INFORMATIVO MENSAL EDIÇÃO 20 | JULHO 2022
EMPREENDEDOR!
ProduçãoRural impactada peloexcessode tributação.
CSSIndividual: importância alémdos números.
Estratégias paraaumentar ataxade prenhezna fazenda.
Comofazer análisedesolo.
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE BOM DESPACHO
Av. das Palmeiras, nº 180
Fone: (37) 3521-3131
Contato: secretaria@cooperbom.com.br
DIRETORIA EXECUTIVA: (Mandato 2020 até A.G.O. 2024)
Presidente - Fúlvio de Queiroz Cardoso
Neto
Diretor Administrativo - Carlos Humberto de Araújo
Diretor Comercial - Enes Custódio Fialho
CONSELHEIROS ADMINISTRATIVOS:
EFETIVOS: Elda Maria da Silva Alves
Santos, Everaldo Eustáquio Oliveira Melo, Itamar Silva, Marco Aurélio Rodrigues
Costa, Terezinha Aparecida Rangel Silva, Wilian Diniz da Silva Rezende.
SUPLENTES: Amintas Pinto da Silva, José Mauro da Silva, Maurício da Costa Cardoso.
CONSELHEIROS FISCAIS 2022/2023:
EFETIVOS: Geraldo Elias de Oliveira, Joaquim Geraldo Campos, Ricardo Luís
Campos
SUPLENTES: Custódio de Oliveira Neto, Édson Longuinho, Haroldo de Oliveira Costa.
CONSELHO EDITORIAL:
Fúlvio de Queiroz Cardoso Neto
Carlos Humberto de Araújo
Enes Custódio Fialho
Elda Maria da Silva Alves Santos
Renato Fragoso
PALAVRADOSDIRETORES.
ACOOPERBOMestáconectadacomasnovastecnologias ecomasnovidadesnomundocooperativo.Emsintoniacom os órgãos de representatividade componentes do sistema cooperativista nacional, buscamos o fortalecimento e a ampliação dos negócios para melhoria contínua de serviços em favorecimento dos cooperados. Sob esse prisma, a COOPERBOM participou do lançamento do Anuário 2022 de Informações Econômicas Sociais do Cooperativismo Mineiro, promovido pela Ocemg, representada pelo diretor comercial Enes Custódio Fialho e por Elda Maria da Silva Alves Santos, membro do conselho administrativo da COOPERBOM. A cooperativa também participou ativamente do DiaC,DiadeCooperar,focadonoDesenvolvimentoHumano e na Sustentabilidade Ambiental. Ressaltamos que a COOPERBOM sempre se empenhou nas ações socioambientais.
PRODUÇÃO:
Publicação: Cidade’s.com Editora de Jornais e Revistas
CNPJ - 16.634.399/0001-00
Editor: Renato Fragoso - 17.434/MG
Fone: (37) 99856-0290
Projeto Gráfico: Central de Ideias - CCPR
Diretor de Arte: David Fragoso
Revisão: Thalita Martins
TIRAGEM: 2.000 EXEMPLARES
Impressão: RONA EDITORA
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião desta revista e são de inteira responsabilidade de seus autores.
A edição da Revista COOPERBOM em campo do mês de julho traz importante matéria sobre o protagonismo do agronegócio na economia brasileira e sua capacidade de produziralimentos,nãosóparaoBrasil,assimcomoparavários países do mundo, em contraponto com a elevada carga tributária que recai sobre os ombros do produtor, comparada à Derrama do período colonial, com artigo do consultor em conhecimento transversal, José Luiz de Almeida Costa. A professora Mônica Cerqueira aborda o tema “CCS Individual: importância além dos números”. A zootecnista Fernanda Cândido Ferreira escreve sobre a avaliação do processo de produção de rações; Charles Vinícius, médico veterinário, aborda o tema “Estratégias para aumentar a taxa de prenhez”. Guilherme Barbosa, engenheiro agrônomo, complementa o artigo publicado na edição anterior: “Como fazer Análise de Solo”. Na seção “Dois Dedos de Prosa”, o médico veterinárioEduardoCostafazsuaestreiacomumtextobem-humorado – “Dr. Ortodôntio” – em que narra uma aventura do espirituoso e perspicaz Juca Quirino (in memoriam).
Nodia29dejunho,ogovernofederallançouoPlanoSafra 2022/2023, com R$ 340,88 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. O valor reflete um aumento de 36% em relação ao plano anterior. Do total de recursos disponibilizados, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e à comercialização, uma alta de 39% em relação ao ano anterior. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos (+29%). É importante ressaltar que governo atendeu e aumentou a fonte de recursos daqueles produtores que mais necessitam. Boa leitura!
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JOSÉFÚLVIO CARDOSO.
Ex-presidentedaCOOPERBOM eex-presidentedoConselho AdministrativodaSICOOB
Credibom.
José Fúlvio Cardoso nasceu sob a égide do empreendedorismo de seus ancestrais, principalmente seu pai, engenheiro com visão futurista e realizador de obras que proporcionaram a Bom Despacho a possibilidade de dar seus primeiros passos rumo ao desenvolvimento. Doutor Fúlvio era engenheiro e foi responsável pela implantação da primeira indústria na cidade, a CIAB (Companhia Industrial Aliança Bom-Despachense).
“Minha experiência na área de administração veio de berço. Meu pai foi empreendedor e administrador de competência reconhecida. Essa formação me veio gratuitamente e pude aplicá-la em diversas frentes, sendo uma delas a COOPERBOM. Ali, exerci, com muita honra, três mandatos como presidente, de 1995 a 2004. Sucedi um presidente arrojado, competente e inovador, que foi Jacques Gontijo. Então, por missão, deveria manter o alto nível do mandato anterior”, explicou.
