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oDetail Landscaping - 2020 foi uma ano de cresciment
Detail Landscaping tem 11 anos de mercado, ao longo dos quais Afoi alargando a sua atividade e aceitando desafios para lá da jardinagem e do paisagismo. Como avalia este percurso de mais de uma década? Tudo começou durante a última grande crise económica em que a construção civil caiu a pique, área em que ajudava o meu pai. Na altura, sozinho, comecei com algumas manutenções de jardins de pessoas conhecidas e também tinha uns trabalhos na área da hotelaria, em regime noturno em part-time, para poder comprar equipamentos e veículos para o crescimento da empresa. Hoje, posso dizer que a empresa está sólida no mercado regional – Algarve - e conta com uma equipa bem estruturada. Temos atualmente um escritório com a área técnica, financeira e administrativa, quatro engenheiros na organização de projetos e logística de equipas, uma arquiteta paisagista no desenvolvimento dos nossos projetos e cerca de 50 trabalhadores de campo que fazem com que tudo, no final, esteja perfeito. Além disso, contamos com dois estaleiros, situados em Albufeira. Tiago Oliveira CEO Tiago Oliveira é o CEO da Detail Landscaping, que opera no mercado da jardinagem e paisagismo há 11 anos. Situada no Algarve, esta é uma empresa que nasceu da oportunidade criada pela crise económico-financeira que teve lugar no país há uma década e que, entretanto, alargou as suas áreas de atividade.
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Que serviços oferecem, atualmente, aos vossos clientes? Atualmente podemos dizer que tratamos de tudo o que está para além das “paredes da casa” . Projetamos todo o exterior desde acessos viários em diversos materiais, caminhos pedonais, iluminação exterior, redes de drenagem, vedação, muros de suporte, passando depois para a parte de plantação, em que dispomos de toda a maquinaria para o nivelamento e posterior instalação de relvados e árvores. Por conseguinte, temos depois o nosso departamento de Manutenção, que dá o acompanhamento devido aos Espaços Exteriores e compromete-se a manter tudo nas melhores condições, garantido que o cliente possa disfrutar do seu espaço.
Quais as dificuldades que a chegada da pandemia ao país vos criou, que afetaram diretamente o vosso trabalho? Felizmente, e até ao momento, não nos foi sentido qualquer impacto. Antes pelo contrário. No ano de 2020, conseguimos duplicar o nosso volume de faturação em relação ao anterior ano, chegando ao estatuto de PME Líder em 2020.
Como se adaptaram a este ano, que pedia medidas de proteção extremas e o mínimo contacto entre pessoas? Tendo em conta que a nossa empresa atua essencialmente no exterior, nunca foi necessário suspender os nossos serviços. Seguimos todas as medidas exigidas – utilização das máscaras e de álcool gel, horários de entrada do pessoal alternados e maior distribuição do pessoal pelos veículos, reuniões feitas no exterior, garantindo o distanciamento social e/ou videoconferência e teletrabalho, no caso do departamento administrativo e financeiro.

Quais lhe parecem ser as adaptações – ao nível do desempenho profissional e mesmo socialmente – que foram criadas ou adotadas este ano e que serão implementadas em absoluto pelas empresas daqui em diante? Diria que a pandemia veio alterar muito o modo como nos reunimos com clientes e possíveis novos clientes, pois hoje trata-se muito de assuntos por Zoom e Skype, devido às limitações de circulação entre países, visto que mais de 50 por cento dos nossos clientes são estrangeiros.

Como caracterizaria o mercado da jardinagem e paisagístico? Que diferenças sentiu durante este ano em particular? Em relação à área de construção dos Espaços Verdes, penso que não ficou a perder muito com a pandemia. As pessoas acabaram por sentir necessidade de melhorar as áreas exteriores, tendo em conta que iriam despender mais tempo nas suas habitações, acabando por ser uma área até mais requisitada. Já na área da Manutenção, os efeitos da pandemia fizeram-se sentir mais. Os nossos clientes da área da Hotelaria – hotéis e aldeamentos turísticos – acabaram por suspender por alguns meses os nossos serviços ou requisitarem os serviços mínimos.

Que análise faz do comportamento da empresa este ano, tendo em conta todas as dificuldades? Quais os objetivos de agora em diante? A meu ver, a nossa empresa está a passar bem por este ano atípico, pois continuamos com muitos novos projetos. Acabou por fazer com que nos organizássemos melhor na área de logística e também a nível de comunicação com o cliente. Melhorámos o nosso site e também as redes sociais, de modo a que possamos chegar até aos lares dos nossos clientes. Temos como objetivo dar continuidade ao desenvolvimento destes pequenos detalhes que vão marcando a diferença – dar conhecimento da marca.

