O balanço dos oitos anos de Fatima em Novo Hamburgo
Página 4
JOSÉ NUNES
Sinos volta a ter um barco-escola para educação ambiental
Página 6
Distribuição gratuita
MARINA KLEIN
Neste Natal, a escolha pelo perdão é libertadora Página 22
RODRIGO GIACOMET
Natal é solidariedade, é fé, é amor, é pensar no próximo Página 23
REPORTAGEM ESPECIAL
A vocação pela fé move nossa região
Católicos, luteranos, evangélicos e fiéis de outras crenças ajudaram a formar a identidade do Vale do Sinos e desenvolver os municípios, que hoje reúnem importantes instituições na áreas da educação e saúde.
Páginas 10 a 15
TABELIONATOS
Colégio Notarial do RS elege primeira presidente
Página 8
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
Feevale Techpark investe em expansão e novos projetos
Páginas 18
EDUCAÇÃO
Ouro para a alfabetização hamburguense
Página 20
4 - João Ávila
Prefeita Fátima faz balanço de seus oito anos de mandato
5 - Jeison Rodrigues
Um Natal dos empreendedores
6 - José Nunes
Barco-Escola Peixe Dourado é entregue
8 - Estúdio Vale
Pela primeira vez, entidade que representa tabeliães do RS tem uma mulher como presidente
10 a 15 - Reportagem Especial
Um Vale que reza, que crê e que faz
16 - Cidades do Futuro
O futuro das cidades e as cidades do futuro
17 - MKT
Empresas que se destacam na nossa região
18 a 20 - Giro pelo Vale
O que é notícia nos municípios do Vale do Sinos
12 - Memórias
Antes do futebol
22 - Marina Klein
Perdão é uma escolha
23 - Rodrigo Giacomet
Que o Natal nos faça melhores...
Projeto perto do fim
O seu jornal O Vale chega à sua penúltima edição, destacando a fé que move os municípios do Vale Germânico e ajudou no desenvolvimento da região. Trazemos aqui a história das congregações e grupos religiosos que se destacam na região e que muito contribuíram para tornar nossas cidades referência para todo o País, principalmente nas áreas da Educação e Saúde.
Quando O Vale começou a circular no ano passado, nos propusemos a 15 meses de intensa produção de conteúdos em diferentes plataformas, execução de projetos especiais e realização de uma série de eventos, sempre percorrendo a história, celebrando os dias atuais e projetando o futuro. Conseguimos. Mas fomos além de comemorar apenas o Bicentenário da Imigração
Alemã no Brasil. Retratamos a história e mostramos a força da nossa gente para a reconstrução daquilo tudo que a maior enchente que assolou a região destruiu. Como veículo comunitário e engajado nas boas causas, O Vale busca valorizar quem trabalha pelo desenvolvimento econômico e social das nossas cidades. Boa leitura.
Construída em estilo romano basilical, tem destaque o frontão com duas torres, contornadas por grandes arabescos e o órgão de tubos, a Catedral Basílica São Luiz Gonzaga está localizada no coração de Novo Hamburgo. No seu interior é possível encontrar um rico acervo de vitrais, pinturas murais de artistas de renome como Aldo Locatelli, Marciano Schmitz, Emílio Sessa e Irmão Nilo. À noite proporciona um belo espetáculo com suas torres iluminadas.
EXPEDIENTE
Publisher: Rodrigo Steffen
Coordenação editorial: Jeison Rodrigues
Editor-chefe: Thiago Padilha
Supervisora de circulação: Ana Kich
Gestor comercial: Rodrigo Steffen
Reportagem: Luis Guilherme Zambrzycki e Reinaldo Ew
Projeto gráfico e diagramação: Antônio Corrêa
Redes sociais e mídias
digitais: Kátia Caxambu
Vídeos: Dhienifer Martins
Tiragem: 5 mil exemplares
Impressão: Araucária
Indústria e Editora
O Jornal O Vale faz parte do projeto O Vale, da Vale TV e Portal Valedosinos.org, com 40 edições entre 26 de outubro de 2023 e 03 de janeiro de 2025, integrando as comemorações pelo Bicentenário da Imigração Alemã
Novo Hamburgo: Rua Santa Sofia, 134 - Bairro Ideal
São Leopoldo: Rua 1º de Março, 50 - Centro contato@valetvplay.com
O prefeito de Estância Velha, Diego Francisco, reeleito para mais um mandato, brinca com um de seus assessores, ao ser apelidado de “Capitão Rotatória”. O título é pela quantidade de rotatórias inauguradas na cidade, algumas delas no acesso principal, recentemente entregue. Ele diz, em postagem no Instagram, que o próximo passo é criar o “Capitão Saúde” e já tem argumentos: os 20 milhões de reais que sua gestão está investindo na área, inclusive com a ampliação do hospital local.
Prefeita Fátima faz balanço de seus oito anos de mandato
Uma apresentação com mais de 130 lâminas. Esse é o balanço sintetizado dos oito anos da gestão Fatima Daudt �MDB� à frente da Prefeitura de Novo Hamburgo. As informações foram apresentadas na manhã deste dia 17 de dezembro, a exatos 15 dias da transmissão de cargo para seu sucessor, Gustavo Finck �PP�. Presentes, secretários, vereadores eleitos, empresários, representantes de órgãos de segurança e imprensa.
A apresentação se baseou em números e fatos, e contra esses não há argumentos. Fatima trouxe informações surpreendentes sobre a queda nos índices de criminalidade e exaltou a integração da Secretaria de Segurança, por meio da Guarda Municipal, com órgãos do Estado.
Da Saúde, lembrou os desafios da pandemia �a partir de 2020�, da estrutura montada no hospital, nas Unidades de Pronto Atendimento e
UBSs e do investimento no atendimento ao cidadão. Lembrou que nenhum paciente, seja de Novo Hamburgo ou de outro município, fica sem atendimento.
Fatima falou da Cultura, do Desenvolvimento Econômico - e uma das conquitas foi o Centro de Inovação Tecnologica, recentemente inaugurado - das Obras, Educação,
Desenvolvimento
Social, Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbanoe o desafio da licitação do transporte público -, Esporte e Lazer.
Não faltou espaço para falar das autarquias, da Fenac, da insuficiência financeira de R$ 87 milhões. Mas garantiu que deixará ao sucessor R$ 117 milhões captados para investimentos a partir de 2025.
Jornalista
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Finck ainda não definiu toda equipe
Menos de suas semanas para início do governo e o prefeito eleito de Novo Hamburgo, Gustavo Finck �PP�, ainda não definiu todo o primeiro escalão. Até terça-feira, 17, anunciados mesmo só Andrea Scheneider Pascoal �Governança, Gestão e Planejamento�, Vanir de Matos �PGM�, Anderson Bertotti �Meio Ambiente�, Rosalino Seara �Segurança Pública� e Paulo Kopschina �Comusa�. Emílio Kerber, que voltou ao Município com indicação para o governo, deverá ser anunciado na Comur.
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Ponto alto das comemorações de final de ano na cidade, o Natal dos Sinos na Praça da Bandeira foi realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo �CDL-NH� e uma série de parceiros que disponibilizaram recursos.
Apta, Calçados BeiraRio, Doctor Clin, Sicredi Pioneira, Clandestina, Mandinho e Rissul estão entre as marcas que contribuíram para viabilizar o evento viabilizado depois que a CDL decidiu assumir a responsabilidade de garantir sua realização em tempo recorde. A produção executiva foi da União FM.
Um novo espaço
As festas de rua têm conquistado cada vez mais adeptos em Novo Hamburgo. Eventos como Brique na Estação e Festeje, por exemplo, seguem atraindo um público fiel ao longo do ano. E agora, com o Natal dos Sinos, a Praça da Bandeira passa a ser opção também. A receptividade do público ao local foi fantástica. Diante dos apelos, a própria CDL já cogita promover outras ações ao longo do ano no local.
