










À frente das prefeituras da região pelos próximos quatro anos, eleitos detalham as ações para alavancar o desenvolvimento social e econômico.
ÍNDICE
4 - João Ávila
E assim me despeço dos veículos de comunicação
5 - Especial
João Ávila encerra sua carreira de coberturas jornalísticas
6 - José Nunes
Vanazzi entrega primeiras quadras da Rua Independência no fim da gestão
8 - Jeison Rodrigues
Ainda mais entusiasmados pela região!
10 a 19 - Reportagem Especial
O futuro nas nossas cidades passa pelas mãos dos prefeitos
20 - Cidades do Futuro
Como nós queremos que as cidades sejam no futuro
22 - Marina Klein
Uma última carta
23 - Memórias
Nos verões de antigamente
23 - Rodrigo Giacomet
Missão cumprida!
O projeto do Jornal O Vale, impresso, como está chegando a suas mãos, se encerra com este exemplar. Foram 40 edições alusivas ao bicentenário da imigração alemã no Brasil em que destacamos não apenas história da chegada dos primeiros colonizadores, como também os frutos do seu trabalho nas
diferentes áreas: saúde, educação, economia, esporte, turismo, tecnologia, meio ambiente, solidariedade, mobilidade urbana, política e religiosidade.
O Vale foi o espelho da comunidade de Novo Hamburgo, São Leopoldo, Campo Bom, Dois Irmãos, Ivoti, Estância Velha, Morro Reuter, Portão e
Sapiranga, e ainda colocou em destaque temas importantes para o futuro da nossa região. Um trabalho que reuniu profissionais qualificados e deu voz a diferentes personalidades que fazem o nosso dia a dia melhor. Foi lindo até aqui e muito obrigado. Seguimos no portal Valedosinos.org e na ValeTV.
Os prefeitos que vão governar a região pelos próximos quatro anos: Gustavo Finck (Novo Hamburgo), Heliomar Franco (São Leopoldo), Giovani Feltes (Campo Bom), Diego Francisco (Estância Velha), Jerri Meneghetti (Dois Irmãos), Valdir Ludwig (Ivoti), Airton Bohn (Morro Reuter), Kiko Hoff (Portão) e Carina Nath (Sapiranga).
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EXPEDIENTE
Publisher: Rodrigo Steffen
Coordenação editorial:
Jeison Rodrigues
Editor-chefe: Thiago Padilha
Supervisora de circulação: Ana Kich
Gestor comercial: Rodrigo Steffen
Reportagem: Alexandre Volkweis, José Nunes e Luis Guilherme Zambrzycki
Projeto gráfico e diagramação: Antônio Corrêa
Redes sociais e mídias digitais: Kátia Caxambu
Vídeos: Dhienifer Martins
Tiragem: 5 mil exemplares
Impressão: Araucária
Indústria e Editora O Jornal O Vale faz parte do projeto O Vale, da Vale TV e Portal Valedosinos.org, com 40 edições entre 26 de outubro de 2023 e 03 de janeiro de 2025, integrando as comemorações pelo Bicentenário da Imigração Alemã
Novo Hamburgo: Rua Santa Sofia, 134 - Bairro Ideal
São Leopoldo: Rua 1º de Março, 50 - Centro contato@valetvplay.com
Comercial: (51) 92003-7012
Whatsapp: (51) 99750-1414 /ValeTVPlay /valedosinosorg
Quando me despedi do Grupo Sinos, há dois anos, escrevi que a vida é feita de ciclos e aquele, de quase quatro décadas, estava se encerrando. Pois hoje, 41 anos e sete meses depois de colocar os pés pela primeira vez em uma redação, me despeço das coberturas jornalísticas e, não por acaso, junto com a última edição de O Vale, esse belo projeto capitaneado pelo Rodrigão Steffen. Mas antes que me perguntem, aviso: uma vez jornalista, sempre jornalista. Diplomado, com muito orgulho. Só que, agora, exclusivamente com assessorias e consultorias em comunicação.
Venho me despedindo desde setembro. O debate da Vale TV com os então candidatos à Prefeitura de Novo Hamburgo foi o último. A cobertura das eleições do dia 6 de outubro, quando tive a oportunidade de dividir a bancada com o Cláudio Alves, foi a última. Agora, os textos que publico em O Vale e no portal Valedosinos.org são os últimos.
A decisão foi muito pensada. Como disse em outubro, sempre acreditei no jornalismo como um ferramenta de transformação. Só que esse jornalismo perdeu a essência. Os veículos perdem espaço para as redes sociais e, assim, mais vale um punhado de cliques do que uma informação precisa. Tem ainda o discutível papel da universidade e do próprio jornalista, que age muito mais como um influencer.
A partir de hoje serei mais um espectador. Vou continuar lendo jornais, ouvindo rádio, assistindo televisão. São por estes meios que eu me informo. Só que agora do outro lado do balcão.
Não posso me despedir sem agradecer ao Grupo Sinos, especialmente ao Jornal NH e Rádio ABC 103.3, que me propiciou gostar deste ofício. Ao gigante, em todos os sentidos, Rodrigo Steffen, que me convenceu a participar deste projeto grandioso que proporcionou estar nas 40 edições de O Vale Mas especialmente aos leitores. Sem eles, nada disse teria feito sentido.
Fiz muitas amizades neste mais de 40 anos. Também vi muita gente de nariz torcido com coisas que publiquei. Mas não deixo inimigos. Sempre primei pelo respeito. Até porque, conforme disse George Orwell: “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”
Valeu por tudo�
O ano de 2025 é de muitos desafios para os prefeitos da região. Carina Nath (Sapiranga), Diego Francisco (Estância Velha), Jerri Meneghetti (Dois Irmãos) e Kiko Hoff (Portão), renovaram seus mandatos nas eleições de outubro. Todos com vantagem folgada sobre seus adversários, o que aumenta a responsabilidade.
Esses prefeitos foram felizes não só na vitória, mas também na composição que os partidos aliados garantiram nas respectivas câmaras municipais. Carina e Kiko terão 10 de 11
No
Jornalista
joaocavila@icloud.com
Twitter: @TutaAvila
Insta: blogdoavila
vereadores. A coligação que reelegeu Jerri garantiu oito de nove cadeiras, enquanto que Diego terá seis de nove parlamentares no Legislativo.
Gustavo Finck (Novo Hamburgofoto), Heliomar Franco (São Leopoldo), Valdir Ludwig (Ivoti) e Airton Bohn (Morro Reuter)
fazem suas estreias em mandatos executivos. Giovani Feltes (Campo Bom), vai para seu quarto mandato como prefeito. As coligações que elegeram Bohn, Ludwig e Feltes fizeram maioria nos respectivos legislativos. Finck e Heliomar não tiveram a mesma sorte e precisarão compor.
Não tem como me despedir deste ofício sem citar o exemplo que vem de São Sebastião do Caí. Por lá, Julio Campani (PSDB) não quis disputar a reeleição. Mas foi tão bem que o indicado por seu partido, Guará, garantiu a vitória com 70% dos votos. E olha que enfrentou um ex-prefeito
nas eleições.
Voltando ao Campani: pois o tucano decidiu que acompanha o novo prefeito pelos primeiros 20 dias de janeiro. Apesar da transição tranquila, se colocou à disposição, de forma voluntária. E assim poderá acompanhar projetos em andamento.
Por Luis Guilherme Zambrzycki
Após mais de quatro décadas dedicadas ao jornalismo, João Ávila anuncia o encerramento de sua trajetória de coberturas, acompanhando o fim do projeto Jornal O Vale, que chega a 40 edições.
Com uma carreira iniciada em 1983 como repórter esportivo no Jornal NH, Ávila percorreu diversos caminhos na profissão, passando por editorias de polícia, esportes e política. Ele deixou o Grupo Sinos em 2022, antes de integrar o time do Jornal O Vale, projeto que celebra os 200 anos da imigração alemã com uma proposta histórica e editorial definida.