Como antecipa o ano de 2021? Neste momento não sei bem o que antecipar, pois o futuro da economia está bastante incerto. No entanto, a nível interno já temos muitos projetos para 2021 que nos dão alguma estabilidade, diria mesmo que iremos ter um ano semelhante a 2020 a nível de trabalho, o que nos dá muita força para continuar a crescer e honrar os nossos compromissos. Se tudo correr como planeado será um ano de expansão para novas áreas do país.
detaillandscaping.pt
Luís Menezes Leitão
Bastonário QUAIS AS JANELAS QUE SE FECHARAM E QUE JANELAS SE IRÃO ABRIR? pós o Presidente da República ter decretado o Estado de Aemergência a 18 de Março devido à situação de pandemia, iniciámos como sociedade um conjunto de Para os Advogados a utilização de meios digitais para a execução da sua actividade não representou assim uma ruptura uma vez que para a grande maioria a utilização destas ferramentas era já alterações profundas no nosso modo de vida. O confinamento e a uma componente essencial da sua actividade profissional. obrigatoriedade de teletrabalho obrigaram a encontrar soluções que permitissem tanto quanto possível manter a nossa vida A adaptação a esta nova realidade é muito mais do que garantir as pessoal e profissional. competências para interagirmos de forma digital. Foi necessário mudar profundamente as formas de trabalho. Nesta profissão o Os Advogados são desde há muito anos obrigados a fazer uso de contacto pessoal entre o Advogado e o seu cliente, ou entre meios tecnológicos no desempenho da sua actividade profissional colegas, é essencial e as restrições impostas pela situação diária. Desde 1999 que é possível o envio de peças processuais por pandémica trouxeram aqui desafios importantes. Também toda a correio electrónico para os Tribunais. O Citius, enquanto actividade desenvolvida nos Tribunais teve de ser adaptada às ferramenta de tramitação processual, é utilizado pelos Advogados contigências decorrentes da sistuação pandémica, chegando a ser que interagem com este sistema via internet, e é desde 30 de Junho realizados julgamentos por via electrónica, que no entanto não de 2008 o meio de entrega de peças processuais por tramitação funcionaram adequadamente. Infelizmente, os meios electrónica nos tribunais judiciais, desempenhando o SITAF a tecnológicos utilizados nos Tribunais para a realização de mesma função nos tribunais administrativos e fiscais. Existem diligências por videoconferência não asseguraram a fiabilidade e ainda um vasto conjunto de ferramentas no âmbito dos registos qualidade necessárias para que a sua utilização que se pudesse cuja utilização pelos Advogados é feita recorrendo a plataformas tornar comum. electrónicas.

Foi na vertente da necessidade de encontrar formas de susbtituir o contacto pessoal dos Advogados com os seus clientes e entre si que se deu uma grande evolução. Até Março de 2020 para grande parte dos Advogados a realização de reuniões por videoconferência ocorria raramente. Com a pandemia tornou-se, porém, impossível realizar os contactos pela habitual via presencial, obrigando à utilização de meios digitais que permitissem realizar videoconferências à distância. Dessa forma e proporcionando um contacto visual entre os participantes conseguia-se replicar, com as diferenças que conhecemos, as reuniões e contactos pessoais. Surgiu assim uma panóplia de ferramentas digitais que proporcionam a realização de videoconferências. Num curto espaço de tempo todos nós passámos a ser utilizadores de uma ou mesmo de várias destas plataformas. As formas de trabalho nos escritórios adaptaram-se, fomentando a utilização de instrumentos tecnológicos que permitissem o contacto imediato e constante com pessoas que se encontram fora do seu local de trabalho habitual, mas que nem por isso deixam de trabalhar.
Estas plataformas, que permitem a realização de videochamadas entre vários participantes, trazem ainda ferramentas que oferecem funcionalidades adicionais como a partilha de documentos, e partilha de écran, e a gravação de reuniões, entre outras.
Passados quase nove meses desde o início das restrições de contactos pessoais, verificamos que estas novas formas de reunião e comunicação foram já interiorizadas e é expectável que num futuro pós-pandemia continuem a ser usadas, substituindo em muitos casos as formas usadas no período anterior à pandemia. Vai deixar de ser com certeza considerado justificado efectuar deslocações longas para participar em reuniões que se podem realizar perfeitamente à distância. No caso do Conselho Geral da Ordem dos Advogados temos vindo a realizar desde Março todas as reuniões habituais recorrendo a estes meios de comunicação à distância. Com a continuidade da sua utilização e com os meios técnicos adequados conseguimos garantir a qualidade necessária para que este seja um meio válido a usar no futuro evitando deslocações não imprescindíveis.
Também nos serviços do Conselho Geral foram realizadas as adaptações técnicas necessárias que permitem que a generalidade dos nossos colaboradores se encontre em teletrabalho sem qualquer prejuízo para a actividade que desempenham.
A pandemia provocou estas mudanças, uma vez que a tecnologia já existia, as ferramentas digitais estavam disponíveis, mas só uma pequena parte de nós estava preparada para ser agente de mudança e conseguir transformar as formas como interagimos e desenvolvemos a nossa actividade.
A pandemia foi um acelerador deste novo paradigma, em que a tecnologia está disponível para apoiar e potenciar a mudança.
Aos Advogados são colocados novos desafios mas os mesmos saberão adaptar a sua actividade a esta nova realidade, onde o trabalho colaborativo e os contactos pessoais são agora feitos de outra forma. O que se perde do contacto pessoal pode ser compensado pela produtividade trazida pelos sistemas digitais que, como tem sempre ocorrido, irão oferecer cada vez mais soluções novas para este novo mundo.

