O Vale - Edição #03

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ESPORTE

Como Sapiranga se tornou a capital do Voo Livre Trazido do Rio de Janeiro no final dos anos 1970, o esporte embeleza os céus da Cidade das Rosas e atrai turistas de todas as regiões Por: Gabriel Stöhr

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á quase 50 anos, o céu de Sapiranga é um dos mais coloridos do Rio Grande do Sul, com voos diários de asa-delta e paraglider partindo diariamente do Morro Ferrabraz. O mesmo morro que, em meados da década de 1960, motivou o professor Muniz Pacheco a intitular Sapiranga como Cidade das Rosas, serviu para que a partir do final da década seguinte o município se tornasse, também, a Capital do Voo Livre. Quem trouxe o esporte para Sapiranga foi o policial rodoviário Pedro Gilberto, o “Chefia”, no ano de 1977. Ele conta que viu saltos no Rio de Janeiro e teve vontade de praticar também. Pioneiro, Gilberto construiu a primeira fábrica de asa-deltas do Rio Grande do Sul, em São Leopoldo, e fez o primeiro salto a partir do Morro Ferrabraz. Anos após os primeiros voos de asa-delta, surgem as decolagens com os paragliders, também conhecidos como parapentes. Com a modernização do esporte e dos equipamentos, hoje, em dias sem vento, um voo de paraglider chega na média dos 55 km/h, enquanto, na asa-delta, pode chegar aos 100 km/h.

Da paixão ao alto rendimento e competições

À frente da AGVL, Leonardo Horn coleciona títulos no parapente e já representou o País no Circuito Mundial

Associação Gaúcha do Voo Livre A AGVL foi uma das grandes responsáveis pela qualificação do esporte na região. Fundada em 1978, a associação conta, há dois anos, com o apoio do governo do Estado por meio do Pró-Esporte RS. Com aporte por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, eles mantêm o projeto Equipe AGVL de Parapente que disputa competições estaduais, nacionais e internacionais. Vale Germânico . 07 de dezembro 2023

O atual presidente da AGVL, Luciano Horn, é morador de Sapiranga e apaixonado pelo Voo Livre. “Meu padrinho Rogelio Dri esteve à frente da AGVL desde o início da fundação do clube. Até que um dia meu pai fez um voo duplo de parapente e ficou enlouquecido com o voo. Fez curso, começou a voar. Nem seis meses depois eu já estava voando também”, conta Horn, que sucedeu outro ícone do esporte na presidência do clube, Flávio Pinheiro – atual presidente da Federação Gaúcha de Voo Livre (AGVL). Há quase 30 anos no esporte, Luciano é atleta e coleciona títulos no parapente. No período, conquistou 10 títulos gaúchos, um título catarinense, três títulos do Sul-Brasileiro e um título do Brasileiro, além de representar o País algumas vezes no Circuito Mundial. Inclusive, no Campeonato Mundial deste ano, foi o não europeu melhor colocado, conquistando a 24ª colocação. Jornal O Vale . 19


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