitesubclínica.

Fonte:Adaptado-TheUniversity ofEdinburgh(2019)

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Podemos ainda ter problemas de mastite clínica quando principalmente as bactérias ambientais invadem a glândula mamária e desenvolvem um quadro clínico que pode ser muito grave, sinalizado na Figura 2 pela cor vermelha da glândula mamária. Estas bactérias, como por exemplo, Escherichia coli, podem desenvolver uma mastite hiperaguda e levar a vaca até a morte.

Figura2.Desenhoesquemático combactérias(pontosazuise vermelhos)napeleeextremidade dostetosinvadindoaglândula mamáriaecausandomastite clínicasinalizadapelacor vermelhadaglândula.

Fonte:Adaptado-TheUniversity ofEdinburgh(2019)

Uma forma de avaliar se a desinfecção antes e após a ordenha está sendo realizada de forma adequada, consiste em, periodicamente, envolver um papel toalha seco descartável em toda a extensão do teto desinfetado e observar. Quando o procedimento é realizado de forma correta, toda a extensão do papel fica úmida, demonstrando que todo o tetofoidesinfetado.Istoésimplesemuitoimportante!

Então produtor, comece hoje mesmo a avaliar se a desinfecção dos tetos está

sendo feita corretamente!

O que fazer para garantir que os procedimentos de desinfecção antes e após a ordenha sejam corretos? A escolha de um produto com boa ação desinfetante é o primeiro passo para eliminar as bactérias presentes na pele e na extremidade dos tetos (Figuras 1 e 2). Realizar os procedimentos de forma correta é o segundo passo. Os pontos importantes que precisamos estar atentos para garantir os melhores resultados estão descritos na Figura 3.

1. Imersão completa dos tetos em uma solução desinfetante eficiente;

2. Deixar o desinfetante no predipping atuar por 20 a 30 segundos na pele dos tetos. Após este tempo, secar os tetos com papel toalha descartável;

3. Uso de copo sem retorno;

4. Secagem

Figura3.Imersão totaldostetos quedeveser feitanopree nopostdipping nomanejo deordenhae quatropontos importantesque precisamosestar atentos.

Fonte:Adaptado -TheUniversity ofEdinburgh (2019)

Vacas submetidas à desinfecção de tetos antes e após a ordenha e de forma correta têm uma redução de 50% dos novos casos de mastite no primeiro ano e de 75% no segundoano. Istosignificamaisanimaissadiosnorebanho,menorCCSdoleitedotanquee maior produção de leite. Em outras palavras, significa vacas felizes e mais leite no tanque. Fique atento produtor! A desinfecção correta dos tetos faz toda a diferença e é muito importante para a produção de leite com qualidade!

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dos tetos com papel toalha após o predipping.

DIADECAMPO–PARCERIA CCPR/COOPERBOM.

IniciativafazpartedoCircuitoNota10.

No dia 25 de maio de 2022, a COOPERBOM, em parceria com a CCPR, participou do Circuito Nota 10, realizado na propriedade do cooperado Alcimar Teixeira Borges, a Fazenda Inhumas, no município de Arcos (MG).

O Dia de Campo integra o projeto Circuito Nota 10, que promove a capacitação de fornecedores de leite cooperados da Cooperbom, através de palestras, cursos e outras experiências.

O diretor comercial da COOPERBOM, Enes Fialho, participou do evento e explicou que esse momento é muito importante, pois aproxima ainda mais a cooperativa do seu cooperado,

apoiando seu trabalho e incentivando-o a melhorar cada vez mais.

No evento, o tema abordado foi “Manejo de vacas em sistemas confinados”, ministrado pelo médico veterinário Marcus Moreira, que explicou sobre dois sistemas de confinamento – free stall e compost barn – e discutiu os principais aspectos de estrutura e dimensionamento desses dois tipos de galpões.

Marcus Moreira, médico veterinário pela Universidade Federal de Viçosa, explicou sobre os aspectos básicos de manejo de cama de areia, compost e cama de material orgânico (serragem e palha de café). “Falamos

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também sobre custo e manutenção dessas instalações, manejo de dejetos, cada item da composição dessas estruturas e formas de avaliar se as vacas estão confortáveis nesse ambiente”, explicou.