“Logo após a saída do Jornal NH, recebi o convite do Rodrigo �Steffen� para integrar a equipe da Vale, inicialmente no portal Valedosinos.org. Mas o Rodrigo já tinha em mente o projeto de lançar o Jornal O Vale. Estamos chegando ao final desse projeto maravilhoso, que considero um marco para toda a comunidade. Não é um legado só meu, nem do �Luis� Guilherme �Zambrzycki�, nem do Rodrigo, é algo que toda a comunidade pode se orgulhar de ter vivenciado. Enfrentamos grandes desafios, como as cheias de 2024, que dificultaram bastante o ano. Agora, na 40ª edição, temos um produto digno de ser guardado como um registro histórico. Aposto que no fu-
turo esse material será objeto de estudo em universidades de jornalismo. Ele vai despertar o interesse para entender como e por que foi criado, e qual foi o impacto do Jornal O Vale nesse contexto dos 200 anos da imigração alemã”, pontuou a importância do jornal. Ávila destaca o aprendizado constante da profissão, mas também reflete sobre as transformações do jornalismo nos últimos anos.
Para ele, a busca desenfreada por cliques e a superficialidade de parte do conteúdo produzido atualmente afastaram o jornalismo de seu papel como ferramenta de transformação social.
Apesar disso, sua paixão pela música segue como uma fonte de inspiração. “Sou apaixonado por música, curto Pink Floyd, Raul Seixas, Rock de Galpão, mas não deixo de escutar a boa música gaúcha”, revelou.
Gourmetização
“O que me preocupa é que o tripé formado pelos jornalistas, pelos meios de comunicação e pelas universidades está completamente desequilibrado. Os meios não conseguem competir com a nova dinâmica da comunicação. As universidades, por sua vez, parecem mais preocupadas em ‘gourmetizar’ o ensino
Apesar disso, sua paixão do jornalismo, tornando-o algo mais romântico e menos prático, menos voltado para a formação necessária. Basta observar os estudos que são realizados hoje nos cursos de graduação. Quantos desses estudos analisam o papel de veículos como a Zero Hora, no contexto do jornalismo no Rio Grande do Sul, ou do Correio do Povo, que tem mais de 100 anos de trajetória e nasceu no século 19?”, questionou. Agora, Ávila segue em novos projetos, mas mantém sua paixão pela comunicação. “Além do jornalismo, tenho uma outra atividade em uma área completamente diferente:
sou corretor de imóveis e atuo nesse segmento há algum tempo. Inclusive, sou um dos delegados da Delegacia do Creci na região do Vale dos Sinos, delegado de integração regional. Essa é uma área distinta, mas, no que diz respeito à minha trajetória no jornalismo, hoje estou mais focado em trabalhos de assessoria e consultoria. Quando o jornal se encerrar, o meu ciclo como jornalista de redação também se encerra. Com a última edição do Jornal O Vale, será a última vez que você verá um texto meu publicado sobre política ou outro tema em um veículo de comunicação”, concluiu.
José Nunes Jornalista, presidente da ARI e vice-presidente Sul da Fenaj
Servidora assume a pasta da Cultura
A secretária da Cultura ficou a cargo da servidora pública em São Leopoldo há 17 anos, Lionella Goulart. Graduada em Tecnologia da Gestão Financeira e pósgraduada em Gestão Pública, ela já atuou na diretoria Administrativa e Financeira nas secretarias de Cultura, Saúde e Educação.
Centenário
O Administrador, pósgraduado em Gestão em Saúde�UFRGS e Gestão Hospitalar�Fiocruz�RJ, Ricardo Agliardi Silveira assumiu o Hospital Centenário. Ele já atuou como diretor administrativofinanceiro do Grupo Hospitalar Conceição e gerente de Administração do Hospital Nossa Senhora da Conceição. São mais de 20 anos de atuação na administração pública, vinculado à gestão em saúde.
Coronel da reserva fica na Segurança
O Coronel da Reserva da Brigada Militar, Da Rosa, é o novo secretário de Segurança Pública. Advogado, pós-graduado em Direito Constitucional e Direito Civil, tem especialização em Licitações e Contratos. O coronel já foi comandante do 3° BPM de Novo Hamburgo e do 8°BBM em Canoas.
O prefeito Ary Vanazzi e autoridades locais e estaduais realizaram uma cerimônia simbólica, marcando a entrega das obras de revitalização nas primeiras quadras da Rua Independência. Com a preservação das pedras originais do calçamento, novos postes de iluminação e rede elétrica e lógica (telefonia e internet) toda subterrânea instaladas nas três primeiras quadras, diminuindo a poluição visual e embelezando a rua mais tradicional do município.
Vanazzi parabenizou toda a comunidade de São Leopoldo e falou dos impactos positivos da reforma. “Esse é um momento histórico que tenho a honra de estar presenciando enquanto prefeito, parabenizo toda a comunidade leopoldense que irá receber uma Rua Independência moderna, mas que não esquece suas raízes e mantém sua tradição”, afirmou. “A conclusão desta obra terá um impacto extremamente positivo, do ponto de vista econômico,
histórico e cultural da cidade e a população colherá todos os frutos dela”, concluiu. Após a cerimônia, Vanazzi e as demais autoridades presentes caminharam por todo o percurso do cartão postal da cidade, até a Avenida João Corrêa, oportunizando vistoriar as reformas em andamento e olhar as novidades da rua, como o “Ice-Hot” novo dispositivo que funciona como uma espécie de bebedouro com água quente e gelada para a população usufruir gratuitamente. O aparelho fica em frente ao Banco do Brasil próximo ao cruzamento entre a Rua Independência e Osvaldo
Aranha.
Ao final da caminhada a rua já ficou toda liberada para a passagem de pedestres e veículos. O Consórcio concluiu a pista de rolamento da Rua Grande entre a Rua Conceição e Avenida João Corrêa e na quinta quadra (entre a Presidente Roosevelt e Conceição), onde se concentra os trabalhos na colocação dos paralelepípedos e calçadas, foi liberado o trânsito em meia pista. Com as férias dos trabalhadores, as obras de engenharia deverão retornar em 7 de janeiro. A entrega final da obra, prevista para ocorrer até março de 2025.
O prefeito Heliomar Franco empossou seu secretariado no dia 1º de janeiro, que segundo ele estão seguindo os critérios técnicos. Ele destaca a importância de cada um dos nomes.
“Teremos muito trabalho e precisamos de pessoas capacitadas para entregar
os serviços que nossa população precisa. Seguiremos trabalhando até o dia da posse para que a cidade receba na integridade os serviços da Administração Municipal”, ressaltou Heliomar.
O prefeito terá como chefe de Gabinete, o jornalista,
Amanda Backes Homem, graduada em Gestão Ambiental, com pósgraduação em Saúde Pública e acadêmica de Serviço
Social, assume a pasta da Política para as mulheres. Conselheira Tutelar no seu segundo mandato, foi assessora na Fundação de Proteção Especial do Estado do Rio Grande do Sul. Atuou também como diretora de Assessoria Comunitária e Coordenadora Administrativa dos Conselhos em São Leopoldo.
O Administrador Luís Kroeff assume o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Servidores Municipais (Iaps). Ele é graduado Tecnólogo em Gestão da Produção; Administração de Empresas e Formação Pedagógica de Docentes, com especialização em Gestão de Recursos Humanos e em Qualidade de Produtos e Processos.
Ex-secretário volta a ocupar o 7º andar
com pós graduação em Marketing Digital, Nataniel Schmidt Corrêa. Na Ouvidoria assume o advogado Especialista em Direito Civil, Empresarial, Constitucional, Administrativo e Eleitoral Victor Hugo Eggers. Ele é vereador suplente no Município.
O ex-secretário de administração de São Leopoldo, Everton Fraga volta a assumir o seu antigo posto no sétimo andar do paço municipal. É graduado em Relações Públicas, e pós-graduado em Gestão Pública Municipal, com Ênfase em Gestão de Pessoas e acadêmico em Ciências Sociais.