“Na COOPERBOM, cerquei-me de pessoascompetentesedeboaíndole,o que facilitou muito meu trabalho como presidente. Sou grato a todos eles. Ao
assumir a cooperativa, procurei dar ênfase à parte comercial, e, para isso, criamosasunidadesMartinhoCampos, Araújos e Mato Seco. Ampliamos as lojas de insumos de Ana Rosa, Estrela do Indaiá e Engenho do Ribeiro. Também fundamos a fábrica de sal mineral e criamos a indústria de laticínios Mavero (cujo nome foi escolhido em votação por funcionários). Outra obra de grande relevância em nossa administração foi a construção do novo supermercado COOPERBOM”, lembrou.
José Fúlvio foi vereador, liderou a vinda do Lions Clubs International para Bom Despacho e, em meados da década de 60, fundou o clube Associação Atlética Bondespachense – Praça de Esportes, além de participar da criação de vários outros empreendimentos como o Sindicato Rural, onde exerceu o cargo de presidente.
No segundo ano de seu mandato à frente da COOPEBOM, José Fúlvio foi eleito presidente do Sicoob Credibom. Exerceu o cargo em concomitância à presidência da cooperativa até o final de seu terceiro mandato. No SICOOB Credibom, ocupou cargo de presidente
por 26 anos. José Fúlvio transformou a miúda cooperativa de crédito em um grande banco cooperativo. Principais realizações: Agência Engenho do Ribeiro, Agência Araújos, Ampliação da Sede Bom Despacho (2006), Agência São Vicente, Agência Nova Serrana, Ampliação da Agência Araújos (2011), Ampliação da Agência São Vicente (2011), Nova Agência Engenho do Ribeiro (2015), Agência Arraial, Agência Venda Nova (BH), Ampliação da Sede Bom Despacho (2018), Agência Buritis (BH) e Agência Digital.
Sobre a atual situação do Brasil, José Fúlvio toma emprestado uma frase de seu pai para combater o pessimismo e a apatia, danosos em momentos de crise. “Crise existe para quem não quer trabalhar. Com trabalho, não existe crise”, enfatizou.
“Desejo à COOPERBOM muita prosperidade por 66 ciclos virtuosos, porque se trata de uma entidade empregadora decentenasdeempregos,elevandoonívelsocioeconômico do município e contribuindo para o bem-estar de inúmeras famíliasbom-despachenses.Acooperativaéaminhacasa, onde trabalhei e aprendi muito, criei laços indestrutíveis de amizade com funcionários e diretores e onde sou considerado membro da família COOPERBOM!”, conclui.
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PorRenatoFragoso
ABUNDÂNCIADA PRODUÇÃORURAL EMDESCOMPASSO COM
AMENTALIDADE TRIBUTÁRIA COLONIAL.
Existe um descompasso entre a evolução histórica da tecnologia rural e a persistência da mentalidade tributária colonial. A alta produtividade agrícola pode ser anulada pela persistência da mentalidade tributária vigente desde o Brasil Colônia e semelhante à Derrama, manipulando a carga tributária como conta de chegada para bancar os gastos públicos sem que a arrecadação seja reflexo do desenvolvimento econômico. O produtor ainda é visto como se fosse colono.
O momento atual do Brasil exige releituras para compreender as contradições econômicas e sociais. Na história contemporânea nacional, o produtor rural é o principal protagonista da abundância, porém, cercado de um cenário tributário do tempo do Brasil Colônia e da possibilidade de fragmentação social.
NaPirâmidedeMaslow,quedemonstra as necessidades básicas do ser humano, a alimentação e a moradia estão entre os alicerces essenciais. No topo da pirâmide, a realização pessoal é o objetivo máximo a ser alcançado por meio da riqueza gerada pelo trabalho e, consequentemente, redistribuída entre todos por meio dos impostos. Entretanto, os centros urbanos e o campo estão se tornando urbanisticamente e socialmente disfuncionais. A começar pela desinvenção da moradia.
Historicamente, a caverna, como primeira moradia do homo sapiens, foi de-
JOSÉLUIZALMEIDA
COSTA
cisiva para a evolução dos laços sociais e da inteligência humana. Desde a Pré-História, as moradias seguem o ordenamento das cidades, e a sua evolução demarca o progresso das civilizações. Não há como pensar em moradia sem a sinapse imediata da ideia de domínio sobre um pedaço de solo e sua consecutiva utilização para proteção da família. Ilustra-nos habilmente Eduardo Agostinho Arruda Augusto, ao afirmar que “a terra é essencial para a vida, pois é o local onde se fixa o povo e de onde se extraem os meios de subsistência”, completando: “A casa própria é um dos maiores desejos da atualidade, pois representa conforto, segurança e dignidade.”
Daniel Estefani ainda nos apresenta a seguinte noção: “Deriva daí a sacralidade da concepção moderna de propriedade, que é tão antiga quanto a fixação do homem no solo. Pois, quando do abandono do nomadismo coletor e da adoção dos primeiros modelos agrários de plantio, nossa espécie viu-se diante de uma encruzilhada histórica, em que o preço da segurança alimentar forçou a uma valoração extrema daqueles espaços tidos como férteis, de modo que rapidamente se ergueram fortificações defensivas, e os homensuniramforçasseorganizandoem clãs,tribos,povosenações,semprecomo intuito de manter e, se possível, aumentar seu território e áreas de plantio”.
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Especial para a Revista COOPERBOM em campo
Apesar dos avanços tecnológicos, a vida urbana e a rural estão mais caras, principalmente por causa da carga tributária e dos preços administrados pelo setor público (insumos agrícolas, energia, água, telecomunicações, combustíveis, transportes). Isso gera aumento em cascata nos produtos e serviços.
Mesmocomaprodutividadedocampo aumentando cada vez mais, o Brasil se mantémestagnado.SegundoaFundação Getulio Vargas, entre 1995 a 2021, a produtividade do trabalhador brasileiro só cresceunaagropecuária.Em2021,umempregado na agropecuária produziu R$ 18,60 por hora trabalhada, enquanto em 1995 produzia o que equivale hoje a R$ 4,30.
Em relação ao PIB, o setor rural elevou a sua participação para 27,4%, o maior já alcançado nos tempos atuais. Como a cadeia de produtos rurais passa por inúmeras etapas, o agronegócio é respon-
sável por grande volume na movimentação de negócios.
