ASJ - Anuário 2021 - Ed 125

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ELEIÇÕES

O que esperar da próxima gestão no TJRS? No dia 6 de dezembro, conheceremos o novo ou a nova presidente do Tribunal de Justiça do RS (TJRS) para o biênio 2022-2023. A desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira e o desembargador Tasso Caubi Soares Delabary concorrem ao pleito no órgão. Com propostas inovadoras e distintas, os dois candidatos concederam entrevista ao Jornal da ASJ. Veja aqui um pouco das ideias de cada desembargador.

Desembargadora defende valorização das pessoas Natural de Pelotas, é formada em Ciências Jurídicas e Sociais pela UFPEL (1981). Assumiu o cargo de juíza de Direito em setembro de 1986 na Comarca de Santa Rosa. Em sua atuação, já passou pelos municípios de Campina das Missões, Espumoso e São Jerônimo, sendo promovida para Porto Alegre em junho de 1992. Foi juíza-corregedora de 1994 a 1998. Em 2004, foi empossada desembargadora do TJRS. Foi eleita corregedorageral da Justiça no biênio 2016-2017.

Na sua avaliação, qual é o principal desafio para a gestão do próximo biênio (2022-2023)? Iris Helena Medeiros Nogueira - Não há dúvidas de que o grande desafio da próxima gestão é buscar a retomada de atividades no pós-pandemia. Infelizmente, a atual Administração teve muitas dificuldades para poder implementar e desenvolver seus projetos, haja visto todos os episódios e contratempos verificados. Ainda assim, a par de todas essas dificuldades, tudo o que foi feito deve ser reconhecido e prestigiado. Para tanto, nosso desafio será exatamente esse: envidar todos os esforços no sentido de prosseguir com os grandes projetos desta

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Administração, sem interrupção, agregando muitas outras iniciativas capazes promover a constante adequação do Judiciário a uma nova era, trazida pela necessidade de enxergarmos o mundo moderno de forma diferente. Como a senhora vê o atual momento do Judiciário gaúcho? Iris Helena - É um momento muito delicado. Apesar de a pandemia ter atingido toda a humanidade e, consequentemente, todos os seus organismos e instituições, públicas ou privadas, há nitidamente um desgaste maior direcionado contra o Judiciário, particularmente no RS, onde parece haver uma brigada que luta para nivelar o serviço público por baixo, esquecendo que somos anos após anos reconhecidos como um dos melhores e menos onerosos Judiciários do país. Constantemente nos vemos obrigados a defender aquilo que deveria ser óbvio, já que não há como prestar um serviço de qualidade com uma política de desvalorização e menosprezo. A sociedade deveria enxergar de outra forma o que fazemos. Deveria prestigiar nossos valores e incentivar a adoção de medidas para que as pessoas que fazem o Judiciário se sintam mais valorizadas e que, consequentemente, prestem um serviço de maior qualidade ainda. Paradoxalmente, quando a cidadania mais se viu fragilizada – nesse período de pandemia – maiores foram os ataques ao Judiciário, seus magistrados e servidores, justamente esses que nunca se distanciaram de sua missão. Então, vemos como muito delicado esse momento e não há outra


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