Aofinaldapalestra,MarcusMoreira fez análise de viabilidade do sistema deproduçãointensivo,demonstrando a importância de se intensificar esse método, que traz mais retorno para o produtor.

O médico veterinário e consultor do Educampo/Sebrae Gustavo Torres, que atende o cooperado senhor Alcimar T. Borges, explica que ele adotou há pouco mais de um ano o sistema de free stall em sua propriedade. “Nesse modelo, as vacas ficam alojadas em um barracão com oferta de camadeareiaparasedeitarem,dieta 24 horas por dia no cocho e ventila-

ção”, relata. De acordo com Gustavo Torres, o objetivo dessa prática é oferecer uma excelente condição de conforto para que as vacas possam expressar o potencial genético através do aumento da produção de leite. Já se observa acréscimo de aproximadamente 5 L por vaca na média anual, número essequevemsendomelhoradomensalmente.

Senhor Alcimar T. Borges atua juntamente com sua família diretamente na fazenda e adota diversas tecnologias para melhorar a atividade, tais como silagem de grão úmido, silagem feita por automotriz, energia fotovoltaicaefertilizaçãoinvitro,além do free stall. Além disso, a fazenda é certificada pelo programa Práticas Nota 10, da CCPR, o que garante a qualidade da produção de leite.

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MarcosFernandes(SupervisordecaptaçãoCCPR),Ricardo Fernandes(consultortécnicoCOOPERBOM),JulianaSantos(médica veterinária),AlcimarTeixeiraBorges(Produtorrural),EnesFialho (DiretorComercialCOOPERBOM),SâmaraRufino(Supervisorade desenvolvimentodoprodutorCCPR).

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37 3521-3621

ANÁLISEDOSOLO: FERRAMENTA INDISPENSÁVELNA AGRICULTURA!

GUILHERME BARBOSA

A análise do solo é fundamental para que o agricultor possa diagnosticar as condições tanto químicas quanto físicas, como os teores nutricionais, a acidez e o tamanho das partículas, além de permitir avaliar qual a necessidade de calagem, quanto e qual tipo de calcário deve ser utilizado e quais nutrientes devem ser fornecidos por meio de adubação. Ou seja: a garantia de uma alta produtividade aliada à preservação do meio ambiente passa por um solo fértil e conservado, e a análise do solo é fundamental para propiciar as melhores condições para as culturas desejadas.

PRINCIPAIS OBJETIVOS DA ANÁLISE DO

SOLO:

Essas amostras do solo a serem coletadas anualmente geralmente são feitas antes do plantio das culturas, sejam anuais ou perenes. Através dessa técnica, é possível:

1)Identificarfatoreslimitantesderendimento de cada propriedade;

2) Indicar a capacidade de fornecimento de nutrientes do solo, servindo de ponto de partida para o uso de fertilizante e calcário;

3) Identificar e entender a variabilidade natural da sua fazenda;

4) Monitorar a fertilidade do solo e as

tendências no longo prazo, de forma que os programas de manejo de nutrientes possam ser ajustados para atender as metas.

TIPOSDEANÁLISESDESOLO:

As análises de solo mais utilizadas pelo produtor rural são:

ANÁLISEQUÍMICABÁSICA:

Assim você saberá como está a integridade ante o manejo do solo, já que o plantio direto ou convencional, com ou sem rotação, a adubação verde e as diferentes culturas, entre outras modalidades, influenciam a disponibilidade de nutrientes no solo.

ANALISEQUÍMICACOMPLETA:

A principal ferramenta utilizada para avaliar a fertilidade do solo é a análise química de solo. É o tipo de verificação que é feita quando é necessário que sejam avaliados todos os macronutrientes e os micronutrientes do solo. Ou seja, o dimensionamento é em cima de todo nutriente que a planta necessita em grande quantidade (macronutrientes) e também os que são necessários em doses menores (micronutrientes).

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Engenheiro Agrônomo e PósGraduado em Gestão de Pessoas

ANÁLISEGRANULOMÉTRICA:

Determina a proporção de constituintes do solo (areia, silte, argila), influenciando o correto uso e manejo e indicando o risco de erosão, a disponibilidade de água para as plantas, o uso econômico de adubos, a mecanização adequada e a melhor cultura. Complementa a análise química, garantindo maior segurança para o diagnóstico.