Porém, todo esse esforço produtivo do setor rural é anulado pela carga tributária. A mentalidade tributária vigente é a mesma da Coroa Portuguesa. Igual à Derrama, independentemente da capacidade produtiva, a carga tributária é estabelecida em função do valor necessário a ser arrecadado para cobrir os custos públicos.
A administração pública é autofágica, consome com ela própria a maior parte dos impostos arrecadados, fato este que relegaoprodutorruralàcondiçãodecolono, pois a riqueza alimentar produzida não éredistribuídaàpopulaçãocomeficácia.
Embora existam forças adversas que anulamosefeitosdaabundânciaexistente no Brasil, existem razões para manter o otimismo. O campo aderiu com força às políticas de combate ao aquecimen-
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to global. Estudo do Ipea aponta o Brasil como líder em produção sustentável entre grandes países agroexportadores. A pesquisa demonstra que brasileiros estão à frente em indicadores como efeito poupa-florestas e produção por unidade de emissões de gases de efeito estufa.
“O efeito poupa-florestas no Brasil é o maior entre os países comparados”, informa o Ipea, ao ressaltar que esse indicador alcançou 43,2% do território nacional em 2020. “A área poupada é maior do que a efetivamente utilizada na agropecuária brasileira, enquanto Alemanha e França sempre pouparam pouco em seus territórios”, concluiu.
DepoisdoBrasil,opaíscommelhordesempenho nesse indicador é a Índia, com 34,5%. No entanto, o desempenho indiano esteve associado exclusivamente à produção agrícola. Já o conservacionismo brasileiro se deve aos ganhos de produtividade na agricultura e na pecuária.
“Nas últimas cinco décadas, o Brasil conseguiu uma transformação produtiva acelerada que muitos países não conseguiram fazer, baseada em tecnologia com manutenção da cobertura vegetal”, enfatiza o estudo.
A economia brasileira é a que apresentou a melhor taxa de crescimento do indicador baseado na produção agropecuária por emissões totais de gases estufa entre 1990 e 2020, de acordo com o estudo – 3,92% na pecuária e 3,93% na agricultura. Os resultados evidenciam que um quilo de alimento produzido hoje gera menos emissões, e o Brasil lidera esta corrida mundial por uma produção mais sustentável.
Esse é o caminho para a “abundância”!
JoséLuizAlmeidaCosta
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Por
Consultoremconhecimentotransversal, cofundadordoMovimentoDroneLANT
CCSINDIVIDUAL:
Importânciaalémdosnúmeros.
O controle da mastite é fundamental para garantir os melhores resultados de produção e qualidade do leite. Várias ações são necessárias e importantes para auxiliar no controle desta doença. Entre elas, destaca-se a contagem de células somáticas (CCS) que pode ser feita em amostras de leite de tanque e em amostras individuais doleitedasvacas.
No leite do tanque, estas análises têm sido realizadas mensalmente pelas indústrias de laticínios em atendimento às Instruções Normativas 76 e 77. As análises individuais, no entanto, não têm sido implementadas na rotina de todas as fazendas. E por que elas deveriam ser realizadas todo mês e também em outras ocasiões? Quandodevemoscoletaramostrasdeleiteindividual das vacas para análise de CCS?
Em primeiro lugar, é importante entender que quando fazemos a CCS individual do leite das vacas, estamos na verdade avaliando como está a saúde da glândula mamária dos animais. Em outras palavras, com os resultados podemos saber se a vaca está sadia, curada, com infecção crônicaoucomumcasonovodemastite.A CCS indica se o animal tem ou não mastite subclínicaeestainformaçãoémuitoimportanteparaatomadadedecisãonafazenda. Para saber quais são os animais que estão impactandonaCCSdoleitedotanque,precisamos fazer regularmente a CCS do leite individualdasvacas. Para tal, devemos co-
letar todo mês, no dia da pesagem do leite, uma amostra representativa de toda ordenha, utilizando medidor do equipamento de ordenha. Desta forma, além de enviar as amostras de leite das vacas para análise de CCS, é importante informar também a produção de leite medida no dia da pesagemecoleta.
A importância da CCS individual está descrita na Figura 1.
Os resultados das análises de CCS individual das vacas quando realizados continuamente todos os meses nos fornecem informações importantes. Pela CCS do leite individual do mês avaliado e do histórico acumulado podemos caracterizar o estado de saúde da glândula mamária em diferentes condições (Quadro 1).
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Figura1.InformaçõesqueaanálisedeCCSemamostrasindividuaisdeleitedevacasnosfornecem.
Amostraindividualem frascocombronopol.
Quadro 1. Relação entre CCS individual e estado da glândula mamária de vacas.
A partir dos resultados obtidos podemos responder várias perguntas para a tomada de decisão na fazenda. Entre elas destacamos:
Como pode ser visto, a importância da CCS individual vai muito além dos números. Ela nos permite identificar diversos problemas que geralmente estão relacionados a falhas no manejo de ordenha, manutenção de animais com mastite crônica no rebanho, tratamentos ineficientes de vaca seca e na lactação, além de problemas na segregação de animais infectados, na linha de ordenha e no descarte de animais.
Apenas com a CCS do leite do tanque não é possível identificar todas as situações descritas anteriormente e a partir daí, as perdas tendem a ser mais elevadas. Há redução na produção de leite e perdas de bonificação pela pior qualidade do leite.
Fazer a CCS individual das vacas todo mês no dia da pesagem do leite, nos animais recém-paridos (7 dias após o parto) e também dos animais a serem adquiridos na propriedade é muito importante para monitorar e controlar a doença. A mastite subclínica, caracterizada por CCS acima de 200.000 cels/mL é silenciosa, não dá sinal, mas esvazia o bolso do produtor.
Por isto produtor, se você não analisa a CCSindividualdoleitedesuasvacas,“mude a chave” e comece a coletar as amostras para fazer esta análise. Além dos números, muitas informações que não estão visíveis
nodiaadiadafazendavãoajudá-loacorrigir possíveis falhas. Com isto, você terá mais vacas sadias e como já sabemos, vacas sadias são mais felizes, produzem mais leite e com melhor qualidade.