O jornal criado para ter começo, meio e fim chega em sua última edição. Foram 40 desde outubro do ano passado, dentro de um projeto pensado para refletir sobre temas importantes como educação, cultura, saúde, trabalho, turismo, inovação e tantos outros que renderam extensas e profundas reportagens especiais. Sempre com um olhar hiperlocal e voltado ao desenvolvimento das cidades da região.
Com os 200 anos da imigração alemã como pano de fundo, O Vale por vezes revisitou o passado, em outros momentos festejou o presente e, de alguma maneira, sempre buscou olhar para o futuro. E é dessa forma, aliás, que concluímos o projeto ao ouvir os prefeitos que tomaram posse para entender melhor como planejam os próximos quatro anos.
Na edição zero, em outubro do ano passado, explicamos que o jornal nascia para refletir nosso entusiasmo convicto pela região. Esse entusiasmo, quarenta edições depois, é ainda maior. Assim como a certeza de que nossos vales compõem uma parte muito especial do País. Enfim, era isso� Aos leitores, parceiros, fontes e colegas que tocaram o projeto, um agradecimento especial�
Jeison Rodrigues
Jornalista
jeisonrodrigues1977@gmail.com
Twitter: @jeisonmanoel
Insta: @jeisonrodrigues1977
Prefeitos que assumiram os governos no início de janeiro fazem análise da situação atual de suas cidades e projetam as principais ações que pretendem
pôr em prática pelos próximos quatro anos O que esperar dos nossos municípios nos próximos quatro anos? O que os gestores que assumiram as pre-
feituras no dia 1º de janeiro de 2025 pretendem fazer para estimular o desenvolvimento social, o crescimento econômico, a promoção do turismo, a atenção à saúde,
o estímulo ao esporte e à educação até 2028. A reportagem do Jornal O Vale conversou com os mandatários de Novo Hamburgo, São Leopoldo, Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Morro Reuter, Portão e Sapiranga e traz as entrevistas exclusivas com os chefes dos Executivos nas próximas páginas.
Novo Hamburgo
Gustavo Fink: “Voltar a entregar serviços de qualidade”
O Vale - Como você avalia a cidade hoje?
Gustavo Finck - Desde o grupo de transição, os secretários estão sabendo do momento crítico financeiro que o município está passando. Sabemos também que temos que fazer avanços importantes na entrega de serviços de qualidade para a comunidade e que a comunidade precisa ter paciência nesse primeiro ano, pois vamos fazer os ajustes necessários para a cidade voltar a entregar serviços de qualidade e respeitar o cidadão hamburguense. Esse é o primeiro propósito de fazer uma economia, de fechar as torneiras e cuidar dos cofres públicos. O dinheiro é do cidadão, nós temos que entregar serviços de qualidade. Nesse primeiro momento vamos fazer então um decreto de calamidade financeira para poder fechar as torneiras, ver onde estão os gargalos, os erros da outra gestão. E que
a gente possa avançar gradativamente para entregar serviços de qualidade.
Como você quer que a
cidade esteja daqui quatro anos?
Daqui a quatro anos, a cidade tem que estar muito melhor do que nós encon-
tramos. Não me coloquei à disposição para ser mais um igual aos demais que passaram, não que os demais cometeram somente erros, têm erros e têm acertos. Espero que o nosso governo seja um governo de muito mais acertos do que erros e que a gente possa devolver
uma cidade pujante daqui para frente economicamente, socialmente e também que os índices de educação sejam melhores do que nós encontramos no início do mandato. Então nós temos vários desafios pela frente, mas que a cidade possa respirar um ar diferente. Esse é o sentimento que as urnas nos colocaram à disposição, que nós temos que entregar serviços de melhor qualidade e que a cidade esteja muito melhor do que nós encontramos.
Quais os principais desafios para a gestão?
Os principais desafios são na área da educação e da saúde pública, em que nós temos que melhorar muito, muito, muito, muito o atendimento à nossa comunidade. As duas áreas prioritárias do nosso governo serão a saúde pública e também a educação.
O que você não abre mão neste mandato?
Não abro mão de trabalhar muito pela nossa comunidade. Os secretários também têm essa missão de
trabalhar e entregar resultados melhores para nossa comunidade. Não abro mão de trabalhar.
Como você vê a cidade dentro do contexto da região?
Hoje, Novo Hamburgo perdeu a credibilidade da região. Novo Hamburgo sempre foi referência para os outros municípios, como referência para a Estância Velha, para São Leopoldo e para Campo Bom. E hoje esses municípios são referência para Novo Hamburgo. Então, eu espero que Novo Hamburgo possa alavancar a parte econômica para poder ajudar as outras áreas que a gente tem que ter e que a gente possa ser realmente a capital da região metropolitana. Novo Hamburgo precisa resgatar o prestígio que perdeu ao longo do tempo.
O que te fez escolher ser prefeito?
O que me fez escolher ser prefeito é ser um hamburguense apaixonado por Novo Hamburgo. Vi a cidade durante quatro anos,
Eu espero que Novo Hamburgo possa alavancar a parte econômica para poder ajudar as outras áreas que a gente tem que ter e que a gente possa ser realmente a capital da região metropolitana.
como vereador, perdendo protagonismo, perdendo respeito, perdendo o brilho do olhar do povo hamburguense. E isso me motivou a tentar virar prefeito, uma eleição muito difícil, uma eleição que tivemos bons candidatos junto com a gente, mas a população entendeu a necessidade da mudança e por isso tenho essa credibilidade da população de Novo Hamburgo que escolheu um jovem hamburguense e um vereador de primeiro mandato para fazer a mudança que a cidade precisa.
Qual o legado que tu queres deixar para a cidade e região?
O dinheiro é do cidadão, nós temos que entregar serviços de qualidade. Nesse primeiro momento vamos fazer então um decreto de calamidade financeira para poder fechar as torneiras, ver onde estão os gargalos, os erros da outra gestão.
O meu legado é que as crianças, que os jovens se sintam prestigiados, que sejam representados por um prefeito que trabalhou muito por eles, que plantou uma sementinha de mudança na cidade. Nós não podemos mais regredir, nós temos que avançar daqui pra frente. Então, eu acredito que deixando um legado positivo aí na parte da educação, uma melhora significativa na saúde pública e também na segurança pública. E o resto a gente vai conseguir fazer a zeladoria necessária da cidade, uma limpeza, cuidar embelezar a nossa cidade aos poucos, trazer eventos como o Natal, que isso esteja um avanço importante, que isso seja um pertencimento do povo hamburguense, as mudanças para Novo Hamburgo, para o hamburguense se sentir prestigiado.
Aproveitando o início do ano, qual a mensagem que tu deixas para tua comunidade?
A mensagem que deixo para a população de Novo Hamburgo é que vai ter um prefeito muito atuante, muito presente. Um prefeito que vai ter diálogo aberto com a comunidade, vai ter cobranças importantes
de metas a serem cumpridas pelos nossos secretários para entregar um governo que atenda os anseios da nossa comunidade. O povo de Novo Hamburgo precisa respirar novos ares. Eu preciso resgatar o brilho no olhar do povo hamburguense. E como eu sempre falei, Novo Hamburgo não precisa de uma rota de fuga. Novo Hamburgo precisa de um plano de voo. Eu espero que, junto com os secretários, junto com a comunidade, nós possamos entregar esses serviços, essas melhorias necessárias para a nossa cidade. E eu vou ficar muito feliz daqui a quatro anos ser lembrado como um bom prefeito que a cidade teve. Então, é esse legado que quero deixar para a comunidade, para os meus filhos, para a minha família e que nós possamos construir uma família hamburguense, que possamos construir projetos coletivos daqui para frente. Nada de projetos individuais. Nós queremos projetos coletivos, porque é a comunidade que precisa ter a melhoria necessária, desde o atendimento à saúde, melhorias também na educação, no esporte, na cultura, no desenvolvimento econômico.
Heliomar Franco: “ Secretaria municipal será anunciada para tratar da questão climática”
O Vale - Quais são os principais desafios neste início de governo?