É importante que elas sejam realizadas em conjunto, para que seja possível relacionar as proporções de nutrientes e acidez com o potencial de uso e manejo do solo. O resultado das duas análises permite a elaboração de um diagnóstico de fertilidade mais preciso.

IMPORTÂNCIADAANÁLISEQUÍMICANO PLANEJAMENTOAGRÍCOLA:

A análise química do solo é importante para avaliar a fertilidade do solo, informando os parâmetros associados à acidez, ao teor de matéria orgânica e à disponibilidade de nutrientes, devido ao fato dequeaanáliseinfluenciaaqualidadede todo o planejamento agrícola.

Esse tipo de análise é muito eficaz quando não há nenhuma informação so-

bre a propriedade, para novas áreas ou em caso de mudança brusca de sistema produtivo. Outra indicação é nos casos em que tenha ocorrido algum problema nutricional na safra anterior e ele não tenha ficado claro.

A partir do resultado do laudo, é feita a prescrição para o uso prudente de fertilizantes e corretivos, possibilitando maior produtividade e, ao mesmo tempo, lucratividade ao agricultor, além de um maior cuidado com o meio ambiente.

IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE FÍSICA NO PLANEJAMENTOAGRÍCOLA:

Através da análise física, você conhece atexturadosolo,ouseja,secontémargila, silte e areia. Identificando as diferenças em cada pedaço de sua propriedade, vocêconsegueperceberosmelhoresmanejos para cada talhão.

Essa diferenciação possibilita conhecer o potencial de uso e manejo do solo na área, como, por exemplo, a disponibilidade de água para as plantas, o risco de erosão e o potencial de mecanização, entre outros.

Continuanapróximaedição.

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ULTRASSONOGRAFIA NAREPRODUÇÃO BOVINA.

CHARLESVINÍCIUS

Médico Veterinário

Na última edição da Revista COOPERBOM em campo, no artigo que escrevi, disse que falaria mais a respeito da ultrassonografia. Hoje, portanto, trago mais detalhessobreessagrandeinovação,que auxilia na reprodução dentro da propriedade rural.

Aultrassonografianareproduçãobovina é uma aliada muito importante dentro do manejo reprodutivo, no dia a dia, e é umarealidadecadavezmaiscomumentre os produtores de leite e de corte.

Para a realização dessa técnica, é necessário ter conhecimento da anatomia, da fisiologia e da patologia dos diferentes sistemas do animal. Não podemos considerar uma alternativa ao exame clínico convencional, e sim uma ferramenta para complementar os exames, fornecendo imagens em tempo real e possibilitando, inclusive, a documentação com maior precisão.

Essa técnica vem sendo utilizada por médicos veterinários por ser um exame moderno, preciso e pouco invasivo, que consegue realizar uma avaliação completa de forma ágil.

Cada vez mais é comum a utilização dessa tecnologia na reprodução bovina, já que ela representa um grande avanço que contribui para todas as etapas do manejo reprodutivo, auxiliando no controle mais efetivo da taxa de prenhez e natalidade.

Abaixo seguem algumas das vantagensdeseintroduziraultrassonografiano manejo reprodutivo da fazenda:

• Ajuda a visualizar as modificações do trato reprodutivo feminino nas diferentes fases do ciclo estral em nível uterino e ovariano.

• Possibilita a identificação das características de cada fase gestacional tanto nos órgãos reprodutivos da mãe como nosenvoltóriosenoembriãooufeto.Além disso,atécnicaéútilparaidentificaçãode alterações provocadas pelos transtornos reprodutivos ao longo do ciclo estral e da gestação.

• Viabiliza o acompanhamento da dinâmica ovariana, a mensuração do diâmetro dos folículos em crescimento ou regressão, a avaliação de corpo lúteo e a determinação do momento da ovulação, possibilitando avanços significativos no entendimento e na caracterização das ondas de crescimento folicular.