Fiqueatentoprodutor! Procure o técnico de sua região para começar a realizar esta importanteanálise.Sócontrolaquemmonitora e os resultados com certeza virão!
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AVALIAÇÃODO PROCESSODE PRODUÇÃODAS RAÇÕES.
Há 12 anos trabalho em fábricas de rações e, no decorrer desse tempo, observei os grandes benefícios que a ração traz para o desenvolvimento e para a produtividade do rebanho nas propriedades rurais.
A ração é uma mistura composta por ingredientes e aditivos, destinada à alimentação de animais de produção, que constitui um produto de pronto fornecimento e capaz de atender as exigências nutricionais dos animais a que se destine. Para realizar esse cálculo, precisamos de um profissional que formule a ração de acordo com as necessidades diárias do animal, bem como com sua fase de desenvolvimento.
No manejo alimentar, a ração para bovinos precisa ser de qualidade e ter a composição balanceada para garantir a saúde animal. É essencial que os profissionais responsáveis pela alimentação conheçam detalhes sobre os insumos e a composição necessária para uma dieta correta, nutritiva e energética.
Os cuidados com a alimentação do rebanho estão diretamente relacionados com os
FERNANDA CÂNDIDOFERREIRA
resultados de produtividade. Isso se deve em razão à melhora do desempenho nas atividades animais no cotidiano.
Toda fábrica de ração deve ser registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, para conseguir esse registro, a empresa passa por várias etapas. Dentre elas, destaco as principais para que haja uma produção de ração com qualidade e com os níveis de garantia dentro dos padrões.
Uma das principais etapas para conseguir o registro da fábrica de ração no Mapa é ter implantado e implementado as Boas Práticas de Fabricação (BPFs), imprescindíveis para ser atendido aos olhos do Mapa. Essa etapa é composta por nove Procedimentos Operacionais Padrões (POPs). Esses procedimentos avaliam os fornecedores das matérias-primas desde sua compra e controlam a qualidade no decorrer do processo produtivo até a comercialização para o produtor.
Todos os POPs garantem que a ração produzida tenha uma excelente qualidade, atendendo as exigências do Mapa.
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Zootecnista, Pós-graduada em Nutrição Animal
Vale salientar a importância na apresentação dos alimentos usados na produção, que servem para corrigir a baixa capacidade nutricional das forrageiras e oferecem melhora do desempenho da produção de leite e do gado de corte. Assim, a ração é fabricada com elevados níveis de proteínas e energia, atendendo as necessidades nutricionais dos animais.
A exigência nutricional do animal é a quantidade de cada nutriente necessária para manutenção, crescimento, reprodução e produção de determinada espécie ou categoria animal, e essas necessidades diárias em nutrientes e energia são estimadas com base no nível de produção, no peso corporal e no estágio fisiológico do gado. O planejamento alimentar deve passar
pelas fases de caracterização dos animais, verificação das suas exigências, levantamento e quantificação dos alimentos e composição dos alimentos. Como dissemos, cada fase da criação tem características e demandas específicas, e isso é levado em conta nas melhores estratégias para formulação.
Na COOPERBOM, não poderia ser diferente. A fábrica de rações conta com uma equipe técnica especializada e alinhada com as exigências do Mapa, o que garante que a ração tenha qualidade dentro dos padrões exigidos e com os níveis nutricionais de acordo com as necessidades dos animais.
Por: Fernanda Cândido Ferreira Zootecnista, Pós-graduada em Nutrição Animal.
JOSÉMARIADACOSTANONÔCHICÓ.
ForçaeDeterminação!
JoséMariadaCosta,osenhorNonô Chicó, como é conhecido, nasceu em Santo Antônio do Monte, em 12 de maio de 1929. É viúvo da senhora Irene Maria Costa, com quem foi casado por 52 anos. Eles têm 6 filhos: Sueli, Maria Lúcia, Maria Aparecida, Celma, José Francisco e Silvânia. São 17 netos e 10 bisnetos.
É com muito orgulho e alegria que o senhor Nonô fala que sustentou os seus seis filhos através do leite que ele tirava de suas vaquinhas e entregava na Cooperativa. Levava-o, sempre, de charrete. A situação era muito difícil, mas com a firmeza e persistência da
esposa, mudaram para Bom Despacho, venceram os obstáculos e conseguiram estudar as 5 filhas e o filho, o que, na época, poucos conseguiam. Sô Nonô relembra que, certa vez, foi comprar Terramicina para matar os vermes dos porcos, criados para consumo da família. O setor de insumos da Cooperativa estava fazendo balanço e, no meio daquela situação, o vendedor acabou lhe vendendo o medicamento errado, o que ocasionou a mortandade da porcada de Sô Nonô Chicó.
Mas, como sempre, existem pessoas boas. Na época do ocorrido, a fun-
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Sueli,Silvânia,MariaAparecidaou Mariinha,SenhorNonô,Celma,Maria LúciaeJoséFrancisco
cionária Lourdinha, conhecida como Lourdinha da Volks, disse para ele ficar tranquilo, pois iriam arcar com o prejuízo. Ela conversou com o senhor ChicoFonseca,eelesfizeramoressarcimento. Gratidão é coisa que a gente nãoesquece.Eleselembradequando chegou em casa e encontrou a esposa desolada, disse-lhe que podia ficar tranquila, pois a Cooperativa iria arcar com o prejuízo.
O senhor Nonô destacou o quanto a Cooperativa traz benefícios ao cooperado, por meio do supermercado, posto de gasolina, atendimento médico e outros. Pois para os pequenos produtores rurais, isso faz uma grande diferença. Ele, juntamente com sua esposa, participou desde o início da inauguração do supermercado, da farmácia humana, atendimento médico, e é muito grato por isso.
Aos76anos,eleparoudetirarleitee de fornecê-lo à Cooperativa.