Educação ambiental
José Nunes Jornalista, presidente da ARI e vice-presidente Sul da Fenaj
Barco-Escola Peixe Dourado é entregue
A partir de março, início do ano letivo, as escolas terão a oportunidade de conhecer o projeto pedagógico desenvolvido pelas professoras Sandra Groe, Vitória Viel e Natasha Comassetto para a educação ambiental, de proteção e conservação do Rio dos Sinos, além do enfoque nas mudanças climáticas, em passeios guiados no BarcoEscola.
Importância do Rio dos Sinos
A ideia é que os estudantes conheçam a história e a importância do Rio dos Sinos na questão ecológica e no desenvolvimento socioeconômico. Os passeios serão através de agendamento a ser disponibilizado na base do barco, com servidores da Semmam, no Museu do Rio, e devem ocorrer nas terças, quartas, quintas e sextas-feiras. Nos sábados e domingos, o Barco-Escola Peixe Dourado poderá ser utilizado pela comunidade leopoldense. O passeio é gratuito.
Estrutura do barco-escola
O barco no estilo catamarã foi construído pela Indústria Naval Catarinense Ltda, de Navegantes �SC�, com 66 lugares e formato de sala de aula. A embarcação tem 18 metros de comprimento, 7 metros de largura e 4,5 metros de altura. O barco teve custou R$ 5,1 milhões pagos com recursos do município e do Fundo do Meio Ambiente.
O Rio dos Sinos ganhou oficialmente seu novo guardião na tarde de sábado �14�. Ancorado às margens do rio, no píer próximo ao Museu do Rio, em São Leopoldo, o Barco-Escola Peixe Dourado inicia sua trajetória voltada à educação ambiental, fiscalização e ecoturismo. Na abertura do evento, o cantor e comunicador Artur de Mari, uma das vozes do programa de talentos The Voice Kids 2022, acompanhado nos teclados de Gabriel Schuck, fez uma apresentação musical com canções da MPB.
Após o ato realizado no local, 62 pessoas, entre autoridades, ambientalistas e convidados tiveram a oportunidade de navegar pelo Rio dos Sinos, em um percurso de ida e volta até a Base Ecológica do Rio Velho �Unidade de Conservação�, cerca de 5 quilômetros do Museu do Rio e da sede da Secretaria Municipal do Meio Ambiente �Semmam�.
“O barco está dentro de um projeto estratégico nosso desde 2005. Essa ideia nasceu quando tivemos uma parceria longa com Portugal nas relações internacionais. Eles
tinham um barco-escola lá. Nós tínhamos aqui o Martim Pescador, que acabou sendo recolhido por questões fiscais. E nós, dentro do grande projeto, temos como centro pilar estratégico de manutenção, a questão da educação ambiental”, disse o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi. Vanazzi salientou que o barco estará sob o comando da Secretaria Municipal do Meio
Ambiente e vinculado muito estreitamente com a Secretaria de Educação. “O objetivo é que a comunidade de São Leopoldo use esse barco para conhecer o rio, para poder fazer o processo de educação ambiental, o papel que as pessoas têm nas suas comunidades através dos arroios, do mapeamento das nascentes. Então, o barco é um coroamento de um grande projeto estratégico”, afirma.
Giacomini assume a Proteção Animal
O prefeito eleito de São Leopoldo anunciou, na noite de domingo �15�, o nome do novo secretário municipal de Proteção Animal. Claudio Giacomini, médico veterinário que concorreu novamente a uma cadeira para a Câmara de Vereadores neste ano, como
titular da pasta. Heliomar ainda garantiu: a cidade terá um Castramóvel em 2025.
“Giacomini é uma liderança reconhecida na proteção animal. Nossa cidade precisa de políticas destinadas para a proteção, principalmente, após a enchente. Portanto, recebo
Martin Kalkmann é o secretário da Saúde
Complementando a série de nomes já confirmados pelo prefeito eleito Heliomar Franco e a vice Regina Caetano, a pasta da saúde ganhou um nome na segunda-feira �16�. Trata-se do enfermeiro Martin Kalkmann, prefeito por dois mandatos em Ivoti. O anúncio aconteceu pelas redes sociais do prefeito Heliomar. “O Martin é um líder que será o gestor para cuidar da Saúde de São Leopoldo”, garantiu o prefeito eleito.
Indícios e descompasso
A ausência da vereadora Iara Cardoso �PDT�, presidente da Câmara de Vereadores, no sétimo andar, durante a viagem do prefeito Ary Vanazzi a Europa são indícios de um descompasso entre as siglas que foram eleitas em 2020. Com cinco vereadores eleitos, tudo leva a crer que os pedetistas irão compor o governo de Heliomar Franco.
Ausência nas entregas de obras
o novo secretário em minha casa para anunciar seu nome e também anunciar, em primeira mão, que os recursos destinados pela Consulta Popular para a castração de animais, serão destinados para um Castramóvel”, destaca Heliomar.
Vale destacar que essas lideranças pedetistas estão ausentes em praticamente todas as últimas entregas do prefeito Ary Vanazzi. Nos bastidores há quem diga que toda a bancada eleita pelo PDT está buscando colocação no novo governo. Então é melhor não aparecer mais nas fotos de quem, como se diz o ditado, está com o café gelado.
Foto:
do Grupo Vale.
Pela primeira vez, entidade que representa tabeliães do RS tem uma mulher como presidente
O Colégio Notarial do Brasil - Seção do Rio Grande do Sul (CNB-RS) fez história ao eleger, pela primeira vez em seus 62 anos, uma mulher para sua presidência. Natural de Canoas, Rita Bervig Rocha foi empossada para liderar a entidade que representa 585 tabelionatos do Estado durante o biênio 20242026. Anteriormente ocupando os cargos de secretária-geral e vice-presidente, Rita foi eleita por aclamação para suceder José Flávio Bueno Fischer, titular do 1º Tabelionato de Novo Hamburgo. Comprometida em manter a proximidade do nota-
riado com a comunidade, a nova presidente reforçará o diálogo com instituições coirmãs e com a Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça do Estado, que supervisiona a atividade notarial. “Estou focada em trazer uma visão inovadora e comprometida com a modernização dos serviços notariais, com o propósito firme de aproximar ainda mais o notariado da sociedade,” afirmou Rita. Rita Bervig sublinhou a importância crescente do notariado no suporte a processos essenciais da sociedade brasileira, como a realização de divórcios diretamente nos tabelio-
natos e o impulsionamento de campanhas de sensibilização para a doação de órgãos. Com seu apoio, o CNB-RS lançou a Central de Doação de Órgãos no final de 2022, uma iniciativa pioneira que levou o Conselho Nacional de Justiça a implementar um sistema nacional para Autorização Eletrônica para Doação de Órgãos (AEDO) em todo o país. Com mais de uma década de experiência na área cartorária, a presidente iniciou sua carreira como registradora civil no Cartório São Caetano, em Salvador. Após ser aprovada em concurso público no Rio Grande do Sul em 2019, Rita Bervig retornou ao estado natal, assumindo como titular do 7º Tabelionato de Notas de Porto Alegre.