É certo que, diante de alguns dos pontos importantes citados, o uso da ultrassonografianomanejoreprodutivofazcom oqueomédicoveterináriotenhaacessoa diagnósticos mais precisos, melhorando, assim, a eficiência dos resultados. Vamos conhecer algumas das aplicações dessa ferramenta para melhorar o manejo dentro da fazenda.

AVALIAÇÃOGINECOLÓGICA:

A ultrassonografia em bovinos é uma importante técnica utilizada no diagnóstico de patologias reprodutivas em fêmeas enaidentificaçãodocicloestraldoanimal.

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FERREIRA

Essatécnicaécapazdeidentificaraetapa do ciclo observando a aparência do útero e a estrutura do ovário, o que aumenta a precisão da aferição. Já para fêmeas não gestantes, a ultrassonografia permite a avaliação de corpos lúteos e folículos, possibilitando a triagem de fêmeas para protocolos de reprodução, diagnósticos de patologias reprodutivas e avaliação do potencial de produção de embriões.

DIAGNÓSTICODEGESTAÇÃO:

Uma das principais aplicações da ultrassonografia em bovinos é o diagnóstico de gestação. O método é mais seguro para o animal, não gera lesões no feto e na mãe e é mais preciso e mais rápido no diagnóstico precoce da prenhez. Um dos pontos mais importantes, além de diagnosticar a gestação, é identificar vacas vazias, porque a identificação precoce dessa fêmea permite que medidas sejam realizadas para que ela seja novamente inseminada, possibilitando a gestação.

SEXAGEMFETAL:

A importância da sexagem fetal vem crescendo dentro do manejo reprodutivo, pois permite aos criadores algumas vantagens, como a comercialização de

receptoras com prenhez específica e a programação da formação de plantéis.

ASPIRAÇÃOFOLICULAR:

Esta técnica é importante para a produção de embriões in vitro, realizada para fins comerciais.

A ultrassonografia também é aplicada como auxílio na Inseminação Artificial em TempoFixo(IATF),sendousadacomauxílio nomonitoramentodoperíodofértildoanimal. E não podemos deixar de citar ainda asuautilidadenoacompanhamentogestacional do animal, ajudando a monitorar o desenvolvimento fetal e algumas possíveis malformações.

Portanto, podemos concluir que o uso da ultrassonografia no manejo dentro da propriedade rural é muito eficaz e traz muito retorno econômico ao produtor. Ressalto também a importância do manejo reprodutivo dentro da bovinocultura, tanto de corte como de leite, pois é uma das áreas mais rentáveis e, ao mesmo tempo, competitivas do agronegócio brasileiro. Dessa forma, quem quer produzir com alta lucratividade precisa estar atento às novas tecnologias de reprodução.

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GESTÃODE ESTOQUE:MAIS

CONTROLEE RENTABILIDADE.

Ter um negócio rentável é cada dia mais desafiador e o agronegócio não foge a essa regra. Portanto, para alcançar o sucesso há uma série de obstáculos que devem ser ultrapassados todos os dias, e um deles é o estoque.

RODRIGUES

Estoque por definição é a quantidade mercadoria/produtos armazenados num depósito. Desta forma, todo e qualquer insumo, equipamento ou medicamento que esteja parado na fazenda esperando para ser utilizado, é considerado estoque. Entendido isto, por que é tão importante fazer um bom planejamento e gestão de estoque na fazenda? Porque estoque é dinheiro parado que perde valor com o tempo, que gera despesas sem necessidade.

O acúmulo, bem como o mau armazenamento de mercadorias, peças, medicamentos, alimentos, adubos, máquinas e até mesmo animais, pode trazer um grande prejuízo para a propriedade, afinal, o dinheiro empatado nestes itens poderia ser investido em soluções que melhorariam o produto final e realmente gere lucro para para fazenda. A indústria não paga nada a mais pelo leite de uma fazenda que possui várias máquinas e equipamentos quase nunca utilizados, nem para a propriedade que tenha uma farmácia com medicamentos que muitas vezes vencem antes de serem consumidos.