Hoje, aos 93 anos, ele não tem condições de acompanhar o desenvolvimento da COOPERBOM. Porém afirma que ela está em boas mãos, não por conhecer a atual diretoria, mas por conhecer as famílias dos membros dela e saber que têm boas e confiáveis raízes. Haja vista que ele tem grandes expectativas quanto ao pleno desenvolvimentodaCOOPERBOM,porque trabalho sério sempre logra bons êxitos! Nessa perspectiva, deseja muitas conquistas a toda a direção e aos seus projetos!
Bom trabalho, equipe!
| produtosmavero 37 3521-3621
Faça seu pedido:
PorMariaAparecidadaCosta(Mariinha)
ESTRATÉGIASPARA AUMENTAR
ATAXA DEPRENHEZNA FAZENDA.
Nesta edição da Revista COOPERBOM em campo, venho falar com vocês a respeito das estratégias que podemos usar para garantir um bom desempenho reprodutivo na propriedade rural.
A taxa de prenhez engloba dois importantes índices: a taxa de serviço e a taxa de concepção. A taxa de serviço é a porcentagem de vacas inseminadas em relação ao total de vacas aptas em um período de 21 dias. A taxa de concepção é a porcentagem de vacas gestantes em relação ao total de vacas que foram inseminadas.
O cálculo para descobrir a taxa de prenhez na sua propriedade a partir dos valores das taxas de serviço e da taxa de concepção, como abordado anteriormente, é
CHARLESVINÍCIUS FERREIRA
Médico Veterinário
resamelhoraremataxadeprenhezdoseurebanho,abaixo voulistaralgumasdicasquepoderãoserutilizadasparater uma melhor eficiência reprodutiva e produtiva no rebanho.
DESENVOLVIMENTODOTRATOREPRODUTIVODAS NOVILHAS:
Precisamosterotratoreprodutivodasnovilhasbemdesenvolvidoeparaistoasnovilhasdevematingirapuberdade.Casonãoestejamdesenvolvidas,aoinseminarouacasalar,podemoscomprometerasaltastaxasdeconcepção que são esperadas nessa categoria.
TAXA
DESERVIÇOXTAXA DECONCEPÇÃO=TAXADE PRENHEZ
Paraauxiliarosproduto-
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RESPEITAROPERÍODODEESPERA
VOLUNTÁRIO:
O Período de Espera Voluntário (PEV) podevariardeacordocomaraçaeograu de sangue das vacas, a ordem de parto e algumas doenças que podem ser ocasionadas após o parto. Quanto mais rápido for o primeiro serviço de inseminação ou montanaturalapósoparto,maiorachance de se emprenhar uma vaca, reduzindo os dias em aberto e o intervalo de partos. No entanto, deve-se respeitar o PEV, que geralmente varia de 45 a 60 dias, com intervalos mais curtos (30 dias) ou mais longos (90 dias), dependendo da raça, do grau de sangue, da ordem de parto, da época do ano, da ocorrência ou não de doenças no pós-parto, dentre outros fatores.
DETECÇÃODOCIO:
A detecção do cio na propriedade rural é imprescindível para o retorno do desempenho reprodutivo do rebanho. A duraçãodeumciclodeciovariaentre18e 24 dias e ocorre a cada 21 dias, em média. Faz-se necessário e é essencial ter uma ferramenta adequada na propriedade para reunir todas as informações relacionadas ao comportamento da vaca e aos seus sinais de cio.
QUALIDADEDOSÊMENEFERTILIDADE
DOSTOUROS:
Precisamos ter cuidado com a qualidade do sêmen, principalmente com o armazenamento e o descongelamento utilizadonainseminaçãoartificial,ecoma sanidadeeafertilidadedetourosemregime de monta natural.
Nas propriedades que adotam a inseminação artificial, as doses de sêmen devem ser provenientes de centrais idôneas e apresentar os resultados de testes de fertilidade.
Naspropriedadesqueadotamamonta natural, os touros devem ser avaliados por meio de exames andrológicos completos, descartando-se animais subférteis.
CAPACITAÇÃOEVALORIZAÇÃODOS
INSEMINADORES:
A responsabilidade dos profissionais que inseminam está diretamente relacionada aos resultados das taxas de serviços econcepção.Oinvestimentoemcursosde capacitação, o treinamento da equipe e o acompanhamento periódico das atividades por um veterinário são fundamentais para a formação de bons inseminadores.
PROTOCOLOSHORMONAIS:
Podemosrealizaraadoçãodeprotocolos hormonais na propriedade rural como uma alternativa para aumentar a taxa de prenhez em rebanhos com baixa taxa de detecção de cio.
Aumentando a taxa de observação de cio em rebanhos leiteiros, várias estratégias de manejo podem ser adotadas, como, por exemplo, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), que consiste na adoção de protocolos hormonais para indução/sincronizaçãodocioedaovulação, visando realizar as inseminações em dia e horário predeterminados. Uma boa estratégiaéaadoçãodeprotocoloshormonais para melhorar a eficiência reprodutiva somenteemrebanhoscomtaxadeobservação de cio inferior a 50%.
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SANIDADEDOREBANHO:
Não devemos descuidar da sanidade do rebanho, visto que diversas doenças infecciosas podem levar a repetição de cios, mortalidade embrionária e abortos. Algumas patologias são mais frequentes no puerpério, como as infecções uterinas e os cistos ovarianos, e podem comprometer o retorno à reprodução devido ao atraso da involução uterina e do retorno à ciclicidade ovariana.
BEM-ESTARANIMAL:
O bem-estar animal é um dos fatores primordiais para garantir bons índices reprodutivos. Vários fatores podem ser considerados, e dentre eles podemos destacar temperatura ambiental elevada, alta lotação de animais por área e oferta reduzida de água e alimentos, que são extremamente prejudiciais para o estabelecimento inicial da gestação. Todos esses fatores contribuem para o quadro de estressecalórico,levandoàelevadaincidência de mortalidade embrionária precoce.