Rita Bervig Rocha foi empossada para liderar o CNB-RS, que representa 585 tabelionatos do Estado durante o biênio 2024-2026
Rita foi eleita por aclamação para suceder José Flávio Bueno Fischer
Branded content Estúdio Vale é o espaço destinado aos parceiros
Um Vale que reza, que crê e que faz
Como a herança de fé trazida pelos primeiros imigrantes estabeleceu as bases para o crescimento e desenvolvimento da região e segue guiando o futuro de toda uma comunidade
Basílica São Luiz Gonzaga foi construída em estilo romano basilical, com frontão de duas torres
Nesta época do ano, é natural olhar ao redor e ver os preparativos para o Natal. Considerada uma das principais festas cristãs, junto com a Páscoa, a data movimenta todos os elos da sociedade — do econômico ao social. Mas quando será que essa tradição chegou por aqui? Antes mesmo da chegada dos primeiros imigrantes alemães, em 1824, a fé cristã já era uma marca na região. Trazida pelos açorianos, a crença
católica se espalhava pelo Sul do Brasil à medida que os imigrantes portugueses se estabeleciam por essas terras. De acordo com dom Zeno Hastenteufel, bispo emérito da Diocese de Novo Hamburgo e doutor em História da Igreja, quando os alemães chegaram a São Leopoldo, na Feitoria do Linho Cânhamo, certamente já encontraram uma capela de madeira em honra de Nossa Senhora da Conceição, na margem es-
querda do Rio dos Sinos. “Sabemos que o dogma da Imaculada Conceição foi apenas proclamado trinta anos mais tarde, em 1854. Mas tratava-se de uma devoção portuguesa que já tinha até uma Paróquia de Nossa Senhora da Conceição em Viamão, desde 1745”, conta. No entanto, foi preciso improvisar. Isso porque os imigrantes católicos que chegaram aqui vieram sem padres ou ministros da religião. Só a partir da chegada dos padres jesuítas, em 1849, que as primeiras paróquias da colônia alemã foram fundadas: em São José do Hortêncio, em 1854; e em Dois Irmãos, em 1857. Em poucos anos, mais dez paróquias foram erguidas no raio que, hoje, corresponde aos vales do Sinos e Caí, incluindo a tradicional Igreja Nossa Senhora da Piedade, no bairro histórico de Hamburgo Velho, em Novo Hamburgo.
Situação diferente dos imigrantes evangélicos e luteranos, que trouxeram “na bagagem” alguns pastores. Para eles, o entrave maior foi desembarcar em um país assumidamente católico. “Amarrado ao padroado, em que o Imperador era também a principal autoridade religiosa. Até então ainda
não existiam evangélicos no Brasil e em toda a América Latina, já que este tinha sido um compromisso assumido ainda pelos reis da Espanha e de Portugal, desde os tempos do descobrimento”, observa dom Zeno.
Roswithia Weber, professora do curso de História da Universidade Feevale, ressalta que a religião de grande parte dos imigrantes não era católica, mas sim protestante. “Só com a Proclamação da República, em 1889, foram equiparados legalmente”, pontua. Inclusive, os templos religiosos dos protestantes inicialmente tinham o aspecto de casas de moradia e os protestantes eram “tolerados”, conforme a própria legislação registrava. “Juridicamente, a condição de professar outro culto impedia a cidadania brasileira. Só a partir de 1881, os imigrantes protestantes podiam exercer funções públicas”, detalha.
Bispo emérito de Novo Hamburgo, dom Zeno comenta que a presença de muitos evangélicos entre os imigrantes alemães trouxe uma outra realidade para São Leopoldo, diferente da do Brasil. “A questão religiosa foi logo saneada, com a intervenção do Palácio que, em combinação com os bispos
de então, conseguiram um ‘modus vivendi’”, lembra. Foi então que passaram a fundar paróquias e construir capelas em toda a parte. Mas, como os alemães vinham de regiões diferentes do antigo Império Alemão, pertenciam também a sínodos diferentes e por isso, em 1867, em São Leopoldo, foi realizado o Sínodo da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, que passou a ter a sua sede e centralização no Morro do Espelho, em São Leopoldo.
“Este Sínodo teve grande importância, tanto que, com a vinda dos luteranos norte-americanos, que entraram por Pelotas e São Lourenço, também chegaram a São Leopoldo, foi muito fácil fazer a diferença entre a Igreja Luterana do Brasil (Missurianos, oriundos dos Estados Unidos) e a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, dos imigrantes alemães, vindos da Europa”, detalha dom Zeno.
Passados 200 anos, a região segue alicerçada nos valores cristãos, seja nas mais variadas denominações religiosas. Valores esses que, segundo os pesquisadores, permitiram que o Vale prosperasse — muito também pelas investidas missionárias na área da educação.
Santuário Sagrado Coração de Jesus atrai milhares de fiéis todos os anos
Foto: Thales
O legado da fé na educação
Doutora em História pela Unisinos e especialista em Cultura Alemã, a professora Isabel Cristina Arendt destaca que os projetos voltados à imigração estiveram pautados não somente por objetivos econômicos, mas, também, culturais. “Nesse quesito, a educação teve primazia ao forjar a identidade dos imigrantes e, ao mesmo tempo, propiciar os canais necessários para que, paulatinamente, dialogassem com a sociedade receptora”, observa.
Em 1850, por exemplo, já existiam 24 escolas na região. Na maioria, pequenas com um professor só e vinculadas à igreja católica/ jesuíta ou luterana.
De acordo com dom Zeno Hastenteufel, doutor em História da Igreja, foi em meados de 1869 que o jesuíta Guilherme Feldhaus, já em São Leopoldo há dez anos, agora nomeado Superior Geral dos Missionários Jesuítas, tomou a iniciativa de começar com o Ginásio Nossa Senhora da Concei-
ção, nas dependências da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na mão dos Jesuítas desde 1858. Na época, o ensino era exclusivo para o sexo masculino. Foi então que Feldhaus escreveu para a Superiora Geral das Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã de Heythusen a necessidade de missionárias para auxiliar na educação das meninas. “As seis primeiras franciscanas chegaram a Porto Alegre no dia 31 de março de 1872, um domingo de Páscoa. Mas tiveram que esperar até terça-feira
quando o ‘Vaporzinho’ faria seu percurso rotineiro e levaria as irmãs até o porto de São Leopoldo”, detalha. No dia 5 abril daquele ano, uma sexta-feira, já começaram as aulas com 23 alunas, entre 7 e 13 anos, no então criado Colégio São José, que segue a vocação do ensino até hoje em São Leopoldo. Foi inclusive pelas escolas alemãs que, segundo a professora Isabel, cresceu o mercado de editoração de livros escolares, como, por exemplo, a editora mais famosa e ainda existente, Rotermund, fundada em 1877.
Padre Reus e a força dos jesuítas na região
Construído entre os anos de 1958 e 1968, o Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em São Leopoldo, foi inaugurado oficialmente em 1970 e é considerado um dos principais pontos de turismo religioso do Rio Grande do Sul. Localizado junto ao túmulo Padre Reus, atrai, anualmente, mais de 1,5 milhão de devotos.
O culto popular ao Padre João Batista Reus e a fé depositada em sua imagem surgiram na metade do século 20, após sua morte, independentemente de suas revelações místicas, que até então não eram conhecidas.
Natural da Alemanha, padre Reus foi enviado para o Brasil após completar sua formação como jesuíta. Chegou no dia 10 de setembro de 1900 e dedicou seus primeiros 11 anos no País ao trabalho apostólico na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Em 1912, trabalhou no Colégio Anchieta, de Porto Alegre, onde passou a receber distinção por suas graças místicas e, no ano de 1913, tornou-se pároco da Paróquia de São Leopoldo. Até o ano de 1923, esteve como capelão do Colégio São José, das Irmãs Franciscanas.
Durante muitos anos foi professor de teologia e orientador espiritual no Colégio Cristo Rei, em São Leopoldo, onde se dedicou à formação do clero.
A educação e a saúde pelas Irmãs de Santa Catarina
Foi em 1897 que chegaram as primeiras quatro irmãs de Santa Catarina ao Brasil. O desembarque foi no Rio de Janeiro, na cidade de Petrópolis. Atendendo ao pedido dos frades Franciscanos, elas começam a atuar na educação dos filhos dos colonos alemães. Dois anos depois, as religiosas chegaram a Porto Alegre e, em 1900, inicia a trajetória da Congregação em Novo Hamburgo. Naquele ano, as irmãs fundam o Colégio Santa Catarina. Acolhidas pela comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Piedade, em Hamburgo Velho, elas já receberam as primeiras noviças da região em 1901. E, em 1930, foi inaugurado o Hospital Regina que, hoje, é considerado uma das principais instituições de saúde do Estado.
