4 minute read

Bobby Fischer: O xadrez é a vida

Next Article
CONTOS CLÁSSICOS

CONTOS CLÁSSICOS

Afrase dita por Bobby Fischer, enxadrista norte-americano, talvez não seja aceita por todos, e pode mesmo parecer exagerada, mas é impossível desassociar o xadrez da vida de Fischer. Roberto James Fischer nasceu em 9 de março de 1943, criado no brooklyn, (Todo Mundo Odeia o Chris/Bobby Fischer Contra o Mundo), teve o xadrez como sua única paixão na vida, desde o primeiro momento em que teve contato com as 64 casas desse jogo de tabuleiro, que até hoje tem sua origem incerta. Aos 6 anos aprendeu a jogar com sua irmã Joan. A carreira de Bobby foi avassaladora, e chega ao topo tornando-se Campeão Mundial, em 1972 aos 29 anos. Sendo o primeiro e único americano campeão mundial de xadrez.

Personagem controverso, com um elevado nível de QI, avaliado em 180-190. Desafia e vence a então imbatível escola soviética, num confronto histórico contra Boris Spassky, que era o atual campeão mundial russo. No auge da guerra fria o confronto Fischer versus Spassky representava a disparidade ideológica dos dois lados: o american way of life e a cortina de ferro. Se os russos acreditavam que o xadrez era uma marca de sua superioridade intelectual sobre o ocidente, Fischer colocaria isto por terra. Sem dúvida ele foi o maior expoente do xadrez, com seu imenso talento e suas extravagantes reclamações de barulho, de câmeras e de caches em suas participações em torneios e campeonatos. O gênio indomável acabou levando o xadrez para frente dos holofotes causando um boom mundial. Se o xadrez é o que é hoje, é graças a Fischer. Como todo grande gênio transitava entre a iluminação e a insanidade. Após se tornar campeão mundial não aceita a disputa pela defesa do título, e desaparece do cenário do xadrez. Fischer disse que o xadrez é a busca pela verdade, se a encontrou não sabemos, mas a beleza de suas partidas estão registradas para a eternidade. Vivendo em várias partes do mundo anonimamente, Fischer falece em 17 de janeiro de 2008, aos 64 anos, em Reykjavik/Islândia. País onde se tornou campeão mundial e que lhe deu cidadania em 2005, pois Fischer era considerado foragido da justiça pelos EUA por ter violado sanções econômicas contra a então Iugoslávia, em 1992, ao jogar uma série de partidas. O mesmo número de casas do tabuleiro foi o mesmo número de anos de vida de Fischer. O xadrez foi a sua vida.

Advertisement

O xadrez não está separado da vida de quem o conhece, e bobby o conhecia muito bem. Para cada movimento há uma consequência: favorável, desfavorável ou neutra, como na vida. Às vezes temos que sacrificar algo (uma peça) de maior valor para obtermos uma vantagem a longo prazo ou até mesmo para virarmos o jogo imediatamente a nosso favor, como na vida. Às vezes um peão audacioso pode ser promovido a uma peça de grande valor (à rainha), como na vida. Às vezes se pode sofrer ataques devastadores e mesmo assim não se encontrar perdido, como na vida. Temos que ter as peças em harmonia, uma apoiando as outras, pois não se vence uma partida com uma peça sozinha, como na vida. Às vezes para vencer o rei tem que sair de sua fortaleza, e ir lutar no campo inimigo, como na vida. Às vezes a derrota vem de forma repentina, como na vida. E às vezes temos que ter um outro olhar sobre a nossa posição e mudar a estratégia, como na vida.

Hoje uma criança em frente a um tabuleiro está aprendendo a tomar as decisões comuns da vida: a hora de ir adiante, de ser comedida, de ter paciência. De aprender a ganhar e perder. O deslumbramento que o xadrez provoca é tão fascinante quanto um pôr do sol ou um céu estrelado. Com suas inúmeras possibilidades de jogadas tão vastas quanto o número de átomos no universo, o xadrez é belo como a vida.

Por trás de algo bonito existe alguma dor, diz Bob Dylan em Not Dark Yet, canção do álbum Time Out of Mind, de 1997. Não foi diferente com Fischer, por trás do criativo brilhantismo refletido em suas partidas estava um homem que absorveu toda a contradição de seu tempo.

Fischer sabia perfeitamente o que estava dizendo: ¨o xadrez é a vida¨.

* Itamar Ramos – graduado em letras UNEB

Aquarela sobre papel 100% algodão

Flávia Mota Herenio

Artes Pl Sticas

A guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe ao mundo a importância das comodities Russa na economia global, e o porque não dizer, no comportamento das políticas e políticos no mundo.

Éfato que a guerra entre Rússia X Ucrânia afetou a economia Mundial, para uns países mais, para outros menos.

Inclusive com grande peso na Europa, em função dos ataques com embargos comerciais, feitos aos russos e o contra-ataques desses com restrição e cortes no fornecimento de Petróleo e Gás natural, mexendo com a matriz enérgica de grande parte dos países do bloco Europeu, afetando amplamente o custo de vida, alimentação e até mesmo na ideologia politica de membros de países membros do bloco europeu.

Voltando olhar sobre os impactos da guerra para o Brasil, agora com o novo presidente da República, mudanças também estão sujeitas a acontecer, e dada a condição de maior habilidade diplomática do presidente Lula, a tendência é de que, estas mudanças sejam para melhor, e tragam num curto e médio prazo ao Brasil um certo equilíbrio político e econômico.

No imediatismo, a guerra entre Rússia e Ucrânia não deverá trazer mudanças bruscas ao Brasil, pois o governo anterior manteve uma política de neutralidade frente ao conflito, mesmo sendo crítico ferrenho a governos de esquerda, teve que se dobrar frente a necessidade e dependência do Agro Brasileiro aos fertilizantes russos. O atual presidente e sua equipe econômica, acredito estar optando também pela neutralidade nas relações comerciais, por entender ser o melhor caminho para o Brasil.

Haja vista que Rússia e Brasil, possuem um elo, o BRICS, onde o Brasil (sob o gestão dos Petistas) e Rússia, são membros fundadores.

Há de se admitir também que, a guerra têm influência direta e indireta na alta do preço do Petróleo, e isso pode corroborar com a aceleração de uma intervenção ainda mais rápida na política de internacionalização de preço do Petróleo na Petrobrás, implementada por Michel Temer e mantida por Jair Bolsonaro, o que trouxe grandes dores de cabeça para o ex. Presidente, onde a precificação é resultado da oferta e demanda da commodity no mercado internacional e não na capacidade de produção.

Por Solange Bezerra e Adriano Carvalho.

This article is from: