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Sucesso que é de Câmara e é portuguesa

cioso, de criar, a médio longo prazo, uma das melhores orquestras de câmara do mundo. Sem apoios públicos, a OCP conta com parceiros privados como o Centro Cultural de Belém (CCB) para desenvolver o seu trabalho.

O CCB apoiou-os desde o primeiro momento. Com este celebram um protocolo anual para a venda de concertos de 4 a 5 concertos ano. São cerca de 5 semanas em que a OCP reside no CCB, onde realizam o dobro dos ensaios que outros fariam. Chegam a trabalhar com um preparador físico uma vez que todos os elementos da orquestra tocam de pé, outra das características que as distinguem das demais.

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A orquestra trabalha com cerca de 30 músicos, mas por ela já passaram mais de 100. A grande parte trabalha como freelancer e recebe um cachet. Mas há músicos de vêm de várias zonas do país e que tentam encontrar amigos ou família para a estadia em Lisboa. O trabalho na OCP privilegia a energia e a força nos castings. Sendo uma equipa reduzida, é importante, segundo o diretor, a energia e criatividade de cada um dos músicos. Ao contrário do que é habitual nas orquestras, na OCP não existe hierarquia, por isso cada individuo é responsabilizado pela sua colaboração.

Na Orquestra de Câmara Portuguesa o músico é o mais importante. “Há quem possa ter um desempenho técnico muito elevado e artístico, mas cujo espírito não encaixe neste projeto”, diz Pedro Carneiro. Também nas orquestras se fala em crise. Há no mundo inteiro uma série de orquestras com dificuldades, tal como em Portugal. Pode ter a ver com o facto de em muitas orquestras existir um ambiente de trabalho pesado. Pedro Carneiro crê que esta situação se possa dever ao excesso da gestão da hierarquia. Já verificou ser possível desenvolver o trabalho de outra forma e resulta, mas não sabe se será a longo prazo. “O importante é não assumir certos modelos como o caminho único”, afirma.

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