Em 5 de abril de 1872, irmãs franciscanas começaram com as aulas em São Leopoldo
Foto: Arquivo/Irmãs
As seis primeiras franciscanas chegaram a Porto Alegre no dia 31 de março de 1872
Foto:
Além da fé, envolvimento social e cooperativismo econômico
De acordo com o teólogo dom Zeno Hastenteufel, os jesuítas alemães, que em grande quantidade vieram ao Rio Grande do Sul, ao longo da segunda metade do século XIX, eram da Suíça, da Áustria e da Ucrânia alemã, contagiados pelo social. “Traziam as marcas do envolvimento com o social que estava acontecendo na Europa já a partir de 1850. Lá, eles já estavam criando associações, cooperativas e até sindicatos católicos. Portanto, os jesuítas que vieram mais para o fim do
século, estavam totalmente envolvidos por este espírito, de não só cuidar da alma, mas também da organização popular e das iniciativas que pudessem dar um novo ânimo aos pobres e desanimados colonos alemães”, explica.
Assim o padre Theodor Amstadt, suíço que a partir de São Sebastião do Caí passou a atender as comunidades de Nova Petrópolis, Linha Imperial e Pinhal Alto, começou a observar os agricultores que trabalhavam muito, cultivando
feijão, trigo, milho, batatas e hortaliças de toda a sorte. Criavam porcos, que eram abatidos ali mesmo, faziam o charque, os embutidos e a banha. Criaram também as vacas leiteiras e começaram a produzir manteiga e toda a sorte de queijos, suíços e alemães. O que sobrava do consumo, poderia ser vendido, mas teria que ser nos centros consumidores, em São Leopoldo ou Porto Alegre. Foi neste contexto que o Pe. Amstadt passou a explicar aos agricultores a necessidade de se unirem em
cooperativas e passou a organizar os “Kathollikentag”, em Feliz, Bom Princípio e Harmonia. Em pouco tempo, todos compreendiam que a única possibilidade de sair desta situação de inferioridade era a união de todos, em cooperativas e sindicatos.
Então, em 1902, o padre Theodor Amstad começou na Sacristia da igreja de São Lourenço Mártir, na Linha Imperial, uma “Spaarkasse”, uma Caixa de Poupança. Todo o dinheiro que as famílias tinham, sobrando
Diaconisas e o dom do cuidado com o próximo
Quem acessa o espaço da Casa Matriz de Diaconisas, em São Leopoldo, já sente que o tempo lá corre diferente. A agitação e a pressa do dia a dia ficam do lado de fora. Ali, reina a calma e a serenidade. Há mais de 80 anos, as irmãs colocam seus dons a serviço dos mais próximos naquele mesmo lugar. “Servir em nome de Jesus, com o olhar voltado à saúde e à
educação”, destaca a irmã diretora Arleti Mattner, ao caminhar tranquilamente pelo prédio histórico.
Nascida na Alemanha, em meio às guerras do século 19, a irmandade tinha como missão o serviço além-fronteira. As primeiras diaconisas a chegar ao Brasil atravessaram o Atlântico em 1913, com o objetivo de auxiliar nas áreas de enfermagem,
obstetrícia e educação infantil. Em 1939 nasceu a irmandade brasileira junto às comunidades da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). De lá pra cá, muito da história da região e de São Leopoldo passa pelo trabalho dessas religiosas. Hoje, com cerca de 40 irmãs vinculadas à Casa Matriz, sendo 20 já aposentadas, as diaconisas de
São Leopoldo se destacam no cuidado com a saúde e o bem-estar dos idosos. É nas terras calmas da Casa Matriz, na Avenida Wilhelm Rotermund, no Morro do Espelho, que está o Lar Moriá, uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI). Na casa geriátrica, toda a missão e vocação das irmãs diaconisas se manifesta — seja no cuidado com o bem-estar dos
no momento, poderia ser depositado e receberiam um juro fixo de 4% ao ano. No caso de precisarem de dinheiro emprestado, para alguma construção ou reforma, poderiam recorrer à Caixa e pagariam um juro afixado em 6% ao ano. Com esta pequena diferença, poderia ser paga a pessoa que fizesse esta escrituração. Assim, modestamente, à base da confiança do povo, nasceu esta Caixa de Poupança que, hoje, é a Sicredi Pioneira — a primeira cooperativa de crédito do País.
residentes, na assistência à saúde, seja na acolhida das famílias ou na preocupação com os mais de 90 colaboradores. “Nossa essência é a vida em comunidade, o acolher e ser acolhido, o servir, ser instrumento de Deus para quem mais precisa. Por isso estamos, inclusive, ampliando a estrutura do lar para poder receber mais residentes”, conta a diretora.
Roswithia Weber, professora do curso de História da Universidade Feevale
Qual o papel da religião dentro do contexto da imigração alemã?
A organização da comunidade era muito ligada às atividades religiosas, católicas ou protestantes tendo papel fundamental frente às necessidades espirituais e sociais. Inicialmente, temos que pensar numa auto-organização religiosa sem uma Igreja institucional. No Brasil, foi necessária a reorganização destas comunidades de imigrantes. A presença da união em torno da religião envolvia vários aspectos da vida social. Por exemplo, coube aos padres, pastores, religiosos leigos e comunidade a construção das escolas e a organização do ensino, já que as autoridades da época deixaram sob responsabilidade dos imigrantes o ensino primário. A capela servia tanto para local de culto como para sala de aula. O idioma alemão foi a marca nestas escolas — o que passou a ser problemático no contexto da campanha de nacionalização na década de 1930.
Como foi a relação entre católicos e protestantes no início da colonização? Ela mudou ao longo dos anos?
A religião de grande parte dos imigrantes não era católica, mas sim protes-
tante. E o catolicismo era a religião oficial do Estado. Só com a Proclamação da República, em 1889, foram equiparados legalmente.
Os templos religiosos dos protestantes inicialmente tinham o aspecto de casas de moradia e os protestantes eram “tolerados”, conforme a própria legislação registrava. Juridicamente, a condição de professar outro culto impedia a cidadania brasileira. Só a partir de 1881 os imigrantes protestantes podiam exercer funções públicas, para se ter ideia das restrições.
Problemas pelo fato de o imigrante não ser reconhecido em sua cidadania em função de não professar a religião oficial interferiram no reconhecimento civil de casamentos, nascimento e óbitos.
Havia conflitos também, por exemplo, com a influência do Projeto de Restauração católica que desaconselhava casamentos mistos e batismos com padrinhos luteranos. Também havia restrições de pro-
testantes com relação aos católicos.
Estas questões perduraram vários anos depois, no nosso cotidiano. Minha mãe costumava me repreender quando criança com a seguinte fala quando eu fazia algo que ela considerava inadequado: “isso não foi muito católico”. O dito expressava
não estar dentro da regra e trazia consigo o preconceito com relação aos não católicos.
Essas crenças impactaram em alguns casos o destino de famílias, seja pela união familiar ou pela ruptura. Quem não conhece alguém que rompeu com a família por que um filho se casou com alguém que
professava outra religião?
Inclusive, a religião professada era fator que influenciava na matrícula escolar nas escolas confessionais.
Como as religiões contribuíram �ou não� para o desenvolvimento da região?
Outras associações profissionais se reuniram em torno da religião: associações de professores, por exemplo. A própria publicação de jornais e livros se davam através de grupos demarcados pela influência religiosa.
Qual a importância �ou não� das crenças na sociedade? E o quanto a região foi impactada pelo predomínio do catolicismo� cristianismo?
O caráter comunitário em torno da religião era um forte fator de identificação étnica, mas não se pode crer que todos os imigrantes católicos e protestantes formavam uma
A união em torno das religiões possibilitou atender demandas da sociedade. Desde o papel propriamente da função religiosa do culto até o papel fundamental na escolarização passando pela sociabilidade das pessoas, pois o lazer era organizado pelas entidades religiosas. A comunidade se reunia através das associações religiosas tanto católicas quanto protestantes. Atividades que reuniam a população em geral, kerb com os jogos, quermesses e baile.