Heliomar FrancoNossos maiores desafios são aqueles que a cidade conhece. A reconstrução após as enchentes e a volta da entrega de serviços para a população. Já buscamos, ainda durante a transição, recursos do Estado e do governo federal para a reconstrução e a prevenção. Precisamos qualificar a saúde, organizar as finanças, garantir a retomada do ano letivo com totalidade nas escolas, mas, principalmente, retomar a autoestima de quem vive em São Leopoldo. O resultado das urnas é reflexo de um novo tempo, de esperança, da certeza de que a 7ª economia do Estado precisa ter serviços da mesma ordem. Não podemos ser os sétimos em arrecadação e não entregar isso, não ter esse reflexo na saúde, na segurança, na educação. Para isso, vamos trabalhar, sem falsas promessas, mas com compromissos reais de mudar a vida das pessoas.
Quantas secretarias irão compor o governo? Tem alguma mudança estrutural?
Haverá mudanças estruturais, sem dúvidas. Algumas prioridades do governo anterior não vinham tendo resultado e nós vamos mudar isso. Vamos focar nos pontos mais sensíveis. Já nos próximos dias, uma secretaria será anunciada para
tratar da questão climática. Outras serão incorporadas, para que se tenha uma redução de gastos extras. A cidade tem uma visão de que a Prefeitura era um cabide de emprego. O que estiver sobrando, será cortado em cargos, contratos, horas extras. Portanto, alguma secretaria que possa funcionar dentro de outra estrutura já existente, sem prejuízo no resultado final, terá essa nova formatação.
O que a população quer saber é sobre os resultados e nós vamos perseguir incansavelmente essa meta. Vamos fazer entregas.
O senhor trabalhou durante a campanha com um discurso que as pastas teriam critérios técnicos e não políticos. É possível manter isso?
Exato. E esse tem sido o critério para os secretários já confirmados em nossa gestão. Para as finanças, um especialista na área, com atuação no Estado. Para o meio ambiente, alguém que já coordenou o Ibama no RS, órgão do governo federal. Na pasta da saúde, teremos um enfermeiro, que também já ocupou cargo público enquanto gestor. A pasta social terá à frente alguém que atua nesta área há
muitos anos. Na educação temos um servidor público que é secretário de escola e uma professora como adjunta. Esses são alguns exemplos da nossa gestão. Portanto, não estamos inventando a roda, apenas colocando pessoas com afinidade em experiência e formação nas suas áreas. A cidade tinha a expectativa de que vamos cumprir aquilo que foi apresentado na campanha e desta forma que estamos trabalhando.
O PDT esteve ao lado da chapa da situação, com o candidato a vice e agora se aproxima do seu go-
verno. Qual a participação do PDT no governo? O PDT é um partido com um histórico importante no Legislativo de São Leopoldo, e isto é um dado que será respeitado. Estamos dialogando com os vereadores que estão dispostos a pensar a cidade. O governo deve ser para as pessoas, a gestão precisa ter esse olhar. Eu não vou deixar a sigla acima das nossas metas. Se tivermos bons nomes, com qualificação para estar em nossa administração e fazer entregas, não vejo motivo para que esses quadros não participem de nossa gestão. Até o momento, a socieda-
de tem visto que estamos cumprindo tudo aquilo que foi prometido em nossa candidatura. São quadros técnicos ocupando espaços técnicos. Fui delegado de Polícia, mas fiz gestão em muitos espaços que tive a honra de servir à sociedade gaúcha. Meu conceito seguirá sendo o mesmo. Se não houver entregas, vamos mudar.
O que a população de São Leopoldo pode esperar do seu governo?
Chegamos a falar sobre isso na campanha. Projetos que estão dando certo, serão mantidos, sem qualquer juízo de ordem partidária ou particular. Em áreas onde há algum resultado positivo, seguiremos trabalhando no mesmo sentido. Fizemos a maior transição de um governo do Estado, com grupos organizados por áreas, de forma que, foi possível ter um diagnóstico completo das políticas públicas em nossa cidade. Agora, aque-
las áreas onde não se vê avanços, como na saúde, é preciso uma mudança absoluta na forma da entrega de serviços. Mas, nossa escolha sempre será pelas pessoas, elas são o nosso maior motivador para fazer uma São Leopoldo melhor. Teremos um governo mais humano, moderno, transformador e inclusivo.
Já apareceram as primeiras denúncias em relação ao governo anterior. Como vai se portar o novo governo diante disso?
Respeito pelo dinheiro público. Esse deveria ser o primeiro e maior motivador da Administração Pública. A cidade não pode estar nas páginas de jornais apenas na coluna policial. A Polícia Federal vai deixar de visitar a prefeitura, isto eu garanto. Faremos uma auditoria em todas as áreas. Imediatamente após a eleição, busquei uma aproximação com o Tribunal de Contas para
Eu não vou deixar a sigla acima das nossas metas. Se tivermos bons nomes, com qualificação para estar em nossa administração e fazer entregas, não vejo motivo para que esses quadros não participem de nossa gestão.
buscar orientação sobre o governo anterior e também sobre nossa gestão. Se houver indício de crimes cometidos, vamos tomar as medidas cabíveis. O povo de São Leopoldo não suporta mais o descaso da parte dos governantes, por isso nos elegeu. Nós vamos entregar o que prometemos.
O seu gabinete estará aberto a população? Tem algum projeto de atendimento fora do seu gabinete?
Eu sou o mesmo que me apresentei à sociedade em
2016 e 2020. A nossa eleição não é uma coincidência ou um acaso. O povo pediu mudança. As pessoas da cidade me conhecem. Continuarei frequentando os mesmos lugares. Quem circula por São Leopoldo me encontra, almoçando, no supermercado, no chaveiro, com minha família. Tem sido assim e não tenho qualquer ideia de que isso deva mudar. Todas as entidades que me procuraram na campanha, foram atendidas. Assinei muitas cartas de compromisso com o nosso povo, organizado na socie-
dade civil e também naquilo que está em nosso plano de governo. Esse contexto é o maior símbolo de como será nossa gestão. As pessoas precisam se acostumar a ver o prefeito como alguém da cidade, como um cidadão. O prefeito precisa morar na cidade que comanda. Eu sigo morando no mesmo endereço e terei o gabinete a disposição de quem vive aqui. E, com certeza, haverá surpresas quanto a ver o prefeito fora do gabinete. Eu quero acompanhar de perto os serviços prestados pela nossa população.
O Vale - Qual seu sentimento e expectativa para assumir novamente a prefeitura de Campo Bom após mais de uma década? Quais desafios espera enfrentar na nova gestão?
Giovani Feltes - Assumir novamente a prefeitura de Campo Bom é motivo de grande orgulho e responsabilidade. Volto com a mesma motivação de servir à comunidade, mas agora com ainda mais experiência e visão das transformações que precisamos implementar.
Campo Bom é uma cidade que demonstra ter obtido conquistas importantes nos últimos anos, em diversas áreas - educação, saúde, infraestrutura, cultura. Mas o que ainda precisa ser feito para melhorar a qualidade de vida do cidadão?
Campo Bom tem muito do que se orgulhar, mas sempre há espaço para avançar. Precisamos investir ainda mais na ampliação dos servi-
Giovani Feltes: “Volto com a mesma motivação de servir à comunidade”
ços de saúde, principalmente no atendimento especializado. Na educação, queremos reforçar as políticas de inclusão e ampliar o acesso às tecnologias educacionais. Além disso, fortaleceremos programas de geração de emprego e renda, com foco no desenvolvimento econômico da nossa cidade.
O senhor pretende dar uma atenção especial ao Hospital Lauro Reus?
É possível melhorar as condições de infraestrutura e o atendimento da casa de saúde?
Sim, o Hospital Lauro Reus será uma prioridade em nossa gestão. Sabemos da importância dessa instituição para a nossa comunidade e dos desafios que ela enfrenta. Com as obras entregues ano passado pelo prefeito Luciano [Orsi], de melhorias e da nova urgência e emergência, iremos ampliar o corpo clínico e trabalharemos para qualificar os serviços oferecidos,
com foco na humanização e na eficiência, para que cada cidadão receba o cuidado que merece.
