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omo foi possível gerir um Cafetado pela pandemia? grupo com estas dimensões, num ano Gerir um grupo em quatro continentes é sempre um desafio. Os países onde estamos presentes têm culturas e práticas profissionais distintas, mas com a pandemia, surpreendentemente, essas diferenças esbateram-se, bem como as distâncias. Nós conseguimos, fruto do investimento que fizemos na nossa organização a nível de estrutura informática, que é fundamental para gerir um grupo desta dimensão e sobretudo na área em que trabalhamos, colocar mais de 700 pessoas – das 1200 que somos hoje – em casa, a trabalhar à distância, de um dia para o outro. No futuro, inclusivamente, queremos que as pessoas tenham a oportunidade de trabalhar remotamente, a partir de qualquer local que lhes seja aprazível. Porém, mesmo na fase de confinamento e a trabalhar obrigatoriamente a partir de casa, não sentimos qualquer transtorno na nossa operação.
A primeira semana foi complexa, mas não falhámos nenhuma entrega programada. Além disso, nestas circunstâncias ainda registámos um acréscimo de produtividade, o que é extraordinário.
A nível pessoal, comprometemo-nos a apoiar as pessoas, naquela que foi uma experiência psicológica difícil, com toda a família em casa em simultâneo e a desempenhar diferentes papéis – as crianças a ter aulas à distância e os pais em teletrabalho.

Ainda assim, o resultado foi muito positivo – tão positivo que o nosso novo normal, o pós-pandemia, será muito diferente do que era antes – pois conjugaremos esta aprendizagem. Iremos manter tudo o que funcionou muito bem, nomeadamente a possibilidade de trabalho remoto, procurando sempre que as pessoas interajam fisicamente, porque isso também é importante, mas os nossos escritórios serão fundamentalmente pontos de encontro e de convívio. As pessoas trabalharão remotamente, o que permitirá que tenham uma maior produtividade e mais qualidade de vida. As ferramentas de reunião à distância já existiam antes, mas não tirávamos tanto partido delas como tiramos agora. Neste momento, "vou" ao Brasil cerca de três vezes por semana, via videoconferência, quando antes da pandemia viajava até ao Brasil mensalmente, para uma reunião.
Do ponto de vista comercial, esta fase de pandemia também correu bem. Conseguimos crescer nas nossas operações no Brasil e em Portugal e vamos fechar 2020 com um volume de negócios acima do de 2019.
Por isso, só podemos concluir que a pandemia nos fez aprender e evoluir, com resultados positivos. Que projetos gostaria de salientar, executados pelo Grupo FUTURE em Portugal, e que efetivamente caracterizam o modo de trabalhar da empresa? Nos 39 anos de existência da empresa em Portugal temos vários exemplos. Temos uma área de Gestão e Supervisão da Construção que é muito significativa e conta com muitas obras de relevo, como o terminal de cruzeiros do Porto de Leixões, que inclusivamente ganhou alguns prémios, o Centro Comercial Colombo, o Laboratório Ibérico de Nanotecnologia, o Museu dos Coches, o Palácio da Bolsa…
Na área de obras marítimo-portuárias, a nossa empresa está presente em todos os portos nacionais. Como exemplo das muitas obras realizadas posso destacar o terminal XXI da PSA, em Sines, que é o terminal de contentores mais importante do país, bem como os estaleiros navais da Lisnave, um projeto que está na origem da nossa FUTURE Proman.
Na área da Sustentabilidade e Energia posso salientar os estudos no âmbito das energias renováveis que apenas nos dois últimos anos já totalizam mais de dois gigawatts de capacidade instalada. Esta é apenas uma parte do muito que tem sido a nossa contribuição para um país mais sustentável - um desígnio FUTURE.
Por fim, gostaria de referir que temos sido uma referência no apoio à implementação de imensos investimentos no setor imobiliário.
Um dos vossos conceitos é o de tratar a Engenharia sempre com E grande. Que conceito é esse? Em primeiro lugar, nós sentimo-nos muito honrados por ter esta profissão. É uma profissão extremamente importante para criar condições para a evolução da sociedade e melhorar as condições de vida das populações. Foi assim ao longo de toda a História. Até há 20 anos, era assim que era entendida a Engenharia. A partir do momento em que a gestão das infraestruturas se tornou demasiado politizada, acabámos por desvalorizar a Engenharia, e Portugal é um exemplo disso. Hoje, a Engenharia vale menos do que em 2000, quando eu deixei o setor. A Engenharia foi transformada numa commodity, mas é necessário que se entenda que não o é. Ao desvalorizarmos a Engenharia, as nossas empresas desta área foram perdendo valor e dimensão. As grandes empresas de Engenharia, que existiram até ao final do milénio, desapareceram. Todas elas eram escolas de Engenharia. E desapareceram. Isto é uma realidade má para o país, pois esta área é importante para otimizar e rentabilizar os investimentos. Um país não pode definir as suas prioridades a nível de infraestruturas sem que essa discussão passe pelos agentes da Engenharia.