É importante ressaltar que a falta de produtos, os erros no controle de insumos e fertilizantes e a ocorrência de custos extras são problemas que podem ser evitados. Tudo deve ser bem pensado, surgirão oportunidades de negócios que não podem ser perdidas, como promoções ou compras de volumes maiores, mas deve-se analisar que estoque além do mínimo necessário ou acondicionado de forma er-

AMANDA
ELEUTÉRIO Pós-graduanda em administração do agronegócio

rada, pode ser desperdício.

A gestão de estoque na fazenda é um dos pontos necessários para aumentar a rentabilidade da propriedade. Os gastos com medicamentos, trato animal e insumos agrícolas representam os maiores custos da fazenda, ou seja, evitando o desperdício, você aumenta seus lucros, é preciso capacitar todos da fazenda para enxergar e eliminar os erros, melhorando a eficiência do negócio.

Durante as fases de produção da fazenda, todas as etapas do processo devem ser bem planejadas e executadas evitando prejuízos.

Saber o quanto foi gasto ou administrar o quanto de produto ainda tem no estoque são alguns dos processos para manter a saúde financeira de uma propriedade.

Um dos primeiros critérios a serem avaliados é o local do estoque, ou a forma que o produto será armazenado, no caso de ração ou suplemento mineral, será granel ou sacaria? O uso de silos graneleiros otimiza o espaço de estoque, já a opção por sacarias, necessita de maior espaço, livre de umidade e sol. O empilhamento dos sacos deve permitir a adequada conservação e manuseio dos mesmos garantindo a qualidade dos produtos. Os sacos devem estar

sobre estrados ou paletes, a limpeza do local, bem como a retirada de embalagens danificadas ou rasgadas, deve ser efetuada com frequência, eliminando insetos e roedores.

Os insumos agrícolas, além de toda proteção contra umidade e sol, necessitam muitas vezes de armazenamento em local mais seguro e protegido, quando possível até trancado. Principalmente os defensivos agrícolas e sementes, devido seu grande valorfinanceiro,podemsergrandealvodos ladrões.

Vale ressaltar também, as embalagens vazias de agrotóxicos, que necessitam de descarte adequado após o uso. Até que sejam entregues no local indicado pelo vendedor, as embalagens devem ficar armazenadas em local apropriado, de forma a evitar contaminação do solo e de rios, nunca devem ser reaproveitados.

Já os medicamentos veterinários devem ficar acondicionados conforme a bula, em local arejado, identificados, livre de calor e umidade. No caso de vacinas, devem ser sempre mantidos sobre refrigeração.

VEJACOMOACOOPERBOMPODETE AJUDARNAGESTÃODOESTOQUE:

PLANEJAMENTO:

O grande problema da maioria das propriedades é a falta de planejamento, desde oplantiodealimentosatéonúmerodeanimais no rebanho. Converse com os consultores de campo ou com os agrônomos da COOPERBOM para que façam os cálculos da quantidade de silagem a ser produzida. Antecipe suas compras, garantindo melhores preços e que não falte insumos para sua lavoura.

No caso de medicamentos, procure nossos veterinários que farão a indicação correta dos medicamentos, de acordo com a necessidade de seus animais, assim não acumular o que não será utilizado, bem como fazer um tratamento correto e eficaz.

ORGANIZAÇÃO:

Tenha um local apropriado para armazenagem de cada tipo de produto, como alimento animal separado de insumos agrícolas, assim evita contaminação. Ao repor o estoque garanta que os produtos com validade mais próximas fiquem a frente, para que sejam consumidos primeiramente.

Peça ajuda aos consultores de campo da COOPERBOM, para identificar o melhor local de armazenagem, tendo a opção de adquirir os silos graneleiros com condições especiais. Fazendo a melhor escolha e com tudo organizado, o produtor rural pode antecipar os pedidos de ração ou matérias-primas, de forma a não faltar alimento para seu rebanho e evitando quebra na produção.

MANTENHAAPENASOESTOQUEA UTILIZADO:

É preciso ter claro onde pretende chegar com o seu negócio, pois produzir sem um norte verdadeiro e sem planejamento, consumirá uma grande quantidade de recursos e em algum momento a fazenda não vai mais suportar o rebanho existente, sendo assim, é importante que se mantenha no estoque de animais necessários para reposição do rebanho lactante. Animais de baixa produção, com pouca rentabilidade devem ser descartados.