Via de regra, os municípios gaúchos têm sido impactados pela queda de arrecadação, situação agravada pelas enchentes de maio. Como se encontra a situação do Tesouro Municipal?
A situação do Tesouro Municipal reflete os desafios enfrentados em todo o Estado, mas estamos comprometidos em trabalhar com responsabilidade fiscal. Pretendemos fortalecer o diálogo com empresários e comerciantes locais para estimular a economia e ampliar a base de arrecadação. Também investiremos em projetos que atraiam novas empresas e gerem empregos, promovendo o desenvolvimento sustentável. Além disso, vamos buscar recursos estaduais e federais, bem como parcerias público-privadas, para via-
bilizar investimentos importantes sem comprometer as finanças municipais.
Campo Bom tem se notabilizado pelos índices positivos em educação. Que ações o senhor pretende desenvolver para melhorar ainda mais os índices locais de ensino?
Estamos orgulhosos dessa conquista, mas sabemos que o trabalho deve continuar. Vamos investir na formação
continuada dos professores, na ampliação do acesso a recursos tecnológicos nas escolas e na oferta de atividades de contraturno escolar. Nosso objetivo é garantir que cada aluno tenha as ferramentas necessárias para aprender e crescer. Além disso, daremos atenção especial à inclusão, para que todas as crianças, independentemente de suas condições, tenham acesso a uma educação de excelência.
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Dois Irmãos
Jerri Meneghetti: “O principal desafio é a escassez de recursos”
O Vale - Como encara o desafio de um novo mandato como prefeito?
Considera que o eleitor aprovou sua gestão, ao conduzi-lo novamente ao Palácio Municipal?
Jerri Meneghetti - O novo mandato traz ainda mais responsabilidade, devido à expressiva votação que obtivemos na eleição. Teremos o mesmo empenho, a mesma dedicação e ainda mais motivação para trabalhar pelo nosso município. Segundo avaliação, tivemos cerca de 75% de aprovação da nossa Administração, o que refletiu em quase 70% em votos no pleito de outubro. Foram muitos desafios enfrentados neste mandato e, mesmo assim, conseguimos entregar conquistas históricas para a população.
O que não pôde ser realizado nos últimos quatro anos que deve ser enfrentado a partir de 2025?
Teremos que enfrentar muitos desafios, mas acredito que o principal deles será a escassez de recursos, pois as previsões são de queda de desempenho e menos recursos federais para os municípios. Temos algumas metas importantes para o município, como a elaboração do projeto para o Centro de Eventos, estruturação de uma nova via de acesso, duplicação de um pontilhão com prolongamento de rua, instalação de uma nova unidade de educação infantil, mais projetos na
área de educação, investimentos no hospital e outras prioridades.
Os municípios gaúchos vêm perdendo arrecadação nos últimos anos, situação agravada pelas enchentes de maio. Qual a situação financeira do Município?
Graças ao controle e nossa conduta de austeridade, o Município fechou o mandato com as contas rigorosamente em dia, grandes obras realizadas e com expectativa de um pequeno superávit. Os investimentos tendem a reduzir em proporção, mas continuarão sendo realizados, de acordo com a disponibilidade.
As áreas de educação e saúde carecem de atenção especial no quesito investimentos? Em geral, o que será preciso ser realizado nesses setores fundamentais?
Realizamos grandes investimentos nestas áreas. Nosso Município mantém um hospital pequeno, mas com características de médio porte, o que exige constantes investimentos. Temos uma grande rede de atenção básica em saúde para ser mantida, além de contratos com clínicas e laboratórios. Na área de educação, fizemos investimentos históricos, sendo que os frutos estamos colhendo com a melhoria constante de nossos índices. Para o porte de Dois Irmãos, os investimentos estão adequados, mas, na medida do possível, fare-
mos ainda mais para incrementar estas áreas.
Como planeja incrementar o desenvolvimento econômico de Dois Irmãos? E o turismo poderá receber mais atenção?
Nossa prioridade é o desenvolvimento da economia local. É isso que proporciona ao Município a receita necessária para investimentos e manutenção da máquina pública. Vamos seguir aprimoran-
do nossa lei de incentivos para atrair novas empresas de forma constante, proporcionando sempre um ambiente favorável para empreender e inovar. Fizemos a cisão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, deixando sob a responsabilidade desta pasta os departamentos de Indústria, Comércio, Agricultura e Inovação e Tecnologia. Saíram os departamentos de Turismo e Cultura para a recém criada Secretaria de Turismo
e Cultura. Estas mudanças passam a valer no início do ano e certamente vão proporcionar uma maior dinâmica nestas áreas, ao mesmo tempo que o Turismo e Cultura, que têm se destacado em nosso Município, passam a receber atenção de uma secretaria, com novas estratégias para o desenvolvimento de roteiros, empreendimentos e potencialização dos nossos já consagrados eventos, como Natal dos Anjos e Kerb de São Miguel.
Temos algumas metas importantes para o município, como a elaboração do projeto para o Centro de Eventos, estruturação de uma nova via de acesso, duplicação de um pontilhão...
O Vale - Como você avalia a cidade hoje?
Diego Francisco - Estância Velha é uma cidade em crescimento, com obras importantes que refletem o esforço coletivo da gestão e da comunidade. Avançamos em áreas essenciais como infraestrutura, segurança e lazer, mas ainda temos desafios a superar para consolidar o progresso que nossa cidade merece.
Como você quer que a cidade esteja daqui a quatro anos?
Quero uma cidade ainda mais moderna, acolhedora e bem estruturada, com oportunidades para todos. Meu objetivo é concluir projetos importantes �Avenida Presidente Vargas, Rua Portão�, atrair investimentos, melhorar a qualidade de vida e fortalecer nosso protagonismo na região.
Quais os principais desafios para a próxima gestão?
Estância Velha
a construção
Entre os principais desafios estão a geração de empregos, a melhoria contínua na saúde e educação, a segurança pública e a busca por mais recursos para concretizar obras que façam a diferença na vida das pessoas. Concluir a obra do novo hospital e começar a melhoria na Rua Presidente Lucena.
Também iniciar a construção do novo centro administrativo, que atualmente é alugado.
O que você não abre mão no próximo mandato?
Não abro mão do diálogo e da transparência. Meu compromisso é seguir ouvindo a população e trabalhando com dedicação para atender às demandas da nossa comunidade.
Também não abro mão de valorizar nossa cultura e investir no bem-estar das famílias.
Como você vê a cida-
de dentro do contexto da região?
Estância Velha é referência em vários aspectos, desde nossa história cultural até o trabalho de revitalização e modernização. Temos o potencial de ser um modelo regional de desenvolvimento sustentável e integração comunitária, valorizando nossas parcerias com outras cidades.
O que te fez escolher ser prefeito?
Minha motivação sempre foi o desejo de contribuir para o crescimento da cidade que amo. Como pai, cidadão e líder, senti a responsabilidade de atuar para transformar Estância Velha em um lugar cada vez melhor para todos.
Qual o legado que tu queres deixar para a cidade e região?
Quero deixar um legado de gestão eficiente, obras que impactem positivamente o cotidiano das pessoas e um exemplo de união entre governo e comunidade. O objetivo é fazer com que as próximas gerações se orgulhem da cidade que estamos construindo juntos.
Ivoti
O Vale - Como você avalia a cidade hoje?
Valdir Ludwig - Eu avalio a cidade de Ivoti, uma cidade muito boa de se morar, de se trabalhar, de se viver, de construir a sua história. Foi a cidade que eu escolhi 26 anos atrás, quando vim da região das Missões. Eu vim de Nova Candelária. A cidade é ótima, é uma cidade que ficou em primeiro lugar na educação, no Estado, para a população de até 30 mil habitantes. É uma cidade que pratica muito esporte, nós temos campeão estadual, nacional e sul-americano em bicicross, nós temos campeão em tênis, nós temos inúmeros campeões PCDs também, que são aqui de Ivoti. A economia aqui é muito boa, nós temos escola municipal, estadual, particular, que é a escola, nós temos uma universidade, então é a cidade do saber, é a cidade do turismo, pelo fato de nós termos o Núcleo de Casas Enxaimel. Nós temos o registro dos 200 anos da imigração, nós temos as moradias restauradas e tantas outras ainda não restauradas, então é a cidade da história.