MANEJONUTRICIONAL:
O manejo nutricional e o controle da condição corporal estão interligados com uma reprodução eficiente. O elo entre a reprodução e a nutrição é explicado pelas funções que os fatores nutricionais assumem no metabolismo, possibilitando ao animal a expressão de seu potencial reprodutivo e produtivo.
E, para finalizar, podemos considerar que a reprodução é um dos fatores que mais afetam a produtividade e a lucratividadedeumrebanholeiteiroeque,quanto maior a taxa de prenhez, maior o número de vacas gestantes no terço inicial da lactação,menoronúmerodediasimprodutivos e menor a chance de se descartarem vacas vazias e secas. Consequentemente, garantimos uma maior lucratividade dentro da propriedade rural.
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PorCharlesViníciusFerreira MédicoVeterinário
Senhores (as) associados (as) da Cooperbom, O SICOOB CREDIBOM está disponibilizando linhas de crédito em condições especiais para financiamento:
- provenientes de genéticas apuradas adquiridas junto a Novilhas
Fazenda Cooperbom nas seguintes condições especiais:
- Prazo de até 36 parcelas fixas;
- Taxas de juros pré-fixadas.
- em geral nas seguintes condições Adubos, sementes e insumos
especiais:
- Prazo em até 12 parcelas fixas;
- Taxas de juros pré-fixadas.
ProcuremnossosgerentesemnossasagênciadoSICOOBCREDIBOM e faça uma simulação.
*Sujeito aprovação cadastral.
REPASSEREÚNE CERCADE200 PRODUTORES.
No dia 27 de junho, a COOPERBOM promoveu o RepassedeNovilhasemsuafazenda,localizadanomunicípiodeBomDespacho,nasproximidadesdeEngenho do Ribeiro. O Repasse de Novilhas COOPERBOM, realizado há 26 anos, tornou-se tradição. Trata-se de um programa de melhoramento e disseminação de genética de qualidade com o objetivo de beneficiar produtores, principalmente pequenos e médios. Ao final do evento, foi sorteada uma novilha.
Para o diretor comercial da COOPERBOM, Enes Fialho, o evento é de grande importância e tem como objetivo melhorar a qualidade do rebanho dos cooperados com novilhas de ótima genética, além de
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RepassedeNovilhas,fotoilustrativa.
Diretores:EnesFialhoeCarlos Humberto.Foto:NaraTavares.
promovertrocadeexperiências entre os produtores rurais. “O repasse oferece forma facilitada de pagamento ao cooperado, Ele pode pagar em até 24 parcelas, e a própria novilha se paga. O projeto acontece anualmente, mas, através doshoppingdenovilhas, o cooperado pode adquirir novilhas durante todo o ano”, informou. “Mais importantes que os resultados financeiros são os benefícios conferidos aos produtores, que, através do melhoramento genético de seus rebanhos, conseguem aumentar sua renda”, completou.
A organização é de responsabilidade do gerente da Fazenda COOPERBOM, senhor Deniro, com apoio dos médicos veterinários da cooperativa Juliana Santos e Jener Pessoa Cançado. O evento deste ano contou com a presença de vários cooperados, produtoresruraisecolaboradoresdaCOOPERBOM.Cerca de 200 pessoas estiveram presentes no repasse.
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PorNaraTavares
Foto:NaraTavares.
Foto:NaraTavares.
COMOFAZER ANÁLISEDESOLO.
GUILHERME BARBOSA
Confiraagoraopassoapassopararealizar uma eficiente análise de solo!
AMOSTRAGEMDOSOLO:
O principal instrumento para retirar as amostras é o trado (instrumento em espiral). Existem diversos tipos de trados, cada umdestinadoaumtipodesolo,entretanto
o modelo holandês é o mais utilizado no Brasil e adequado a todos os tipos de solo, apesar de exigir grande esforço físico.
Deve-se realizar a coleta das amostras em áreas aleatórias, porém é interessante evitar linhas de plantio, sulcos de erosão, áreas próximas a matas e estradas, pois haverá comprometimento dos resultados da análise.
QUANDOCOLETARASAMOSTRAS?
A amostragem precisa ser feita antes do início do revolvimento do solo, pois assim será obtida a real disponibilidade de nutrientes das diferentes camadas. Dessa forma, ela pode ser feita em qualquer época do ano, tanto nas estações chuvosas quanto nas de seca, de preferência com antecedência suficiente para obter a recomendaçãodasquantidadesdecorretivoefertilizantesetransportá-losatéapropriedadeestudada.
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Engenheiro Agrônomo e PósGraduado em Gestão de Pessoas
Lembrando que, em pastagem, não é preciso coletar amostra de solo anualmente, como é realizado na agricultura, mas, caso o uso da pastagem seja intensivo e com alta taxa de rotação, aí sim é interessante que seja realizada uma análise anual.
DIVISÃO DA ÁREA EM GLEBAS:
No intuito de que o diagnóstico das condições de solo da área seja preciso, é fundamentaldividiraáreatotalemglebas. De acordo com o Manual de Fertilidade do Solo (Coamo/Codetec), as áreas precisam de ter até 20 hectares, e devem ser consideradas as condições de topografia, cor e vegetação natural e a realização de preparos anteriores que possam ter influenciado as características do solo.
PROFUNDIDADEDAAMOSTRAGEM:
A profundidade da amostra varia conformeotipodecultura(pereneeanual)eo sistema de cultivo (convencional e plantio direto). Em geral, para a maioria das culturas anuais, a profundidade da coleta deve ser de 0 a 20 cm, enquanto, para as culturas perenes, de 0 a 20, 20 a 40 e 40 a 60 cm (na projeção da copa). Para o sistema de plantio direto, pastagens ou integração nalavourapecuária,emquenãohárevolvimento do solo e a adubação é em superfície, a amostragem deve ser feita nas profundidadesde0a10e10a20cm.
QUEMÉOPROFISSIONALRESPONSÁVEL PELAANÁLISEDOSOLO?