Sede do Seminário Jesuíta, que deu origem à Unisinos, em São Leopoldo
identidade coletiva única pela identificação religiosa.Como explica o historiador Martin Dreher, o catolicismo de imigrantes não era o mesmo professado no Brasil, No Brasil, o “catolicismo festeiro” se diferenciava do catolicismo que seguia as regras de Roma. Este historiador também aponta para o estranhamento dos pastores ordenados na Alemanha que chegaram ao Brasil depois de 1864 com relação aos pastores colonos que encontraram aqui.
CIDADES DO FUTURO
Como serão as cidades do futuro?
Viviane Feijó Machado
Bióloga, engenheira de bioprocessos e biotecnologia e presidente do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos).
A adoção de modelos como o das cidadesesponja é um exemplo inspirador de como é possível construir um futuro em que o dinamismo da realidade atual e a preservação caminhem juntos.
O futuro das cidades e as cidades do futuro
Pensar no futuro das cidades e pensar nas cidades do futuro são ações que não podem ser dissociadas. Um futuro perene, que contemple todas as formas de vida, as tecnologias e o desenvolvimento, exige uma reflexão sistêmica em que o pilar ambiental apareça como aspecto principal do tripé da sustentabilidade. Essa abordagem deve considerar as cidades não apenas como espaços urbanos otimizados, mas como ecossistemas vivos, com perfeito equilíbrio entre pessoas, natureza e tecnologia. Nesse sentido, a adoção de modelos como o das cidades-esponja é um exemplo inspirador de como é possível construir um futuro em que o dinamismo da realidade atual e a preservação caminhem juntos. As cidades do futuro ideais para a nossa manutenção como espécie deverão apresentar um
combinado que se aproprie do melhor da inovação e da tecnologia para enfrentar os desafios ambientais e sociais. Um dos modelos que se encaixa neste propósito é o de cidades-esponja, que alia infraestrutura urbana à gestão eficiente dos recursos naturais, em especial a água.
É uma proposta que busca mitigar os impactos das chuvas intensas e evitar enchentes, ao mesmo tempo que promove o uso eficiente da água. Trata-se de soluções baseadas na natureza, como telhados verdes, pavimentos drenantes e reservatórios subterrâneos — infraestruturas que permitem a absorção, filtragem e armazenamento, reduzindo os riscos de alagamentos e reabastecendo os lençóis freáticos.
Além da gestão hídrica, as cidades do futuro também precisam ser pensadas do ponto de vista das
emissões de carbono, da poluição e do desperdício de recursos. A transição para uma economia circular é essencial, promovendo o reaproveitamento de materiais e reduzindo a dependência de recursos naturais finitos.
Outro ponto importante é o da mobilidade, priorizando transporte público eficiente e sustentável, com metrôs e ônibus elétricos, além de estimular o uso de bicicletas e caminhadas. Também é preciso tornar os espaços mais verdes, não somente para regular o clima como, também, propiciar o bem-estar das pessoas.
Este futuro está mais próximo do que imaginamos e, por isso, é hora de lidar com nossos problemas com as ferramentas que já estão postas e que não nos exigem recursos ilimitados ou inovações que ainda estão por vir.
É o momento de integrar as soluções tecnoló-
gicas e toda a capacidade criativa e produtiva disponíveis para assegurar que as futuras gerações desfrutem o melhor do nosso planeta, como já foi um dia.
No Comitesinos, através do projeto VerdeSinos, estamos começando a plantar uma semente. A partir de 2025, com recursos do programa Petrobras Socioambiental, vamos desenvolver, em Canoas, o protótipo de um módulo sustentável de cidade-esponja. É um embrião, mas queremos que sirva de inspiração. Enfim, pensar o futuro dos espaços urbanos é um tema que não se esgota em um espaço tão pequeno. Porém, o passo inicial é a mobilização e a participação cidadã neste processo de construção da cidade do futuro, que só acontecerá com governança transparente e inclusiva. Ou seja, tudo está em nossas mãos!
Redecore fecha 2024 com faturamento recorde
Os desafios que o ano de 2024 trouxe às empresas gaúchas exigiram resiliência e novas formas de pensar e fazer negócios. No caso da Redecore (Novo Hamburgo), a união entre suas oito associadas foi o grande impulso para ações rápidas e efetivas, que movimentaram a solidariedade e também alavancaram vendas para um resultado final de crescimento.
A associação de fornecedores para a construção civil encerra este ano com um faturamento geral acima dos R$ 50 milhões, na soma entre todas as associadas. As campanhas de vendas são importantes ativações, e as duas mais recentes contabilizaram
mais de 778 mil pessoas alcançadas através das redes sociais.
“Essas iniciativas, bem como eventos de conteúdo, como o ciclo de workshops Atmosferas, têm como meta aumentar nosso reconhecimento e o engajamento dos profissionais”, explica o diretor de Marketing da rede e empresário da Marmogran, Gabriel Gehrke.
A campanha Gaudí foi a primeira ação da Redecore com premiação internacional – uma viagem para Barcelona – para os profissionais da arquitetura e decoração que mais especificaram vendas, e teve forte impacto nos resultados.
Para 2025, além de uma nova e grande campanha, a
Redecore já tem novos norteadores de sucesso, como a Academia Redecore, um núcleo focado na capacitação ainda maior de todos os colaboradores das associadas, e a expansão no número de empresas – que deve chegar a 12 até o final do próximo ano.
Criada em 2006 e com sede em Novo Hamburgo, a Redecore oferece soluções integradas para decoração, arquitetura e engenharia civil, além de fomentar a geração de negócios. Atualmente, as empresas associadas são: Divisinos, Estofare, Facsom Novo Hamburgo, Hartz Tintas, Luminar Arte, Marmogran, Todeschini Novo Hamburgo e Toque & Retoque.
Projeto social distribui óculos para carentes de Novo Hamburgo
Moradores do bairro
São José, de Novo Hamburgo, foram beneficiados com o projeto Secrecy Social no final de novembro.
A ação foi organizada pelo Laboratório Forla, um dos principais do ramo óptico do Sul do país.
Com a parceria do Lions Clube Distrito LD3, Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs) e a Associação Oftalmológica do RS (Sorigs), foram selecionados 56 moradores carentes.
Na ação, todos foram atendidos por uma médica oftalmológica no ônibus adaptado para este fim pelo Lions de Novo Hamburgo, e, com as receitas, passaram pela equipe da Forla para escolher a armação, tirar medidas e preparar a
confecção dos óculos novos. A entrega deve ocorrer em 11 de janeiro.
Desde abril de 2023, o Laboratório Forla, de Lajeado, realiza o projeto “Secrecy Social – Um olhar para o Bem”, que doa lentes e armações de óculos para crianças, jovens e adultos de baixa renda em cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
O Secrecy Social – que doa lentes e armações de óculos para crianças, jovens e adultos de baixa renda. O Secrecy Social não tem fins lucrativos e é promovido em parceria com entidades e entes públicos como prefeituras e a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), a Associação Oftalmológica do RS (Sorigs) e Lions.
Stok Center é inaugurado em São Leopoldo
A Comercial Zaffari, segunda maior rede de supermercados do Rio Grande do Sul, inaugurou o Stok Center em São Leopoldo, na Avenida Mauá, 3.164, no bairro Santa Tereza. A nova unidade é 36ª da marca, gerando 165 empregos diretos.
O presidente da Comercial Zaffari, Sérgio Zaffari, ressaltou a importância deste investimento, realizado poucos meses depois da maior catástrofe climática do Estado. “Mostramos a força e resiliência do povo gaúcho”, apontou. Ele ressalta que a loja apresenta os valores da empresa, como a simplicidade e a proximidade com as comunidades, assim como o compromisso social com as pessoas.
Para reforçar este valor, o evento marcou a entrega simbólica de R$ 350 mil para o Corpo de Bombeiros de São Leopoldo, obtidos a partir do PISEG - Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública, pelo qual as empresas podem destinar parte do ICMS para projetos de Segurança Pública. Valor este utilizado
para a doação de uma ambulância e de uma viatura para a corporação.