Como você quer que a cidade esteja daqui quatro anos?
Eu quero que ela esteja cada vez mais evoluída tecnologicamente, cada vez mais aconchegando com suas áreas de lazer, cada vez mais organizada com seu trânsito humano, cada vez mais conectada, porque nós vamos investir bastante em sistema. Nós temos hoje
internet já em várias praças públicas, nós temos hoje já, você que tem um carro elétrico, você chega aqui no Núcleo De Casas Enxaimel e você carrega automaticamente o teu veículo elétrico sem pagar nada, então a cidade que queremos daqui quatro anos é uma cidade cada vez mais turística, uma cidade com uma educação cada vez melhor. Uma cidade com uma referência em saúde, esse é um ponto forte, uma cidade cada vez com um polo, um distrito industrial melhor, uma referência ainda maior na colônia japonesa, porque nós vamos introduzir o evento Matsuri, como nós também vamos introduzir na cidade o evento da Semana Farroupilha.
Quais os principais desafios para a próxima gestão?
Os principais desafios para essa próxima gestão é termos um diálogo ainda melhor com os nossos colaboradores. Então na primeira semana de janeiro já vamos reunir com os mais de 700 colaboradores, vai ser em vários momentos, mas eu pessoalmente vou me reunir com cada um deles para que a gente realmente possa, o diálogo possa prevalecer e que cada um assim possa ainda estar mais engajado com o comprometimento. O grande desafio também é que a gente possa realmente dar conta da tamanha das exigências que é imposta por nossa comunidade, porque ela é o povo de Ivoti, é um
povo muito visionário, muito exigente, que se envolve e se engaja.
O que você não abre mão neste mandato?
O que eu não abro mão é, especialmente, a inclusão das pessoas com deficiência física. Eu e o vice-prefeito, nós somos pessoas com deficiência física, né? Nós somos PCDs. E a gente sabe o quanto é gostoso quando a gente é tratado de uma forma como a gente merece ser tratado. De igual pra igual, né? Eu não abro mão de qualquer irregularidade. Eu realmente não abro mão. Então, transparência, eficiência, todos os secretários foram escolhidos de forma, de acordo com suas capacidades técnicas. Então, na minha campanha, ninguém caminhou comigo. E a gente foi chapa pura, a gente não fez coligação com nenhum partido. E a gente não prometeu vaga nenhuma, nem para o prefeito atual e nem para vice-prefeito atual, porque nós somos situação. Então realmente as pessoas que compõem esta seleção e que cada seleção vai conduzir o seu time, elas foram escolhidas de acordo com suas técnicas e capacidades.
Como você vê a cidade dentro do contexto da região?
A cidade, num contexto da região, eu enxergo ela como uma localização realmente privilegiada, porque nós estamos no pé da Serra. Então, muitos dos turistas que vão para a região onde o turismo já está
consolidado, Nova Petrópolis, Gramado e Canela, passam por Ivoti. Nós precisamos de ações, de investimento, para que realmente a gente possa se fortalecer cada vez mais em turismo. Como também as tradições alemãs e os prédios históricos, nós temos o maior salão em estilo enxaimel do Estado, que é o Salão Holler, que por sua vez, vai ser concluído na minha gestão. Então, também é um grande desafio. Como, também, temos mais de 150 imóveis enxaimel catalogados, então, nós estamos muito bem situados e precisamos, cada vez, saber explorar melhor isso. Então, nós temos um polo cervejeiro, um polo das cachaçarias, e também, nós temos uma mão de obra qualificada aqui em Ivoti.
O que te fez escolher ser prefeito?
Eu, desde pequeno, já venho de uma família muito humilde e sempre aprendemos de casa que a gen-
te precisa incansavelmente fazer o bem sem esperar nada em troca. Então, eu tenho uma longa caminhada dos tempos de seminário e depois eu sempre me envolvi muito ao movimento jovem, a ações voluntárias, envolvimento em entidades, enfim. Eu vi, eu me identifiquei, agora que sou gestor da Caixa, o que me fez escolher de prefeito foi justamente continuar a servir. Se antes eu já servia para um grupo menor, agora eu tenho a possibilidade de servir para um grupo ainda maior.
Qual o legado que tu queres deixar para a cidade e região?
O legado que eu quero deixar para a cidade de Ivoti e região é que realmente a boa política é possível, porque jamais a gente falou de qualquer adversário, de qualquer oposição, a gente entende que a oposição é necessária e isso é democracia, é o respeito.
Morro Reuter
O Vale - Dada sua experiência adquirida em dois mandatos como vice-prefeito, como espera encarar o desafio de comandar a prefeitura?
Airton Bohn - Minha experiência como vice-prefeito, ao longo de dois mandatos, foi um período de aprendizado e crescimento. Trabalhei lado a lado com a prefeita Carla [Chamorro], acompanhando as decisões, desafios e conquistas que ajudaram a transformar Morro Reuter em um município mais próspero. Com isso, adquiri visão estratégica e conhecimento prático para enfrentar os desafios diários da gestão pública.
Assumir o comando da prefeitura é um compromisso que encaro com responsabilidade, focado em dar continuidade ao que vem sendo feito, mas também inovar e atender novas demandas da nossa comunidade.
O senhor já atuou como secretário de Obras do município, realizando obras de infraestrutura e melhorias urbanas. Pode destacar as principais?
Como secretário de Obras, tive o privilégio de participar de projetos essenciais para a infraestrutura e qualidade de vida da nossa população. Entre as principais realizações,
destaco a pavimentação de ruas em áreas urbanas e rurais, o trevo de acesso à Linha Görgen e VRS-873, uma demanda antiga que traz segurança e mobilidade, e a conclusão do Centro de Múltiplo Uso, uma obra que aguardava finalização há mais de 20 anos. Além disso, revitalizamos o Ginásio de Esportes, o Receptivo Turístico Belvedere e diversas praças e academias públicas, que se tornaram espaços importantes para lazer e o turismo local. Queremos dar continuidade à pavimentação de ruas, especialmente nas áreas rurais, buscando melhorar as condições de deslocamento.
A prefeitura anunciou recentemente concurso público para preenchimento de vagas na área da saúde. Esse é um setor que terá destaque em sua gestão?
Sim, a saúde sempre será prioridade e continuará recebendo atenção especial em nossa gestão. O concurso público é um passo importante para reforçar o quadro de profissionais, garantindo um atendimento de qualidade. Nos últimos anos, conquistamos avanços significativos, como a ampliação de médicos especialistas.
O Vale - Como você avalia a Portão hoje?
Kiko Hoff - Uma cidade em franco crescimento, em pleno desenvolvimento, me dá muito orgulho de ver para onde a Portão está indo. Portão em outro patamar.
Como você quer que a cidade esteja daqui quatro anos?
Muito melhor do que está hoje, isso com certeza. Vamos fazer mais calçamento, mais asfaltamento no interior. Vamos nos preocupar com a acessibilidade e quero ser reconhecido também pelo prefeito que mais árvores vai plantar ao longo desses quatro anos.
Quais os principais desafios para a próxima gestão?
O desafio maior é nos superarmos a nós mesmos. Quem nós temos como base é a gente. Nós temos que fazer um governo melhor do que fizemos nesses quatro anos. E podemos e vamos, com certeza, chegar lá.
O que você não abre mão neste próximo mandato?
O que eu não abro mão é da modernidade. Portão vai ter que caminhar pra isso, uma cidade mais humana, mais acessível, ambientalmente correta, dando um foco todo especial às pes-
soas. É isso que nos motiva neste próximo mandato.
