vaidade
Os limites da
Até que ponto a falta de vaidade, ou o excesso, podem ser sinais de que algo não vai bem? Cuidar-se, ter autoestima é importante para todo ser humano. Mas, tudo que é demais ou “de menos” pode ser prejudicial ou até mesmo um sinal de que algo não vai bem. Para pensar mais profundamente sobre vaidade, a Celebrar conversou com a psicóloga Roseli Vieira da Silva, que é especialista em Gestalt Terapia.
O que é vaidade? Na Psicologia, a vaidade é definida como o traço de caráter que se resume à preocupação constante: “O que vão pensar de mim?”. Vaidade é uma condição do ser humano de valorizar e perceber a si mesmo com diferentes situações, em relação à aparência, às suas coisas, à família e ao seu entorno. Afinal, sob certo ponto da vida, tudo é vaidade e todos somos vaidosos. A palavra da moda: ostentação. Ostentar é um dos sinônimos que encontramos para vaidade, no dicionário. Assim como vanglória, presunção e definições mais gerais: qualidade do que é vão, instável ou de pouca duração; desejo imoderado e infundado de merecer a admiração dos outros; presunção mal fundada de si, do próprio mérito.
Falta de vaidade é um problema? Por quê? Podemos considerar que sim, pois a vaidade também é uma questão de autoestima. Quando estamos bem com o nosso eu interior, refletimos isso de forma positiva. Quando a vaidade deixa a desejar, como, por exemplo, nos cuidados básicos de uma aparência, pode ser um grande motivo para nos preocuparmos com seu estado emocional. Pois fica em evidência seu desinteresse em outras áreas de sua vida.
Quando e como identificar que há algum problema com a autoestima? A vaidade consta na antiga lista dos sete pecados capitais; mas, no mundo atual, ela é até estimulada. O excesso de vaidade pode indicar uma baixa autoestima, uma busca extrema de aceitação de outras pessoas, ou sentimentos exagerados de competição. Nesses contextos, os sentimentos de inferioridade não serão resolvidos com intervenções de beleza externos. Elementos internos precisam ser cuidados de outra maneira. Claro que fatores sociais também contribuem para agravar o problema. Vivemos em uma realidade social na qual nos deparamos com modelos não realistas de beleza, e a busca por essa beleza imaginária frustra alguns.
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