A Apae vai receber os recursos das campanhas Sacola Solidária e Troco do Bem.
Feevale Techpark celebra 20 anos
Na comemoração aos seus 20 anos, o Feevale Techpark, parque tecnológico da Universidade Feevale, relembrou duas décadas de muitas conquistas nas áreas do empreendedorismo e da inovação e anunciou muitas novidades para 2025 – entre as quais o lançamento de um novo condomínio empresarial em Campo Bom. O evento aconteceu nesta sexta-feira, 13, dia do aniversário do parque, no Câmpus II da Universidade, e contou com a presença de representantes de empresas, poder público, imprensa e parceiros do parque.
O Feevale Techpark é um ambiente de inovação e desenvolvimento tecnológico, dedicado a fomentar o empreendedorismo, a pesquisa e a colaboração entre empresas, startups, universidades e centros de pesquisa. O parque tecnológico da Universidade Feevale foi reconhecido pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) como um dos três melhores do Brasil. Atualmente, possui unidades em Campo Bom, Novo Hamburgo e Porto Alegre, coordena o Hub Agro em Esteio e atua, ainda, em Sapiranga.
Manuela Bruxel, coordenadora do Feevale Techpark, apresentou os principais números do parque. Profundamente integrado à Universidade e às suas linhas de pesquisa, o ecossistema possui empresas com foco em cinco áreas de atuação: Tecnologia da Informação e Comunicação
(53%); Indústria Criativa (16%); Ciências da Saúde e Biotecnologia (13%); Materiais e Nanotecnologia (11%); e Ciências Ambientais e Energias Renováveis (7%). Conta com mais de 122 empresas vinculadas, que geraram mais de mil empregos diretos em 2024. O faturamento, apenas neste ano, foi de mais de R$ 260 milhões.
Roberto Cardoso, conselheiro da Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo (Aspeur), mantenedora da Feevale, afirmou ser um orgulho ver que a semente do Feevale Techpark, plantada há 20 anos, deu muitos frutos. “A Feevale, mais uma vez, consolida o seu DNA comunitário e de desenvolvimento e empreendedorismo”, afirmou.
A diretora de Inovação da Feevale, Daiana de Leonço Monzon, lembrou que o parque nasceu em Campo Bom, em 1998, mas cresceu para Novo Hamburgo, Esteio, Sapiranga e Porto Alegre e, certamente, se expandirá para fora do país. “Essa é uma das nossas motivações, trabalhar para que tenhamos mais empresas, mais empregos gerados e mais faturamento, podendo estar em diversos municípios, estados e países, como parque tecnológico da Universidade Feevale”, pontuou.
Giovani Feltes, prefeito eleito de Campo Bom, em sua fala, homenageou todos aqueles que atuam na área da ciência, da tecnologia e da inovação. “Eu ainda sou de um mundo que é analógico, não digital, mas tenho
ressaltado a importância e a inevitabilidade desta revolução. Por isso o Feevale Techpark está em Campo Bom e continuamos a perseverar para fazer a vida em sociedade ainda melhor. Espero que a comunidade, através de sua gente e dos seus governantes, tenha o propósito de construir uma cidade, uma região, um Estado e um país melhor”, declarou.
Já o deputado estadual Issur Koch reforçou que ainda é preciso mudar o paradigma de que gerar emprego e renda no Brasil é muito difícil, mas que ecossistemas de inovação como o Feevale Techpark são essenciais nesse processo. “Se o Brasil evoluiu em 2023, em termos de tecnologia pelo índice mundial, subindo para 49ª posição e assumindo o posto de país mais inovador da América, tenho certeza que o Feevale Techpark tem responsabilidade nessa história. O papel do poder público, nesse processo, é criar o melhor cenário e garantir que vocês possam fazer o que fazem de melhor”.
Perspectivas para 2025
Durante o evento, foram apresentadas as novidades do Feevale Techpark para o próximo ano, que reserva o lançamento de um novo lote no Feevale Techpark e do Hub Onehealth, além da confirmação da terceira edição do Feevale Summit, entre muitas outras atividades. Confira:
• Lançamento do novo condomínio empresarial Feevale Techpark: novo condomínio empresarial, em Campo Bom, contará com 16 lotes, e uma área superior a 10 hectares
• Lançamento Hub Onehealth: a primeira incubadora tecnológica em biotecnologia e saúde única do Rio Grande do Sul será estabelecido na unidade de Campo Bom do parque. A Instituição foi contemplada no edital Parques Tecnológicos, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI), que destinará cerca de R$ 15 milhões em
recursos ao projeto
• Feevale Summit: foi confirmada a terceira edição do evento de empreendedorismo e inovação da Universidade, que acontecerá nos dias 1º e 2 de outubro de 2025
• Open park com alunos: oportunidade para a comunidade acadêmica conhecer de perto as empresas do Feevale Techpark, e entender como uma ideia pode se tornar uma startup
• Construção da matriz de materialidade e ações FT 2030: será criado um portfólio prevendo ações para os próximos anos do Feevale Techpark, pensando no Pacto Global + ODS
• Palestra de empreendedorismo feminino: entre as ações pretendidas para a semana da mulher, em 2025, está a realização de uma palestra temática sobre o empreendedorismo feminino, suas potencialidades e dificuldades
Fotos: Laura Schommer/Divulgação
Clima influencia risco de hipertensão, aponta pesquisa
Uma pesquisa conduzida pelo professor Eduardo Barbosa, do curso de Medicina da Universidade Feevale e apresentado em sua tese de doutorado em Clínica Médica, no Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), demonstrou que o aumento de 1 grau na temperatura ambiental modifica o fenótipo da pressão arterial, e que as regiões Sul e Sudeste do país favorecem a ocorrência de fenótipos de maior risco para hipertensão. Realizado de forma transversal, o estudo avaliou 70.949 indivíduos de 460 centros em 22 cidades, abarcando todas as regiões geográficas do Brasil. A amostra apresentava 39% de homens, entre 57 e 16 anos e 51% usando medicamentos anti-hipertensivos. Para compreender as implicações desses resultados, é preciso entender as diferenças entre as medições de pressão arterial conforme o local onde elas são feitas – se no consultório ou em casa. Após cruzar os dados, o que
se descobriu foi que, em cidades localizadas na região Norte, caracterizadas por temperatura média externa ambiental maior, o aumento de 1 grau na temperatura média torna o fenótipo prevalente de pressão arterial o de normotensão e de avental branco. Por outro lado, em temperatura média externa menor, como cidades nas regiões Sul e Sudeste, o aumento de 1 grau de temperatura aumenta a prevalência de fenótipos de maior risco, que é a hipertensão mascarada e hipertensão.
Conforme o professor Barbosa, essas descobertas tem potenciais implicações clínicas.
“Com o aquecimento global, em regiões mais quentes, deve-se considerar maior suspeita de hipertensão do avental branco e, em regiões mais frias, de hipertensão mascarada. Além disso, incorporar dados de temperatura ambiental poderia ajudar a melhorar no diagnóstico dos fenótipos da pressão arterial, demonstrando a importância da medida da pressão arterial fora do consultório”, explica.
Praças recebem 33 novos aparelhos de ginástica em Sapiranga
O médico também aponta a necessidade de se considerar a temperatura ambiental como fator determinante para a formulação de políticas públicas de prevenção e controle da hipertensão. Barbosa pontua, ainda, que a temperatura ambiental pode emergir como potencial causa da diferença entre as medições de pressão arterial consultório-casa, servindo como um fator de confusão. Isso pode afetar o impacto das estratégias de tratamento, especialmente na pressão arterial fora do consultório, em diferentes regiões geográficas. Por outro lado, uma possível explicação pelo qual as taxas de pressão arterial diminuem nas medições feitas em monitoramento domiciliar mais do que as medições feitas no consultório em temperaturas quentes pode ser que as casas brasileiras geralmente não tenham instalação de sistemas de ar condicionado e, portanto, os indivíduos podem experimentar temperaturas mais altas do que no consultório”, avalia o professor.