Inês Fazenda Diretora-geral
Inês Fazenda é a diretora-geral da Mediapost Portugal, empresa de referência em comunicação e publicidade, sobretudo no que respeita ao folheto publicitário. Em 2020, este foi um canal de comunicação muito utilizado pelas A Mediapost é uma empresa que ajuda os seus clientes a aumentar a sua visibilidade e o poder da sua Que estudos são levados a cabo para perceber as necessidades de um cliente e como a sua comunicação pode ser mais eficaz? marcas e Inês Fazenda salienta todas as suas vantagens, nesta entrevista. gamification quer online, quer em ponto de venda através de quiosques digitais; ativação de marca - através de promotoras, carros de som, marca junto dos consumidores. Qual a vossa A eficácia da comunicação de cada cliente taxiadvertisement e outros serviços locais. filosofia de trabalho, para conseguir assegurar depende do seu objetivo e do seu target. Há Através do lançamento da Sogec Portugal, em esses resultados aos vossos clientes? que estudar cada cliente de forma a perceber o janeiro deste ano, possuímos uma oferta de A Mediapost assenta a sua metodologia em que é que mais lhe convém e, para tal, serviços de programas de fidelização e procedimentos de qualidade únicos no recorremos a estudos de geomarketing estratégias promocionais, assente numa mercado português. Como pertencemos ao elaborados pelo nosso departamento de Gestão experiência de mais de 40 anos da Sogec France. Grupo La Poste, líder não só em França, mas de Informação Geográfica, que define qual a Somos na verdade uma empresa que oferece também a nível europeu, trazemos as melhores melhor estratégia de comunicação. soluções de marketing a vários níveis. Quanto ao práticas deste setor para o nosso mercado. A nosso core business, a Mediapost é um nossa filosofia baseia-se num conjunto de Que mais-valias existem no facto de o cliente operador com cobertura nacional, com grande procedimentos de controlo e de formação, poder contar com os vossos serviços? proximidade ao cliente, reporting online, desde o controlo no terreno às equipas de A Mediapost é uma empresa altamente focada controlo massivo das nossas distribuições e distribuição, até à medição da eficácia através no cliente, cujo objetivo é ser uma mais-valia definição de estratégia para aumentar o de inquéritos de call center realizados ao cliente para si, oferecendo não só os serviços do seu impacto do folheto dos nossos clientes. Posso final e a um conjunto de medidas que visam a core business – distribuição de publicidade, dizer que somos uma empresa com a garantia eficácia da distribuição desde a execução do seu incluindo a distribuição de samplings e o street de serviço de uma multinacional, mas com o plano até à entrega do folheto na caixa de marketing– mas vários serviços de marketing e empenho e dedicação, característicos de uma correio. de ativação de marca. Oferecemos soluções de empresa familiar. marketing chave na mão como design/impressão; handling/logística;
A publicidade física, como o folheto, está, segundo se afirma, a perder espaço para a publicidade digital. Como avaliam o impacto da publicidade física, como o folheto, nesta situação? O cliente é omnichannel e a estratégia de marketing das marcas e retalhistas também o é cada vez mais. Nesta visão, o folheto publicitário é um complemento a outros meios, como email marketing, sms, rádio ou televisão. A maioria dos nossos clientes tem uma estratégia omnichannel e integra o folheto na sua estratégia de marketing global. Estudos recentes dão um OTS (opportunity to see) ao folheto 2,5 vezes superior ao de um anúncio digital. Na era do digital todos os cliques e conversões são medidos, mas na hora de comprar o impacto do folheto é uma realidade indiscutível!

