Valor Magazine dezembro de 2020

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Dada toda a importância da Engenharia para rentabilizar recursos e para criar infraestruturas sustentáveis, só podemos encarar a Engenharia com “E” maiúsculo. A nossa missão é de enorme responsabilidade e valor, por isso lutamos por ela. O Grupo FUTURE é uma voz ativa na valorização da Engenharia portuguesa. Como caracterizaria a Engenharia nacional? O projeto FUTURE nasce daquilo que são as vantagens competitivas da engenharia nacional. De facto, é uma pena que Portugal não explore esta vantagem incrível que tem, porque nós conseguimos: temos boas escolas de engenharia, temos as nossas características inatas enquanto povo português que são, por si só, vantagens competitivas em mercados emergentes, como os mercados de África e da América Latina. Somos muito bem recebidos e reconhecidos, pela nossa engenharia e pela nossa capacidade de adaptação a novas realidades. A nossa engenharia é extremamente competitiva nestas geografias. Porém, e considerando a escala das empresas nacionais, estas não conseguem implementar-se de forma estruturada e sistematizada e acabamos por não aproveitar esta nossa capacidade. Nós, no FUTURE, entendemos que precisamos de escala, porque é preciso escala para tirar partido das vantagens competitivas da Engenharia portuguesa. Isto deveria ser um desígnio português – a afirmação da Engenharia nacional noutras geografias. Nós exportamos engenheiros, estão em todo o mundo, em especial nos países mais desenvolvidos e com desempenhos fantásticos. Temos de exportar antes Engenharia, e precisamos de o fazer em escala. Todavia, a cultura nacional diz que uma empresa que tenha 300 técnicos é grande. Na Suécia, que tem a mesma população que nós, encontramos empresas com 12 mil técnicos. No Grupo FUTURE, temos 1200 pessoas e continuamos a precisar de crescer.

Como se integram as tecnologias da Informação na Engenharia Clássica? Nós vemos que a Engenharia Clássica não evoluiu, comparativamente com quaisquer outros setores, como o automóvel ou das tecnologias da comunicação. Refletimos sobre isso e pensámos de que forma poderíamos fazer a Engenharia evoluir e desempenhar o seu papel na sociedade de forma efetiva. Deparámo-nos com os desafios aos quais importa responder, como a sustentabilidade ambiental e económica, bem como a necessidade de oferecer serviços diferentes. Concluímos que, para sermos bem-sucedidos nesta inovação, teríamos de incluir as tecnologias de informação nos nossos projetos. Criámos assim, o terceiro pilar do projeto FUTURE, que é a integração das tecnologias da informação na Engenharia Clássica. Somos pioneiros nesta área e estamos a reinventar os serviços. A partir de janeiro de 2021, tudo o que for projetado pelo nosso Grupo, terá de ter a inteligência artificial incorporada e deverá também ser ambientalmente sustentável. São duas obrigações que nos impusemos. Toda a gestão de um edifício ou de uma cidade é mais eficaz se for feita com base em recursos tecnológicos que já existem. Se as soluções estiverem integradas, as tecnologias irão fornecer-nos dados para uma melhor Engenharia, uma maior eficácia. Por esse motivo, integrámos no nosso grupo, uma das maiores tecnológicas portuguesas, com quase 50 anos de mercado e estamos a desenvolver um projeto piloto e a criar uma plataforma que será lançada já no final de janeiro que revolucionará a supervisão da construção e que trará muitas vantagens para os clientes. Será um dos nossos primeiros produtos disruptivos a ser lançado no mercado, no âmbito da transformação que estamos a operar.

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