Como você vê a cidade no contexto da região? Eu vejo como exemplo para toda a região. É um modelo de administração diferente, inovador, onde tem coragem e vontade política
de fazer algo que outros não tiveram coragem de fazer. Quatro secretários tocam doze secretarias, com baixo custeio, com aumento na receita diária, sempre pela justiça social.
O que te fez escolher ser prefeito?
Olha, o grande diferencial da minha vida foi o nascimento da minha filha. Ela me fez pensar num futuro melhor, foi por isso que eu vim, para cumprir uma missão. Eu só tenho mais esse mandato e, se Deus quiser, farei da melhor maneira possível
Qual o legado que tu queres deixar para a cidade e região?
O legado é esse. A vontade política e a coragem de fazer diferente. Administrar uma cidade como se fosse uma empresa, buscando o lucro que se afere e transformando em obras, em melhores escolas, em melhor saúde.
Carina Nath: “Prioridade continua sendo cuidar das pessoas”
O Vale - Como a senhora encara o desafio de mais uma gestão como prefeita?
Carina Nath - Ser reeleita prefeita de Sapiranga não é apenas um desafio, mas uma verdadeira missão: a de cuidar das pessoas e trabalhar incansavelmente pelo bem da nossa cidade. Durante nosso primeiro mandato, governamos com foco no desenvolvimento, na transparência e na honestidade, sempre colocando a população no centro de todas as decisões. Essa reeleição representa o reconhecimento e a aprovação de um trabalho sério e comprometido que realizamos ao longo dos últimos anos. Mais do que isso, é uma demonstração clara de que os cidadãos de Sapiranga valorizam resultados concretos e o compromisso com o futuro, deixando a velha política para trás.
Quais as principais áreas que merecem destaque na nova gestão? O que ainda precisa ser realizado?
Nossa prioridade continua sendo cuidar das pessoas, independentemente da área de atuação. Estamos cientes dos desafios e comprometidos em buscar melhorias constantes. Nesta nova gestão, vamos intensificar nossos esforços para fomentar a tecnologia, atrair novas empresas e gerar mais empregos e renda para nossa comunidade.
Também manteremos nosso foco na oferta de educação
e saúde de qualidade, garantindo que esses serviços continuem sendo referência. Além disso, daremos continuidade às ações que já estão gerando resultados positivos, e seguir trabalhando para chegar em soluções para o que não deu certo.
O ensino tem sido objeto de atenção da sua gestão? O que ainda precisa ser realizado para melhorar a qualidade do ensino de Sapiranga?
A Educação sempre foi uma prioridade na nossa gestão, e a conquista do Selo Ouro no programa Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, do Ministério da Educação, é um reflexo desse compromisso. O futuro da nossa cidade e do país começa dentro das salas de aula, e trabalhamos para garantir que nossas crianças tenham acesso a uma educação de qualidade. As nossas escolas municipais já são referência na região e no Estado, mas o objetivo é sempre ir além, buscando resultados ainda mais expressivos. Continuaremos investindo na melhoria da infraestrutura escolar e na capacitação dos profissionais da educação, além de, claro, proporcionar ambientes cada vez mais acolhedores, que inspirem o aprendizado e fortaleçam o desenvolvimento integral de nossos alunos.
Sapiranga tem se destacado pelo Ecoturismo ou Turismo de Aventura.
Qual a dimensão e relevância desse setor para o município? O que pode ser feito para incrementá-lo?
Sapiranga tem se destacado como um importante polo do turismo de aventura. Desde 2021, temos trabalhado para estruturar o setor turístico, reconhecendo seu potencial para atrair visitantes e gerar novas oportunidades. Em parceria com o Sebrae, temos promovido capacitações para os profissionais da área, fortalecendo a qualidade do atendimento e o desenvolvimento sustentá-
vel do turismo. Além disso, a elaboração e implementação do Plano Municipal de Turismo têm guiado nossas ações para melhorar a infraestrutura de acesso e ampliar as oportunidades de qualificação. São iniciativas fundamentais para consolidar Sapiranga como uma referência de destino no cenário regional e nacional.
Qual a relevância da indústria calçadista para a economia local?
A indústria calçadista em Sapiranga é um dos pilares da economia local, responsável pela geração de mi-
lhares de empregos. Apesar do impacto da falência da Paquetá, desde 2021 temos trabalhado na diversificação da matriz econômica, com ações estratégicas que incluem a criação do Distrito Industrial, projetado para atrair novos empreendimentos, gerar mais empregos e aumentar a renda da comunidade. Além disso, as leis de fomento que criamos têm sido uma ferramenta importante para estimular o empreendedorismo, facilitando a instalação de novas empresas e impulsionando o desenvolvimento de outros setores.
Essa reeleição representa o reconhecimento e a aprovação de um trabalho sério e comprometido que realizamos ao longo dos últimos anos.
Como serão as cidades do futuro?
Com garantia de acesso e permanência das crianças, jovens, mulheres, homens, pessoas idosas, pessoas com deficiência ou altas-habilidades na educação continuada e pública.
Cidades seguras, justas, saudáveis, autossustentáveis.
Cidades em que as pessoas se reconheçam parte da natureza.
Cidades com cultivo da diversidade.
Que ofereçam acessibilidade, ciclovias e espaços rurais e urbanos integrados.
Descentralizadas e livres de todas as formas de violências.
Democráticas, construídas com participação cidadã.
Que ofereçam tempo e condições à população de vi-
ver com dignidade.
Com relações econômicas cooperativas, solidárias e justas, livre do imperialismo privatista, monuculturalista, fundamentalista e capitalista.
Com justiça de gênero, sem sexismo, machismo e patriarcado.
Com direitos humanos, sexuais e reprodutivos assegurados.
Com liberdade de consciência, de crença, de religiosidade, sem perseguição político-religiosa.
Com valorização do conhecimento científico, comunitário e popular.
Com garantia de acesso e permanência das crianças, jovens, mulheres, homens, pessoas idosas, pessoas com deficiência ou altas-habilidades na educação continuada e pública.
Com organizações da sociedade civil fortalecidas.
Com acolhimento e integração das pessoas migrantes, imigrantes, assegurando-lhes políticas públicas.
Com intercâmbios entre
organizações da sociedade civil, universidades, cidades, países.
Que não sobrecarregue as mulheres.
Cidades em que todas as pessoas tenham direito de participar na produção e uso das novas tecnologias do conhecimento.
Ou seja, cidades justas, livres de todas as formas de violência contra crianças, mulheres, pessoas idosas, com deficiência, LGBTQIAPN+, homens, jovens, animais.
Dia 23�12�24, às 6h57, no trem RE3, a caminho de Frankfurt, escrevo a última coluna desse projeto maravilhoso. Estou indo buscar meus pais, que faz mais de ano que não vejo. E já passei por muita coisa nessa manhã… acordei às 3h e abro o app do tempo no celular e me deparo com “Schnee” (neve). Não pode ser verdade, nunca neva antes do Natal. Pois bem, abro logo a janela e é, tem neve. Gratidão universo pela bela paisagem, mas hoje não precisava. Entro no ônibus para ir para Idar Oberstein, cidade de onde pego o trem para Frankfurt, o motorista dirige 10 minutos e para e se dirige até mim:
“Então moça, se a estrada continuar do jeito que está, vamos conseguir fazer todo percurso, mas se piorar, vou ser obrigado a parar.”
Eu só olhei para ele e falei “ah, ela vai ficar assim.” E ela ficou. Agora já no trem tento achar as palavras que vão poder expressar a mistura de sentimentos.
Quando fui convidada para escrever a coluna pelo meu pai, não conseguia imaginar o que eu teria de tanto para compartilhar. As primeiras edições eram sobre curiosidades da vida na Alemanha. Porém, com o passar do tempo percebi que gosto mais é de escrever sobre desenvolvimento pessoal e sobre os meus aprendizados morando fora.
Escrever foi algo que sempre gostei, mas com esse projeto percebo que virou uma nova paixão. Já tentei várias vezes pensar em projetos que possibilitariam a chance de eu compartilhar as minhas ideias com outras pessoas. E acabei recebendo esse projeto como presente. E que honra de poder fazer parte de algo que seja maior que eu, que as minhas vontades.