Para fazer uma boa análise, é preciso contar com o apoio de um técnico agrícola ou engenheiro agrônomo. Outros profissionais, como médicos veterinários ezootecnistas,tambémpodemcontribuir nesse processo por conhecerem bem as fazendas em que dão assistência, além dos extensionistas, que também trazem boas orientações.
QUAISOSBENEFÍCIOSDAANÁLISEDE SOLO?
Os principais benefícios que a amostragemeaanálisedesolopodemproporcionar incluem:
• Aumento da produtividade por meio da identificação de nutrientes ou fatores químicos do solo que estão limitando o crescimento das plantas;
• Identificação de solos contaminados;
• Adubação eficiente e racional;
• Aumento da eficiência do uso de fertilizantes e recomendação de taxas de fertilizantes adequadas para os diferentes solos e culturas;
• Proteção ao meio ambiente, pois reduz a aplicação em excesso de fertilizantes.
FUTURODAAMOSTRAGEMDESOLO:
Atualmente, estão surgindo no mercado equipamentos para realizar a medição dos atributos do solo em tempo real e já no campo. Há aparelhos de raio-s, lasers e scanners que conseguem medir teores de nutrientes nas amostras de maneira mais rápida.
No Brasil, temos empresas que realizam análises de solos por infravermelho próximo (NIR), e os resultados são gerados atravésdeumgigantescobancodedados. Dessa forma, os resultados são obtidos rapidamenteecommaiorsegurança.
O futuro da agricultura depende dos cuidados com o solo. Dessa forma, a análisesetornacadavezmaisimprescindível.
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DIA“C”,DIADE COOPERAR.
AtitudesSimplesMovemoMundo.
O Dia “C”, Dia de Cooperar, foi realizado nodia2dejulho,napraçaOlegárioMaciel (praça da Estação), em Bom Despacho. O evento, com abrangência nacional, contou com a participação da COOPERBOM, além de SICOOB Credibom, SICOOB Credesp, Unicred e CDL Acibom. Com abrangência nacional, o Dia C tem como tema: “Atitudes simples movem o mundo”. O objetivo é incentivar iniciativas de responsabilidade social nas comunidades em que as cooperativas estão inseridas, por meio de ações voluntárias. Dessa forma, o segmento contribui para o alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),preconizadospelaOrganizaçãodas Nações Unidas (ONU), agenda composta por metas que devem ser atingidas até o ano de 2030.
Cuidardaspessoasedasregiõesonde existem cooperativas, preservar o meio ambienteerealizaraçõesdasquaistodos possam se beneficiar, por meio do compartilhamento de experiências de volun-
tariado e solidariedade. Essa é a proposta do Dia de Cooperar (Dia C), iniciado em Minas Gerais pelo Sistema Ocemg em 2009. O Dia C está alinhado ao sétimo princípio cooperativista, interesse pela comunidade, em prol de transformações sociais. Além deste, alinha-se também ao quinto princípio – educação, formação e informação – e ao sexto princípio – cooperação entre cooperativas.
De acordo com o presidente da COOPERBOM, Fúlvio de Queiroz Cardoso Neto, o Dia “C”, Dia de Cooperar, é data importante para celebrarmos o cooperativismo. “Acreditamos que o voluntariado cooperativo é importante aliado para fortalecer as cooperativas junto às comunidades. Neste ano, focamos o Desenvolvimento Humano e a Sustentabilidade Ambiental”, afirmou o presidente.
Fúlvio Cardoso ressaltou que o projeto envolveu as escolas para mostrar a importância de se discutir e trabalhar a cultura e a consciência de todos para a
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YuriKler(DiretordeComérciodaAcibom), BertolinodaCostaNeto(PrefeitoMunicipal), RonaldoTavares(PresidentedaAcibom), MárcioLaine(PresidentedaCredesp),Enes Fialho(DiretorComercialdaCOOPERBOM), PedroAdalberto(PresidentedaCredibom), WesleiPaulo(DiretordaUnicred)eGabriela Fernandes(SecretáriadeEducação).
Foto:DavidFragoso
sustentabilidade. “A COOPERBOM, juntamente com toda a sua equipe de diretores e colaboradores, apoia ações cooperativas em prol da sustentabilidade e da transformação social, pois atitudes simples movemomundo”,finalizou.
Em 2022, a preservação do meio ambiente foi o tema trabalhado pela COOPERBOM e pela CDL Acibom. Escolas e alunos da rede municipal mobilizaram-se em campanha colaborativa para recolhimento de recicláveis como forma de trabalhar a educação ambiental. A ação iniciada em junho mobilizou professores, diretoras, alunos e pais de alunos na arrecadação de PETs (material reciclável) para que estas escolas pudessem vender para a instituição parceira de reciclagem: Reciclabom.
O ponto de coleta foi instalado nas escolas que, inicialmente,farãopartedo projeto e, posteriormente, poderá ser estendido a outras escolas. As escolas municipais Dona Duca, Vir-
gílio Antônio da Silva, Coronel Praxedes, João Dornas Filho e Flávio Cançado Filho receberam bags (sacolas grandes) paraarmazenaromaterialquefoirecolhido(garrafasPETs).
Noeventodelançamento,deu-sealargadaparaoprojetoeducativosobresustentabilidadedosquaisasescolas envolvidas participarão ao longo do ano. Os materiais serão recolhidos e comprados pela Reciclabom no dia 24 de agostode2022,e,emseguida,serárealizadaadestinação correta para o material. O Dia C, Dia de Cooperar, contou comaparticipaçãodaUMA,querealizouatraçõesparaas crianças e os jovens presentes. A rádio Ativa FM e a rádio Web Central realizaram a cobertura do evento.
A COOPERBOM sempre se empenha no desenvolvimento de ações sociais e participa do Dia C, Dia de Cooperar, desde a primeira edição do projeto, em Bom Despacho.
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Fonte:OCEMG PorNaraTavares
Foto:DavidFragoso
Foto:DavidFragoso
COOPERBOMPARTICIPADO LANÇAMENTODOANUÁRIO2022DE INFORMAÇÕESECONÔMICASSOCIAIS DO
COOPERATIVISMOMINEIRO.
