Uma das coisas mais prazerosas de trabalhar com arte é conhecer
novos artistas. É muito bom quando nos deparamos com um trabalho que realmente nos toca, especialmente por sua potência, e não pela carga semântica de sua assinatura. Quando essa experiência acontece, é o momento em que vale a pena dedicar-se a arte. Claro que todo trabalho tem seus lados bom e ruim, mas esse é o aspecto da maravilha, da experiência sem julgamento, da fruição, da beleza e do encantamento à primeira vista. E que sensação linda é essa… É inspirado por essa sensação que apresentamos o Abre Alas 12, com artistas apaixonantes, que trabalham dentro de um viés de experimentação e de busca por uma voz própria. Artistas que fazem isso de maneira encantadora, séria e consistente. E o que pode parecer uma escolha romântica, de obras que aparentam não dialogar entre si, é um conjunto que representa o espírito de um tempo: do agora. Claro que é um dos recortes possíveis, dentro apenas das propostas que nos foram enviadas. Fomos guiados pelo envolvimento que tivemos com os trabalhos selecionados, pela vontade de vê-los ao vivo e de poder compartilhá-los. Se, durante o processo de seleção, olhamos os portfólios e as propostas procurando identificar, dentro da produção de cada artista, coerência entre pensamento, poética, linguagem, ideias, conceitos e técnica, é só agora, com a exposição montada, que realmente podemos vivenciar nossas decisões. Assim, temos o prazer de apresentar os trabalhos dos 20 artistas gentilmente acolhidos neste cortejo de arte e celebração. Ô, ô, ô, o Abre Alas chegou! Calorosamente,
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Adriana Varejão André Sheik Paula Borghi