Máquinas e equipamentos que há tempos não são utilizados: venda ou troque por algo realmente necessário para a atividade. Alimentos em excesso, armazenados

por longos períodos podem estragar e prejudicar os animais que o consumirem, estoque apenas o que será utilizado num curto espaço de tempo.

Na fazenda da COOPERBOM, o cooperado pode adquirir animais de excelente qualidade para repor o seu rebanho. Ainda existe junto a cooperativa parcerias de oportunidades para adquirir novos tratores e equipamentos.

Agestãoeficienteéabaseparaosucesso de qualquer fazenda. É necessário saber oqueestáacontecendonasuapropriedade e ainda prever possibilidades. O controle do estoque é mais um desses cuidados essenciais, por isso apostar em soluções que facilitem esse tipo de processo pode representar ganhos significativos de tempo e dinheiro. Conte sempre com a COOPERBOM para melhorar sua rentabilidade.

AmandaRodriguesEleutério Pós-graduandaemadministraçãodoagronegócio MBAemgestãoestratégicadecooperativas

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COOPERBOMRECEBESELODE RESPONSABILIDADESOCIAL.

No evento comemorativo alusivo aos 50 anos de fundação da Aliança Bondespachense de Assistência e Promoção (ABAP), entidade sem fins lucrativos cuja finalidade é for-mar e educar crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade ou risco social, a COOPERBOM

foi contemplada com o Selo de Responsabilidade Social. O presidente da cooperativa,FúlviodeQueiroz Cardoso Neto, recebeu das mãos do advogado Antô-nio Dimas de Resende a homenagem concedida à COOPERBOM.

A COOPERBOM, representada pelo seu Presi-

dente, Fúlvio Cardoso, parabeniza a ABAP, entidade tão importante para Bom Despacho pelos seus 50 anos de trabalho feito com responsabilidade que forma, educa e promove as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade ou risco social, em nosso município.

CAFÉCOMO COOPERADO.

O primeiro Café com o Cooperado, realizado na unidade da COOPERBOM na cidade de Araújos, foi um grande sucesso! Produtores da cidade e da região marcaram presença. Durante o evento, realizaram-se negociações promocionais com participação em parceria da J. A. Saúde Animal. Foram apresentados projetos da área de energia fotovoltaica pela empresa Conceito Sustentável, sem falar da degustação de produtos

Mavero.

A COOPERBOM agradece a cada um dos participantes que disponibilizaram seu tempo para ir até a unidade agroveterinária saborear os produtos Mavero, tomar um cafezinho, aproveitar os preços e as condições especiais de pagamento e ainda desfrutar da informalidade de momentos agradáveis, da boa prosa e da troca de experiências proporcionadas pela grande família COOPERBOM.

JúliaMarcela(gerentede marketing),CarlaSilva (compraspotenciais), NaraTavares(jornalista), DaianeMoura(gerenteloja agroveterináriaAraújos).

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COOPERJOVEM–2022.

Concluímos, no dia 19/05, o curso de aperfeiçoamento para as professoras da Rede Municipal de Bom Despacho que participarão do programa COOPERJOVEM – 2022.

O programa trabalhará quatro pilares: educação ambiental, cooperativista, financeira e empreendedorismo.

Sob a liderança da

OCEMG, contamos com a presença da Fabiana e da instrutora Lúcia.

Esse projeto é uma parceria da COOPERBOM, Credibom, Credesp, Sindicato RuralePrefeituraMunicipal. Registramos a valiosa participação do Sr. Nidelson Falcão, da Fecoagro, que nos apresentou o projetonoanopassado,veioa Bom Despacho, reunimos

com o prefeito, secretaria daEducaçãoemembrodo conselho da Cooperbom, e esteve presente no lançamento do projeto. Também da OCEMG nas pessoas da Fabiana e Thaís. Gratidão!

O futuro é agora, juntos, ocooperativismoacontece!

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PorEldaMariadaSilvaAlves Santos LúciaTorres(orientadora)e BertolinodaCostaNeto(Prefeito Municipal). MárcioGomereEldaMariada SilvaAlvesSantos CarlosHumbertodeAraújo (DiretorAdministrativo)e StephanieVieiraSilva. CíntiaMaxilianeMadeirae TerezinhaAp.RangelSilva(Ziza). MarisaAparecidadosSantos eEnesCustódioFialho(Diretor Comercial) NidelsonFalcão

15°ENCONTRODEMULHERES COOPERATIVISTAS.