Enquanto marca internacional, como avaliam este setor onde estão inseridos, sobretudo tendo em conta a crise que se instalou um pouco por todo o mundo, em virtude da pandemia? A distribuição de publicidade não endereçada é um meio altamente eficaz enquanto drive to web ou drive to store. Em Portugal, há uma elevada preferência dos portugueses em receber promoções e informações através deste meio (dados de um estudo europeu realizado em Portugal indicam que 62% dos portugueses prefere receber um folheto publicitário e 73% assume que conheceu um novo produto ou serviço através do folheto). Com o confinamento, as pessoas ficaram isoladas em casa e isso gerou uma “saturação” do meio digital. As pessoas trabalhavam ao computador um dia inteiro, tinham reuniões por teams e falavam com a família por zoom. O folheto, neste contexto é uma lufada de ar fresco! Poder folhear um folheto ou um catálogo é altamente impactante e diferenciador. Temos vários casos de clientes que ao retomarem a distribuição de folheto, tiveram um aumento na procura das suas lojas e serviços. No Reino Unido por exemplo e segundo uma notícia no The Guardian, marcas que tinham deixado de fazer folheto, relançaram-no e tiveram resultados muito positivos, como no caso da Argos e da marca de artigos de luxo Jigsaw.
Por outro lado, esta mesma crise, a necessidade de comunicar com os clientes por outras vias que não a física, fez aumentar a procura pelos vossos serviços e soluções? Nalguns setores de atividade, sim, como no caso de instituições de solidariedade social que viram no folheto o canal ideal para comunicar de forma massiva e apelar à contribuição para as suas causas; ou novas empresas que abriram portas numa altura tão difícil e quiseram promover os seus serviços na sua área de influência ou mesmo marketplaces online que veem o folheto como um meio de comunicação altamente massivo para atrair novos clientes para o seu site, oferecendo códigos de promoção específicos. A distribuição de folheto também foi o meio escolhido por diversas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia para comunicar com os seus munícipes e fregueses e assim poder alertar para as regras e boas práticas a respeitar durante este período.
No que respeita à sua carreira, é atualmente diretora-geral da Mediapost Portugal, tendo anteriormente ocupado os cargos de diretora-geral adjunta e diretora comercial, na mesma empresa. Que balanço faz desta evolução profissional, sobretudo tendo acontecido na mesma empresa? A evolução é muito positiva e diria que natural. Quando entrei na Mediapost não tinha qualquer conhecimento deste mercado, nunca tinha trabalhado em publicidade e o facto de iniciar este trajeto numa área mais tradicional, como o folheto publicitário, deu-me uma motivação extra para inovar os nossos serviços e a nossa oferta.
Assume-se como alguém que gosta e tem vocação para liderar equipas. Que características suas destacaria enquanto líder? O que mais gosto de fazer na vida para além de vender, é gerir pessoas. Tirar o melhor de cada indivíduo num contexto empresarial, isolando cada membro do todo e otimizar a sua performance em benefício de todos é, para mim, fascinante. Creio que o que me distingue enquanto líder é a minha capacidade de me colocar ao lado das pessoas, ao seu nível, ajudando-as no que necessitam e indicando-lhes o caminho a seguir. Sou muito presente, nos momentos bons, mas acima de tudo nos momentos mais críticos. O sucesso de uma empresa só é possível se todos trabalharem para esse fim e para tal, a humanização da empresa é essencial. Se criarmos empresas humanas que olhem para as pessoas como indivíduos e não como números, temos maior possibilidade de gerar trabalho positivo e de alcançar os objetivos! Mas também sou muito exigente e justa. A justiça é crucial para uma organização equilibrada.
Enquanto diretora-geral da Mediapost, que características destaca da empresa? Já tive a sorte de trabalhar em algumas empresas com equipas muito unidas e produtivas, mas a Mediapost é de facto uma empresa com um capital humano fantástico. Temos um espírito de luta e de sacrifício ímpares que nos levam a trabalhar com elevados níveis de concretização! É uma empresa altamente dinâmica com uma enorme capacidade de adaptação a novos cenários e a novos serviços. Somos uma empresa muito flexível e os nossos clientes sentem isso.

Que desafios se avizinham, nos próximos tempos? O maior desafio que temos é o de demonstrar às marcas e retalhistas que o Folheto Publicitário tem um papel relevante na estratégia de comunicação da marca. Num mercado omnichannel, o folheto contribui muito positivamente para os resultados de uma campanha publicitária. Outro desafio é elucidar as pessoas em geral, sobre o falso mito do folheto ser um meio de comunicação muito poluente. O papel é um dos poucos e verdadeiros produtos sustentáveis. A maior parte da energia utilizada é renovável e a intensidade de carbono é surpreendentemente baixa. Para além disso, todas as empresas do Grupo La Poste beneficiam de um programa de Compensação de Carbono.