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Parar para Pensar A Grande Entrevista

qualidade. As políticas dos governos devem apoiar as indústrias que constituem as referências na produção nacional e que mais contribuem para o desenvolvimento do país. Por outro lado, podemos ter nichos industriais orientados para novas tecnologias, onde ideias empreendedoras podem ser desenvolvidas para a comercialização de novos produtos.

POL. - Fale-nos um pouco sobre o centro educativo Alice Nabeiro. Trata-se de um projeto inovador no campo do empreendedorismo infantil.

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C.R. N. - A minha ideia era fugir um pouco ao modelo comum dos infantários e ATL’s. Tentamos incutir, desde cedo, nas nossas crianças um espírito empreendedor que

C.R. N. - Penso que sim, porque já temos um manual do empreendedorismo para as crianças dos 3 aos 12 anos, que visa estimular as suas ideias, levando-as a desenvolver os seus próprios projetos. Mas ainda não estou totalmente satisfeito. É necessário que a partir dos 12 anos as crianças não parem e continuem a desenvolver as suas capacidades empreendedoras.

Tentamos incutir, desde cedo, nas nossas crianças um espírito empreendedor que os prepare para a vida ativa. Aqui, as crianças tomam contacto com várias áreas do saber o que lhes permite abrir os seus horizontes os prepare para a vida ativa. Aqui, as crianças tomam contacto com várias áreas do saber o que lhes permite abrir os seus horizontes. Outro ponto, que trabalhamos aqui, é o respeito pelo meio ambiente. As nossas crianças já possuem preocupações ambientais, ao contrário do que é habitual nestas idades, elas não matam os bichinhos que encontram na rua, trazem-nos para o centro para os estudarem.

POL. - A Delta está ligada a Campo Maior, participando em todas as atividades da Localidade. O comendador conseguiu a partir de uma vila do interior de Portugal criar uma empresa de dimensão internacional. Nunca sentiu problemas por não estar sediado na capital?

C.R.N. - Essa é uma questão que todos os jornalistas me fazem. Não troco nenhuma cidade por Campo Maior, porque é nesta terra que me sinto útil. É aqui que existe amizade entre as pessoas, fomentada pelo conhecimento mútuo caraterístico das pequenas localidades. Ao longo do ano, as minhas viagens de negócios levam-me regularmente a várias cidades mas volto sempre com muitas saudades para Campo Maior. POL. - Contrariamente aquilo que assistimos na maioria das localidades do interior do país, Campo Maior é uma vila cheia de vida, com uma população jovem, onde as escolas não fecham por falta de alunos. Este fato deve-se ao trabalho que desenvolve?

C.R.N. - Sim é. Eu sempre sonhei que a vila de Campo Maior não iria ficar deserta. E apesar de haver ainda muito por fazer, este desenvolvimento que assistimos aqui, faz-me bem à alma. É com grande prazer que vejo esta terra a desenvolver-se e as escolas cheias de crianças.

POL. - Está a formar os futuros empresários de Campo Maior?

POL. - Relativamente ao futuro do grupo Nabeiro, atualmente os seus filhos e netos já estão a trabalhar nas suas empresas. Acredita que assim vai conseguir a continuidade deste projeto que nasceu consigo? C.R. N. - Sim, acredito que sim. Eles são uma mais -valia, devido à sua formação superior, para a empresa. É verdade que nós nunca sabemos o que o futuro nos reserva, mas a experiência diz-me que é preciso continuar a trabalhar e a empreender. Só assim conseguiremos manter-nos competitivos.

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