No dia 28 de junho, no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte, a diretoria da COOPERBOM participou do evento de lançamento do anuário 2022, promovido pela Ocemg. O tema central foi: “Por que o cooperativismo está com tudo?”. O objetivo do evento foi apresentar os principais indicadores econômicos e sociais das cooperativas mineiras e promover uma reflexão sobre seus impactos no crescimento e na sustentabilidade dos negócios cooperativos.
A COOPERBOM foi representada pelo diretor comercial Enes Custódio Fialho, juntamente com Elda Maria da Silva Alves Santos, membro do conselho administra-
tivo da COOPERBOM.
De acordo com Enes Custódio Fialho, o evento reafirmou que não existiria o social se não tivesse uma base econômica forte. Durante o evento, as cooperativas cinquentenárias foram homenageadas.
O evento contou ainda com a presença de conselheiros do Sistema Ocemg e dirigentes das cooperativas mineiras.
A COOPERBOM está sempre presente nos melhores eventos e feiras do agronegócionacionalembuscadeatualizações e do que há de melhor em tecnologia para o cooperado.
O nosso futuro é agora!
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DOISDEDOSDEPROSA: DR. ORTODÔNTIO.
EDUARDOCOSTA
Este é um causo acontecido no verdadeiro, coloquei um babado aqui, outro acolá, mas tudo verdade verdadeira. Aconteceu lá na Bitira, com Sô Juca Quirino e o Dr. Ortodôntio, dentista prático dos idos de 1900 e pouco. Sô Juca era fazendeiro no povoado e Dr. Ortodôntio era filho de Dr. Ortolam, também dentista-prático. O falecido Dr. Ortolam batizara seu filho em homenagem à sua profissão, da qual muito se orgulhava!
De uma incerta feita, chegou a notícia na fazenda da Lagoa, de propriedade de Sô Juca, que o Dr. Ortodôntio havia sido baleado e que seu estado de saúde era gravíssimo! O acontecido foi lá para as bandas de Alberto Isaackson.
Muito querido por todos e compadre do Sô Juca Quirino, este, quando soube da notícia, preocupado com sua saúde do amigo, cuidou logo de ir visitá-lo. Montou em seu burro preferido e rumou para o povoado.
- E aí Dr., o que acontece?!
- Compadre Juca, foi por um beiço duma purga, um triz, um milagre! Dezembro, céu nublado, previsão de canca-d’água, chuvaréu!, quando re-
cebi pedido urgente de Sebastião do Saco, vitimado por coice de mula que lhe estragou sem igual a mandíbula esquerda.NoarreardomeuEquusasinus, começou a chuvarada! O dever palreoumaisalto.Láfuieuassistirmeu paciente. A tempestade recrudesceu, mais fortemente a leste, exatamente no rumo do meu destino. Rajadas redemoínicas açoitavam meu rosto. MeuPanamánãoconseguiacontê-las e gotículas pluviais molhavam minha face. Raios e trovões apavoravam-me. Não arredei o pé e segui caminho! Lanceimeuonagroàtodabridanotrilho enlameado e escorregadiço. Após 5 minutos de galope intenso, Pingo, emformidáveltropicão,lançou-meao chão. No queda, minha arma homicida, detonou, e o projétil assassino veio alojar-seemmeuomoplataesquerdo. Grande infortúnio, compadre Juca, mas cá estou, firme e forte!
SôJuca,pensou,pensou...e,inaudível, rezingou:
- Estado graave grave... coisa nenhuma! Tá escape! Com essa eloquência e riqueza na prosa, tá é bão demais da conta, sô!
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Médico Veterinário, Escola de Veterinária, UFMG, turma 83
NOVOSASSOCIADOS MÊSDEJUNHO-TOTAL:
12 associados
AgnaldoRodriguesdosSantos
AntôniodePauloCamilo
AugustoHeildeAssunção
CarlosAlexandredosSantos
ErnandoCláudioRodrigues
FernandoPimenteldaSilva
GilmarGeraldodeOliveira
IslanderJoséSilva
MaurilioFernandesdeOliveira
PauloSérgiodeAndrade
RioRanchoAgropecuáriaLTDA
SérgioAntôniodeMelo
LEITEENTREGUENA COOPERBOM
PERÍODO: Maio/2021 Junho/2021 Julho/2021 Agosto/2021 Setembro/2021 Outubro/2021 Novembro/2021 Dezembro/2021 Janeiro/2022 Fevereiro/2022 Março/2022 Abril/2022 Maio/2022 VOLUME(emlitros): 4.463.852 4.506.979 4.843.684 5.067.861 4.981.664 4.994.561 4.724.559 4.775.078 4.527.690 3.925.105 4.375.826 4.161.652 4.339.451
*LeiterecebidoemBomDespachoe EstreladoIndaiá.
Honraria da Medalha do Mérito Rural a produtores, pessoas e lideranças que contribuem para o fortalecimento do agronegócio de Bom Despacho.
EXPOBOM 2022 - Edição 50 anos 06 a 09 de Julho 2022 em Bom Despacho/MG. (Parque de Exposições Coronel João Araújo)
Vicente de Paula LopesVicente de Paulo Silva
Rosa Helena da Silva Tarcísio José Santos Amaral
RafaelPatríciodeAndrade
Paulo Guimarães Moacir Eustáquio Teixeira
José Elias dos Santos José Pacheco de Araújo Luiz Carlos Araújo G. Júnior
Jacques Gontijo Alvares José Bento de Araújo Filho
Flávio de Melo Queiroz Ivone Maria Cardoso
Cel. João Pedro Araújo Célio Moreira dos Santos Jr. DorvalMarcelinodeLeles
Alysson Paolinelli Ângela Maria Cardoso Costa
Carlos Ricardo C. Oliveira Assis
Antônio Firmino Soares
Antônio Carlos Álvares Barbosa
| COOPERBOM EM CAMPO | 20 32 R Õ E M P R Ê M I O S . Procure uma de nossas agências Sicoob Credibom ou entre em contato: sicoobcredibom (37) 9 9942-9870