Vou passar o Natal com a minha família, minha família de sangue, mas também com pessoas que
escolhi chamar de família. Vamos realizar um sonho antigo: passar o Natal em uma cabaninha nos Alpes. Depois de 10 anos, o sonho vai se tornar realidade.
Não sei o que a vida ainda vai me trazer. Se a Alemanha continuará sendo minha casa. O tempo irá dizer. Tem uma frase que eu gosto muito e gostaria de terminar esse capítulo com ela: “a vida é muito curta para ser pequena”. Vá atrás dos seus sonhos. Faça o
que precisa ser feito e crie todos os dias a vida que você merece viver. Eu vi tantos lugares e paisagens lindo nesses últimos anos, conheci verdadeiros amigos. E eu desejo isso para todas as pessoas.
Foi um prazer enorme dividir um pouco dos meus pensamentos por aqui. Muita gratidão.
Com amor, Marina
MEMÓRIAS
Moradores da região de colonização alemã do entorno de São Leopoldo, possivelmente começaram a prática dos banhos de mar na segunda metade do século 19. Num primeiro momento, banhos de mar no verão se destinavam para a cura de diversas doenças, sobretudo reumatismos e doenças respiratórias, conforme recomendação de médicos. “Geralmente, a família acompanhava o doente nas viagens, que podiam durar dias ou meses”. Naqueles primórdios sem estradas ou mesmo caminhos formados, o transporte era feito em carroças de boi.
Com o passar dos anos, ocorreu um aprimoramento dos serviços, seja no transporte das pessoas até as praias, ou na construção de hotéis. “O primeiro hotel do litoral norte, em Tramandaí, veio a se chamar Hotel da Saúde, justamente pela prática dos banhos terapêuticos nessa praia. É fato que os hoteleiros tiveram intensa participação na formação dos balneários e de seus melhoramentos, aliando terapia e o prazer de estar junto ao mar.
As décadas de 1950 e 60 foram bastante intensas para algumas famílias de Dois Irmão, Novo Hamburgo e São Leopoldo. Excursões e veraneios em praias do litoral eram registrados através de fotografias, mostrando semblantes e rostos descontraídos. Fotógrafos especializados nesse tipo de registro ofereciam seus serviços aos veranistas. Inclusive a Rádio Progresso de Novo Hamburgo contava com um repórter fixo em Tramandaí na temporada de veraneio. Diariamente, na hora do meio dia, o informativo “Tramandaí chamando Vale dos Sinos” ia ao ar. Moradores que ficavam na cidade obtinham notícias dos parentes e amigos veranistas.
Entretanto, passar o verão nos balneários litorâneos era opção para poucos moradores do Vale dos Sinos. Nos meses quentes do verão das décadas de 1920 e 30, para manter sociabilidades e fugir do calor das
cidades, os piqueniques eram uma alternativa. Em pequenas notas de jornais da época, constatamos significativa recorrência ao piquenique, exaltando os benefícios da vida ao ar livre e de práticas junto à natureza. A promoção desses eventos se dava tanto por associações de trabalhadores urbanos, clubes recreativos e esportivos, bem como na condição de prática de divertimento familiar das elites urbanas de Novo Hamburgo ou de famílias de colonos de Ivoti e Picada Schneider.
Famílias hamburguenses como as do empresário Pedro Adams Filho e do doutor Karl Wilhelm Schinke buscavam espaços de natureza nos morros gêmeos de Dois irmãos (Königsberg) para descansar, brincar, desfilar sofisticados trajes e desfrutar de fartura gastronômica. Em São Leopoldo a opção para piquenique era a Chácara Schmidt, área verde localizada no coração da cidade. Dessa forma, piqueniques, banhos de rio, de mar e em águas termais; mostraram relações com a natureza e com seus elementos através de uma nova sensibilidade que priorizava divertimento e cura nos meses de verão.
E chegamos ao final do projeto, O Vale, com a assinatura da 40ª e última coluna. Nesta missão que tanto me honrou nos últimos meses, de fechar a leitura deste histórico jornal impresso, em sua página derradeira. Missão cumprida� Falo na primeira pessoa, pois ao aceitar o convite do amigo e colega, Rodrigo Steffen, sabia da missão árdua que teria pela frente: pensar e escrever temas pertinentes ao cotidiano dos leitores, cumprido prazos em nossas agendas já tão cheias.
Sim, sei que falhei com nossos queridos editores, estourando horários de entregas em vários momentos. Algumas colunas foram enviadas em áudio, para a posterior degravação; outras foram enviadas perto da madrugada, para tentar minimizar a culpa do descumprimento dos prazos. Falhei, mas jamais por esquecimento ou desinteresse e, sim, pela agenda maluca que vivemos, quanto mais de viagens e reuniões, sempre em função do trabalho.
Mas, missão dada, missão cumprida e a sensação de poder colocar nas páginas de O Vale ideias que de uma ou outra forma ficarão eternizadas é muito significativo, valendo qualquer esforço. Sim, o que está no papel, quanto mais em um projeto histórico e singular como esse, vai para bibliotecas, vai para universidades, para escolas e um dia, será lido e estudado por muitos. Que orgulho, que responsabilidade.
Falei na primeira pessoa, no início deste texto. Agora, hora de trocar de lado e dizer, Rodrigo Steffen, a ti e a toda a tua equipe, missão mais que cumprida.
Não é nada fácil executar um projeto como este, de médio e longo prazo, com tantas edições impressas, para celebrar os 200 anos da Imigração Alemã ao Brasil, onde são essenciais quem vende, quem escreve, quem organiza, quem distribui. São muitos elos dessa cadeia e que, muitas
vezes, passam sem a devida atenção do leitor. A caminhada é árdua, por isso, insisto em dizer que todos aqueles que fizeram parte dessa história, seja por uma ou por 40 edições, devem ter a sensação de missão mais que cumprida.
Importante ressaltar que nas páginas de O Vale não passaram apenas resgates históricos da chegada dos alemães no Rio do Sinos, muito antes pelo contrário. Todos os temas relevantes para a nossa região foram pauta, com o devido aprofundamento que o impresso consegue valorizar. A saúde, a segurança, a educação, os esportes, os costumes, as festas, as responsabilidades políticas e muitos outros temas estiveram por essas páginas.
Agora, por exemplo, novos prefeitos assumem a liderança de nossos municípios, seja para primeiro ou segundo mandatos, merecendo toda a atenção de O Vale, ampliando as cobranças a serem feitas aos eleitos, propondo caminhos e alternativas, orientando a população. Essencial esse papel� Por isso, reitero: dever mais que cumprido.
Nesta última coluna, desejo toda a sorte do mundo aos que venceram as eleições, torcendo para que a sorte se alie à competência de gerir cidades tão relevantes para a economia gaúcha e brasileira. Aos derrotados, o direito da oposição e da vigilância. Sempre feita com responsabilidade e transparência. Que ao final de quatro anos se possa dizer a todos: missão mais que cumprida. Sonhar não custa nada. Enfim, nas últimas linhas desta coluna em O Vale, quero mais uma vez agradecer pela grandiosa oportunidade de escrever aquilo que penso. Obrigado, “Rodriguinho” (sim, nessa relação de tamanhos, eu sou o “Rodrigão”...)� Obrigado aos leitores, que tantas vezes se manifestaram. E obrigado aos editores, pela compreensão, mais que essencial. A todos, insisto em dizer: missão mais que cumprida� Rodrigo Giacomet
O
O Jornal O Vale chega a sua última edição, com o mesmo entusiasmo, a vontade permanente de ajudar na transformação dos municípios em que vivemos, a certeza de que nossos vales compõem uma parte muito especial do País e o amor incondicional por nossa terra. Alusivo ao bicentenário da imigração alemã, o projeto revisitou o passado, festejou o presente, acompanhou a luta para superar desafios e, sobretudo, olhou para o futuro! Confira no QR Code todas as edições, em formato online e gratuito.