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Um serviço inovador para a mobilidade

POUCOS programas lançados pela União Europeia tiveram um alcance semelhante à escala europeia como o Programa ERASMUS. Mais de 2,2 milhões de estudantes participaram neste programa desde o seu início em 1987, assim como mais de 250.000 docentes do ensino superior e funcionários técnicos e administrativos, desde 1997.

O Programa Erasmus é uma história europeia verdadeiramente bem-sucedida. Com cerca de 200.000 estudantes a usufruir da experiência Erasmus em cada ano, este programa pretende atingir o alvo-chave da União Europeia para 2020 - 20% de mobilidade.

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Mas a importância do Programa Erasmus não está só nos números. Os estudantes que passam um período de aprendizagem no estrangeiro tornamse mais abertos a novas ideias, melhoram a aprendizagem de línguas, as competências interculturais, a autoconfiança e autoconsciência. Estas competências são, cada vez mais, reconhecidas pelas entidades empregadoras em fases de seleção ou recrutamento de colaboradores, o que faz desta experiência de mobilidade uma ferramenta crítica para a valorização do currículo de cada estudante envolvido.

As instituições de ensino superior, nomeadamente através dos seus serviços de relações internacionais e gabinetes Erasmus, são um dos vetores de todo o esquema onde assenta a mobilidade e será através destes serviços que se poderá e deverá melhorar e fortalecer o Programa Erasmus, principalmente nos novos programas educacionais a partir de 2014, conducentes ao objetivo da Estratégia “ Europa 2020”.

A organização destes serviços, prevista como um ponto de extrema importância na Carta Universitária Europeia, documento firmado entre cada instituição nacional e a própria Comissão Europeia, tem sido um constante desafio às instituições de ensino superior de modo a garantirem o melhor apoio aos estudantes, docentes e funcionários interessados em desenvolver períodos de mobilidade, mas também em pesquisa e reconhecimento de todos os mecanismos existentes associados a estes e a outros tipos de projetos internacionais, comunitários e extracomunitários, de mobilidade e de cooperação.

O conhecimento das boas práticas e realidade europeia deste tipo de organização em instituições de ensino superior parceiras, quer através de visitas realizadas, nomeadamente em missões STT do Programa Erasmus, quer através das visitas recebidas no

(...) as direções das escolas superiores de Educação e de Comunicação Social, (...), tomaram a iniciativa de investir na criação de um serviço único e partilhado, no âmbito das relações internacionais e do Programa Erasmus mesmo âmbito por parte de colegas de diferentes instituições e países, levam ao reconhecimento do interesse do investimento num tipo de serviço de relações internacionais/Erasmus com um caráter amplo, a servir uma comunidade alargada, rentabilizando assim espaços, recursos e know-how Desta perspetiva, as direções das escolas superiores de Educação e de

Comunicação Social, unidades orgânicas do Instituto Politécnico de Lisboa, localizadas no Campus de Benfica, tomaram a iniciativa de investir na criação de um serviço único e partilhado, no âmbito das relações internacionais e do Programa Erasmus, a envolver também, a breve prazo, a Escola Superior de Música de Lisboa. Este serviço deverá constituir-se como uma estrutura de coordenação, acompanhamento e apoio operacional ao desenvolvimento de todas as iniciativas de internacionalização das unidades orgânicas envolvidas, nomeadamente no âmbito da cooperação e mobilidade académica, numa lógica de articulação, complementaridade e coerência institucional.

Este inovador serviço, atualmente numa fase embrionária, para além de poder servir como experiência-piloto neste novo paradigma de organização dos serviços, terá como principais objetivos a criação de valor através da promoção da eficiência, melhoria da qualidade e transparência do serviço e também a otimização de recursos, permitindo redesenhar múltiplas tarefas para formatos de execução mais eficientes e integrados, reduzindo a duplicação de processos e procedimentos, assegurando a eficaz circulação da informação e tornando mais rápidos os momentos de decisão e aprovação.

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