A atividade física é uma aliada para a saúde do corpo e da mente. Os espaços públicos de lazer da cidade buscam oferecer estrutura para essa prática, principalmente através de aparelhos de ginástica. As academias ao ar livre, por definição, ficam em áreas abertas e por isso acabam sendo danificadas pela ação do tempo. Neste mês de dezembro, novos aparelhos começam a ser instalados em cinco diferentes pontos da cidade.
Em quatro espaços haverá a substituição de aparelhos: Praça da Cassiano Ricardo (São Luiz); Praça Canto do Rio (São Luiz); Praça Campo Bom (Santa Fé) e no Parque do Imigrante. Já na Praça Esperança (São Jacó), a instalação de academia é inédita.
Os aparelhos novos instalados nas praças menores são os de rotação vertical com duplo diagonal; rotação diagonal duplo; simulador de remo individual; pressão de pernas duplo e exercitador de pernas duplo. No Parque do Imigrante, que tem uma academia mais estruturada já
que é um espaço de lazer que atende a moradores de toda a cidade, serão trocados também: elíptico duplo, alongador 3 alturas, barra fixa dupla; puxador peito individual, simulador de cavalgada duplo, esqui duplo, simulador de caminhada duplo, e puxador costa individual. Ao todo, serão 33 aparelhos diferentes instalados, com um investimento superior a R$ 47 mil. A responsabilidade pelas áreas públicas de lazer é da Secretaria de Turismo, Cultura e Desporto. “A reestruturação destes espaços traz mais conforto e segurança para quem pratica as atividades. É importante reforçar que a conservação dos aparelhos também depende da população, que deve denunciar casos de vandalismo. Os exercícios são um grande benefício para todos e poder fazer isso em local público e gratuito democratiza o acesso”, destaca a secretária Roberta Rothen. As instalações acontecem ao longo do mês de dezembro e primeira metade de janeiro.
Foto: Cláudia
Silva/Divulgação
Novo Hamburgo é ouro em alfabetização Campo Bom inaugura primeira escola no bairro Firenze
Novo Hamburgo conquistou a categoria ouro no Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização 2024 do Ministério da Educação. Dividido nas categorias ouro, prata e bronze, o selo incentiva a adoção de políticas, programas, estratégias e práticas de gestão pública da educação.?”Mais uma vez, nosso trabalho pela qualidade da educação hamburguene é reconhecido nacionalmente”, destacou a prefeita Fátima Daudt.
A iniciativa do Ministério da Educação é desenvolvida dentro do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA) e visa reconhecer secretarias de educação estaduais, municipais e distrital com boas práticas no âmbito da política. A entrega do selo às gestões premiadas ocorreria nesta quarta-feira (11), em Brasília, mas foi cancelada no final da manhã desta terça-feira a pedido do presidente Lula, que se recupera de cirurgia e faz questão de participar.
Dos 18 municípios gaúchos com mais de 100 mil habitantes, apenas oito conquistaram selo ouro, entre eles Novo Hamburgo, a única entre as maiores cidades do Vale do Sinos com esta distinção. O Rio Grande do Sul ficou com o selo bronze.
Fátima já estava em viagem para a Capital Federal para este e outros compromissos quando foi informada do cancelamento e seguirá com outras agendas.
“A conquista deste Selo Ouro é um reflexo do compromisso de Novo Hamburgo com o progresso na educação. Nosso esforço, em conjunto com os professores de toda a rede, reforça a importância de garantir que todos os estudantes sejam alfabetizados, esse é nosso maior compromisso”, acrescenta a secretária de Educação, Maristela Guasselli.
Fátima lembra que a educação tem sido prioridade de sua gestão desde 2017. De lá para cá, foram entregues sete novas escolas de educação infantil, além de reformas e ampliações em
várias outras. Essas novas escolas não só qualificaram o ensino, mas também trouxeram tranquilidade para as famílias. “Conseguimos zerar a fila de espera na modalidade creche”, lembra a prefeita.
Somente em 2024, foram ampliadas mais 1.000 vagas em período integral na modalidade creche, beneficiando especialmente as crianças de zero a 3 anos, assegurando que mais 54% das crianças tenham acesso ao atendimento em turno integral, um número que ultrapassa o exigido no Plano Nacional de Educação. Em novembro deste ano, ocorreu o sorteio da ordem de escolhas de turno e escolas pelos pais. A prefeita lembra que os investimentos em educação vão bem além. Todas as escolas foram equipadas com tecnologias de ponta, e professores e alunos ganharam equipamentos de uso pessoal, como chromebooks e notebooks. ““É possível ter educação pública de qualidade.”.
O dia 12 de dezembro de 2024 fica marcado na história de Campo Bom pela inauguração da primeira escola municipal do bairro Firenze, uma das regiões da cidade que mais cresceu nos últimos anos. Com investimento de R$ 5,3 milhões da Prefeitura e do Governo Federal, a EMEI Leonel de Moura Brizola criou 188 vagas de educação infantil em tempo integral que a partir de 2025 atenderão às famílias do bairro que hoje, muitas vezes, precisam atravessar a cidade para levar os filhos à escola.
É o caso do Nicolas dos Santos Backes, 2 anos, que mora há poucos metros da nova escola e atualmente estuda na EMEI Tico-Tico, no Imigrante Norte, conta a mãe Mariana. O Domynic Nascimento de Souza, 1, também espera frequentar a EMEI Leonel de Moura Brizola, informam os pais Tiago e Micheli, que moram na rua da escola.
Para o prefeito Luciano Orsi, a entrega fecha com chave de ouro um trabalho de 8 anos que priorizou a educação. “Nós investimos
em todas as escolas, criamos mais de mil vagas em tempo integral, compramos uniformes para todos os quase 10 mil alunos da rede. Construir uma nova escola, num bairro que não tinha nenhuma, apenas reforça o nosso compromisso de oferecer educação pública de qualidade a todas as nossas crianças”, observa. A secretária municipal de Educação nos 8 anos de governo de Orsi, Simone Schneider, participou da cerimônia junto com o prefeito, que destacou a importância do seu trabalho à frente da pasta.
A escolha do nome é uma homenagem ao ex-governador Brizola que tinha como principal bandeira a educação pública, regulamentada pelo Decreto nº 7.676 de 10 de dezembro de 2024. A escola tem mais de 1,3 mil m² e possui 11 salas de aula, lactário, fraldário, sala de amamentação, playground, entre outros espaços. Além da estrutura física, o Município investiu em materiais pedagógicos para equipar a nova escola. É a 44ª escola de Campo Bom, a 24ª de Educação Infantil.
Cássio Tagliari
Presidente do Museu
Histórico Visconde de São
Leopoldo
Antes do futebol
Antes da chegada do futebol ao Brasil, em 1895, as pessoas se divertiam com outros esportes. A região onde hoje se encontra a Alemanha serviu de campo de batalha para a maioria dos conflitos armados europeus. E, até a unificação alemã de 1871, as populações locais acabavam tendo que entrar em combate para defender eles próprios suas comunidades, uma vez que não estavam protegidas por um exército nacional. Assim os moradores se obrigavam a manter a pontaria afiada o ano inteiro.
Com isso, nasceram os clubes para a prática de tiro, atividade essa que acabou por se tornar um esporte muito popular na época. Essa paixão acompanhou os primeiros imigrantes alemães que vieram para cá. Por toda a região, clubes de tiros surgiram já nas primeiras décadas do século XIX.