No período de 26 a 28 de maio,aOCEMGpromoveuno GrandeHotelTermasdeAraxáo15°EncontrodeMulheres Cooperativistas. O evento contou com a participação de mais de 300 mulheres: presidentes, dirigentes, conselheiras, empregadas e cooperadas, nesse caso cominterlocuçãodiretacom a cooperativa vinculada. O objetivo do encontro foi encorajar e estimular a participação de mulheres nos debates relativos às cooperativas nas quais estejam envolvidas, visando reconheceraimportânciadoseu papel no contexto da promoção do desenvolvimento e sustentabilidade desses empreendimentos.

O evento, bancado pela OCEMG, foi exclusivo para as mulheres do cooperativismo mineiro. Foram três dias com debates, diálogos e palestras abordando temas como diversidade e protagonismo feminino no mundo corporativo, além de

momentos para networking e troca de experiências. Participaram as conselheiras administrativas da COOPERBOM: Terezinha Aparecida Rangel Silva (Ziza) e Elda Maria da Silva Alves Santos.

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Fonte:OCEMG
Umencontrosóparamulheres commaisde300participantes.
TerezinhaAparecidaRangelSilva(Ziza) (COOPERBOM),Luísa(Credibom),Dinoralva MariadaSilvaGontijom(Credibom),EldaMaria daSilvaAlvesSantos(COOPERBOM)eMíriam CesáriodaSilvaCouto(Credibom).

ALUNOSDAESCOLAVIRGÍLIO ANTÔNIODASILVAVISITAM

MAVERO.

A Escola Virgílio Antônio Silva, da comunidade rural do Mato Seco, através do projeto Industrialização do Meio Rural, visitou a Indústria de Laticínios Mavero. O projeto foi desenvolvido durante os estudos dos processos da Revolução Industrial, ocorrido no período entre 1760 e 1840.

A Revolução Industrial iniciou-se na Inglaterra, no século XVIII, e causou grandes transformações nas relações de trabalho e no sistema de produção.

O objetivo da visita foi acrescentar mais conhe-

cimento além daqueles propostos pela teoria em sala de aula. Na visita, os alunos vivenciaram todo o processo industrial de beneficiamento do leite desde a saída da fazenda até sua industrialização, transformando-se em diversos

produtos lácteos.

“É importante para o histórico e para a formação dos alunos conhecer um pouco dessa prática industrial”, explica a professora Cicelaine Glayse Silva Couto.

NOVOSASSOCIADOS

MÊSDEMAIO-TOTAL:

12 associados

•AlisonDonizetedoCouto

•AnaMárciadeFreitas

•AntônioGeraldoRoza

•CiroJosédeAssis

•FelipeCardosoMendonça

•FrankOtavianoFrancoAssunção

•HelenoBatistaCosta

•JoséUmbertoMoreira

(ZéUmberto–FEMAQ)

•MarcoAntôniodosReis

•MateusQuirinodeOliveira

•PedroCoutoGontijoCampos

•ValtevirAntôniodeLima

LEITEENTREGUENA COOPERBOM

PERÍODO: Abril/2021 Maio/2021 Junho/2021 Julho/2021 Agosto/2021 Setembro/2021 Outubro/2021 Novembro/2021 Dezembro/2021 Janeiro/2022 Fevereiro/2022 Março/2022 Abril/2022 VOLUME(emlitros): 4.206.199 4.463.852 4.506.979 4.843.684 5.067.861 4.981.664 4.994.561 4.724.559 4.775.078 4.527.690 3.925.105 4.375.826 4.161.652
*LeiterecebidoemBomDespachoe EstreladoIndaiá. EXPOBOM 2022 - Edição 50 anos PATROCÍNIO: FOMENTO: REALIZAÇÃO: EXPOBOM 2022 - Edição 50 anos 06 a 09 de Julho 2022 em Bom Despacho/MG. (Parque de Exposições Coronel João Araújo)

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