Revista Ciências Médicas, Abril/2021

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FA CUL DADE

ALINHADO ÀS NOVAS TENDÊNCIAS E DEMANDAS Internato de Saúde Coletiva adapta formato para a segurança dos alunos frente à Covid-19

A

pós semanas de deliberação sobre um plano bem definido e seguro para os alunos, o Internato de Saúde Coletiva retomou suas atividades em maio de 2020, permitindo

que os participantes pudessem voltar às cidades que precisam do serviço dos formandos. A etapa é uma das mais aguardadas pelos alunos, afinal, é o momento de colocar em prática todos os conhecimentos adquiridos em sala de aula e laboratórios, com mais autonomia e vivência na realidade. “Estabelecemos o uso de EPIs e ofertamos treinamento para esses acadêmicos que estavam indo para o campo de atuação na atenção básica. Com a mudança de perfil de atendimento, foi necessário readequar o estágio, uma vez que muitas cidades suspenderam os atendimentos especializados para mulheres, crianças e idosos”, explica o Prof. Gustavo Werneck, coordenador do Internato de

Prof. Gustavo Werneck, coordenador do Internato de Saúde Coletiva, dedicou-se com a equipe ao planejamento da ida dos alunos para o interior durante a pandemia

Saúde Coletiva. A Faculdade montou uma estrutura segura e completa

Unidade Básica de Saúde. Infelizmente, não conseguimos

de apoio para os alunos que viajaram. O protocolo

fazer grupos de promoção à saúde, como é usual. Por outro

estabeleceu que os discentes que apresentassem

lado, aprendemos sobre o manejo do paciente suspeito

sintomas de Covid-19 imediatamente retornariam a

de Covid-19 e o funcionamento da estrutura de saúde

Belo Horizonte para realização do teste no Hospital

municipal durante uma pandemia. Foi muito valioso”, conta.

Universitário Ciências Médicas – MG, com os custos assumidos pela Feluma. Além disso, a decisão de ir

Durante o ano de 2020, 263 alunos de Medicina,

para o interior coube espontaneamente ao próprio

Fisioterapia, Psicologia e Enfermagem participaram

acadêmico, sendo que a maioria abraçou o desafio.

do Internato de Saúde Coletiva, sendo 181 no interior

“Foi uma ótima oportunidade de aprendizado sobre

e 82 em Belo Horizonte. Alguns atuaram na linha

o cuidado que terão de ter em suas rotinas, como

de frente, outros fizeram monitoramento de casos

profissionais de saúde que serão de fato, em breve”,

já comprovadamente, positivos e alguns ficaram na

comenta o coordenador.

retaguarda, apoiando demandas dos postos de saúde. De acordo com o Prof. Gustavo Werneck, após mais de

Mariana Trindade Tofani, então do 10º período de Medicina,

nove meses de pandemia, os municípios já evoluíram

confirmou que atuar no interior durante a pandemia foi

bastante no que diz respeito aos protocolos de cuidados

uma experiência única. Ela ficou por pouco mais de dois

ofertados aos profissionais de saúde e, por isso, os alunos

meses em Lagoa da Prata, uma cidade relativamente

estão seguros nos atendimentos. “Eles contam, também,

grande. “É claro que o contexto de pandemia gerou

com o apoio da Faculdade na reposição dos EPIs e

impacto, porque os pacientes ficaram receosos de ir à

treinamentos que recebem.”

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