São Leopoldo chegou a possuir vários desses clubes. Na primeira foto, temos o registro do Schützen Club �Clube de Tiro�, fundado em 1878 em
São Leopoldo. O prédio estava localizado onde hoje existe o mato nos fundos do Corpo de Bombeiros. O clube fechou suas portas em 1917, já em crise, pois, conforme registros deixados pela última diretoria, “um novo esporte estava conquistando a população”: o futebol. Posteriormente, o prédio abrigou ainda a casa das diaconisas �irmãs luteranas�
e, por fim, o internato feminino do Colégio Sinodal. Apesar do declínio, as sociedades de tiro seguiram existindo. Atualmente, a cidade possui dois clubes dessa natureza: a Sociedade de Caça e Tiro de São Leopoldo, fundada em 1949 no Arroio da Manteiga, e o Clube Pointer de Tiro, na Avenida Theodomiro Porto da Fonseca
Ao centro, Guilherme Alfredo Panitz, ao conquistar o título de “Rei do Tiro”� Foto do início do século XX� Acervo do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, gentilmente restaurada por Tchilla Panitz�
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Mato no fundo do Corpo de Bombeiros de São Leopoldo� Local onde existia a sede do Schützen Clu
Festa de inauguração da nova sede do Schützen Club de São Leopoldo� Foto acervo Museu Histórico Visconde de São Leopoldo, gentilmente restaurada por Tchilla Panitz
Perdão é uma escolha
Família, no final, é tudo igual: todas complicadas. Em toda família há intriga, discussão, problemas… Isso foi uma das coisas que logo aprendi quando vim para a Alemanha. Eu fiz o programa de Au-Pair e pude ver de perto o quanto uma família pode se transformar em um ano. Trabalhei em uma família com quatro crianças, e eu sendo filha única, tomei um choque; as dinâmicas mudam muito de uma família de três membros para seis… Existem os conflitos de cotidiano, aquelas discussões básicas sobre quem vai lavar a louça, por que o sapato está no meio da sala, quem vai limpar a casa ou cozinhar. E são discussões saudáveis, pois significam que há preocupação, e com isso, amor. Porém, algo que ainda não consigo entender e aceitar são aquelas brigas que destroem uma família. Talvez não seja essa a melhor maneira de colocar, mas aquelas brigas que como resultado trazem rancor. Um rancor que os envolvidos não conseguem abrir mão de sentir.
E eu já peço desculpa pela sinceridade das próximas palavras, mas: é ridículo você guardar tanta mágoa por algo que é, provavelmente, em comparação com a magnitude que é a vida, insignificante. Não significa
que o que aconteceu não te magoou, chateou, entristeceu ou decepcionou. Com certeza deve ter sido algo muito marcante. Porém, você guardar esse rancor, é você elegir aquele momento específico como determinante na forma de você sentir a vida. Nós escolhemos o que sentimos. Sempre. E tudo sempre volta para o famoso ditado: tudo é uma questão de perspectiva.
Abrir mão de sentir rancor ou mágoa não significa que você escolheu esquecer o que aconteceu, mas sim que você aceita o passado pelo que ele é e escolhe não dar poder para ele ditar a sua vida. Até porque nós mudamos. Aí basta escolher que tipo de mudança nós queremos viver. Eu, pessoalmente, acredito que em uma mudança positiva, não há espaço para rancor.
Acredito que muitos vão ler e pensar: essa menina só tem 21 anos, quem ela pensa que é para falar sobre perdão, ela não viveu nada ainda. Bom, é verdade. Talvez daqui uns anos vou ler o que escrevi e pensar “coitada”. Porém, para a minha defesa, conheço algumas pessoas que chegaram no fim da vida e tudo que sobrou foi arrependimento de não ter amado mais. E é por isso que eu escolho todos os dias não me tornar uma delas.
Escolher o perdão pode ser difícil,
mas é também libertador.
Nós temos que dar importância para as coisas que realmente importam.
Talvez o espírito natalino esteja me
deixando sentimental, provavelmente. Então, é isso.
Gratidão por você estar aqui e até a próxima�
Marina Marques Klein Diretamente de Trier, na Alemanha
Que o Natal nos faça melhores...
“Então é Natal, e AnoNovo também…” com diz a música, que todos conhecem e cantam, gostem ou não, nos últimos dias de cada ano. Mas, será que este período se resume a essa música, a presentes, ao ritmo louco de pré-férias, a perus e fogos de artifício?
Será que apenas esses momentos, resumem o final de dezembro de cada ano?
Não podemos resumir este período a esses simplórios sentimentos, afinal, podemos, sim, ressignificar a nossa fé, as nossas esperanças, os nossos sonhos. Sim, sabemos que o primeiro de janeiro é, em tese, igual ao 31 de dezembro: o mesmo dia, as mesmas 24 horas, o mesmo amanhecer e o mesmo pôr do sol. Mas o ser humano vive de simbologias, de recomeços, reunir forças para ter novas esperanças e o calendário passou, com o tempo, a ter essa missão. É tempo, naturalmente, de olhar para trás e observar o que atingimos de nossas metas, de nossos objetivos,
sempre encontrando forças para novos desafios. Nos permitimos, e mais do que isso, necessitamos, recomeçar a corrida, ao menos do ponto de vista emocional, acreditando novamente. Pode parecer bobagem, talvez para muitos seja mesmo, mas zera o relógio e começa a corrida de novo, dá uma sensação de justiça reconectada, como se todos saíssem do zero novamente. Não é assim, sabemos, mas a sensação já é o suficiente.
O ideal, pode ser, avaliar as próprias metas, pensando no que não foi atingido e se não havia uma expectativa exagerada para os 365 dias vividos, cabendo então reposicionar os sonhos, para evitar frustrações desmedidas. Se não houve exagero, numa leitura honesta consigo mesmo, a pergunta passa a ser, porque você não chegou onde planejava e qual sua responsabilidade, nesse insucesso. Avaliações críticas, preferencialmente feitas consigo mesmo, longe de holofotes de redes sociais.
Porém, quando falamos desse período, falamos disso... metas, objetivos, sonhos alcançados. Mas e o Natal?
Natal é mais que isso, não?
Natal é solidariedade, é fé, é amor, é pensar no próximo. A religiosidade serve como pano de fundo para que esses bons sentimentos venham à tona nesta época, assim como as emoções do 31 de dezembro. Acreditar na fé que nos impulsiona todos os dias é o maior desafio, em especial o mistério da vida.
Já paraste para pensar no milagre do nascimento? Em quão perfeito é o nosso corpo, quantas vezes respiramos por minuto, em como abrimos e fechamos os olhos? Pensar no alimento que ingerimos, o seu fluxo em nosso organismo, o ouvir, o pensar? Como não estarmos maravilhados, todo o dia, com o milagre da vida? Nascemos, crescemos, envelhecemos, morremos e o ciclo da vida se restabelece. Como isso acontece?
Nada mais adequado do que uma data para
agradecermos por tudo isso, ao Deus que oramos, a força divina que nos conduz, ao esplendor da vida. O Natal permite tudo isso e seríamos muito simplórios se pensássemos apenas nos presentes. Crianças, talvez sim, por tudo que o consumismo já incutiu em suas jovens mentes e a ignorância natural da pouca idade de vida.
Porém, jovens, adultos e idosos têm outras responsabilidades, outras vivências e por isso, cabe
a eles desde ensinarem as crianças, quanto terem essa gratidão presente. Como não refletir ao parar e pensar que adormecemos e acordamos todos os dias, como se máquinas fôssemos? Refletir e agradecer. Sempre. Isso é Natal� O momento de agradecermos a vida, reforçando nossa fé, nossa caminhada, não somente enquanto João, Maria, Pedro ou José, mas enquanto humanos, em um Planeta chamado Terra. O mistério da vida.
Rodrigo Giacomet Radialista e Diretor da Rede União FM
As realizações de 2024 refletem nosso compromisso em oferecer um atendimento cada vez mais completo, eficiente e humano. Desde a inauguração do Centro de Especialidades e da Unidade de Terapia Semi-intensiva até a introdução de tecnologias avançadas, continuamos sendo um pilar fundamental para a saúde e o desenvolvimento social da região. Esse legado, construído em parceria com a comunidade e com foco na inovação, estabelece bases sólidas para um futuro ainda mais promissor e para a continuidade de uma assistência de saúde acessível e de alta qualidade. Vamos juntos relembrar algumas das conquistas de 2024:
Selo Top Performer
Certificação ONA Nível III
Certificação QUALISS - Selo Ouro
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